13/01/2017

Apoiar-vos-eis uns aos outros

Se souberes querer aos outros e difundir, entre todos, esse carinho – caridade de Cristo, fina, delicada –, apoiar-vos-eis uns aos outros, e o que for a cair sentir-se-á amparado – e urgido – com essa fortaleza fraterna, para ser fiel a Deus. (Forja, 148)


Chega a plenitude dos tempos e, para cumprir essa missão, não aparece um génio filosófico, como Sócrates ou Platão; não se instala na terra um conquistador poderoso, como Alexandre Magno. Nasce um Menino em Belém. É o Redentor do mundo; mas, antes de começar a falar, demonstra o seu amor com obras. Não é portador de nenhuma fórmula mágica, porque sabe que a salvação que nos traz há-de passar pelo coração do homem. As suas primeiras acções são risos e choros de criança, o sono inerme de um Deus humanado; para que fiquemos tomados de amor, para que saibamos acolhê-Lo nos nossos braços.


Uma vez mais consciencializamos que isto é que é o Cristianismo. Se o cristão não ama com obras, fracassa como cristão, o que significa fracassar também como pessoa. Não podes pensar nos outros homens como se fossem números, ou degraus para tu subires; como se fossem massa, para ser exaltada ou humilhada, adulada ou desprezada, conforme os casos. Tens de pensar nos outros – antes de mais, nos que estão ao teu lado – vendo neles o que na verdade são: filhos de Deus, com toda a dignidade que esse título maravilhoso lhes confere.


Com os filhos de Deus, temos de comportar-nos como filhos de Deus: o nosso amor há-de ser abnegado, diário, tecido de mil e um pormenores de compreensão, de sacrifício calado, de entrega silenciosa. Este é o bonus odor Christi que arrancava uma exclamação aos que conviviam com os primeiros cristãos: Vede como se amam! (Cristo que passa, 36)


Reflectindo - 218

Reflectindo



Que falta faço eu? -2


Continuo estas reflexões em Vila Moura.

Esta semana que aqui estou duas semanas passadas em casa da Mafalda depois de ter estado Carvide com a Trinda reforçam toda argumentação anterior.

De facto, constatei que faço falta que as pessoas me querem junto delas enchendo-me de carinho e atenções é bem de ver que apreciam a minha presença, gostam da minha companhia.

E isto exactamente como eu sou, com as minhas idiossincrasias por vezes, bem o sei, difíceis de aturar 

Então, concluo, tenho de viver custe o que custar para não defraudar nem ser mal-agradecido a quem tanto me quer.

Custa?

Ainda bem, assim terei algum mérito que o Senhor me levará em boa conta.


ama, reflexões, Vila Moura, 20.09.2016

Evangelho e comentário

Tempo comum

Santo Hilário – Doutor da Igreja

Evangelho: Mc 2, 1-12

1 Passados alguns dias, Jesus entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que Ele estava em casa. 2 Juntou-se muita gente, de modo que não se cabia, nem mesmo à porta. E Ele pregava-lhes a Palavra. 3 Nisto chegaram alguns conduzindo um paralítico que era transportado por quatro homens. 4 Como não pudessem levá-lo junto d'Ele por causa da multidão, descobriram o tecto na parte debaixo da qual estava Jesus e, tendo feito uma abertura, desceram o leito em que jazia o paralítico. 5 Vendo Jesus a fé daqueles homens, disse ao paralítico: «Filho, são-te perdoados os pecados». 6 Estavam ali sentados alguns escribas que diziam nos seus corações: 7 «Como é que Ele fala assim? Ele blasfema. Quem pode perdoar pecados senão Deus?». 8 Jesus, conhecendo logo no Seu espírito que eles pensavam desta maneira dentro de si, disse-lhes: «Porque pensais isto nos vossos corações?  9 O que é mais fácil dizer ao paralítico: “São-te perdoados os pecados” ou dizer: “Levanta-te, toma o teu leito e anda”?  10 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder de perdoar os pecados, 11 - disse ao paralítico -: Eu te ordeno: Levanta-te, toma o teu leito e vai para a tua casa». 12 Imediatamente ele se levantou e, tomando o leito, retirou-se à vista de todos, de maneira que se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: «Nunca vimos coisa semelhante».

