29/12/2011

Desejar a morte


Muitas vezes penso que seria uma 

comodidade morrer cedo. Não desejo 

a morte: devemos desejar viver 

muitos anos, e trabalhar. 


(Carta, 1948.10.15, nr. 11)

Pensamentos inspirados à procura de Deus

À procura de Deus



Que a tua Palavra, Senhor,


seja o mapa para a minha vida.



jma

Coração de Jesus

      Reflectindo
Quem não amará o Seu coração tão ferido? Quem não dará amor por amor? Quem não abraçará um Coração tão puro? Nós, que somos de carne, pagaremos amor com amor, abraçaremos o Ferido que encontrámos, Aquele a quem os ímpios atravessaram as mãos e os pés, o lado e o Coração. Peçamos-Lhe que Se digne prender o nosso coração com o vínculo do seu amor, feri-lo com uma lança, pois é ainda duro e impenitente.

(s. boaventura, Vitis Mystica, 3 11) 

O amor manifesta-se com factos

Textos de São Josemaria Escrivá


Vai até Belém, aproxima-te do Menino, baila com Ele, diz-lhe muitas coisas vibrantes, aperta-o contra o coração... Não estou a falar de infantilidades: falo de amor! E o amor manifesta-se com factos: na intimidade da tua alma, bem o podes abraçar! (Forja, 345)

É preciso ver o Menino, nosso Amor, no seu berço. Olhar para Ele, sabendo que estamos perante um mistério. Precisamos de aceitar o mistério pela fé, aprofundar o seu conteúdo. Para isso necessitamos das disposições humildes da alma cristã: não pretender reduzir a grandeza de Deus aos nossos pobres conceitos, às nossas explicações humanas, mas compreender que esse mistério, na sua obscuridade, é uma luz que guia a vida dos homens.
Ao falar diante do presépio sempre procurei ver Cristo Nosso Senhor desta maneira, envolto em paninhos sobre a palha da manjedoura, e, enquanto ainda menino e não diz nada, vê-Lo já como doutor, como mestre. Preciso de considerá-Lo assim, porque tenho de aprender d'Ele. E para aprender d'Ele é necessário conhecer a sua vida: ler o Santo Evangelho, meditar no sentido divino do caminho terreno de Jesus.
Na verdade, temos de reproduzir na nossa, a vida de Cristo, conhecendo Cristo à força de ler a Sagrada Escritura e de a meditar, à força de fazer oração, como agora estamos fazendo diante do presépio.
É preciso entender as lições que nos dá Jesus já desde menino, desde recém-nascido, desde que os seus olhos se abriram para esta bendita terra dos homens. Jesus, crescendo e vivendo como um de nós, revela-nos que a existência humana, a vida corrente e ordinária, tem um sentido divino. (Cristo que passa, nn. 13–14)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Novo Ministro do Interior de Espanha: Entrevista

O novo ministro de Interior explica o seu reencontro com Deus depois de anos a virar-Lhe as costas

No seu gabinete no Congresso de Deputados há um enorme retrato de Tomás Moro, santo a quem João Paulo II pedia que se encomendassem os políticos para obter fortaleza, paciência, perseverança e bom humor. (…) Os que o conhecem bem dizem que o  Jorge de "agora" nada tem que ver com o de “antes”. Ele fala de conversão.

-O sua conversão foi ao modo de Santo Paulo ou ao de Santo Agostinho?
-Foi, guardando as distâncias, más agostiniana que paulina, no sentido de que não foi instantânea, mas que resisti muito.

-Vinha do ateísmo?
-Não.

-Então, do agnosticismo.
-Tampouco. Eu não negava Deus, simplesmente vivia como se não existisse, só me lembrava dele nos momentos difíceis. Era isso a que chamam um católico não praticante.

- Isso não é uma contradição?
-É. Mas eu vivia nessa contradição. A minha fé era uma fé morta porque era uma fé sem obras.

-Que mudou tudo?
-A convicção plena de que a minha vida só fazia sentido à luz de Deus. A partir desse momento, Ele começou a ter más presença na minha vida. É neste sentido não que falo de conversão.

-Em que consiste a sua vida com Deus?
-Digamos que o meu plano de vida está muito próximo da espiritualidade do Opus Dei: ir à missa todos os dias, rezar o Rosário, fazer uns tempos de oração, outro de leitura espiritual...

-Lê muito?
-Muito. Depois da minha conversão dei-me conta que o meu deficit em formação religiosa, moral e ética era importante. Tinha que recuperar o tempo perdido e a dedicar-me à leitura ajudou.

-O autor que más o marcou?
-São muitos, mas se tenho de mencionar um que quedar, elejo Vittorio Messori, a quem me unem tantas coisas. O providencialismo, por exemplo. Messori analisa os acontecimentos tendo em conta que Deus é o Senhor da Historia, do Tempo, da Cronologia. A mim também me atrai esse tipo de visão dos factos que se incorpora no que se chama Teologia da Historia.

-E o livro?
-Mencionarei três, ainda que haja muitos mais. O regresso do filho pródigo, de Henry Nouwen, A história de uma alma, de Santa Teresinha de Lisieux, e As confissões, de Santo Agostinho. Li-os pela primeira vez em 1997.

-É o ano de o seu caminho de regresso?
-1997 foi o ano em que o Senhor me disse: “Chegámos até aqui. Ou sim ou sopas”. Mas o meu caminho de regresso começou em 1991.

-Seis anos antes.
-Eu disse que a minha conversão foi mais agostiniana que paulina, pois tive muito que pedir.

