20/02/2017

NUNC COEPI: Publicações em 20.02.2017

Hoy el reto del amor es hablar con Cristo.
Bento XVI – Pensamentos espirituais 133
Actos dos Apóstolos
Diálogos apostólicos
Leitura espiritual
Evangelho e comentário
Que vos saibais perdoar
Fátima:Centenário - Oração diária
Pequena agenda do cristão

Hoy el reto del amor es hablar con Cristo.

PENSAMIENTOS INTELECTUALES

El otro día, el sacerdote en la homilía comentó una frase que me hizo mucha gracia. Al parecer no era suya, pero no logré quedarme con quién era el autor. Más o menos decía así:

"Aún no conozco a nadie que haya sido capaz de emborracharse a base de pensar intelectualmente en el vino".

Lo dijo con tanta gracia, que nos dibujó a todos, como mínimo, una sonrisa. A mí se me quedó grabada por lo simpático, pero, dándole vueltas en la oración, ¡he descubierto que esconde una gran verdad!

Dicen los que van a Roma, a Tierra Santa... que es totalmente diferente leer sobre esos lugares, conocerlos "intelectualmente", ¡a estar allí! Lo mismo sucede con cualquier famoso: puedes saber todo sobre su historia, sus gustos... ¡pero es totalmente distinto conocerle en persona, hablar con él!

Y, si esto sucede entre nosotros... ¡¡cuánto más con Jesucristo!! Realmente podemos saber mucho sobre Jesús... ¡pero lo que "emborracha" es conocerle en persona, estar con Él!

Hoy el reto del amor es hablar con Cristo. No sé qué tal se te da "la caza de famosos", ¡pero Él te lo pone fácil! Sabes dónde encontrarle, te está esperando. Te invito a que vayas a una iglesia y te sientes un rato. Háblale de tú a tú, escucha lo que te dice al corazón, ¡deja que te transforme! ¡Feliz día!


VIVE DE CRISTO

Bento XVI – Pensamentos espirituais 133

Cultivar e guardar


Sendo a vida um bem «indisponível», o homem não é seu dono, mas antes o seu guardião e administrador.


Homilia na Jornada pela Vida, (5.Fev.06)


(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)

Actos dos Apóstolos

Actos dos Apóstolos

IV. PAULO PRISIONEIRO DE CRISTO [i]

Capítulo 25

Paulo apela para César

1Festo, três dias depois de ter tomado conta do governo da província, subiu de Cesareia a Jerusalém. 2Os sumos sacerdotes e os judeus mais categorizados expuseram-lhe as suas queixas contra Paulo e pediram-lhe insistentemente, 3como um favor, a transferência de Paulo para Jerusalém, enquanto preparavam uma emboscada para o matarem no caminho.
4Festo, porém, respondeu que Paulo devia continuar preso em Cesareia, e que ele próprio ia partir brevemente. 5«Portanto - acrescentou - os mais qualificados de entre vós, venham comigo a Cesareia e, se algum delito existe nesse homem, que apresentem acusações contra ele.»
6Depois de se demorar entre eles, não mais de oito a dez dias, desceu a Cesareia. No dia seguinte, sentou-se no tribunal e mandou trazer Paulo. 7Quando este chegou, viu-se rodeado pelos judeus descidos de Jerusalém, que logo apresentaram contra ele muitas acusações graves, cuja autenticidade não eram capazes de provar. 8Por seu lado, Paulo defendia-se: «Não cometi delito algum nem contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César.» 9Mas, como desejava captar as boas graças dos judeus, Festo respondeu: «Queres subir a Jerusalém para lá seres julgado sobre este assunto, na minha presença?» 10Paulo replicou: «Estou perante o tribunal de César. Devo ser julgado aqui. Não fiz mal nenhum aos judeus, como sabes perfeitamente. 11Mas se, de facto, sou culpado, se cometi algum crime que mereça a morte, não recuso morrer. Se, porém, não há fundamento nas acusações dessa gente contra mim, ninguém tem o direito de me entregar a eles. Apelo para César!» 12Então, depois de conferenciar com o seu conselho, Festo respondeu: «Apelaste para César, irás a César.»

