05/06/2015

O que pode ver em NUNC COEPI em 05 de Junho

O que pode ver em NUNC COEPI em Jun 05

São Josemaria – Textos

História de uma alma ( Stª Teresa do Menino Jesus), Leitura espiritual, Santa Teresinha do Menino Jesus

A beleza de ser cristão (Ernesto Juliá), Ernesto Juliá Diaz

Suma Teológica - Tratado da Vida de Cristo - Quest 28- Art 1,São Tomás de Aquino


Agenda Sexta-Feira

Evangelho, comentário, L. Espiritual (A beleza de ser cristão)



Tempo comum IX Semana


Evangelho: Mc 12 35-37

35 Continuando a ensinar no templo, Jesus tomou a palavra e disse: «Como dizem os escribas que o Cristo é filho de David? 36 O mesmo David inspirado pelo Espírito Santo diz: “Disse o Senhor ao Meu Senhor: Senta-Te à Minha direita, até que Eu ponha os Teus inimigos debaixo dos Teus pés”. 37 O próprio David, portanto, chama-Lhe Senhor; como é Ele, pois, seu filho?». A numerosa multidão ouvia-O com gosto.

Comentário:


 O Senhor explica quanto a Ele próprio diz respeito. Fá-lo de forma clara com perguntas cuja resposta encerram a verdade acerca da Sua Pessoa.

Mas, além disso, com uma explanação lógica que não admite refutação.

E, assim mesmo, o entendeu a numerosa multidão que o ouvia com gosto, segundo relata o Evangelista.

(AMA, comentário sobre Mc 12, 35-37, 2015.06.02)

Leitura espiritual



a beleza de ser cristão

SEGUNDA PARTE

COMO SER CRISTÃOS




v o que é verdadeiramente uma conversão?


        …/2



        Todo o cristão adulto consciente das suas misérias, dos seus pecados e do amor que Deus lhe tem, aceita humildemente o convite de Cristo e põe em marcha dentro do seu espírito toda a riqueza da conversão original e primeira com poderíamos chamar-lhe.

        Arrepende-se: primeiro passo de qualquer conversão.
Umas vezes será o arrependimento por um pecado, outras por um desamor para com Deus, noutras ocasiões a consciência da própria debilidade, da fragilidade, da falta de generosidade nas quais não se descobre uma chamada de Deus.
O homem pode sempre encontrar motivos para pedir perdão a Deus e voltar o seu coração para Ele e, assim, amá-lo mais.

        O arrependimento origina no arrependido uma disposição mais profunda para descobrir a verdade e nela assentar o seu espírito.
E origina-se assim um segundo passo de qualquer conversão: Acreditai no Evangelho.

        Neste processo o «acreditai no Evangelho» podemos resumi-lo em acreditar em Cristo, que é «o caminho, a verdade, a vida».
Acreditando em Cristo, desenvolvendo a verdade que Cristo é «o Filho de Deus feito homem» o cristão descobre a verdade que o constitui na sua realidade mais profunda: a filiação divina.
To o cristão consciente de ser «filho de Deus em Cristo» e consciente de necessitar do perdão de Deus pode dizer que tem o rosto no Senhor, que está convertido em Deus e para Deus.

        Quando podemos dizer que há verdadeira «conversão»?
Esta pergunta, na realidade, ainda que possa responder-se dizendo que sempre que há arrependimento e regresso a Deus há conversão, também pode revelar-se desnecessária.
Porquê?
Simplesmente porque toda a vida cristã – na medida em que é uma busca do reino de Deus – no seu verdadeiro e profundo significado, é uma conversão contínua: tudo se «nos dará por acrescento».