Comentário:

De todos os milagres efectuados por Jesus, que os Evangelhos nos relatam, talvez que este seja o mais espectacular e completo, se assim podemos dizer.

A solidariedade, a falta de respeitos humanos, a esperança, a fé de­monstradas pelos amigos do paralítico não se deixando demover pelas dificuldades;

A confiança do paralítico deixando-se conduzir pelos seus amigos por mais insólitos que possam ser os meios que usam;

A confirmação do poder divino de Jesus que suscita a reacção dos es­cribas.

Tudo este episódio contém como numa lição completa sobre a actuação do Senhor quando a fé dos homens ė demonstrada sem rebuços ou falsas vergonhas.

(ama, comentário sobre Mc 2, 1-12, 2016.11.03)






Leitura espiritual


Leitura espiritual


A Cidade de Deus 


Vol. 1

LIVRO III

CAPÍTULO XIV

Guerra impiedosa dos Romanos contra os Albanos, e vitória al­cançada pela paixão de domínio.

Que aconteceu a seguir, depois de Numa, sob os outros reis? Quão grande mal foi, mesmo para os Romanos, a guerra que estes declararam aos Albanos! Com certeza que a longa paz de Numa se tinha deteriorado! Que incessantes carnificinas para os exércitos de Roma e de Alba até ao esgotamento das suas cidades! De facto foi provocada pelo rei Túlio Hostílio que aquela Alba, fundada por Ascânio, filho de Eneias, mãe de Roma mais chegada que a própria Tróia, entrou em guerra. Durante a luta, vibrou e recebeu duros golpes, até que de parte a parte se cansaram de tanta luta. Combinou-se então submeter a sorte da guerra a três irmãos de uma e outra parte. Apresentaram-se por parte dos Romanos os três Horácios e por parte dos Albanos os três Curiácios. Por três Curiácios foram vencidos e mortos dois Horários e depois por um Horácio os três Curiácios. E assim ficou Roma vitoriosa — mas, no combate final, com a desgraça de, a casa, só um dos seis ter voltado vivo. Para quem foi, de uma e outra parte, o prejuízo, para quem o luto, senão para a estirpe de Eneias, senão para os pósteros de Ascânio, senão para a prole de Vénus, senão para os netos de Júpiter? De facto, foi uma guerra mais que civil, esta em que a cidade-filha se bate contra a cidade-mãe.

Acresce a esta última pugna de três irmãos um mal atroz e horrível. Como ambos os povos eram antes amigos (pois eram vizinhos e parentes) a irmã dos Horácios estava noiva de um dos Curiácios. Porque ela chorava ao ver os despojos do seu noivo nas mãos do seu irmão vencedor, este matou-a.

Parece-me que o sentimento desta única mulher foi mais humano do que o de todo o povo romano. Chorando um homem a quem se mantinha fiel e talvez um irmão que matava aquele a quem prometera a irmã, não era ela, julgo eu, que derramava lágrimas culpáveis. Na verdade, porque é que, em Vergílio, o piedoso Eneias é louvado por ter chorado o inimigo morto às suas mãos? Porque é que Marcelo, ao recordar o prestígio e a glória de Siracusa, que, pouco depois, ia destruir com as suas próprias mãos, derramou lágrimas de piedade, comovido pela sorte comum dos mortais? Por favor, invoquemos o sentimento humano para vermos que uma mulher não comete crime por chorar o seu noivo assassinado pelo seu irmão — quando tantos homens foram louvados por chorarem os seus inimigos por si próprios vencidos. Mas quando esta mulher estava a chorar a morte do noivo perpetrada pelo irmão, regozijava-se então Roma por ter causado em batalha uma grande matança contra sua cidade mãe e por ter saído vitoriosa à custa do sangue fraterno derramado por ambas as partes.

