20/07/2018

Doutrina – 442


CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO TERCEIRO


«CREIO NA VIDA ETERNA»


PRIMEIRA SECÇÃO
A ECONOMIA SACRAMENTAL


CAPÍTULO PRIMEIRO

O MISTÉRIO PASCAL NO TEMPO DA IGREJA

LITURGIA – OBRA DA SANTÍSSIMA TRINDADE


Pergunto:

221. De que modo o Pai é a fonte e o fim da liturgia?

Respondo:

Na liturgia, o Pai enche-nos das suas bênçãos no Filho encarnado, morto e ressuscitado por nós, e derrama o Espírito Santo nos nossos corações. Ao mesmo tempo a Igreja bendiz o Pai, mediante a adoração, o louvor e a acção de graças, e implora o dom do seu Filho e do Espírito Santo.

Temas para reflectir e meditar


Formação humana e cristã - 7

O Plano de vida ajudará a conseguir ter unidade de vida.

Esta consiste, principalmente, em ser estável nos pensamentos, desejos e acções, sem súbitas mudanças no carácter ou no modo de reagir.

As pessoas hão-de conhecer-nos por isso mesmo e terão confiança em nós.

A pessoa volúvel que reage como que automaticamente conforme as circunstâncias, sem pensar ou ponderar e não tem, decididamente, unidade de vida.

(AMA, reflexões)

Evangelho e comentário


Tempo comum


Evangelho: Mt 12, 1-8

1 Naquele tempo, num dia de Sábado, passava Jesus por umas searas, e os Seus discípulos, tendo fome, começaram a colher espigas e a comê-las.2 Vendo isto os fariseus disseram-Lhe: «Olha que os Teus discípulos fazem o que não é permitido fazer ao Sábado». 3 Jesus respondeu-lhes: «Não lestes o que fez David e os seus companheiros, quando tiveram fome? 4 Como entrou na casa de Deus, e comeu os pães sagrados, dos quais que não era lícito comer, nem a ele, nem aos que iam com ele, mas só aos sacerdotes? 5 Não lestes na Lei que ao Sábado os sacerdotes no Templo violam o Sábado e ficam sem culpa? 6 Ora Eu digo-vos que aqui está alguém que é maior que o Templo. 7 Se vós soubésseis o que quer dizer: “Quero misericórdia e não sacrifício”, jamais condenaríeis inocentes. 8 Porque o Filho do Homem é senhor do próprio Sábado».

Comentário:

O constante conflito entre os chefes do povo e Jesus Cristo por causa do Sábado é por demais comentado e, parece-me, pouco há a acrescentar ao que tem sido dito a propósito.

Prefiro, antes, deter-me um pouco sobre os dois primeiros versículos deste capítulo 12 de São Mateus para realçar a escassez de meios que Jesus e os Seus discípulos dispunham ao ponto de serem ‘forçados’ a uma frugalidade por demais evidente: saciar a fome com umas simples espigas!

Todos sabemos – os Evangelhos referem-nos algumas vezes – o muito trabalho mal lhes consentia tempo para comer como nem um simples estáter – moeda de prata que equivalia a quatro denários - possuíam para pagar os impostos.
Não fora o auxílio inestimável de algumas mulheres que os assistiam com os seus bens dificilmente sobreviveriam.

Seria como parte da sua formação como futuros apóstolos tal como Jesus lhes confirmará: «não vos preocupeis nem com o que vestir ou o que comer, Deus não vos faltará com o sustento…»

(AMA, comentário sobre Mt 12, 1-8, 16.04.21018)


A oculta maravilha da vida interior


Até agora não tinhas compreendido a mensagem que nós, os cristãos, trazemos aos outros homens: a oculta maravilha da vida interior. Que mundo novo lhes estás pondo diante dos olhos! (Sulco, 654)

Quantas coisas novas descobriste! No entanto, às vezes és um ingénuo, e pensas que já viste tudo, que já sabes tudo... Depois, tocas com as tuas mãos a riqueza única e insondável dos tesouros do Senhor, que sempre te mostrará "coisas novas" se tu responderes com amor e delicadeza; e então compreendes que estás no princípio do caminho, porque a santidade consiste na identificação com Deus, com este nosso Deus, que é infinito, inesgotável! (Sulco, 655)