        Pode haver momentos especialmente assinalados mas não há-de ser necessariamente assim.
E sabemos que o baptizado se converte em filho de Deus, ao receber a Graça, «certa participação na vida divina».
Essa Graça é, na realidade, uma nova vida – a vida cristã – que o baptizado, o cristão, começa já a desenvolver desde o momento que a recebe.
E, ao mesmo tempo, a plenitude da sua pessoa vai surgindo no âmbito dessa Graça.
Este é um processo do qual talvez não sejamos de todo conscientes mas que alcança passo a passo todas as facetas do nosso ser humano, sem nunca chegar a terminar totalmente.
No homem o humano vai-se tornando divino sem deixar de ser humano.
E não há no homem nada divino que não seja ao mesmo tempo profundamente humano.

        A «conversão» é um processo que há-de ser sempre actual numa vida cristã pessoal em desenvolvimento e a razão está em que toda a vida cristã tende para que cada crente possa dizer que Cristo vive nele como horizonte último.

        O «no cristão o viver em Cristo» manifesta-se, por um lado e fundamentalmente, como já vimos na Primeira Parte, no crescimento do homem na Fé, na Esperança e em caridade e, por outro lado, quando no espírito do crente deitam raízes as disposições profundas com as quais Cristo veio ao mundo e nos recomendou que sigamos.
o os sinais inequívocos de que Ele vive no homem.

        Poderíamos resumir essas disposições em três: o espírito de «serviço», as virtudes da humildade e da mansidão e a caridade.

        Cristo expressou claramente estas disposições referindo-as a si próprio e convidando o homem q que aprenda com Ele:

        «Não vim para ser servido, mas para servir e dar a minha vida em redenção por muitos» [1].

        «Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração» [2].

        «Dou-vos um mandamento novo: amai-vos uns aos outros como eu vos amei, nisso conhecerão que sois meus discípulos» [3].

        Logicamente a conversão comporta uma transformação contínua, uma mudança em cada pessoa que Deus não impõe à força e que requer sempre a colaboração humana.
Aqui podemos aplicar o dito de Santo Agostinho: «Deus que te criou sem ti não te salvará sem ti» e cabe acrescentar que, logicamente, tampouco te converterá nem te mudará sem ti.
É uma tarefa que também requer uma acção conjunta de Deus e do homem.

        O processo desta «conversão-transformação» supõe portanto uma cooperação activa de cada crente com a acção da Graça.
Deus sempre respeita e cultiva a liberdade do homem.

        Já consideramos a influência e o significado da oração e da união com Cristo na Eucaristia e na celebração do sacrifício da Missa no processo de conversão.
E examinámos, também brevemente, o papel que joga neste processo o que normalmente se conhece com o nome de direcção espiritual.
Vamos agora examinar a cooperação activa que se requer do cristão além do esforço que já consideramos para se aproximar mais de Cristo e permitir que a Graça se desenvolva mais plenamente no seu espírito.

        Poderíamos resumir esta cooperação num decidido esforço que se desenvolve numa direcção dupla.
a)   Para não se deixar vencer pelas insídias do demónio que induz a cair em pecado
b)   Para não se desviar do caminho para Deus.

Em consequência, a conversa comporta a necessidade de enfrentar de maneira adequada os obstáculos que o cristão encontrará ao longo da sua vida: as tentações e as mortificações e esclarecer o verdadeiro sentido da luta ascética.



vi motivo e sentido das tentações



    Normalmente considera-se a tentação como uma mera incitação ao mal, ao pecado, um convite ao cristão para que não se arrependa e para que não acredite.
E certamente essa realidade dá-se em todas as tentações e, talvez de forma particular, na que considerámos ao analisar o texto do Pai-nosso como a tentação básica: abandonar a procura do Senhor, deixar de nos dirigir a Cristo, deixar de orar.

    Parece agora muito oportuno prestar atenção ao significado e aos efeitos positivos que o cristão obtém na sua «conversão» ao lutar com as tentações.

