09/08/2015

NUNC COEPI o que pode ver em 09 Ago

O que pode ver em NUNC COEPI em Ago 09

São Josemaria - Textos

História de uma alma (Stª Teresinha do Menino Jesus), Stª Teresinha do Menino Jesus

AMA - Comentários ao Evangelho Jo 6 41-51, Amigos de Deus (S. Josemaria), São Josemaria Escrivá

Aborto, Defesa da vida


Agenda Domingo

Evangelho, comentário, L. Espiritual


Tempo comum XIX Semana


Evangelho: Jo 6, 41-51

41 Murmuravam então d'Ele os judeus, porque dissera: «Eu sou o pão que desceu do céu».42 Diziam: «Porventura não é este aquele Jesus, filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como, pois, diz Ele: Desci do céu?». 43 Jesus, replicando, disse-lhes: «Não murmureis entre vós. 44 Ninguém pode vir a Mim se o Pai que Me enviou não o atrair; e Eu o ressuscitarei no último dia. 45 Está escrito nos profetas: “E serão todos ensinados por Deus”. Portanto, todo aquele que ouve e aprende do Pai, vem a Mim. 46 Não porque alguém tenha visto o Pai, excepto Aquele que vem de Deus; Esse viu o Pai. 47 Em verdade, em verdade vos digo: O que crê em Mim tem a vida eterna. 48 Eu sou o pão da vida. 49 Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. 50 Este é o pão que desceu do céu para que aquele que dele comer não morra. 51 Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente; e o pão que Eu darei é a Minha carne para a salvação do mundo».

Comentário:

Jesus Cristo deixa bem claro porque instituiu a Eucaristia: «para a salvação do mundo».

A Comunhão Eucarística pode, com propriedade, chamar-se “penhor de vida eterna” já que torna quem a pratica em verdadeiro seguidor do Cristo que salva.

É também o viático que acompanha a nossa alma na “viagem” para o Pai de forma segura e completa.

(ama, comentário sobre Jo 6, 44-51, 2015.04.23)

Leitura espiritual




São Josemaria Escrivá

Amigos de Deus

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Os discípulos, todavia - escreve S. João - não sabiam que era Jesus. Disse-lhes, pois, Jesus: Moços, tendes alguma coisa de comer?
Esta cena tão familiar de Cristo, a mim, enche-me de alegria.
Que diga isto Jesus Cristo, Deus!
Ele, que já tem corpo glorioso!
Lançai a rede para o lado direito da barca e encontrareis.
Lançaram a rede e já não a podiam tirar por causa da grande quantidade de peixes.
Agora compreendem.
Recordam o que tinham ouvido tantas vezes dos lábios do Mestre: pescadores de homens, apóstolos!...
E compreendem que tudo é possível, porque é Ele quem dirige a pesca.

Então aquele discípulo que Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor!
O amor vê.
E de longe.
O amor é o primeiro a captar aquela delicadeza.
O Apóstolo adolescente, com o firme carinho que sentia por Jesus, pois amava Cristo com toda a pureza e toda a ternura de um coração que nunca se corrompera, exclamou: É o Senhor!

Simão Pedro, mal ouviu dizer que era o Senhor, cingiu a túnica e lançou-se ao mar.
Pedro é a fé.
 E lança-se ao mar, com uma audácia maravilhosa.
Com o amor de João e a fé de Pedro, aonde podemos nós chegar!?

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As almas são de Deus

Os outros discípulos foram com a barca, porque não estavam distantes de terra, senão duzentos côvados, tirando a rede cheia de peixes. Em seguida põem a pesca aos pés do Senhor, porque é sua, para que aprendamos que as almas são de Deus, que ninguém nesta terra pode atribuir a si mesmo essa propriedade, que o apostolado da Igreja - a palavra e a realidade da salvação - não se baseia no prestígio de algumas pessoas, mas na graça divina.

Jesus Cristo interroga Pedro por três vezes, como se lhe quisesse dar a oportunidade de reparar a sua tripla negação.
Pedro já aprendeu, escarmentado com a sua própria miséria: está profundamente convencido de que são inúteis aqueles seus alardes temerários; tem consciência da sua debilidade.
Por isso, põe tudo nas mãos de Cristo: Senhor, tu sabes que eu te amo... Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo.
E que responde Cristo?
Apascenta os meus cordeiros; apascenta as minhas ovelhas.
Não as tuas, não as vossas; as minhas!
Porque foi Ele quem criou o homem, Ele quem o redimiu, Ele quem comprou cada alma, uma a uma, repito, com o preço do seu Sangue.