 A que propósito me invocam a palavra louvor e a palavra glória? Removidos os obstáculos de uma louca opinião — vejamos os crimes na sua nudez, pesemo-los na sua nudez, julguemo-los na sua nudez! Proclama-se o crime de Alba como se proclamava o adultério de Tróia! Nada de tal, nada de semelhante se enxerga! foi apenas para despertar a coragem adormecida que
Tulo chama às armas e põe em pé de guerra as suas hostes desabituadas das vitórias [i]. Foi apenas este vício que perpetuou o tão grande crime de uma guerra entre associados e parentes. Foi a este enorme vício que Salústio de passagem se referiu, quando, depois de recordar, com fugidios louvores, os velhos tempos em que o homem vivia tranquilo, sem ambições, cada um satisfeito com o que tinha, acrescenta:
Mas, desde que começaram a submeter cidades e nações, — Ciro, na Ásia, os Lace demónios e os Atenienses, na Grécia— , declarava-se a guerra apenas por um motivo: a paixão do domínio, julgando-se que o máximo da glória estava no máximo do poder [ii] e o resto que se propunha dizer. A mim basta-me ter citado estas palavras. Esta paixão de domínio é que agita e esmaga o género humano com grandes males. Vencida então por esta paixão, Roma orgulhava-se por ter vencido Alba e dava ao seu crime o nome de glória. Diz a nossa Escritura:

O pecador é louvado pelos desejos da sua alma e o que pratica a iniquidade recebe bênçãos [iii].

Arranquemos pois aos factos as coberturas enganosas e o brilho ilusó­rio para os vermos num exame sincero. Ninguém me venha dizer: este ou aquele é grande porque combateu e venceu este ou aquele. Também os gladiadores lutam, também eles são vencedores, também essa crueldade tem o seu prémio de louvor. Mas julgo que é preferível ser punido por qualquer omissão, a buscar a glória daqueles combates. E, todavia, se na arena, um contra o outro, avançassem, para combaterem gladiadores, um dos quais fosse o pai e o outro o filho — quem suportaria tal espectáculo? Quem é que o não faria parar? 

Como é que então pode ser glorioso este conflito armado entre uma cidade mãe e uma cidade filha? Estará a diferença em que não havia arena mas largos campos, não com dois gladiadores mas cheios de cadáveres de numerosos filhos de dois povos? Ou estará em que esta luta se não desenrolou no recinto de um anfiteatro, mas no mundo inteiro e fornecendo um espectáculo ímpio aos vivos e aos vindouros em qualquer parte onde chegue a notícia do facto?

Todavia esses deuses protectores do Império Romano, contemplando estas lutas como espectadores de teatro, até ao momento em que a irmã dos Horácios foi atingida pelo ferro fraterno, sofriam contrariedade em seus desejos — porque, para três Curiácios mortos, era preciso, do lado dos Romanos, uma terceira vítima que se juntasse aos dois irmãos, para que Roma não contasse com menos mortos apesar de ter vencido. Seguidamente e como fruto da vitória, Alba foi destruída. Aí, depois de ílion, destruída pelos Gregos, depois de Lavínio, onde Eneias estabeleceu um reino de estrangeiros e de fugitivos, aí vieram habitar em terceiro lugar as divindades troianas. Mas talvez, segundo o seu costume, tenham já emigrado também de Alba — por isso, esta foi destruída. Tinham-se todos ido embora com certeza,    
abandonando altares e santuários, estes deuses [iv]
que mantinham de pé o Império! Já se tinham ido embora por três vezes para que, à quarta vez, Roma se encomendasse à sua grande providência! Na verdade, desagradava-lhes Alba, onde Amúlio reinava, depois de expulso o irmão; agradava-lhes Roma, onde Rómulo reinava, depois do assassínio do irmão. Dirão: mas antes que Alba fosse des­truída, o seu povo foi transferido para Roma, para que de uma e outra se fizesse uma só cidade.
Seja! Admito que assim tenha acontecido! Todavia aquela cidade, reino de Ascânio e terceiro domicílio dos deuses Troianos, foi cidade mãe, destruída pela cidade filha. E para fundir numa lamentável amálgama os restos dos dois povos poupados pela guerra, muito sangue se derramou de parte a parte. Para que hei-de eu contar em pormenor as demais guerras, sempre as mesmas, sob os restantes reis uma e outra vez repetidas? A vitória parecia que lhes punha cobro. Mas tantas vezes acabadas pelo preço de sangrentas carnificinas, depois da paz e de tratados, tantas e tantas vezes se reacenderam entre genros e sogros, entre filhos e netos! Não foi pequeno indício deste período calamitoso o facto de nenhum desses reis ter fechado as portas da guerra. Nenhum deles, portanto, reinou em paz sob a protecção de tantos deuses.