    Limitar-nos-emos dentro dos objectivos deste livro, a assinalar o sentido da tentação sem entrar na grande variedade de motivos, situações, formas e modos nos quais o cristão é tentado.
Além disso, somos conscientes de que por ser uma experiência normal na vida cristã nenhum leitor é alheio à realidade existencial da tentação: soberba, orgulho, sensualidade, preguiça, ira, falta de piedade, desespero, etc.

    Porque somos tentados?
«’O homem persuadido pelo Maligno, abusou da sua liberdade desde o começo da história» [4].
Sucumbiu à tentação e cometeu o mal.
Todavia, conserva o desejo do bem mas a sua natureza tem a ferida do pecado original.
Ficou inclinado ao mal e sujeito ao erro, bem consciente, por outro lado, que essa inclinação ao mal não o impede, em absoluto, procurar e fazer o bem.
‘Daí que o homem esteja dividido no seu interior.
Por isto toda a vida humana singular ou colectiva aparece como uma luta certamente dramática entre o bem e o mal, entre a luz  e as trevas’ [5].

    Já assinalámos que ao viver com Cristo, o cristão se vai convertendo em Cristo, ao espírito de Cristo que veio «não para ser servido mas para servir».

    O acto mais definitivo de serviço ao homem que Cristo leva a cabo é o «fazer-se pecado».
São Paulo expressa-o de forma inequívoca:
«Em nome de Cristo vos suplicamos: reconciliai-vos com Deus! A quem não cometeu pecado, fê-lo pecado por nós para que viéssemos a ser justiça de Deus nele» [6].

    Feito pecado, não feito pecador.
E, feito pecado Ele «que não conheceu o pecado».
O que significa «feito pecado»?
É doutrina comum afirmara que Cristo assumiu os pecados de todos os homens e se ofereceu na Cruz como sacrifício expiatório por todos esses pecados [7].

    Um breve esclarecimento sobre estes termos.
    A alguns pagãos parece-lhes blasfémia afirmar que Deus se fez homem porque consideram indigno da majestade de Deus ser homem.
A alguns cristãos parece-lhes incompreensível afirmar que Cristo se fez pecado sem por isso deixar de ser «santo, inocente e sem mancha» [8].




(cont)

ernesto juliá, La belleza de ser cristiano, trad. ama)







[1] Mt 20, 28
[2] Mt 11, 29
[3] Jo 13, 34
[4] Gaudium et spes, 13, 1
[5] Gaudium et spes, 13, 2
[6] 2 Cor 5, 20-21
[7] 1 Ped 2, 22-25
[8] Hb 7, 26

Tratado da vida de Cristo 7

Questão 28: Da virgindade da Santa Virgem Maria

Em seguida devemos tratar da virgindade da Mãe de Deus.
E nesta questão discutem-se quatro artigos:

Art. 1 — Se a Mãe de Deus foi virgem quando concebeu a Cristo.
Art. 2 — Se a mãe de Cristo foi virgem no parto.
Art. 3 — Se a mãe de Cristo permaneceu Virgem depois do parto.
Art. 4 — Se a Mãe de Deus fez voto de virgindade.

Art. 1 — Se a Mãe de Deus foi virgem quando concebeu a Cristo.

O primeiro discute-se assim. — Parece que a Mãe de Deus não foi virgem quando concebeu a Cristo.

1. — Pois, nenhum filho de pai e mãe é concebido de mãe virgem. Ora, o Evangelho não somente diz que Cristo teve mãe, mas também pai. Assim, no lugar: Seu pai e sua mãe estavam admirados daquelas coisas que dele se diziam. E mais adiante: Sabe que teu pai e eu te andávamos buscando cheios de aflição. Logo, Cristo não foi concebido de mãe virgem.

2. Demais. — O Evangelho prova que Cristo foi filho de Abraão e de Davi, pelo fato de ser José descendente de David; prova essa que seria nula se José não fosse o pai de Cristo. Donde se conclui que a mãe de Cristo concebeu-o do sémen de José. E portanto, não foi virgem na sua concepção.