Quando os donatistas, no século V, lançavam os seus ataques contra os católicos, diziam ser impossível que o bispo de Hipona, Agostinho, professasse a verdade, porque tinha sido um grande pecador. E Santo Agostinho sugeria aos seus irmãos na fé como haviam de replicar: Agostinho é bispo na Igreja Católica.
Ele leva a carga, de que há-de dar contas a Deus.
Conheci-o entre os bons.
Se é mau, ele o sabe; se é bom, nem por isso deposito nele a minha esperança.
Porque a primeira coisa que aprendi na Igreja Católica foi a não pôr a minha esperança num homem.

Não fazemos o nosso apostolado.
Então, como havemos de dizer?
Fazemos - porque Deus o quer, porque assim no-lo mandou: ide por todo o mundo e pregai o Evangelho - o apostolado de Cristo.
Os erros são nossos; os frutos, do Senhor.

268
        
Audácia para falar de Deus

E como realizaremos esse apostolado?
Antes de mais, com o exemplo, vivendo de acordo com a Vontade do Pai, como Jesus Cristo nos revelou com a sua vida e os seus ensinamentos.
Fé verdadeira é aquela que não permite que as acções contradigam o que se afirma com as palavras.
Devemos medir a autenticidade da nossa fé examinando a nossa conduta pessoal. Se não nos esforçamos por realizar com os nossos actos o que confessamos com os lábios, não somos sinceramente crentes

269
         
Vem agora a propósito recordar um episódio que põe em evidência o esplêndido vigor apostólico dos primeiros cristãos.
Não tinha passado um quarto de século desde que Jesus subira aos céus e já em muitas cidades e povoados se propagava a sua fama.
A Éfeso chega um homem chamado Apolo, varão eloquente e versado nas Escrituras.
Estava instruído no caminho do Senhor; pregava com fervor de espírito e ensinava com exactidão o que dizia respeito a Jesus, embora só conhecesse o baptismo de João.

Na mente desse homem já se tinha insinuado a luz de Cristo.
Ouvira falar d'Ele e anuncia-o aos outros.
Mas ainda lhe faltava um pouco de caminho para se informar melhor, abraçar totalmente a fé e amar deveras o Senhor.
Áquila e Priscila, um casal em que ambos são cristãos, ouvem as suas palavras e não ficam inactivos, indiferentes.
Não pensam: este já sabe bastante; não temos por que lhe dar lições.
Como eram almas com autêntica preocupação apostólica, foram ter com Apolo, levaram-no consigo e instruíram-no mais a fundo na doutrina do Senhor.

270
        
Admirai também o comportamento de S. Paulo: prisioneiro, por divulgar os ensinamentos de Cristo, não desaproveita ocasião alguma para difundir o Evangelho. Diante de Festo e Agripa, não duvida em declarar: Graças ao auxílio de Deus, perseverei até ao dia de hoje, dando testemunho da verdade a pequenos e grandes, não pregando senão o que Moisés e os profetas disseram que havia de suceder: que Cristo havia de padecer, e que seria o primeiro a ressuscitar dos mortos, e que anunciaria a luz a este povo e aos gentios.

O apóstolo não se cala, não oculta a sua fé nem a actividade apostólica que tinha provocado o ódio dos seus perseguidores; continua a anunciar a salvação a toda a gente.
E com uma audácia maravilhosa enfrenta-se com Agripa: Crês, ó rei Agripa, nos profetas? Eu sei que crês.
Quando Agripa comenta: Por pouco não me persuades a fazer-me cristão, Paulo disse-lhe: Prouvera a Deus que, por pouco ou muito, não somente tu, mas também quantos me ouvem se fizessem hoje tais como eu sou, menos estas cadeias.

271 
       
Donde tirava S. Paulo esta força?
Omnia possum in eo qui me confortat!
Tudo posso, porque só Deus me dá esta fé, esta esperança, esta caridade.
Custa-me muito acreditar na eficácia sobrenatural de um apostolado que não esteja apoiado, solidamente centrado, numa vida de contínua intimidade com o Senhor.
E isto no meio do trabalho, dentro de casa ou no meio da rua, com todos os problemas mais ou menos importantes que surgem todos o dias.
Em qualquer sítio onde se esteja, mas com o coração em Deus.
E então as nossas palavras e as nossas acções - até as nossas misérias! - exalarão o bonus odor Christi, o bom odor de Cristo, que os outros forçosamente hão-de sentir: aí está um verdadeiro cristão.

