20/03/2020

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Dispostos a uma nova rectificação

Os teus parentes, os teus colegas, os teus amigos, vão notando a diferença, e reparam que a tua mudança não é uma mudança passageira; que já não és o mesmo. Não te preocupes. Para a frente! Cumpre o "vivit vero in me Christus" – agora é Cristo quem vive em ti! (Sulco, 424)

Qui habitat in adiutorio Altissimi in protectione Dei coeli commorabitur – Habitar sob a protecção de Deus, viver com Deus: eis a arriscada segurança do cristão. É necessário convencermo-nos de que Deus nos ouve, de que está sempre solícito por nós, e assim se encherá de paz o nosso coração. Mas viver com Deus é indubitavelmente correr um risco, porque o Senhor não Se contenta compartilhando; quer tudo. E aproximar-se d'Ele um pouco mais significa estar disposto a uma nova rectificação, a escutar mais atentamente as suas inspirações, os santos desejos que faz brotar na nossa alma, e a pô-los em prática.
Desde a nossa primeira decisão consciente de viver integralmente a doutrina de Cristo, é certo que avançámos muito pelo caminho da fidelidade à sua Palavra. Mas não é verdade que restam ainda tantas coisas por fazer? Não é verdade que resta, sobretudo, tanta soberba? É precisa, sem dúvida, uma outra mudança, uma lealdade maior, uma humildade mais profunda, de modo, que, diminuindo o nosso egoísmo, cresça em nós Cristo, pois illum oportet crescere, me autem minui, é preciso que Ele cresça e que eu diminua.
Não é possível deixar-se ficar imóvel. É necessário avançar para a meta que S. Paulo apontava: não sou eu quem vive; é Cristo que vive em mim. A ambição é alta e nobilíssima: a identificação com Cristo, a santidade. Mas não há outro caminho, se se deseja ser coerente com a vida divina que, pelo Baptismo, Deus fez nascer nas nossas almas. O avanço é o progresso na santidade; o retrocesso é negar-se ao desenvolvimento normal da vida cristã. Porque o fogo do amor de Deus precisa de ser alimentado, de aumentar todos os dias arreigando-se na alma; e o fogo mantém-se vivo queimando novas coisas. Por isso, se não aumenta, está a caminho de se extinguir. (Cristo que Passa, 58)

Evangelho e comentário


TEMPO DE QUARESMA


Evangelho: Mc 12, 28-34

Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?» Jesus respondeu-lhe: «O primeiro é este: ‘Escuta, Israel: O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor: Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças’. O segundo é este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Não há nenhum mandamento maior que estes». Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus é único e não há outro além d’Ele. Amá-l’O com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios». Ao ver que o escriba dera uma resposta inteligente, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a interrogá-l’O.

Comentário:

Para todo o sempre ficou esta “declaração” lapidar de Jesus Cristo:

«Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças. O segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Não há nenhum mandamento maior que estes»

Encerra em si mesma a máxima sabedoria e justiça mais liminar.

Assim pode - e deve - constituir todo um programa de vida para qualquer ser humano.

(ama, comentário sobre Mc 12 13-17, 06.02.2015)


Temas para reflectir e meditar

Confissão Frequente

Na Confissão frequente há-de prestar-se especial atenção aos deveres descuidados, ainda que amiúde sejam deveres de pouca importância, as inspirações da graça desatendidas, as ocasiões desaproveitadas de fazer o bem, os momentos perdidos, o amor ao próximo não demonstrado. Hão-de despertar-se nela, face às omissões, um profundo e sério pesar e uma vontade decidida de lutar conscientemente contra as mais pequenas omissões das que, de alguma forma, tenhamos consciência. Se acudimos à Confissão com este propósito, ser-nos-á concedida na absolvição do sacerdote a graça de reconhecer melhor as nossas omissões e tomá-las a sério.

(B. BaurLa confesión frequente, p. 112-113, trad ama)

Quarentena


Leitura espiritual


JESUS CRISTO NOSSO SALVADOR 20

Iniciação à Cristologia

A Paixão de Cristo é um sacrifício perfeitíssimo.

O sacrifício de Cristo é maximamente aceito por Deus e tem como efeito a reconciliação de todos os homens com Deus.

Seguindo Santo Agostinho, vejamos algumas razões da sua perfeição e eficácia[1].