Deixemos de enganar-nos: Deus não é uma sombra, um ser longínquo, que nos cria e depois nos abandona; não é um amo que vai e depois não volta. Ainda que não o percebamos com os nossos sentidos, a sua existência é muito mais verdadeira que a de todas as realidades que tocamos e vemos. Deus está aqui connosco, presente, vivo! Vê-nos, ouve-nos, dirige-nos, e contempla as nossas menores acções, as nossas intenções mais ocultas.
Acreditamos nisto... mas vivemos como se Deus não existisse! Porque não temos para Ele um pensamento sequer, nem uma palavra; porque não Lhe obedecemos, nem procuramos dominar as nossas paixões; porque não Lhe manifestamos amor, nem O desagravamos...
Havemos de continuar a viver com uma fé morta? (Sulco, 658)

Publicações em 20 de Julho

El reto del amor





por El Reto Del Amor

Tratado das virtudes


Questão 65: Da conexão das virtudes.

Art. 5 — Se a caridade pode existir sem a fé e a esperança.

O quinto procede-se assim. 
— Parece que a caridade pode existir sem a fé e sem a esperança.

1. — Pois, a caridade é o amor de Deus. Ora, Deus pode ser amado por nós naturalmente, mesmo sem pressupor a fé ou a esperança da futura beatitude. Logo, a caridade pode existir sem a fé e sem a esperança.

2. Demais. — A caridade é a raiz de todas as virtudes, conforme a Escritura (Ef 3, 17): arraigados e fundados em caridade. Ora, a raiz às vezes não produz ramos. Logo, a caridade pode, às vezes, existir sem a fé, a esperança e as outras virtudes.

3. Demais. — Cristo teve caridade perfeita, e contudo não teve fé nem esperança, porque foi compreensor perfeito, como a seguir se dirá. Logo, a caridade pode existir sem a fé e sem a esperança.

Mas, em contrário, diz a Escritura (Heb 11, 6): sem a fé é impossível agradar a Deus, o que pertence, por excelência, à caridade, conforme aquilo (Pr 8, 17): Eu amo aos que me amam. E a esperança também leva à caridade, como já dissemos. Logo, não podemos ter a fé sem a esperança e a caridade.


SOLUÇÃO. — A caridade significa não só amor de Deus, mas também uma certa amizade para com ele, a qual acrescenta ao amor a retribuição acompanhada de comunicação mútua, como se disse. E que isto pertence à caridade consta com clareza na Escritura (1 Jo 4, 16): aquele que permanece na caridade permanece em Deus, e Deus nele; e ainda (1 Cor 1, 9): Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à companhia de seu filho Jesus Cristo. E esta sociedade do homem com Deus que é, de algum modo, uma conversação familiar com ele, começa na vida presente pela graça e se completará na futura, pela glória. E ambas essas coisas nós obtemo-las pela fé e pela esperança. Donde, assim como não poderemos ter amizade com alguém se descrermos ou desesperarmos de poder ter com o mesmo alguma sociedade ou familiar conversação, assim não poderemos ter amizade com Deus, que é a caridade, se não tivermos a fé, que nos faz crer nessa sociedade e conversação com Deus, e se não esperarmos pertencer a essa sociedade. E portanto, sem a fé e a esperança a caridade não pode existir de nenhum modo.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. 
— A caridade não é qualquer amor de Deus, mas o pelo qual o amamos como objecto da beatitude, ao qual nos ordenamos pela fé e pela esperança.

RESPOSTA À SEGUNDA. 
— A caridade é a raiz da fé e da esperança, porque lhes dá a perfeição da virtude; mas, a fé e a esperança, por sua própria natureza, são pressupostas à caridade, como já dissemos; e, portanto, a caridade não pode existir sem elas.

RESPOSTA À TERCEIRA. 
— Cristo não teve fé nem esperança no que há numa e outra de imperfeito; mas em lugar de fé teve a visão plena, e em lugar da esperança, a plena compreensão. E portanto, teve caridade perfeita.

(Revisão da versão portuguesa por AMA)


Pequena agenda do cristão

Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?