09/08/2015

Defesa da vida

Questões sobre o aborto

2: “Crianças não queridas”?

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Antes de procurar defender a não razoabilidade deste pretexto [i] para a legalização o aborto, convido a ler um excerto de um artigo de G. K. Chesterton sobre Malthus, aquele que defendia que a população crescia em progressão geométrica enquanto os bens apenas o faziam em progressão aritmética:

«Malthus queria que o seu argumento fosse um argumento contra a reforma social.
Nunca pensou em utilizá-lo de outra maneira, excepto como um argumento contra qualquer reforma social (...)
Preveniu as pessoas contra qualquer ímpeto de generosidade que levasse a dar esmola.
A sua teoria era sempre como um jarro de água fria deitada sobre qualquer proposta de dar uma propriedade ao homem pobre ou dar-lhe melhores condições de vida.
Tal é a nobre história do nascimento do controlo de natalidade».

Isto é, Malthus apresentou razões pelas que, segundo ele, não se devia elevar o nível social dos pobres: no fundo, porque seria sempre inútil.
Em vez de procurar erradicar a pobreza, abriu a via para erradicar os pobres sugerindo que eles deviam deixar de ter filhos.

(cont)



[i] Vd post anterior (dia 8)

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