Em primeiro lugar, o oferente é o próprio Filho de Deus feito homem, que oferece o sacrifício em plena liberdade e por amor, movido pelo Espírito Santo (cf. Heb 9,14).
E como Ele é um com o Pai, a quem se oferecia, o seu sacrifício não pode ser rejeitado.

Em segundo lugar, o oferecido era a vida humana do Filho de Deus: «Entregou-se a si mesmo» (Ef 5,2), a sua alma e o seu corpo.
E como esta vítima oferecida tinha uma dignidade infinita, era maximamente aceitável por Deus.

E em terceiro lugar se consideramos por quem se oferecia, veremos que Cristo não ofereceu o seu sacrifício em favor de si mesmo, pois não tinha necessidade de reconciliar-se com se Pai, mas por nós, «pelos pecados de todo o mundo» (1 Jo 2,2), como nossa Cabeça e fazendo-se por amor um de nós.
E como é uno com o Pai e, ao mesmo tempo, se faz um connosco, pelos quais se oferecia, o seu sacrifício é maximamente eficaz e alcança o seu fim, que é a nossa reconciliação com Deus.

d) Carácter eficiente da Paixão e Morte de Cristo

    Jesus não só mereceu que Deus Pai nos outorgue a graça que tira o pecado e nos reconcilia com Ele, como que o mesmo Cristo é quem nos comunica essa graça.
Com efeito, a salvação de cada um dos homens procede da nossa Cabeça, como a vida dos sarmentos procede da vide.
Como ensinam os Padres da Igreja, sobretudo os orientais, a causa eficiente da graça da salvação só pode ser Deus; mas Deus produz esta graça em nós mediante a humanidade de Jesus Cristo que é o instrumento da divindade para comunicar – e não só para merecer – todas as graças aos homens.

    Referimo-nos à eficiência actual de Cristo glorioso em nós e a eficiência sempre actual dos mistérios da sua existência terrena par nos comunicar a salvação.
Não se trata, evidentemente, de que Jesus Cristo seja hoje, de alguma forma, um menino, ou que hoje esteja morrendo na cruz, nas sim que as acções realizadas por Cristo no passado têm um poder divino e alcançam com a sua eficiência toda a história[2].

    A Paixão de Cristo e todos os mistérios da sua vida obram eficientemente a nossa salvação quando nos unimos a Ele pela fé viva e os sacramentos.
Assim por exemplo, no baptismo Cristo faz-nos participes da sua Morte e Ressurreição (cf. Rom 6,3-4).

6. A contemplação da Paixão de Cristo

    A contemplação da Paixão de Cristo fez muitos santos.
Oxalá seja também este o nosso caso!
Oxalá possamos parecer-nos com são Paulo, que dizia:

«Não me gloriei entre vós de saber outra coisa senão a Jesus Cristo, e a este, crucificado» (1 Cor 2,2).

    Para isto temos de juntar a piedade com a doutrina; temos de meditar atentamente e com carinho esses acontecimentos de modo que nos interpelem pessoalmente, sabendo que Jesus, durante a sua vida e a sua Paixão nos tinha presentes e nos amava a todos; por cada um de nós ofereceu-se e padeceu esses sofrimentos:

«o Filho de Deus amou-me e entregou-se a si mesmo por mim’ (Gal 2,20)»[3]

    Deste modo, a contemplação da Paixão de Cristo move-nos a amá-lo, já que Ele nos deu provas da verdade e da grandeza do seu amor: «Ninguém tem maior amor que o de dar a sua vida pelos seus amigos» (Jo 15,13).

E amor com amor se paga.

    Por isso mesmo a contrição, a conversão movem-nos a evitar o pecado, já que apreciamos mais claramente a malícia do pecado e o que lhe custámos:

«Fostes comprados mediante um preço; glorificai, portanto, a Deus no vosso corpo» (1Cor 6,20; Pd 1,18-19).

    Também nos move ao desagravo, pois assim como fomos causa do seu pesar (pois Ele via-nos em Getsemani e no Calvário) também podemos ser-lhe causa de algum consolo com a nossa boa conduta.

    A Paixão de Cristo move-nos a segui-lo e a emita-lo:

«Cristo padeceu por vós, dando-vos exemplo para que sigais as suas pegadas» (1 Pd 2,21).

Com efeito, Jesus é exemplo de caridade (cf. Jo 15,13), de fortaleza e paciência, de humildade e obediência (cf. Fil 2,7-8), assim como de toda a virtude.