CAPÍTULO XV

O que foram a vida e a morte dos reis romanos.

Qual foi o fim destes reis? De Rómulo é testemunha a fábula aduladora que no-lo apresenta admitido no Céu. Mas alguns escritores relatam que, devido à sua ferocidade, foi esquartejado pelo Senado e que teriam subornado não sei que Júlio Próculo para dizer que ele lhe tinha aparecido e o tinha encarregado de avisar o Povo Romano de que era preciso que o venerassem entre os deuses. Deste modo se conteve e apaziguou o povo, que começava a insurgir-se contra o Senado. Verificou-se ainda um eclipse do Sol, que a multidão, ignorando que isso era devido a leis inalteráveis que regulam o seu curso, atribuiu aos méritos de Rómulo. Como se aquele suposto luto do Sol não indicasse antes que o rei tinha sido assassinado, denunciando a fuga da luz do dia a existência de um crime. Foi o que aconteceu, realmente, quando o Senhor foi crucificado pela crueldade e iniquidade dos Judeus. Esse obscurecimento do Sol não aconteceu conforme as leis normais do curso dos astros, pois era então a Páscoa judaica que se celebra na Lua cheia — e um eclipse regular do Sol só se produz na Lua nova.

Cícero dá mais ou menos a entender que a recepção de Rómulo entre os deuses é mais uma ficção do que uma realidade! Nos seus livros acerca da República louva-o com as palavras de Cipião:

Deixou de si um tão elevado conceito que, tendo desaparecido subitamente durante um eclipse do Sol, se julgou que ele tinha entrado na sociedade dos deuses — crença que jamais mortal algum conseguiu despertar sem uma alta fama de virtude [v].

(Com estas palavras eum subito non comparuisse— «tendo desapare­cido subitamente» — compreende-se na verdade que foi devido a tempestade violenta ou a morte criminosa secreta. Com efeito outros escritores acrescentam ao eclipse uma tempestade súbita que, sem dúvida, deu ocasião ao crime ou ela própria arrebatou Rómulo).

De Tulo Hostílio, terceiro rei de Roma, que foi fulminado por um raio, o citado Cícero refere, nos ditos livros, que não se acreditou na sua admissão entre os deuses a seguir a essa morte, com certeza porque essa honra legítima, isto é, geralmente reconhecida a Rómulo, não a quiseram os Romanos vulgarizar, aviltá-la, concedendo-a facilmente a outro. Cícero di-lo mesmo abertamente nas Catilinárias:

Ao fundador desta cidade, Rómulo, elevámo-lo nós de boa vontade à categoria dos deuses mortais, em face da fama adquirida [vi].

Estas palavras dão a entender que se trata não de um facto real, mas de uma opinião muito difundida por causa dos méritos da sua virtude. E Cícero no diálogo do Hortênsio, ao falar dos eclipses regulares do Sol, diz:

Para produzir as mesmas trevas que surgiram quando da morte de Rómulo, a qual se verificou durante um escurecimento do Sol [vii]

Pelo menos desta vez não teve o menor receio de falar da morte do homem, sendo então mais crítico do que panegirista.