-O que se passou em 1991?
-Encontrava-me em viajem oficial nos Estados Unidos, convidado pelo Departamento de Estado. Num fim-de-semana levaram-nos a Las Vegas. Ali, por meio de um grande amigo, que sem dúvida foi um instrumento da providência de Deus, Ele veio manifestamente ao meu encontro. O lembro-o e penso em São Paulo “Onde abundou o pecado, superabundou a Graça”.

-É fácil ter Deus presente no Congresso dos Deputados?
-Ainda pareça que Lhe tenhamos fechado a porta, ainda que às vezes não O queiramos ver ou escutar, tenho a íntima convicção de que Deus está muito presente no Congresso. As Cortes são o órgão legislativo do Estado e Deus, o grande legislador do universo.

-Como vive a política?
-Como um magnífico campo para o apostolado, a santificação e o serviço aos outros, como minha vocação pessoal e específica, o lugar donde Deus quer que esteja. Para um católico, dedicar-se à política, aqui e agora, é um desafio apaixonante.

-Como a vivia antes?
-Como uma actividade que me apaixonava. Mas estava instalado no relativismo, e quando não há convicções tudo é cálculo político, interesses partidários.

-Antes falava de providencialismo. Não acredita no azar?
-Na vida as coisas não sucedem porque sim ou graças aos amigos ou por esperto que se seja; tudo isto são causas segundas, mediações humanas, que, respeitando a liberdade de cada um, respondem aos desígnios de Deus. Voltando a Santo Agostinho e guardando de novo as distâncias, se penso no que me aconteceu antes da minha conversão, posso dizer como o de Hipona nas suas Confissões: “Ah, Senhor, eras Tu”.

(jorge fernández díaz, trad ama)

Ante o apostolado: "Eu não sirvo" 2

A desculpa da incapacidade provém do espírito de soberba, como sei o apostolado devesse os seus frutos ou êxitos aos grandes talentos do cristão; é acreditar que o "êxito" depende dos nossos tesouros, dos nossos grandes méritos ou qualidades. Todavia, Deus, na sua misericórdia, chama a cada um desde a sua própria fragilidade: conta com cada um como ele é. Nada provém de nós: o apóstolo é instrumento e receptáculo da graça que comunica aos outros. Daí provem a sua grandeza, do reconhecimento humilde do próprio ser e deixar a Deus ser Deus.
O Maligno dir-nos-á que somos incapazes, e, no fundo, crescerá o espírito de soberba. Somente nos resta confiar que o Senhor actuará por nosso meio, pondo nós o melhor de nós mesmos.

Javier Sánchez Martínez [i], trad ama


[i] Javier Sánchez Martínez, sacerdote da diocese de Córdoba, ordenado a 26 de Junho de 1999. Exerceu o ministério sacerdotal em varias paróquias, nol Centro de Orientación Familiar de Lucena (Córdoba) e como capelão de Mosteiros. Pregou retiros, jornadas anuais de Exercícios espirituais a leigos e religiosas e participado em diversos cursos de formação litúrgica; publicou artigos em revistas e colaborado em rádios e TV locais. É vigário paroquial da Asunción y de Santa Clara em Palma del Río (Córdoba) e está terminando a licenciatura em Teologia na Facultad de San Dámaso (Madrid)".

Evangelho do dia e comentário

Tempo de Natal I Semana

4º Dia da Oitava do Natal 29 de Dezembro


Evangelho: Lc 2, 22-35

22 Depois que se completaram os dias da purificação de Maria, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para O apresentar ao Senhor 23 segundo o que está escrito na Lei do Senhor: “Todo o varão primogénito será consagrado ao Senhor”, 24 e para oferecerem em sacrifício, conforme o que também está escrito na Lei do Senhor: “Um par de rolas ou dois pombinhos”. 25 Havia então em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem era justo e piedoso; esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. 26 Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte sem ver primeiro o Cristo do Senhor. 27 Foi ao templo conduzido pelo Espírito. E, levando os pais o Menino Jesus, para cumprirem as prescrições usuais da Lei a Seu respeito, 28 ele tomou-o nos braços e louvou a Deus, dizendo: 29 «Agora, Senhor, podes deixar o teu servo partir em paz segundo a Tua palavra; 30 porque os meus olhos viram a Tua salvação, 31 que preparaste em favor de todos os povos; 32 luz para iluminar as nações, e glória de Israel, Teu povo». 33 O Seu pai e a Sua mãe estavam admirados das coisas que d'Ele se diziam. 34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, Sua mãe: «Eis que este Menino está posto para ruína e ressurreição de muitos em Israel e para ser sinal de contradição. 35 E uma espada trespassará a tua alma. Assim se descobrirão os pensamentos escondidos nos corações de muitos».

Comentário:

Bem-aventurado Simeão que soubeste reconhecer Quem ali era   apresentado!

Foram os olhos da alma, da esperança, da fé e da confiança que tal te permitiram.

Não eras nenhum imperador ou rei, sábio ou letrado mas tão só um homem com uma confiança total no Senhor.

Ajuda-nos a todos a ter essa confiança que dá a luz necessária aos nossos olhos para ver, sempre, em qualquer circunstância, o nosso Senhor.

(ama, comentário sobre Lc 2, 22-35, 2010.12.29)

Música e repouso

 Rossini - Semiramide - Wiener Philarmoniker - Ricardo Muti

selecção ALS

Informação de NUNC COEPI

A partir de 01 de Janeiro poderá fazer a Leitura Espiritual diária em NUNC COEPI

Está aconselhada a leitura espiritual diária de duração mais ou menos 15 minutos. Inclui leitura do Novo Testamento [1] e textos devidamente aprovados.

Não abandones a tua leitura espiritual.

A leitura tem feito muito santos.

(S. josemaria, Caminho 116)




[1] Seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em: “NOVO TESTAMENTO”, Editorial A. O. - Braga