04/12/2011

Preparando o Natal


                                 Oração do Natal

Menino Jesus: 

Este Natal quisera receber-te com aquele enlevo e carinho de Tua Santíssima Mãe, com a atenção e cuidados de São José, com a alegria e simplicidade dos Pastores de Belém.
São Josemaria, ajudai-me nestes propósitos.


ama, Advento 2011

Música e repouso

 Beethoven: Missa Solemnis, Agnus Dei (1) 


selecção ALS

Fortaleza do amor 3

São dois, os sentimentos humanos que se caracterizam pela sua força; um é o amor e o outro é o ódio. Como bem sabemos, o ódio é a antítese do amor. É a negação do amor, onde não há amor, nasce de imediato o ódio, o vazio que a não existência de amor deixa, imediatamente se enche com o ódio. E ao dizer ódio, há que pensar que este tem uma longa escala de intensidades, que podem ir desde a simples antipatia, até ao que nós chamamos ódio africano. Parece que o cartaginês Animal jurou desde criança, ódio aos romanos, e daqui a expressão atribuída pelos romanos, referindo-se à origem africana de Cartago e por suposto de Aníbal.

A natureza de Deus é o amor e nada mais que o amor, a nossa deveria de ser igual, mas não o será até que, purificados plenamente aceitemos o amor a Deus com carácter definitivo, Agora aqui em baixo flutuamos entre um débil amor a Deus, e um descarado e perigoso flirt com o ódio que nos atiça o nosso eterno inimigo, o demónio que está sempre espreita. Só quando tenhamos superado a nossa prova de amor, poderemos pensar que a nossa natureza é como a dos anjos uma natureza de amor. E aquele que não tenha superado, ainda que pelos cabelos a prova de amor e não final não tenha aceite o amor que Deus constantemente lhe esteve oferecendo, verá como a sua natureza se transforma numa natureza de ódio, como é a do demónio, pela qual lhe é impossível fazer um simples acto de amor, pois o amor de Deus ao retirar-se da sua natureza, esta encheu-se de ódio a tudo, a todos, e a si próprio.

(juan do carmelo, trad ama)

Vocação

A nossa vocação exige a santidade que não é uma santidade comum, não é só exímia mas heróica.


Falo aqui sem dar à palavra santidade o sentido teológico, mas o comum, com o qual uns dizem de outra pessoa: é um santo!



Santidade heróica: é uma exigência da chamada que recebemos. 
Temos que ser santos de verdade, autênticos, e se não, fracassámos. 



(Instrução, Maio 1935)

Perguntas e respostas sobre Jesus de Nazaré. 47

Jesus de Nazaré


Porque é que na Missa se repete o ‘Hossana’ do Domingo de Ramos?






“Para a igreja nascente o ‘Domingo de Ramos’ não era uma coisa do passado. Assim como então o Senhor entrou na Cidade Santa no lombo do asno, assim também a Igreja o via chegar sempre novamente sob a humilde aparência do pão e o vinho”















55 Preguntas y respuestas sobre Jesús de Nazaret, extraídas del libro de Joseph Ratzinger-Benedicto XVI: “Jesús de Nazaret. Desde la Entrada en Jerusalén hasta la Resurrección”, Madrid 2011, Ediciones Encuentro. Página 81-82, marc argemí, trad. ama

Nunca amarás bastante

Textos de São Josemaria Escrivá

Os verdadeiros obstáculos que te separam de Cristo – a soberba, a sensualidade... – superam-se com oração e penitência. E rezar e mortificar-se é também ocupar-se dos outros e esquecer-se de si próprio. Se viveres assim, verás como a maior parte dos contratempos que tens, desaparecem. (Via Sacra, Estação X. n. 4).

Falas e não te escutam. E, se te escutam, não te entendem. És um incompreendido!... De acordo. De qualquer forma para que a tua cruz tenha todo o relevo da Cruz de Cristo, é preciso que trabalhes agora assim, sem te ligarem importância. Outros te entenderão. (Via Sacra, Estação III. n. 4).

Quantos, com a soberba e a imaginação, se metem nuns calvários que não são de Cristo!
A Cruz que deves levar é divina. Não queiras levar nenhuma cruz humana. Se alguma vez caíres nessa armadilha, rectifica imediatamente: bastar-se-á pensar que Ele sofreu infinitamente mais por nosso amor. (Via Sacra, Estação III. n. 5).