E os restantes reis do Povo Romano, excepto Numa Pompílio e Anco Márcio, que morreram de doença, que horríveis fins tiveram! Tulo Hos­tílio, vencedor e destruidor de Alba, morreu queimado, como disse, por um raio, com toda a sua casa. Tarquínio Prisco foi assassinado pelos filhos do seu predecessor. Sérvio Túlio morreu devido a nefando crime de seu genro Tarquínio o Soberbo que lhe sucedeu no trono. E nem perante este parricídio cometido contra melhor rei daquele povo
depois de abandonados altares e santuários, se afastaram esses deuses [viii]
que, indignados com o adultério de Páris, abandonaram, diz-se, a mísera Tróia para permitirem aos Gregos que a destruíssem e a queimassem. Mais ainda: Tarquínio, depois de ter assassinado o sogro, sucedeu-lhe. E esses deuses viram este criminoso parricida reinar graças ao assassínio do sogro, gabar-se das suas numerosas guerras e vitórias, construir o Capitólio com os despojos dos vencidos, e não partiram; ficaram a ver Júpiter seu rei naquele altíssimo templo, isto é, na obra do parricida; e suportaram que Tarquínio os chefiasse e sobre eles reinasse! E não foi como homem inocente, ainda, que ele construiu o Capitólio, nem como um homem que só mais tarde seria expulso da Urbe pelos seus crimes. Foi devido ao cometimento do mais monstruoso dos crimes que chegou ao trono e construiu o Capitólio. Todavia, quando, posteriormente, os Romanos o destronaram e o expulsaram para fora dos muros da cidade, não foi por ter sido ele, mas seu filho quem violara Lucrécia na sua ausência e sem seu conhecimento. Nessa altura, sitiava ele a cidade de Árdea e conduzia a guerra pelo Povo Romano. Não sabemos o que ele faria se o crime de seu filho fosse levado ao seu conhecimento. E, contudo, sem conhecer o seu juízo, sem o aguardar, o povo tirou-lhe o poder, e quando o exército voltou, ordenou-lhe que o abandonasse, fechou-lhe as portas e proibiu-lhe a entrada. Seguiu-se uma guerra terrível em que ele, graças aos vizinhos que sublevou, esmagou os Romanos. Foi, porém, abandonado por aqueles com o concurso dos quais contava e não pôde reconquistar o poder. Retirou-se, segundo se conta, para Túsculo, perto de Roma, e aí viveu tranquilamente durante catorze anos, como simples cidadão, e lá envelheceu com sua mulher e teve uma morte sem dúvida mais invejável do que a do sogro que ele, seu genro, assassinou com a cumplicidade, conta-se, de sua filha. Todavia, os Romanos não chamaram a este Tarquínio «o cruel», ou «o cele­rado», mas «o soberbo», talvez porque a sua própria soberba não suportava a arrogância real. De facto, tiveram em tão pouca conta o homicídio por ele cometido contra o seu sogro — que tinham por um óptimo rei —, que dele fizeram seu rei. Fico assombrado ao pensar se recompensar um tão grande crime com tamanha honra não será crime maior ainda. E os deuses ainda desta vez não «abandonaram os seus santuários e os seus altares». A não ser que se alegue, em defesa destes deuses, que, se eles ficaram em Roma, foi mais para poderem punir com suplícios os Romanos do que para os socorrerem com benefícios, seduzindo-os com vãs vitórias e esmagando-os com terríveis guerras.

Foi esta a vida dos Romanos sob os reis, nos gloriosos tempos daquela república, até à expulsão de Tarquínio o Soberbo, durante cerca de duzentos e quarenta e três anos. Todas as vitórias foram alcançadas pelo preço de muito sangue e de grandes calamidades! E, todavia, com ela apenas se alargou o Império em vinte milhas à volta da Urbe — território que não se compara com o que hoje têm até algumas cidades da Getúlia.

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Vergílio, Eneida, VI, 814-815.
[ii] Salústio, Catilina, II, 2.
[iii] Salmo X, 3.
[iv] Vergílio, Eneida, II, 351.
[v] Cícero, De Republica, II, 10.
[vi] Id., Catii, III, 1.
[vii] Acerca do Hortensius, obra perdida de Cícero, veja-se: V. Michel Ruch, L ’Hortensius de Ciceron, Histoire et reconstitution, Paris, 1958
[viii] Vergílio, Eneida, II, 351.

