20/12/2016

Temas para meditar - 677

Visitação

Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós.... Com Isabel, também nós ficamos maravilhados: «E de onde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?» (Lc 1, 43)

Porque nos dá Jesus, seu Filho, Maria é a Mãe de Deus e a nossa Mãe; podemos confiar-Lhe todas as nossas preocupações e pedidos: Ela pede para nós como pediu para si própria: «Faça-se em Mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38)

Uma consequência directa da fé é a oração, mas, ao mesmo tempo, a oração dá maior 'firmeza' à mesma fé. 



(Stº agostinhoCidade de Deus 1 8)

Evangelho e comentário

Tempo do Advento

Evangelho: Lc 1, 26-38

Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, da descendência de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim». Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?» O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».

Comentário:

E se tivesse dito que não, que o que lhe era pedido era demais, muito alto, muito grande e que, ela, Maria, não estava à altura de planos tão grandiosos!

Era possível esta resposta?

Sim, era e, até de certo modo, compreensível.

Mas, a Virgem, em vez de se reconhecer como não merecedora de tão extraordinária escolha, o que poderia parecer um acto de humildade, prefere declarar-se escrava.

Ora a atitude da escrava dispensa a declaração de humildade, mas exige a da obediência total e sem reservas à vontade do seu Senhor.

(ama, comentário sobre Lc 1, 26-38, 25.03.2011)




Leitura espiritual



JESUS CRISTO NOSSO SALVADOR

Iniciação à Cristologia


SEGUNDA PARTE

A OBRA REDENTORA DE JESUS CRISTO


Agora passaremos a estudar os actos concretos pelos quais Jesus Cristo nos redime, tendo presente que actua sempre como nosso Me­diador e Cabeça, por isso as suas obras servem para a nossa salvação.

Capítulo IX

OS MISTÉRIOS DA VIDA TERRENA DE CRISTO E O SEU VALOR REDENTOR

Na primeira parte vimos o mistério da Encarnação do Filho de Deus, e agora, neste capítulo e nos seguintes, consideraremos outros mistérios da vida de Jesus, ainda que, pela reduzida extensão deste livro, só examinaremos brevemente uns poucos.

1. Toda a vida de Cristo forma parte do mistério redentor

a) Mistérios da vida de Cristo aos quais se deve a redenção do homem

O Credo menciona os mistérios da vida de Cristo – desde a Encarnação até à sua Ascensão aos céus e a sua segunda vinda – sob o enunciado: «por nós homens e por nossa salvação». Com isto significa-se que a redenção do homem se deve a cada um desses mistérios e, ao mesmo tempo, que toda a vida de Cristo constitui no seu conjunto uma unidade redentora a que se deve a nossa redenção como a uma única causa.
Mas podemos distinguir mais e assinalar que Cristo – segundo o desígnio de Deus Pai - «realizou a obra da redenção humana (…) principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada Paixão, Ressurreição dentre os mortos e gloriosa Ascensão. Por este mistério, com a sua Morte destruiu a nossa morte e com a sua Ressurreição restaurou a nossa vida»[1]. Com efeito, o mistério pascal é o que dá sentido redentor e unidade a toda a vida de Jesus: todos os actos do seu caminhar terreno, desde a sua Encarnação (cf. Heb 10,5-7), ordenam-se à sua Morte e Ressurreição, donde se consuma a redenção dos homens.

E concretizando ainda mais podemos dizer que Cristo nos redime «especialmente» com a sua sagrada Paixão e Morte. Com efeito, a escritura resume muitas vezes toda a obra redentora no Mistério da Morte de Cristo, ou no seu sangue derramado na cruz: por ele somos redimidos, lavados dos pecados, justificados, santificados e restabelecidos em comunhão com Deus[2]. Também a liturgia nos move a orar assim: «Te adoramos, Cristo, e te bendizemos porque com a tua Cruz redimiste o mundo». E o Catecismo da Igreja Católica diz que «a redenção nos vem antes de tudo pelo sangue da cruz»[3].

Mas não devemos entender que a salvação seja fruto da Paixão de Cristo separada da sua Ressurreição, mas sim em união indissolúvel com ela e com todos os mistérios da sua vida.

b) Traços comuns acerca do valor salvífico de todos os mistérios de Cristo

Toda a vida de Cristo é mistério de redenção.

Jesus viveu em todo o momento a sua condição de Sacerdote, e ofereceu a seu Pai em sacrifício por nós todas as circunstâncias da sua vida; de modo que em todo o momento exerceu a sua função mediadora para nos livrar do pecado e levar-nos à união com Deus. Todos os actos de Cristo, ainda os que parecem menos importantes e pequenos, são redentores e possuem um valor transcendente de salvação (v g.: as carências materiais que experimentou, o seu trabalho, o seu cansaço, as dificuldades da vida, etc.)[4]: todos eles são meritórios e foram oferecidos como sacrifício ao Pai por nós com uma entrega completa de si e com um amor imenso.