3. Demais. — O Apóstolo diz: Enviou Deus a seu filho, feito de mulher. Ora, no modo habitual de falar, chama-se mulher a que tem marido. Logo, Cristo não foi concebido de mãe virgem.

4. Demais. — Seres da mesma espécie são gerados do mesmo modo; pois, a geração, como todo movimento, se específica pelo seu termo. Ora, Cristo era da mesma espécie que os outros homens, segundo o Apóstolo: Fazendo-se semelhante aos homens e sendo reconhecido na condição, como homem. E, como os outros homens nasceu da união do homem com a mulher, resulte que Cristo foi também gerado do mesmo homem. Portanto, não foi concebido de mãe virgem.

5. Demais. — Toda a forma natural corresponde a uma determinada matéria, separada da qual não pode existir. Ora, a matéria da forma humana é o sémen do homem e o da mulher. Se, pois, o corpo de Cristo não foi concebido do sémen do homem e da mulher, não foi verdadeiramente um corpo humano, o que é admissível. Logo, parece que não foi concebido de mãe virgem.
Mas, em contrário, a Escritura: Eis que uma virgem conceberá.

Devemos confessar, absolutamente, que a Mãe de Cristo concebeu virgem. O contrário constituiu a heresia dos Elionitas e de Cerinto, que consideravam Cristo como puro homem e o tinham como nascido da união dos dois sexos. Ora, o ser Cristo concebido de uma virgem foi conveniente por quatro razões. — Primeiro, para conservar a dignidade do Pai, que o enviou. Pois, sendo Cristo, natural e verdadeiramente, Filho de Deus, não era conveniente que tivesse outro pai, que Deus, a fim de não se transferir para outro a dignidade de Deus. — Segundo, tal convinha à propriedade do próprio Filho, que é enviado. O qual é o Verbo de Deus. Ora, o Verbo é concebido sem nenhuma corrupção da mente; ao contrário, a corrupção da mente não se compadece com a concepção do verbo perfeito. Sendo, pois, a carne assumida pelo Verbo de Deus para ser a sua carne, era conveniente que também fosse ela concebida sem a corrupção da mãe. — Em terceiro lugar tal convinha à dignidade humana de Cristo, na qual não devia haver lugar para o pecado, pois devia tirar o pecado do mundo, segundo o Evangelho: Eis o Cordeiro de Deus, isto é, o inocente, que tira o pecado do mundo. Ora, na natureza já corrupta pelo concúbito, a carne não podia deixar de ficar contaminada pelo pecado original. Por isso, diz Agostinho: No matrimónio de Maria e de José não houve o concúbito nupcial; pois, na carne do pecado este não pode ter lugar sem a concupiscência resultante do pecado; ora, Deus quis que fosse concebido sem ela aquele que devia ser sem pecado. - Quarto, por causa do próprio fim da encarnação de Cristo. que foi fazer os homens renascerem filhos de Deus, não da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus, isto é, pelo poder de Deus. E exemplar disso devia ser a própria concepção de Cristo. Por isso diz Agostinho: Devia o nosso chefe, por um insigne milagre, nascer, segundo o corpo, de uma virgem, para significar que os seus membros deviam nascer, segundo o espírito, da Igreja virgem.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Diz Beda: O pai do Salvador foi chamado José, não por ter este sido, realmente, o seu pai, como ensinam os Focinianos; mas, para conservar-se a pureza de Maria, os homens o consideraram como pai. Por isso o Evangelho diz: Filho, como se julgava, de José. — Ou, como diz Agostinho, José é chamado pai de Cristo, do mesmo modo porque é considerado esposo de Maria: sem conjunção carnal, só por uma união conjugal espiritual; o que o une mais estreitamente a Cristo do que o faria uma simples adoção. Mas nem por isso, pelo não ter gerado carnalmente, José devia ser menos considerado pai de Cristo; pois, poderá ser pai mesmo se tivesse adoptado quem não tivesse sido nascido de sua esposa.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Como diz Jerónimo, embora José não seja o pai do Salvador e Senhor, contudo a ordem da sua geração se estende até José, primeiro, por não ser costume das Escrituras incluir as mulheres na ordem das gerações. — Segundo, porque José e Maria eram da mesma tribo. E por isso está obrigado pela lei a recebê-la, como parenta. — E, como diz Agostinho, a ordem das gerações devia ser conduzida até José, para que não houvesse, nesse casamento, injúria ao sexo, em definitivo, mais nobre; sem nenhum detrimento para a verdade, porque tanto José como Maria eram da raça de Deus.
RESPOSTA À TERCEIRA. — Como diz a Glosa, o Apóstolo usou da palavra mulher, em vez de feminina, ao modo de falar dos Hebreus. Pois, no uso comum da língua hebraica, mulher significa toda pessoa do sexo feminino, e não a que perdeu a virgindade.

