2: “Crianças não queridas”?
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Antes de procurar defender a não
razoabilidade deste pretexto [i] para a
legalização o aborto, convido a ler um excerto de um artigo de G. K. Chesterton
sobre Malthus, aquele que defendia que a população crescia em progressão
geométrica enquanto os bens apenas o faziam em progressão aritmética:
«Malthus queria que o seu argumento
fosse um argumento contra a reforma social.
Nunca pensou em utilizá-lo de outra
maneira, excepto como um argumento contra qualquer reforma social (...)
Preveniu as pessoas contra qualquer
ímpeto de generosidade que levasse a dar esmola.
A sua teoria era sempre como um jarro
de água fria deitada sobre qualquer proposta de dar uma propriedade ao homem
pobre ou dar-lhe melhores condições de vida.
Tal é a nobre história do nascimento
do controlo de natalidade».
Isto é, Malthus apresentou razões
pelas que, segundo ele, não se devia elevar o nível social dos pobres: no
fundo, porque seria sempre inútil.
Em vez de procurar erradicar a
pobreza, abriu a via para erradicar os pobres sugerindo que eles deviam deixar
de ter filhos.
(cont)
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