Todos os actos de Cristo nos revelam Deus e o seu desígnio salvífico.

Jesus viveu em todo o momento a sua condição de Mestre que nos revela Deus. Por Ele conhecemos Deus visivelmente[5], pois o Verbo eterno manifestava-se aos homens em todos os seus actos humanos, em cada uma das suas palavras, gestos e atitudes. E igualmente todos os seus actos revelam o Pai que o enviou e com ele é uma só coisa: «Toda a vida de Cristo é revelação do Pai (…) Jesus pode dizer: ‘Quem me vê a mim, vê o Pai’ (Jo 14,9) (…) Nosso Senhor, ao ter-se feito homem para cumprir a vontade do Pai, manifestou-nos o amor que Deus nos tem’ (1 Jo 4,9)»[6]

E assim, Jesus, em todas as suas obras «manifesta plenamente o ho­mem ao próprio homem»[7]: revela-nos a dignidade e a vocação do homem, criado à sua imagem, chamado a ser filho de Deus e a participar de uma comunhão de vida com a Trindade.

Todos os actos de Jesus são um exemplo e ensinamento de vida para nós.

Não podíamos imitar e seguir Deus a quem não víamos, mas quando o Filho de Deus se faz homem constitui-se para nós no modelo que podemos contemplar, seguir e imitar. Jesus, em todo o momento deu-nos exemplo para que vivamos como filhos de Deus.

2. Mistério da infância de Jesus

a) O mistério da Natividade

São Lucas narra-nos com emoção o nascimento do Filho de Deus em Belém num estábulo pois não houve outro alojamento para a Sagrada Família (cf. 2,1-20). E os anjos explicam este grande mistério que constitui uma grande alegria para todos: «nasceu-vos na cidade de David o salvador, que é o Cristo Senhor» (Lc 2, 10-11).

Com efeito, Deus apareceu neste mundo. Manifestou-se a luz verdadeira que ilumina todo o homem, a luz que brilha nas trevas (cf. Jo 1,4-5.9). Manifestou-se a bondade de Deus e o seu amor misericordioso aos homens (cf. Tit 3,4). Começou a redenção, o «admirável intercâmbio» pelo qual o Criador do género humano, fazendo-se homem e nascendo duma virgem, nos faz partícipes da sua divindade.

E, além do mais, desde a cátedra de Belém, Jesus Menino distribui tantos ensinamentos que nunca acabaremos de os considerar. Talvez o principal é que o Filho de Deus vem libertar-nos do mal e vencer o inimigo, não com as armas do poder e força humanas, mas sim com as do amor e a humildade, com o seu kénosis (cf. Flp 2,5-7): aqui está a verdadeira sabedoria e força de Deus, que são mais fortes que os ho­mens (cf. 1 Cor 1,24-25).

E, fazendo-se um Menino, ensina-nos que «fazer-se criança em relação a Deus é a condição para entrar no reino (cf. Mt 18,3-4); para isso é necessário abaixar-se (cf. Mt. 23,12), fazer-se pequeno (…) para ‘fazer-se filhos de Deus(Jo 1,12)»[8].

b) A Epifania

«Epifania» significa «manifestação». A epifania de Jesus é a sua manifestação como Messias de Israel e Salvador do mundo. Se na Natividade Jesus foi manifestado pelos anjos aos pastores, gente de Israel, neste mistério – na adoração dos magos – manifesta-se aos gentios por meios duma estrela (cf. Mt 2,1-12).

O Evangelho vê nos «magos» ou sábios os representantes de povos vizinhos do Oriente, as primícias das nações que acolhem o Salvador e a Boa Nova da salvação. São Mateus quer mostra-nos desde o princípio que a salvação é universal: todos os homens estão chamados a ser «co-herdeiros, membros do mesmo corpo e partícipes da promessa de Jesus Cristo» (Ef 3,6).

Deus chama todos a ir a Cristo, e todos devemos responder como os magos. Que viram a estrela no oriente, deixaram-se guiar por ela, procuraram o Senhor, e chegaram cheios de alegria até ao Menino com Maria, sua mãe.

c) Outros mistérios da infância de Jesus

«A apresentação de Jesus no templo (cf. Lc 2,22-39) mostra-o como o Pri­mogénito que pertence ao Senhor (cf. Ex 13,2.12-13). Com Simeão e Ana é toda a expectativa da Israel que vem ao ‘encontro do seu salvador’ (a tradição bizantina chama assim a este acontecimento). Jesus é reconhecido como o Messias tão esperado, ‘luz das nações) e ‘glória de Israel, mas também ‘sinal de contradição’. A espada de dor predita a Maria anuncia outra oblação, perfeita e única, a da Cruz que dará a salvação que Deus preparou ‘ante todos os povos[9].