Paulo perante o rei Agripa

13Alguns dias mais tarde, o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesareia e foram apresentar cumprimentos a Festo. 14Como se demorassem vários dias, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: «Está aqui um homem que Félix deixou preso, 15e contra o qual, estando eu em Jerusalém, os sumos sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram queixa, pedindo a sua condenação. 16Respondi-lhes que não era costume dos romanos conceder a entrega de homem algum, antes de o acusado ter os acusadores na sua frente e dispor da possibilidade de se defender da acusação. 17Vieram, pois, comigo e, sem mais demoras, sentei-me, no dia seguinte, no tribunal e mandei comparecer o homem.
18Postos em frente dele, os acusadores não alegaram nenhum dos crimes que eu pudesse suspeitar; 19só tinham com ele discussões acerca da sua religião e de um certo Jesus, que morreu e Paulo afirma estar vivo. 20Quanto a mim, embaraçado perante um debate deste género, perguntei-lhe se queria ir a Jerusalém, a fim de lá ser julgado sobre o assunto. 21Mas Paulo apelou para que a sua causa fosse reservada à decisão de Augusto e eu ordenei que o mantivessem preso até o enviar a César.» 22Agripa, então, disse a Festo: «Eu também gostaria de ouvir este homem.» Respondeu ele: «Ouvi-lo-ás, amanhã».
23No dia seguinte, Agripa e Berenice chegaram com grande pompa e entraram na sala da audiência, rodeados pelos tribunos e homens mais notáveis da cidade. A uma ordem de Festo, Paulo foi levado para dentro. 24Festo disse então:
«Rei Agripa e vós todos os que estais presentes: aqui está este homem, contra o qual os judeus, em massa, me vieram falar, tanto em Jerusalém como aqui, gritando que ele não devia continuar a viver. 25Quanto a mim, reconheci que não tinha praticado coisa alguma digna de morte. Contudo, visto ter apelado para o Imperador, resolvi enviar-lho. 26Nada tenho de positivo a escrever ao Imperador a seu respeito. Por isso, mandei-o trazer à vossa presença, sobretudo à tua presença, rei Agripa, a fim de que, feito o interrogatório, eu tenha alguma coisa que escrever. 27De facto, parece-me absurdo mandar um prisioneiro sem mencionar as acusações que pesam sobre ele.»




[i] (21,27-28,31)

Diálogos apostólicos

Diálogos apostólicos II Parte


O PECADO ORIGINAL – 3

Pergunto:

Como era o homem antes de pecar?


Respondo:


Antes de pecar o homem tinha recebido muitos dons de Deus:

Possuía graças e virtudes sobrenaturais gozando da amizade e intimidade divinas.
Os dons prete-naturais tornavam-no imortal e impassível: sem dores, sem doenças, sem cansaços.

A sua natureza estava em plenitude: a sua inteligência, a sua vontade, as suas apetências estavam correctas. Por exemplo, apetecia-lhe comer e beber na medida justa.

Leitura espiritual


A CIDADE DE DEUS

Vol. 1

LIVRO VII
CAPÍTULO XXIV

Os apelidos de Telure e sua explicação: designam sem dúvida várias virtudes, mas não podem justificar a crença em vários deuses.




A Terra, sendo uma só, devia, portanto, por causa destas quatro «virtudes», receber quatro apelidos e não constituir quatro deuses — como o único Júpiter e a única Juno receberam tantos apelidos que exprimem o aspecto multiforme da virtude pertencente a um só deus ou a uma só deusa, sem constituir, pela sua multiplicidade, uma igual multiplicidade de deuses. Mas, assim como, por vezes, as mulheres mais degradadas sentem remorsos e desgosto pela multidão daqueles que traíram pela paixão, assim também a alma aviltada é prostituída pelos espíritos imundos, apesar de se comprazer em criar uma multidão de deuses e em se prostrar diante deles para que a poluam, sente por vezes tédio de tais deuses. Realmente, até o pró­prio Varrão, como que envergonhado desta caterva de deuses, não quis senão uma deusa — Telure. Diz ele:

E a ela que chamam a Grande-Mãe. Ela tem um tambor, para significar que é o disco da Terra. As torres que traz na cabeça, são as cidades. Representam-na sentada, porque se mantém parada enquanto à sua volta tudo se move. Puseram «galos» [i] ao serviço desta deusa, querendo-se assim significar que devem cultivar a Terra os que buscam as sementes, pois que é nela que tudo se encontra. Se se agitam diante dela, é porque se exortam os que cultivam a terra a não se sentarem, porque têm sempre que fazer. O ruído dos címbalos simboliza o bater das armas de ferro e o estrépito das mãos e do bronze que se provoca ao cultivar o campo. (Os címbalos) são de cobre porque os antigos trabalhavam com uma relha de cobre antes de o ferro ter sido descoberto. Põem junto (de Telure) um leão solto, domesticado, para demonstrar que não há qualquer qualidade de terra, por mais distante e maninha que seja, que se não preste a ser trabalhada e cultivada

Depois, acrescenta que foi a abundância de nomes e apelidos dados à Mãe Telure que fez admitir nela igual abundância de deuses. Diz ele:

Tomam-na por Ope, porque o trabalho melhora-a; por Mãe, porque gera muitos filhos; por Grande, porque produz alimentos; por Prosérpina, porque dela provêm (proserpant) os frutos; por Vesta, porque se veste de ervas. E desta forma a ela se reduzem acertadamente as outras deusas.