Actos dos Apóstolos

Actos dos Apóstolos

II. EXPANSÃO DA IGREJA FORA DE JERUSALÉM [i]

Capítulo 10

Baptismo dos primeiros pagãos

44Pedro estava ainda a falar, quando o Espírito Santo desceu sobre quantos ouviam a palavra. 45E todos os fiéis circuncisos que tinham vindo com Pedro ficaram estupefactos, ao verem que o dom do Espírito Santo fora derramado também sobre os pagãos, 46pois ouviam-nos falar línguas e glorificar a Deus. Pedro, então, declarou: 47«Poderá alguém recusar a água do baptismo aos que receberam o Espírito Santo, como nós?»

48E ordenou que fossem baptizados em nome de Jesus Cristo. Então eles pediram-lhe que ficasse alguns dias com eles.



[i] (6,8-12,25)

Las 12 intenciones por las que el Papa Francisco pide rezar cada mes de 2017

Resultado de imagem para papa franciscoEstas son las 12 intenciones por las que el Papa Francisco pide rezar cada mes de 2017
El Papa Francisco ha pedido que se rece por una intención cada mes
Desde 1879 el Papa ha confiado cada año al Apostolado de la Oración – hoy denominado Red Mundial de Oración- una intención universal por la que rezar. Y por ello durante más de un siglo millones de católicos han rezado por las intenciones de oración que les ha pedido el Santo Padre.

Para este 2017, el Papa Francisco les ha confiado una sola intención de oración al mes por las que hace falta una necesidad importante de rezar. Estas son las peticiones del Papa mes a mes:

Enero: Los cristianos al servicio de los desafíos de la humanidad  
Por todos los cristianos, para que, fieles a las enseñanzas del Señor, aporten con la oración y la caridad fraterna, a restablecer la plena comunión eclesial, colaborando para responder a los desafíos actuales de la humanidad.

Febrero: Acoger a los necesitados
Por aquellos que están agobiados, especialmente los pobres, los refugiados y los marginados, para que encuentren acogida y apoyo en nuestras comunidades.

Marzo: Ayudar a los cristianos perseguidos
Por los cristianos perseguidos, para que experimenten el apoyo de toda la Iglesia, por medio de la oración y de la ayuda material.

Abril: Jóvenes
Por los jóvenes, para que sepan responder con generosidad a su propia vocación; considerando seriamente también la posibilidad de consagrarse al Señor en el sacerdocio o en la vida consagrada.

Mayo: Cristianos de África, testigos de la paz
Por los cristianos de África, para que den un testimonio profético de reconciliación, de justicia y paz, imitando a Jesús Misericordioso.

Junio: Universal: Eliminar el comercio de las armas
Por los responsables de las naciones, para que se comprometan con decisión a poner fin al comercio de las armas, que causa tantas víctimas inocentes.

Julio: Los alejados de la fe cristiana
Por nuestros hermanos que se han alejado de la fe, para que, a través de nuestra oración y el testimonio evangélico, puedan redescubrir la cercanía del Señor misericordioso y la belleza de la vida cristiana.

Agosto: Por los artistas
Por los artistas de nuestro tiempo, para que, a través de las obras de su creatividad, nos ayuden a todos a descubrir la belleza de la creación.

Septiembre: Parroquias al servicio de la misión
Por nuestras parroquias, para que, animadas por un espíritu misionero, sean lugares de transmisión de la fe y testimonio de la caridad.

Octubre: Derechos de los trabajadores y desempleados
Por el mundo del trabajo, para que a todos les sean asegurados el respeto y la protección de sus derechos y se dé a los desempleados la oportunidad de contribuir a la construcción del bien común.

Noviembre: Testimoniar el Evangelio en Asia
Por los cristianos de Asia, para que, dando testimonio del Evangelio con sus palabras y obras, favorezcan el diálogo, la paz y la comprensión mutua, especialmente con aquellos que pertenecen a otras religiones.

Diciembre: Por los ancianos
Por los ancianos, para que sostenidos por las familias y las comunidades cristianas, colaboren con su sabiduría y experiencia en la transmisión de la fe y la educación de las nuevas generaciones.

Pequena agenda do cristão


Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?