01/05/2019

El Reto del Amor















por El Reto del amor

Mês da Santíssima Virgem


Oração:

«Ó Mãe dos homens e dos povos, vós que conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, vós que sentis maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas que abalam o mundo contemporâneo, acolhei o nosso clamor que, movidos pelo Espírito Santo, elevamos directamente ao vosso coração. Abraçai, com amor de Mãe e de Serva do Senhor, este nosso mundo, o qual vos confiamos e consagramos, cheios de inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos.

De modo especial, te entregamos a Ti aqueles homens e aquelas nações que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade.

À vossa protecção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus! Não desprezeis as súplicas que se elevam de nós que estamos na provação!

“Encontrando-nos hoje diante Vós, Mãe de Cristo, diante do vosso Imaculado Coração, desejamos, juntamente com toda a Igreja, unir-nos à consagração que, por nosso amor, o vosso Filho fez de Si mesmo ao Pai:
Eu consagro-Me por eles — foram as Suas palavras — para eles serem também consagrados na verdade[i].”

Queremos unir-nos ao nosso Redentor, nesta consagração pelo mundo e pelos homens, a qual, no seu coração divino, tem o poder de alcançar o perdão e conseguir a reparação.

Neste Ano Santo, bendita sejais acima de todas as criaturas, Serva do Senhor, que obedecestes da maneira mais plena ao chamamento divino. Louvada sejais vós, que estais inteiramente unida à consagração redentora do vosso Filho!

Mãe da Igreja, iluminai o povo de Deus nos caminhos da fé, da esperança e da caridade. Iluminai, de modo especial, os povos dos quais vós esperais a nossa consagração e a nossa entrega. Ajudai-nos a viver na verdade da consagração de Cristo por toda a família humana do mundo contemporâneo.

Confiando-vos, ó Mãe, o mundo, todos os homens e todos os povos, nós vos confiamos também a própria consagração do mundo, depositando-a no vosso coração materno.

Oh, Imaculado Coração, ajudai-nos a vencer a ameaça do mal, que se enraíza tão facilmente nos corações dos homens de hoje e que, nos seus efeitos incomensuráveis, pesa já sobre a vida presente e parece fechar os caminhos do futuro.

Da fome e da guerra, livrai-nos!
Da guerra nuclear, de uma autodestruição incalculável, e de toda a espécie de guerra, livrai-nos!
Dos pecados contra a vida do homem desde os seus primeiros instantes, livrai-nos!
Do ódio e do aviltamento da dignidade dos filhos de Deus, livrai-nos!
De todo o género de injustiça na vida social, nacional e internacional, livrai-nos!
Da facilidade em calcar aos pés os mandamentos de Deus, livrai-nos!
Da tentativa de ofuscar nos corações humanos a própria verdade de Deus, livrai-nos!
Da perda da consciência do bem e do mal, livrai-nos!
Dos pecados contra o Espírito Santo, livrai-nos, livrai-nos!

Acolhei, ó Mãe de Cristo, esse clamor carregado do sofrimento de todos os homens. Carregado do sofrimento de sociedades inteiras.

Ajudai-nos, com a força do Espírito Santo, a vencer todo o pecado: o pecado do homem e o pecado do mundo; enfim, o pecado em todas as suas manifestações.

Que se revele uma vez mais, na história do mundo, a força salvífica infinita da Redenção: a força do amor misericordioso. Que ele detenha o mal, transforme as consciências e manifeste para todos, no vosso Imaculado Coração, a luz da esperança!

Amém!

Oração de João Paulo II para consagração do mundo a Maria
25 Março 1984


[i] Jo 17, 19

Temas para reflectir e meditar

Acções de graças


Deus exige de nós que lhe rendamos graças pelos benefícios recebidos não porque precise dos nossos agradecimentos, mas para que estes O provoquem a conceder-nos benefícios ainda maiores.

 (cfr. S. João Crisóstomo, Homilia 52 in Gen. –Migne PGt. 54, col. 460).