272        

Se cedesses à tentação de perguntar a ti mesmo: quem me manda a mim meter-me nisto? teria de responder-te: manda-to, pede-to o próprio Cristo.
A messe é grande e os operários são poucos.
Rogai, pois, ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe.
Não digas, comodamente: eu para isto não sirvo; para isto já há outros; não estou feito para isto...
Não.
Para isto não há outros.
Se tu pudesses falar assim, todos podiam dizer a mesma coisa.
O pedido de Cristo dirige-se a todos e cada um dos cristãos. Ninguém está dispensado: nem por razões de idade, nem de saúde, nem de ocupação.
Não há desculpas de nenhum género.
Ou produzimos frutos de apostolado ou a nossa fé será estéril.

273
         
Além disso, quem disse que para falar de Cristo, para difundir a sua doutrina, era preciso fazer coisas especiais, fora do comum?
Faz a tua vida normal; trabalha onde estás a trabalhar, procurando cumprir os deveres do teu estado, acabar bem o que é próprio da tua profissão ou do teu ofício, superando-te, melhorando-te dia-a-dia.
Sê leal, compreensivo com os outros e exigente contigo mesmo.
Sê mortificado e alegre.
Será esse o teu apostolado.
E, sem saberes porquê, tendo perfeita consciência das tuas misérias, os que te rodeiam virão ter contigo e, numa conversa natural, simples - à saída do trabalho, numa reunião familiar, no autocarro, ao dar um passeio, em qualquer parte - falareis de inquietações que em todas as almas existem, embora às vezes alguns não queiram dar por isso.
Mas cada vez as perceberão melhor, desde que comecem a procurar Deus a sério.

Pede a Maria, Regina apostolorum, que te decidas a participar nas ânsias de sementeira e de pesca que estão no Coração do seu Filho. Garanto-te que, se começares, terás a barca cheia, como os pescadores da Galileia.
E Cristo na margem, à tua espera. Porque a pesca é sua.

(cont)



Defesa da vida

Questões sobre o aborto

2: “Crianças não queridas”?

…/2

Antes de procurar defender a não razoabilidade deste pretexto [i] para a legalização o aborto, convido a ler um excerto de um artigo de G. K. Chesterton sobre Malthus, aquele que defendia que a população crescia em progressão geométrica enquanto os bens apenas o faziam em progressão aritmética:

«Malthus queria que o seu argumento fosse um argumento contra a reforma social.
Nunca pensou em utilizá-lo de outra maneira, excepto como um argumento contra qualquer reforma social (...)
Preveniu as pessoas contra qualquer ímpeto de generosidade que levasse a dar esmola.
A sua teoria era sempre como um jarro de água fria deitada sobre qualquer proposta de dar uma propriedade ao homem pobre ou dar-lhe melhores condições de vida.
Tal é a nobre história do nascimento do controlo de natalidade».

Isto é, Malthus apresentou razões pelas que, segundo ele, não se devia elevar o nível social dos pobres: no fundo, porque seria sempre inútil.
Em vez de procurar erradicar a pobreza, abriu a via para erradicar os pobres sugerindo que eles deviam deixar de ter filhos.

(cont)



[i] Vd post anterior (dia 8)

Aprendei a fazer o bem

Quando estiveres com uma pessoa, tens de ver nela uma alma: uma alma que é preciso ajudar, que é preciso compreender, com quem é preciso conviver e que é preciso salvar. (Forja, 573)

Agrada-me citar umas palavras que o Espírito Santo nos comunica pela boca do profeta Isaías: discite benefacere, aprendei a fazer o bem. (...)

A caridade para com o próximo é uma manifestação do amor a Deus. Por isso, ao esforçarmo-nos por melhorar nesta virtude, não podemos fixar nenhum limite. Com o Senhor, a única medida é amar sem medida, pois, por um lado jamais chegaremos a agradecer suficientemente o que Ele tem feito por nós e, por outro, assim se revela o mesmo amor de Deus às suas criaturas: com excesso, sem cálculo, sem fronteiras.


A misericórdia não se limita a uma simples atitude de compaixão; a misericórdia identifica-se com a superabundância da caridade que, ao mesmo tempo, traz consigo a superabundância da justiça. Misericórdia significa manter o coração em carne viva, humana e divinamente repassado por um amor rijo, sacrificado e generoso. (Amigos de Deus, 232)

Pequena agenda do cristão



DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé.

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Temas para meditar - 482

Valentia de ser cobarde



A cada nova ocasião de combate, a cada nova provocação do inimigo, porto-me com valentia; sabendo que seria uma cobardia bater-me em duelo, viro costas ao adversário, sem nunca me defrontar com ele...


(Stª teresinha do menino jesus, História de uma alma, LAI, 11ª ed., pg. 199)