Por muito que ames, nunca amarás bastante.
O coração humano tem um coeficiente de dilatação enorme. Quando ama, dilata-se num crescendo de carinho que supera todas as barreiras.
Se amas o Senhor, não haverá criatura que não encontre lugar no teu coração. (Via Sacra, Estação VIII. n. 5).

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Ideais

E se o ideal não se consegue? 


Tornar realidade um ideal exige um esforço constante mais ou menos longo. 


Se não se alcança, ao menos tentou-se e esse esforço terá ampliado a generosidade do coração.






Ideasrapidas, trad ama

Felicidade

Reflectindo

Como é sabido existem diversos graus desta "felicidade”. A sua expressão mais nobre é a alegria ou "felicidade" no sentido estrito, quando o homem, a nível das suas faculdades superiores, encontra a satisfação na posse de um bem conhecido e amado. Com maior razão conhece a alegria e felicidade espirituais quando o seu espírito entra na posse de Deus, conhecido e amado como bem supremo e imutável. A sociedade tecnológica logrou multiplicar as ocasiões de prazer, mas encontra muita dificuldade em criar a alegria. Porque a alegria tem outra origem: é espiritual. O dinheiro, o conforto, a higiene, a segurança material, não faltam com frequência; todavia, o tédio, a aflição, a tristeza, formam parte, por desgraça, da vida de muitos.

(paulo vi, Exortação Apostólica Gaudete in Domino, Roma, 1975.05.09)

Reflectindo



Não se podendo contar com a fé, por ser posterior à Revelação, para 
provar convenientemente, ao ateu, a existência de Deus, nem aos sequazes do naturalismo e do fatalismo, a espiritualidade e a liberdade da alma humana, pode contar-se com absoluta certeza, com a razão.

(denzinger, Enchiridion, nr. 1506)


Evangelho do dia e comentário

Perante a vinda eminente do Senhor, os homens devem dispor-se interiormente, fazer penitência dos seus pecados, rectificar a sua vida para receber a graça especial divina que traz o Messias. Tudo isso significa esse aplanar os montes, rectificar e suavizar os caminhos de que fala o Baptista. (...) A Igreja na sua liturgia do Advento anuncia-nos todos os anos a vinda de Jesus Cristo, Salvador nosso, e exorta cada cristão a essa purificação da sua alma mediante uma renovada conversão interior[i]


Domingo da II semana do Advento 04 de Dezembro – S. João Damasceno, Doutor da Igreja

Evangelho: Mc 1, 1-8

1 Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. 2 Conforme está escrito na profecia de Isaías: “Eis que envio o Meu mensageiro diante de Ti, o qual preparará o Teu caminho”. 3 Voz do que brada no deserto: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as Suas veredas”. 4 Apareceu João Baptista no deserto, pregando o baptismo de penitência para remissão dos pecados. 5 E ia ter com ele toda a região da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém, e eram baptizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. 6 Andava João vestido de pêlo de camelo, trazia um cinto de couro atado à volta dos rins e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. 7 E pregava, dizendo: «Depois de mim vem Quem é mais forte do que eu, a Quem eu não sou digno de me inclinar para Lhe desatar as correias das sandálias. 8 Eu tenho-vos baptizado em água, Ele, porém, baptizar-vos-á no Espírito Santo».

Comentário:

A figura inconfundível de João avulta no início da História da Salvação como o “pilar” onde assenta a eminente chegada do Messias Salvador.
A sua missão é bem clara e, ele próprio, a esclarece: preparar encontro definitivo de Cristo com os homens.
Há uma grandeza extraordinária na missão do Precursor que só um eleito, como ele o foi, poderia levar a cabo.
Todos os profetas que o antecederam como que se apagam na sua figura: 

Ele é o último profeta da história humana. 

O que veio anunciar não acontecerá passados séculos ou anos… mas de imediato.

O Messias já está entre os homens e é preciso que João O indique para que O reconheçam e, reconhecendo-o, oiçam as Suas palavras de vida eterna e O sigam.

(ama, comentário sobre Mc 1, 1-8, 2011.11.07)


Vivendo o Advento

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Tratado De Deo Trino 29

Questão 33: Da Pessoa do Pai.

Art. 2 — Se o nome de Pai é propriamente nome de Pessoa divina.

