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Oração
São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te:
Meu Senhor e meu Deus!
Não
tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: «Bem-aventurados
os que acreditarem sem terem visto». E eu creio, Senhor. Creio firmemente
que, Tu és O Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e
Senhor A Quem quero amar com todas as minhas forças e, A Quem ofereço a minha
vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres, mas, se me
criaste é porque Tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.
O que me acontece e o que penso
Como
eu tenho neste momento, por principal trabalho de apostolado escrever, sou
frequentemente assaltado por: 'Lá estás tu a recrear-te'.
É
uma das preferências do tentador: levar-me a considerar que as minhas
qualidades que devo pôr ao serviço dos outros, são defeitos.
Ceder
equivalerá a deixar de fazer o que devo dando devido uso ás qualidades que Deus
me deu.
3
Santíssima Virgem Glória e Graça
Meditação
Jesus
e as crianças
Com
muita frequência deparo-me com cenas do Evangelho que incluem crianças e fico
sempre enternecido com o carinho que Jesus demonstra para com elas.
Tem
momentos em que as considera como os “mais importantes” seres Criados por Deus.
Vou entrosando bem quanto diz e quanto faz para me aperceber das “razões” desta
atitude e, percebo com meridiana clareza que, sem dúvida, o que atrai Jesus
para as crianças é a sua inocência. Sim uma ausência de “manhas”, preconceitos,
“jogos” de influência.
A
criança é tal qual é e procede de
acordo. Em primeiro lugar quando pensa precisar de alguma coisa pede sem se deter a pensar se o que pede é
“complicado”, talvez absurdo… pede com toda a simplicidade.
Depois
reconhece instântaneamente quem lhe quer bem,em quem pode confiar.
Jesus
avisa solenemente os que O ouvem sobre o dever que os adultos têm derespeitar e
proteger as crianças e não deixa de referir solenemente o castigo que espera os
que o não façam com especial ênfase para perversamente abusem delasdiz
concretamente que «melhor fora para esse não ter nascido».
Jesus tem bem presente a Sua infância; a
Sua Santíssima Mãe sempre atenta e vigilante mantendo-O sempre sob o seu olhar
atento e cuidado, chamando-O quando Se afasta, estendendo as mãos para O
levantar de uma queda e quando mais crescido levando-O à Escola Rabínica,
acompanhando os Seus progressos. O Seu Guardião, São José, ensinando-Lhe o seu
ofício de carpinteiro, não dispensando a Sua ajuda na oficina onde ganhava o
sustento da pequena Família.
Nada
O distinguia dos outros meninos da sua idade, ria, brincava como todos os
outros.
Quando,
na Vida Adulta encontra uma criança chama-a para o pé de Si, quer acariciá-la,
mimá-la para que se sinta como Ele Próprio Se sentia naquela idade.
No
Capítulo XVIII de São Mateus Jesus mostra a Sua predilecção pelas crianças, ou,
melhor, por aquilo que as crianças representam: A inocência, a simplicidade!
Pessoas, adultas como nós, têm muita dificuldade em assumir esta posição
porque, nomeadamente, a inocência é algo de tão extraordinária grandeza que,
atingi-la – ou recuperá-la – será tarefa de uma vida inteira. Já a simplicidade
poderá estar mais ao nosso alcance se formos honestos intelectualmente, se
correctos no comportamento, se moderados nos desejos e necessidades.
Jesus
Cristo várias vezes fala nas crianças e no “real valor” que têm para Deus. Digamos
que da Sua Obra-Prima – a criação humana – são o exemplo mais puro, inocente e
verdadeiro. Ao desejar que sejamos como crianças é isso mesmo que procura que
sejamos: puros, inocentes, verdadeiros. Assim sendo é natural que sejamos,
também nós, predilectos do nosso Pai Deus e que mereçamos da Sua parte uma
atenção e carinho muito especiais daí que, nos proteja com especial cuidado e
não admita que alguém, a pretexto do que for, conspurque ou avilte esses Seus
muito queridos filhos.
As crianças continuam a ser, como no tempo de Jesus,
objecto de notícias e atenções quase sempre pelos piores motivos. Quando
deveriam viver no sossego da vida familiar, na alegria do presente e na
esperança do futuro, vêm-se amiúde feridas na sua dignidade mais elementar,
usadas e manipuladas como moeda de troca de paixões, interesses e conveniências
por parte de quem mais seria de esperar protecção e carinho. Aflige-me pensar
nas "pesadas contas" que estes terão de prestar!
Pelos piores motivos – quase sempre – as crianças são
notícia comum. Vejamos: a vida de uma criança inocente tem maior valor que a de
um adulto? Não! Uma vida é – qualquer vida humana - é criada por Deus com a Sua
imagem impressa no seu ser. Tem um valor intrínseco e inviolável. Então… porquê
este “barulho” sobre as crianças? Naturalmente – e com toda a razão - porque se
presume a sua incapacidade de defesa, a sua dependência dos mais velhos e,
naturalmente, a sua inocência que Jesus Cristo tantas vezes dá como exemplo concreto
aos que O escutam.
A inocência das crianças pode classificar-se de várias
formas; A primeira será, talvez, a completa e total ausência de mal; Como
segunda é a natural inclinação para seguir quem que pratica o bem e, a
terceira, a confiança sem preconceitos ou condições em quem se reconhece
inteira credibilidade.
Um Pai nunca enganará deliberadamente um filho, daí
que, o filho confie absolutamente no pai.
A Sua Santíssima Mãe não demorou em ir
assistir Isabel que esperava o primeiro filho, não obstante a dureza e incómodo da viagem pelas montanhas
de Judá, prestar assistência ao que ia nascer era o mais imortante que não
podia ser adiado.
Como gostaria, Senhora que me ajudasses
a ser criança no meu comportamento, simples, honesto, delicado.
Então nos teus ternos braços de Mãe
extremosa sentir-me-ei a salvo, tranquilo, seguro.