Mas, se ela é uma só deusa (na verdade nem uma é), porque é que se chega a esta multidão? Que não constituam, portanto, senão uma, estas múltiplas divindades! Que não haja tantas deusas quantos os nomes! Mas a autoridade dos antepassados caídos em erro pesa sobre Varrão e, como ele diz, leva-o a titubear. Efectivamente, acrescenta:

Com isto não briga a opinião dos antepassados acerca destes deuses, cuja pluralidade admitem.
Como é que não briga? Ter vários nomes não é muito diferente de ser várias deusas?
Mas pode acontecer que uma e a mesma coisa contenham em si várias coisas,
responde ele. Concordo que num só homem haja várias coisas: segue-se daí que há nele vários homens? Concordo também que numa só deusa haja várias coisas: segue-se daí que nela há várias deusas? Pois então, não se privem de dividir, combinar, multiplicar, dobrar, complicar, como quiserem!

São estes os sublimes mistérios de Telure e da Grande-Mãe de quem procede tudo o que se refere às sementes perecíveis e à prática da agricultura! Será possí­vel que, adaptados a estes mistérios e empregados para este fim, o tambor, as torres, os galos, a doentia agitação dos membros, o ruído dos címbalos, os leões imaginários, a alguém prometam a vida eterna? Será possível que os galos castrados sirvam esta Grande Deusa para significarem aos homens carentes de sémen a obrigação de cultivarem a terra, já que precisamente o seu serviço acarreta a priva­ ção do sémen? Adquire-se, pelo apego a esta deusa, o sémen que se não tem — ou pelo contrário, pelo apego a esta deusa, perde-se o sémen que se tem? Isto é dar interpretações, ou mostrar execrações? Não se repara como subiu a malícia dos demónios, que, não se atrevendo a prometer aos homens grandes bens por estes ritos sagrados, conseguiram, todavia, exigir deles tão cruéis sacrifí­cios. Se a Terra não fosse uma deusa, os homens poriam nela as mãos, trabalhando para obterem sementes, em vez de, ferindo-se por causa dela perderem o sémen. Se não fosse deusa, tomar-se-ia fecunda graças a mãos alheias, sem que para isso se obrigasse um homem a tomar-se estéril por suas próprias mãos. Que, quando das festas de Líbero, uma honesta matrona tenha de coroar as regiões pudendas do homem sob os olhares de uma multidão onde talvez se encontre também o seu marido com rubor e suor na fronte, se é que os homens são susceptíveis de pudor; que, na celebração das suas bodas, uma jovem noiva seja constrangida a sentar-se sobre o membro viril de Príapo: — são torpezas muito menos detestáveis e muito menos graves do que a cruel infâmia ou a crueldade infame da mutilação dos galos. Porque, nesses actos, os ritos demoníacos ferem o pudor dos dois sexos sem que nem um nem outro sejam por tal ferida destruídos. Num caso, receia-se a maldição lançada sobre os campos; noutro caso, não se receia a amputação dos membros; num caso, profana-se o pudor duma noiva, sem, todavia, se lhe tirar nem a fecundidade nem a virgindade; noutro caso, amputa-se a virilidade, sem que a vítima se possa tomar mulher ou permanecer varão.

CAPÍTULO XXV

Interpretação dos sábios da Grécia acerca da mutilação de Átis.

Não se faz menção de Átis, em memória de cujo amor se mutila o galo, nem Varrão apresentou dele uma interpretação. Mas os eruditos e os sábios da Grécia não se calaram acerca de tão santa e admirável história. Porque o aspecto da terra na Primavera é mais belo que nas outras estações, o célebre filósofo Porfírio pensou que Átis era o símbolo das flores — e que ele se castrou porque a flor cai antes do fruto. Não foi, pois, propriamente um homem ou quase homem, chamado Átis, mas sim o seu órgão viril, que se comparou a uma flor. Átis estava bem vivo quando este órgão caiu; melhor — não caiu nem foi colhido, foi antes completamente esquartejado. Após a perda desta flor, ninguém viu mais tarde qualquer fruto, mas sim a esterilidade. Que é então este resto de homem? Que ficou dele depois da mutilação? Que significação dar a isto? A que é que isto se refere? Que interpretação lhe dar? Não deverão persuadir-nos os vãos esforços despendidos de que o que devemos crer é o que sobre o homem mutilado nos legou a fama e os documentos consignaram? Não há dúvida de que o nosso Varrão tem toda a razão para recusar esta história e nada querer dela referir: efectivamente, ela não podia ser ignorada de tão douto homem.