    A contemplação da Paixão de Cristo também nos move à generosidade para abraçar a vontade de Deus, ainda que por vezes suponha carregar com a cruz.
Para seguir Cristo não há outro caminho:

«Se alguém quer vir após mim negue-se a si mesmo, tome a sua cruz de cada dia e siga-me» (Lc 9,23).

    A paixão de Cristo ensina-nos o sentido da dor e do sofrimento, pois Ele chegou à glória através da sua Paixão:

«Não era mister que Cristo padecesse tudo isto, e entrasse assim na sua glória?» (Lc 24,26).

Desta forma ensinava-nos que «é necessário que passemos por muitas tribulações para entrar no reino de Deus» (Act 14,21).
Jesus não eliminou os nossos sofrimentos nem nos evita a morte, mas transformou todas essas penalidades: agora os nossos sofrimentos não são uma simples pena do pecado, mas sim servem de purificação e de mérito, são participação da sua cruz e da sua obra redentora, são caminho da salvação e da verdadeira vida.

Capítulo XI

A GLORIFICAÇÃO DE CRISTO E O SEU VALOR SALVÍFICO

    A pregação dos Apóstolos sobre Jesus não termina na sua Morte, mas na sua exaltação a partir da sua ressurreição dentre os mortos.
 Por exemplo, São Paulo escreve aos coríntios como um resumo essencial dos seus ensinamentos:

«Transmiti-vos, em primeiro lugar, o que por minha vez recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as escrituras; que apareceu a Cefas e depois aos Doze» (1 Cor 15,3-4).

1. A Ressurreição de Cristo, acontecimento histórico e transcendente

a) Teorias que negam a realidade histórica da Ressurreição

    Para o racionalismo só são «históricos» aqueles acontecimentos cujas causas e efeitos são intra-mundanos e comprováveis pela experiência.
E, de acordo com essa mentalidade, a crítica histórica rejeitou como mito não histórico o facto da Ressurreição de Cristo.
Segundo esses autores, na mente dos discípulos foi-se abrindo, pouco a pouco, a crença na Ressurreição, que realmente nunca aconteceu: foi a fé em Jesus que criou a ideia da Ressurreição (que seria um «produto da fé ou da credulidade da primeira comunidade cristã), e não a Ressurreição de Cristo que a fé n’Ele engendrou.
Em concreto, para uns, o mito da Ressurreição de Cristo seria uma expressão simbólica da crença em Cristo como Salvador, isto é, expressão da fé no valor redentor da sua Paixão, o que teria sido confirmado por Deus ressuscitando-o.
Para outros, seria um modo figurado de expressar a experiência subjectiva e interior da visão de Cristo que alguns cristãos tiveram (como São Paulo no episódio da sua conversão no caminho de Damasco) que se interpretaram como aparições externas e reais. E para outros, seria o modo figurado de figurar a sobrevivência do influxo da memória de Cristo nos seus discípulos.
Assim, chegam a conceder que Cristo ressuscitou «na fé dos discípulos»[4].

    Por outro lado, há outros autores, também católicos, que ainda que aceitando a verdade da Ressurreição, a qualificam como acontecimento «a-histórico» ou «meta-histórico», e não propriamente «histórico».
Mas empregando essa terminologia – ainda que afirmem o facto da Ressurreição – existe o risco de negar o seu carácter real, já que na linguagem usual o que não é histórico não se pode dizer que tenha ocorrido verdadeiramente.

b) A revelação afirma indubitavelmente a realidade histórica da Ressurreição

    A Escritura insiste de muitas formas na realidade da Ressurreição; p. ex.

«O Senhor ressuscitou realmente e apareceu a Simão!» 8Lc 24,34).

Da mesma forma a Tradição repete que Jesus ressuscitou verdadeiramente, de modo paralelo como afirma que nasceu verdadeiramente de Maria Virgem, e morreu verdadeiramente na cruz.

    A Ressurreição de Cristo é um acontecimento real verificado numa circunstância precisa de lugar e de tempo, que teve manifestações historicamente comprovadas por testemunhos fiáveis que no-lo transmitiram, e que teve os sinais suficientes para poder afirmar que verdadeiramente sucedeu.
Por isso goza pelo menos da mesma historicidade que qualquer outro acontecimento real acontecido no passado.

    O sinal do sepulcro vazio.