«A fuga para o Egipto e a matança dos inocentes (cf. Mt 2,13-18) manifestam a oposição das trevas à luz: ‘Veio a sua casa, e os seus não o receberam’ (Jo1,11). Toda a vida de Cristo estará sob o sinal da perseguição. Os seus partilham-na com Ele (cf. Jo 15,20). O seu regresso do Egipto (cf. Mt 2,15) recorda o Êxodo (cf. Os 11,1) e apresenta Jesus como o libertador definitivo»[10].

3. Mistérios da vida oculta de Jesus em Nazaré

a) A normalidade da vida de Jesus. A sua vida de família e de trabalho, em particular

Jesus partilhou, durante a maior parte da sua vida a condição comum e normal da imensa maioria dos homens. Por isso, os seus concidadãos o considerarão igual a eles em tudo, como um deles, e estranharão a sabedoria e os milagres que demonstra depois na vida pública (cf. Mc 6,2-3).

Talvez esses anos da vida de Jesus em Nazaré pareçam sem brilho humano, anos de sombra («vida oculta»), ou uma simples preparação para o seu ministério público; mas não é assim: Jesus estava realizando a nossa redenção mediante o seu amor e obediência presentes em cada uma das suas obras que oferecia por nós ao Pai. O Verbo eterno redimiu e santificou assim todas as realidades nobres com que está entretecida a vida comum dos homens: a família, as amizades e relações sociais, o trabalho e o descanso, etc.

E todos esses actos de Cristo em Nazaré são também um ensinamento para nós: «Jesus, nosso Senhor e modelo, crescendo e vivendo como um de nós, revela-nos que a existência humana – a tua -, as ocupações correntes e ordinárias, têm um sentido divino, de eternidade»[11].

A vida de família.

Parte principal da vida de Jesus em Nazaré era a vida de família, que o Evangelho resume em poucas palavras porque era norma, ao mesmo tempo que divina: «o Menino ia crescendo e fortalecendo-se cheio de sabedoria e a graça de Deus estava n’Ele» (Lc 2,40); e mais adiante acres­centa-se que «veio com eles (com os seus pais) para Nazaré e estava-lhes submetido» (Lc 2,51).
Tal como Jesus santifica a vida familiar e nos redime, a sagrada Família constitui o espelho e modelo de toda a família: mostra-nos a sua entranhável comunicação de amor, a sua simples e austera beleza, o seu carácter sagrado e inviolável, o insubstituível da sua função no plano das pessoas individuais e da vida social.

A vida de trabalho.

Jesus dedicou a maior parte da sua vida ao seu trabalho junto de José, até depois de ter cumprido trinta anos. De facto, os seus concidadãos conhecem-no por «o artesão» (Mc 6,3).

Esforçava-se por fazer bem esse trabalho, cuidando os detalhes, vivendo-o com espírito de serviço e tratando com amabilidade os vizinhos: «tudo fez bem» (Mc 7,37). Nas mãos de Jesus o trabalho converte-se em tarefa divina, em «realidade redimida e redentora: não só é o âmbito em que o homem vive, mas também meio e caminho de santidade, realidade santificável e santificadora»[12].

Por isso, a vida de Jesus em Nazaré foi chamada «o Evangelho do trabalho» já que constitui uma lição da dignidade e do valor do trabalho; um ensinamento para nos unirmos a Deus com essa actividade e, por meio dela, colaborar na salvação do mundo.

b) O episódio do Menino Jesus perdido e achado no Templo


Este acontecimento é o único que «rompe o silêncio dos Evangelhos sobre os anos ocultos de Jesus. Jesus deixa entrever nele o mistério da sua consagração total a uma missão derivada da sua filiação divina: ‘Não sabíeis que me devo aos assuntos de meu pai(Lc 2,49). Maria e José ‘não compreenderam’ esta palavra, mas acolheram-na na fé, e Maria ‘conservava cuidadosamente todas as coisas no seu coração’, ao longo de todos os anos em que Jesus permaneceu oculto no silêncio de uma vida normal»[13].
Jesus dá-nos o exemplo da decisão que temos de ter para cumprir a vontade divina ainda que custe sacrifício e ainda que outros não a compreendam.