CAPÍTULO XXVI

A torpeza dos mistérios da Grande-Mãe.

Não me recordo de ter lido em parte alguma nem Varrão faz qualquer referência acerca dos invertidos consagrados à Grande-Mãe com tal desprezo de tudo o que, para um homem e uma mulher, constitui o pudor, os quais se viam, ainda ontem, de cabelos encharcados de perfume, cara pintada, membros lânguidos, andar efeminado, a deambularem pelas praças e ruas de Cartago, chegando mesmo a exigir ao público com que possam manter a sua vergonhosa existência. A compreensão falha, a razão ruboriza-se, emudece a palavra! A Grande-Mãe superou todos os outros deuses, seus filhos, não pela grandeza da sua majestade, mas pelo crime. A este monstro nem a monstruosidade de Jano se compara. A monstruosidade de Jano estava apenas nas imagens, mas aquela mostra a crueldade da sua deformidade nos seus próprios mistérios. Ele acrescentava membros aos seus ídolos: ela suprimia membros aos homens. Nem os tão numerosos e tão graves estupros de Júpiter superam esta ignomínia. Este, no meio dos seus atentados contra as mulheres, só com Ganimedes desonrou o Céu; mas ela, com tantos invertidos profissionais e públicos, profanou a Terra e ultraja o Céu.

Em crueldade tão obscena, talvez se lhe compare ou lhe passe à frente Saturno, que, diz-se, castrou o próprio pai. Mas, nos mistérios de Saturno, os homens podiam morrer às mãos dos outros, mas não se mutilavam com as suas próprias mãos. Saturno, contam os poetas, devorou seus filhos, e os físicos explicam este acto como lhes apetece — mas a história ensina-nos que ele os matou. Também os Cartagineses lhe imolavam seus filhos; mas os Romanos não permitiram este sacrifício. Pelo contrário, a Grande-Mãe dos deuses impôs a castração mesmo nos templos de Roma e neles manteve esta cruel prática, fazendo crer que, castrando os Romanos, lhes reforçava a virilidade. Ao lado deste mal, que são os latrocínios de Mercúrio, a lascívia de Vénus, os estupros e obscenidades dos outros deuses, que nós poderíamos apresentar, tirados dos livros, se não fossem todos os dias cantados e celebrados nos teatros? Que são eles, ao lado de um tão grande mal, cuja grandeza só à Grande-Mãe poderia convir? Diz-se: tal qual como outras, estas coisas são ficções dos poetas; como se os poetas tivessem inventado também que tudo isso é aceite e agradável aos deuses. Que os tenham cantado ou por escrito os tenham contado, talvez tenha sido audácia e petulância dos poetas; mas que os tenham ligado às coisas divinas e às honras religiosas por ordem e sob pressão destas divindades — que é isto senão um crime dos deuses, ou, melhor talvez, uma confissão dos demónios e uma armadilha aos desgraçados? Que a mãe dos deuses tenha sido considerada digna de ser honrada pela consagração de homens mutilados — isso não é uma invenção dos poetas: eles preferiram mostrar o seu horror, a cantá-lo.

Quem estará disposto a consagrar-se a estes deuses escolhidos, para, após a morte, conseguir a vida bem- -aventurada, se aqueles que se lhes consagram não podem viver honradamente antes da morte, submetidos a tão repugnantes superstições e vinculados a tão obscenos demónios?

Mas tudo isto, diz Varrão, se refere ao Mundo. Ao imundo, deveria antes dizer. Como é que, na verdade, se não há-de referir ao mundo o que (como está demonstrado), se encontra no mundo? Quanto a nós, o que nós buscamos é uma alma que, cheia de fé na verdadeira religião, não adore o mundo como seu deus, mas o admire como obra de Deus e por causa de Deus; uma alma que, purificada da imundícia do mundo, chegue sem nada de imundo ao Deus criador do Mundo.


(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Galos (galli) eram eunucos que a si mesmo se impunham a castração ritual para poderem dedicar-se ao culto de certas divindades.