A ausência do corpo de Cristo no sepulcro não é em si prova directa da Ressurreição, pois poderia explicar-se de outro modo (cf. Jo 20,13; Mt 28,11-15).
Apesar disso, o sepulcro vazio constitui um sinal essencial e necessário para poder comprovar que realmente tinha ressuscitado.
O sepulcro vazio e as mortalhas no solo preparam os discípulos para o reconhecimento do facto da Ressurreição, como sucedeu em primeiro lugar com as santas mulheres e depois com Pedro.

    A comprovação da Ressurreição pelas aparições de Jesus ressuscitado.

O próprio Jesus, ao qual tinham visto morto, manifestou-se vivo e glorioso aos seus (a sua Mãe, a Maria de Magdala e às santas mulheres; a Pedro; aos dois de Emaús; aos discípulos no cenáculo; outra aparição aos oito dias com Tomé, etc.

    Com as aparições deu-lhes provas concludentes da verdade da sua Ressurreição:

que vive verdadeiramente; que o seu corpo é verdadeiro, de carne e osso, e não um espírito; e que é Ele mesmo, o que tinha sido crucificado (continua levando as marcas da sua Paixão: (cf. Lc 24,40; Jo 20,20.27).

Realmente Cristo voltou á vida: surrexit Dominus vere!

c) A fé na Ressurreição não procede da credulidade dos apóstolos, mas sim da experiência directa da realidade de Jesus ressuscitado

    «Ante estes testemunhos é impossível interpretar a Ressurreição de Cristo fora da ordem física, e não a reconhecer como um facto histórico. Sabemos pelos acontecimentos que a fé dos discípulos foi submetida à prova radical da Paixão e da Morte na cruz do seu Mestre (…) Os Evangelhos, longe de nos mostrar uma comunidade arrebatada por uma exaltação mística, apresentam-nos os discípulos abatidos (‘a cara sombria’: Lc 24,17) e assustados (cf. Jo 20,19). Por isso não acreditaram nas santas mulheres que regressavam do sepulcro e ‘as suas palavras pareciam-lhes como desatinos’ (Lc 24,11; cf. Mc 16,11.13). Quando Jesus se manifesta aos onze na tarde de Páscoa ‘atirou-lhe à cara a sua incredulidade e a sua dureza de cabeça por não terem acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado’ (Mc 16,14)»[5].

    Tão impossível parece este facto aos discípulos que, inclusive postos perante a realidade de Jesus ressuscitado, todavia duvidam (cf. Lc 24,38): julgam ver um espírito (cf. Lc 24,39).

«Não conseguem acreditar por causa da alegria, e estavam assombrados» (Lc 24,41).

Por isto a hipótese segundo a qual a Ressurreição teria sido um produto da fé (ou da credulidade, ou da sugestão) dos apóstolos não tem consistência. «pelo contrário, a sua fé na Ressurreição nasceu – sob a acção da graça divina – da experiência directa da realidade de Jesus ressuscitado»[6].
   




Vicente Ferrer Barriendos

(Tradução do castelhano por ama)


[1] Cf. SANTO AGOSTINHO, De Trinitate, IV: « Considerando que há quatro aspectos em cada sacrifício, isto é: a quem se oferece, quem o oferece, , que se oferece, e por quem se oferece; resulta que o único e verdadeiro Mediador nos reconcilia com deus pelo seu sacrifício de paz, sendo uno com Aquele a quem oferecia, fazendo-se um com aqueles pelos quais oferecia, sendo um mesmo quem oferecia e o que oferecia».
[2] Cf. S. Th. III,56,1, ad 3: «Todas as coisas que Cristo fez ou padeceu na sua humanidade foram-nos saudáveis pelo poder da divindade (…) E este poder alcança com a sua presença todos os lugares e os tempos, e tal contacto virtual basta para explicar esta eficiência». Cf. S. Th. III,52,8; III, 48,6, ad 2.
[3] Cf. CEC, 478.
[4] Esta expressão é um tópico que se difundiu também entre alguns católicos. Para justificar que a Ressurreição não é um facto histórico, aduz-se frequentemente que ninguém foi testemunha ocular desse acontecimento e que nenhum evangelista o descreve: portanto, ninguém poderia dizer como sucedeu fisicamente. Este é um raciocínio tão néscio como negar a realidade histórica da morte de uma pessoa, cujo cadáver estamos contemplando, pela simples razão de não ter visto o transe da sua morte.
[5] CCE, 643.
[6] CCE, 644; cf. 656.

Reflexión: Corona virus




PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

Sexta-Feira

PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?