(Infra, q. 40, a. 2).

O segundo discute-se assim. — Parece que o nome de Pai não é propriamente nome de Pessoa divina.

1. — Pois, o nome de Pai significa uma relação. Ora, a pessoa é uma substância indivi­dual. Logo, o nome de Pai não é propriamente significativo de pessoa.

2. Demais. — Generante tem significação mais geral do que pai; pois, todo pai é generante, não porém inversamente. Ora, o nome de significação mais geral, mais propriamente se aplica a Deus, como se viu [i]. Logo, mais propriamente se aplica à Pessoa divina o nome de generante e o de genitor, que o de Pai.

3. Demais. — Nenhum nome metafórico pode ser aplicado em sentido próprio. Ora, o verbo, em nós, metaforicamente se chama genito, ou prole; e por consequência, aquele de quem o verbo procede metaforicamente se chama pai. Logo, em Deus, o princípio do Verbo não se pode propriamente chamar Pai.

4. Demais. — Tudo quanto propriamente se diz de Deus, dele e não das criaturas sé diz primariamente. Ora, a geração a título primário não se atribui a Deus, mas às criaturas, segundo parece; pois, mais verdadeiramente parece que há a geração onde um ser procede de outro, distinto este, daquele, não só relativa mas ainda essencialmente. Logo, o nome de pai, originado da geração, não é próprio a nenhuma das divinas pessoas.

Mas, em contrário, a Escritura (Sl 88, 27): Ele me invocará dizendo: Tu és meu Pai.

O nome próprio de uma pessoa significa aquilo pelo qual ela se distingue de todas as outras. Assim, pois, como da natureza do homem é o ter alma e corpo, assim da ideia de tal homem é tal alma e tal corpo, como diz o Filósofo [ii]; porquanto é dessa maneira que tal homem se distingue dos outros. Ora, o que distingue a pessoa do Pai de todas as outras é a paternidade. Logo, o nome próprio dessa pes­soa é Pai, significativo da paternidade.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. — Em nós, a relação não é uma pessoa subsistente. Por isso, o nome de pai, em nós, não significa a pessoa mas a sua relação. Ora, em Deus, não é assim, como alguns falsamente opinaram, porque a relação que significa o nome de Pai é uma pessoa subsistente. Por isso dissemos [iii], que o nome de pessoa em Deus significa relação sub­sistente na divina natureza.

RESPOSTA À SEGUNDA. — A denominação de um ser deve se tirar sobretudo da sua perfeição e do seu fim, como diz o Filósofo [iv]. Ora, a gera­ção exprime o vir à ser; ao passo que a pater­nidade significa o complemento da geração. Por onde, mais próprio é da divina pessoa o nome de pai do que o de generante ou genitor.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Em a natureza hu­mana, o verbo, não sendo nada de subsistente, não se pode propriamente chamar genito ou filho. Ao contrário, o Verbo divino é uma rea­lidade subsistente em a natureza divina; por isso própria e não metaforicamente se chama Filho; e o seu princípio, Pai.

RESPOSTA À QUARTA. — Os nomes de geração, paternidade e outros que propriamente se atri­buem a Deus, primeiro se predicam dele que das criaturas, quanto à realidade significada, em­bora não quanto ao modo de significar. Daí o dizer a Escritura (Ef 3, 14-15): Dobro eu os meus joelhos diante do Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a paternidade toma o nome nos céus e na terra. E isto assim se explica. É mani­festo que do seu termo — a forma do gerado — é que a geração recebe a sua espécie. E quanto mais tal forma estiver próxima da do generante, tanto mais verdadeira e perfeita será a geração; assim, a geração unívoca é mais perfeita que a não unívoca, por ser da natureza do generante o gerar o que lhe é seme­lhante pela forma. Donde, o fato mesmo de se identificarem numericamente, em Deus, as formas do generante e do genito, e de nas coisas criadas se não identificarem numérica, mas apenas especificamente, mostra que a geração, e por consequência a paternidade, primeiro se atribui a Deus que às criaturas. Logo, o haver em Deus distinção entre o genito e o generante, mas apenas quanto à relação, pertence à ver­dade da divina geração e paternidade.

SÃO TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica,



[i] Q. 33, a. 1.
[ii] VII Metaphys., c. 10.
[iii] Q. 29, a. 4.
[iv] II de Anima, c. 4.