Evangelho e comentário

Tempo comum

Beatos Francisco e Jacinta Marto

Evangelho: Mc 9, 14-29

14 Chegando junto dos discípulos, viu uma grande multidão em volta, e os escribas a discutirem com eles.15 E logo toda aquela multidão supreendida por ver Jesus, correu para O saudar.16 Perguntou-lhes: «Que estais a discutir entre vós?».17 Um de entre a multidão respondeu-Lhe: «Mestre, eu trouxe-Te meu filho que está possesso de um espírito mudo,18 que, onde quer que se apodere dele, o lança por terra, e o menino espuma, range com os dentes, e fica rígido. Pedi aos Teus discípulos que o expulsassem e não puderam».19 Jesus respondeu-lhes: «Ó geração incrédula! Até quando hei-de estar convosco? Até quando vos hei-de suportar? Trazei-Mo cá».20 Trouxeram-Lho. Tendo visto Jesus, imediatamente o espírito o agitou com violência e, caído por terra, revolvia-se espumando.21 Jesus perguntou ao pai dele: «Há quanto tempo lhe sucede isto?». Ele respondeu: «Desde a infância.22 O demónio tem-no lançado muitas vezes no fogo e na água, para o matar; porém Tu, se podes alguma coisa, ajuda-nos, tem compaixão de nós».23 Jesus disse-lhe: «Se podes...! Tudo é possivel a quem crê».24 Imediatamente o pai do menino exclamou: «Eu creio! Auxilia a minha falta de fé».25 Jesus, vendo aumentar a multidão, ameaçou o espírito imundo, dizendo-lhe: «Espírito mudo e surdo, Eu te mando, sai desse menino e não voltes a entrar nele!».26 Então, dando gritos e agitando-se com violência, saiu dele, e o menino ficou como morto, tanto que muitos diziam: «Está morto».27 Porém, Jesus, tomando-o pela mão, levantou-o, e ele pôs-se em pé.28 Depois de ter entrado em casa, Seus discípulos perguntaram-Lhe em particular: «Porque o não pudemos nós expulsar?».29 Respondeu-lhes: «Esta casta de demónios não se pode expulsar senão mediante a oração».
Comentário:

O demónio não tem maior temor que da oração.

Percebe-se porquê.

A oração põe o homem em contacto estreito com Deus e quanto mais intensa e profunda mais forte é esse contacto.

O diálogo que se estabelece entre o orante e Deus torna-se assim íntimo e o demónio não ousa interferir nem o Senhor lho permite.

O Senhor aconselha a oração persistente e perseverante não para Sua satisfação mas exactamente para a nossa relação com Ele se fortaleça cada vez mais e a união se torna real, constante, inquebrantável.

(ama, comentário sobre Mc 9, 14-29, Malta, 16.05.2016)





Que vos saibais perdoar

Com quanta insistência o Apóstolo S. João pregava o "mandatum novum"! "Amai-vos uns aos outros!". Pôr-me-ia de joelhos, sem fazer teatro – grita-mo o coração –, para vos pedir, por amor de Deus, que vos estimeis, que vos ajudeis, que vos deis a mão, que vos saibais perdoar. Portanto, vamos banir a soberba, ser compassivos, ter caridade; prestar-nos mutuamente o auxílio da oração e da amizade sincera. (Forja, 454)

Jesus Cristo, Nosso Senhor, encarnou e tomou a nossa natureza, para se mostrar à humanidade como modelo de todas as virtudes. Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, convida-nos Ele.

Mais tarde, quando explica aos Apóstolos o sinal pelo qual os reconhecerão como cristãos, não diz: porque sois humildes. Ele é a pureza mais sublime, o Cordeiro imaculado. Nada podia manchar a sua santidade perfeita, sem mácula. Mas também não diz: saberão que se encontram diante de discípulos meus, porque sois castos e limpos.

Passou por este mundo com o mais completo desprendimento dos bens da terra. Sendo Criador e Senhor de todo o universo, faltava-lhe até um sítio onde pudesse reclinar a cabeça. No entanto, não comenta: saberão que sois dos meus porque não vos apegastes às riquezas. Permanece quarenta dias e quarenta noites no deserto em jejum rigoroso, antes de se dedicar à pregação do Evangelho. E também não afirma aos seus: compreenderão que servis a Deus, porque não sois comilões nem bebedores.


A característica que distinguirá os apóstolos, os cristãos autênticos de todos os tempos, já a ouvimos: nisto – precisamente nisto – conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros. (Amigos de Deus, 224)

Fátima:Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:


Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.

No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.

Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.
Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?