(cont)

Vicente Ferrer Barriendos

(Tradução do castelhano por ama)






[1] CONC. VATICANO II, Sacrosanctum concilium, 5.
[2] Cf. Rom 5,9; Ef 1,7; Col 1,20; Heb 9,14; 13,12; 1 Pd 1,19; 1Jo 1,7; Ap 1,5; 5,9-10; etc.
[3] CCE, 517. A razão é – como veremos depois – que a Paixão de Cristo nos liberta do pecado por mais títulos. Além de ser a causa eficiente da nossa salvação (como o é a Ressurreição), mereceu-a, e também constitui uma satisfação pelo pecado: só ele é o preço da nossa redenção. E a própria exaltação gloriosa de Cristo se deve ao mérito da sua Paixão (cf. Flp 2,8-9; Heb 2,9).
[4] Cf. CCE, 517.
[5] Cf. Prefácio I de natal
[6] CCE, 516.
[7] GS, 22.
[8] CCE, 526.
[9] CCE, 529.
[10] CCE, 530.
[11] S. JOSEMARÍA ESCRIVÁ, Forja, 688.
[12] S. JOSEMARÍA ESCRIVÁ, Cristo que Passa, n. 47.
[13] CCE, 534.

Actos dos Apóstolos

Actos dos Apóstolos

I. A IGREJA DE JERUSALÉM [i]

Capítulo 3

Discurso de Pedro ao povo

2Ao ver isto, Pedro dirigiu a palavra ao povo:

«Homens de Israel, porque vos admirais com isto? Porque nos olhais, como se tivéssemos feito andar este homem por nosso próprio poder ou piedade? 13O Deus de Abraão, de Isaac e Jacob, o Deus dos nossos pais, glorificou o seu servo Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a libertá-lo. 14Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação de um assassino. 15Destes a morte ao Príncipe da Vida, mas Deus ressuscitou-o dos mortos, e disso nós somos testemunhas. 16Pela fé no seu nome, este homem, que vedes e conheceis, recobrou as forças. Foi a fé que dele nos vem que curou completamente este homem na vossa presença. 17Agora, irmãos, sei que agistes por ignorância, como também os vossos chefes.

18Dessa forma, Deus cumpriu o que antecipadamente anunciara pela boca de todos os profetas: que o seu Messias havia de padecer. 19Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam apagados; 20e, assim, o Senhor vos conceda os tempos de conforto, quando Ele enviar aquele que vos foi destinado, o Messias Jesus, 21que deve permanecer no Céu até ao momento da restauração de todas as coisas, de que Deus falou outrora pela boca dos seus santos profetas.

22Moisés disse: ‘O Senhor Deus suscitar-vos-á um Profeta como eu, de entre os vossos irmãos. Escutá-lo-eis em tudo quanto vos disser. 23Quem não escutar esse Profeta, será exterminado do meio do povo.’ 24E, por outro lado, todos os profetas que falaram desde Samuel anunciaram igualmente estes dias. 25Vós sois os filhos dos profetas e da aliança que Deus concluiu com os vossos pais, quando disse a Abraão: ‘Na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da Terra.’ 26Foi primeiramente para vós que Deus suscitou o seu Servo e o enviou para vos abençoar e para se afastar cada um de vós das suas más acções.»


[i] (1,12-6,7)

Graus da perfeição - 11

17 Graus da perfeição


11. Nunca se intrometer naquilo de que não se foi encarregado, nem discutir sobre alguma coisa ainda que se esteja com a razão.

E, no que tiver sido ordenado, não imaginar que se tem obrigação de fazer aquilo a que, bem examinado, nada obriga.



(são joão da cruz, em Pequenos Tratados Espirituais)


(tradução por ama)

Jesus Cristo e a Igreja – 138

Celibato eclesiástico: História e fundamentos teológicos

IV. O CELIBATO NA DISCIPLINA DAS IGREJAS ORIENTAIS

A fragmentação do sistema disciplinar no Oriente

…/18

A Legislação do II Concílio Trullano.

…/12

Posto que em Constantinopla tivesse consciência da falsidade do relato de Pafnucio, não restava mais possibilidade para recorrer a testemunhos da antiguidade cristã, que não procedesse da Igreja de Constantinopla, mas de uma Igreja vizinha à deles, cujos cânones disciplinares tinham sido já incluídos no próprio Código geral. Assim havia sucedido com os cânones do Código africano que tratavam expressamente da continência clerical e também faziam referência aos Apóstolos e à tradição antiga da Igreja.

Uma vez que tais cânones afirmavam a mesma disciplina, isto é, da completa continência, para bispos, sacerdotes e diáconos, devia ser modificado o texto autêntico dos cânones africanos. Não era algo perigoso, pois no Oriente realmente muito poucos podiam verificar o latim genuíno do texto original.


Deste modo as palavra do cânon 3 de Cartago: “gradus isti tres (…) episcopos, presbyteros et diaconos (…) continentes in omnibus”, foram substituídos no cânon 13 do Concílio Trullano por estas outras: “sub­diaconi (…) diaconi et presbyteri secundum easdem rationes a consorti­bus se abstineant”, sendo que as palavras “easdem rationes”, opostas às palavras do texto original de Cartago, representavam as mudanças introduzidas pelos Padres trullanos.

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?