RESPOSTA À QUARTA. — O facto aduzido na objecção não se dá senão com os seres procedentes por via da natureza; porque a natureza, assim como é determinada a um só efeito, assim também o é a um só modo de produzi-lo. Mas o poder sobrenatural divino, sendo infinito, assim como não é determinado a um só efeito, assim também não o é ao modo de produzir qualquer efeito. Donde, assim como o poder divino foi capaz de formar o primeiro homem do limo da terra, assim também o foi, de formar o corpo de Cristo, de uma virgem, sem cooperação masculina.

RESPOSTA À QUINTA. — Segundo o Filósofo, o sémen masculino não exerce a função de matéria na concepção carnal, mas só a de agente; pois, é a fêmea que subministra a matéria para a concepção. Donde, não tendo havido o sémen masculino na concepção do corpo de Cristo, daí não se segue que lhe tivesse faltado a matéria devida. — Se porém o sémen masculino fosse a matéria do feto animal concebido, é manifesto que não é matéria sempre dotada da mesma forma, mas, transmutada. E como a virtude natural não transmuda para uma alguma forma senão uma determinada matéria, contudo o poder divino, que é infinito, pode dar a toda matéria qualquer forma. Donde, assim como transformou o limo da terra no corpo de Adão, assim também pode transmutar no corpo de Cristo a matéria ministrada pela mãe, mesmo se essa não fosse matéria suficiente para a concepção natural.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.




Temas para meditar - 446

Leitura espiritual 




Acabado esse tempo, era para mim ponto de honra interromper imediatamente a leitura, ainda que no mais interessante de uma passagem.




(santa teresinha do menino jesus, História de uma alma, LAI, 11ª Ed., pg, 82) 

Não te apoquentes por verem as tuas faltas

Quanto mais me exaltarem, meu Jesus, humilha-me mais no meu coração, fazendo-me saber o que tenho sido e o que serei, se Tu me deixares. (Caminho, 591)

Não te esqueças de que és... o depósito do lixo. – Por isso, se porventura o Jardineiro – divino lança mão de ti, e te esfrega e te limpa... e te enche de magníficas flores..., nem o aroma nem a cor que embelezam a tua fealdade devem pôr-te orgulhoso.
– Humilha-te; não sabes que és o caixote do lixo? (Caminho, 592)

Quando te vires como és, há-de parecer-te natural que te desprezem. (Caminho, 593)

Não és humilde quando te humilhas, mas quando te humilham e o aceitas por Cristo. (Caminho, 594)

Não te apoquentes por verem as tuas faltas. A ofensa a Deus e a desedificação que podes ocasionar, isso é que te deve doer.


– De resto, que saibam como és e te desprezem. – Não tenhas pena de seres nada, porque assim Jesus tem que pôr tudo em ti. (Caminho, 596)

Pequena agenda do cristão


Sexta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?