(Pio XII, Mensagem pela rádio nas Bodas de Prata das aparições em Fátima, 1942.10.13) 

Leitura espiritual


COMPÊNDIO
DA DOUTRINA SOCIAL
DA IGREJA

INTRODUÇÃO


UM HUMANISMO INTEGRAL E SOLIDÁRIO

a) No alvorecer do terceiro milénio

1 A Igreja, povo peregrino, entra no terceiro milénio da era cristã conduzida por Cristo, o «Grande Pastor» [i]:
Ele é a «Porta Santa» [ii] que transpusemos durante o Grande Jubileu do ano 2000 [iii]. Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida [iv]: contemplando o Rosto do Senhor, confirmamos a nossa fé e a nossa esperança n’Ele, único Salvador e fim da história.

A Igreja continua a interpelar todos os povos e todas as nações, porque somente no nome de Cristo a salvação é dada ao homem.
A salvação, que o Senhor Jesus nos conquistou por um “alto preço” [v], realiza-se na vida nova que espera os justos após a morte, mas abrange também este mundo [vi] nas realidades da economia e do trabalho, da sociedade e da política, da técnica e da comunicação, da comunidade internacional e das relações entre as culturas e os povos.

«Jesus veio trazer a salvação integral, que abrange o homem todo e todos os homens, abrindo-lhes os horizontes admiráveis da filiação divina» [vii].

2 Neste alvorecer do Terceiro Milénio, a Igreja não se cansa de anunciar o Evangelho que propicia salvação e autêntica liberdade, mesmo nas coisas temporais, recordando a solene recomendação dirigida por São Paulo ao discípulo Timóteo:

«Prega a palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e empenho de instruir.
Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação.
Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si.
Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas.
Tu, porém, sê prudente em tudo, paciente nos sofrimentos, cumpre a missão de pregador do Evangelho, consagra-te ao teu ministério» [viii].

3 Aos homens e às mulheres do nosso tempo, seus companheiros de viagem, a Igreja oferece também a sua doutrina social.
De facto, quando a Igreja «cumpre a sua missão de anunciar o Evangelho, testemunha ao homem, em nome de Cristo, a sua dignidade própria e sua vocação à comunhão de pessoas, ensina-lhes as exigências da justiça e da paz, de acordo com a sabedoria divina» [ix].

Tal doutrina possui uma profunda unidade, que provém da Fé numa salvação integral, da Esperança numa justiça plena, da Caridade que torna todos os homens verdadeiramente irmãos em Cristo.
Ela é expressão do amor de Deus pelo mundo, que Ele amou até dar «o seu Filho único» [x].
A lei nova do amor abrange a humanidade toda e não conhece confins, pois o anúncio da salvação de Cristo estende-se «até aos confins do mundo» [xi].

4 Ao descobrir-se amado por Deus, o homem compreende a própria dignidade transcendente, aprende a não se contentar de si e a encontrar o outro, numa rede de relações cada vez mais autenticamente humanas.
Feitos novos pelo amor de Deus, os homens são capacitados a transformar as regras e a qualidade das relações, inclusive as estruturas sociais: são pessoas capazes de levar a paz onde há conflitos, de construir e cultivar relações fraternas onde há ódio, de procurar a justiça onde prevalece a exploração do homem pelo homem.
Somente o amor é capaz de transformar de modo radical as relações que os seres humanos têm entre si.
Inserido nesta perspectiva, todo o homem de boa vontade pode entrever os vastos horizontes da justiça e do progresso humano na verdade e no bem.

5 O amor tem diante de si um vasto campo de trabalho e a Igreja, nesse campo, quer estar presente também com a sua doutrina social, que diz respeito ao homem todo e se volve a todos os homens.
Tantos irmãos necessitados estão à espera de ajuda, tantos oprimidos esperam por justiça, tantos desempregados à espera de trabalho, tantos povos esperam por respeito:

«Como é possível que ainda haja, no nosso tempo, quem morra de fome, quem esteja condenado ao analfabetismo, quem viva privado dos cuidados médicos mais elementares, quem não tenha uma casa onde abrigar-se?
E o cenário da pobreza poderá ampliar-se indefinidamente, se às antigas pobrezas acrescentarmos as novas que frequentemente atingem mesmo os ambientes e categorias dotadas de recursos económicos, mas sujeitos ao desespero da falta de sentido, à tentação da droga, à solidão na velhice ou na doença, à marginalização ou à discriminação social. [...]
E como ficar indiferentes face às perspectivas de um desequilíbrio ecológico que torna inabitáveis e hostis ao homem vastas áreas do planeta?
Ou em face dos problemas da paz, frequentemente ameaçada com o íncubo de guerras catastróficas?
Ou frente ao vilipêndio dos direitos humanos fundamentais de tantas pessoas, especialmente das crianças?» [xii].

6 O amor cristão move à denúncia, à proposta e ao compromisso de elaboração de projectos em campo cultural e social, a uma operosidade concreta e activa, que impulsione todos os que tomam sinceramente a peito a sorte do homem a oferecer o próprio contributo.
A humanidade compreende cada vez mais claramente estar ligada por um único destino que requer uma comum assunção de responsabilidades, inspirada em um humanismo integral e solidário: vê que esta unidade de destino é frequentemente condicionada e até mesmo imposta pela técnica ou pela economia e adverte a necessidade de uma maior consciência moral, que oriente o caminho comum.
Os homens do nosso tempo estupefactos pelas multíplices inovações tecnológicas, desejam ardentemente que o progresso seja votado ao verdadeiro bem da humanidade de hoje e de amanhã.


b) O significado do documento


7 O cristão sabe poder encontrar na doutrina social da Igreja os princípios de reflexão, os critérios de julgamento e as directrizes de acção donde partir para promover esse humanismo integral e solidário. Difundir tal doutrina constitui, portanto, uma autêntica prioridade pastoral, de modo que as pessoas, por ela iluminadas, se tornem capazes de interpretar a realidade de hoje e de procurar caminhos apropriados para a acção:

«O ensino e a difusão da doutrina social fazem parte da missão evangelizadora da Igreja» [xiii].

Nesta perspectiva, pareceu muito útil a publicação de um documento que ilustrasse as linhas fundamentais da doutrina social da Igreja e a relação que há entre esta doutrina e a nova evangelização [xiv]. O Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, que o elaborou e assume plena responsabilidade por ele, se valeu para tal fim de uma ampla consulta, envolvendo os seus Membros e Consultores, alguns Dicastérios da Cúria Romana, Conferências Episcopais de vários países, Bispos e peritos nas questões tratadas.

8 Este Documento entende apresentar de maneira abrangente e orgânica, se bem que sinteticamente, o ensinamento social da Igreja, fruto da sapiente reflexão magisterial e expressão do constante empenho da Igreja na fidelidade à Graça da salvação de Cristo e na amorosa solicitude pela sorte da humanidade. Os aspectos teológicos, filosóficos, morais, culturais e pastorais mais relevantes deste ensinamento são aqui organicamente evocados em relação às questões sociais. Destarte é testemunhada a fecundidade do encontro entre o Evangelho e os problemas com que se depara o homem no seu caminho histórico.

No estudo do Compêndio será importante levar em conta que as citações dos textos do Magistério são extraídas de documentos de vário grau de autoridade.
Ao lado dos documentos conciliares e das encíclicas, figuram também discursos Pontifícios ou documentos elaborados pelos Dicastérios da Santa Sé. Como se sabe, mas é oportuno realçá-lo, o leitor deve estar consciente de que se trata de níveis distintos de ensinamento. O documento, que se limita a oferecer uma exposição das linhas fundamentais da doutrina social, deixa às Conferências Episcopais a responsabilidade de fazer as oportunas aplicações requeridas pelas diversas situações locais [xv].

9 O documento oferece um quadro abrangente das linhas fundamentais do «corpus» doutrinal do ensinamento social católico.
Tal quadro consente afrontar adequadamente as questões sociais do nosso tempo, que é mister enfrentar com uma adequada visão de conjunto, porque se caracterizam como questões cada vez mais interligadas, que se condicionam reciprocamente e que sempre mais dizem respeito a toda a família humana.
A exposição dos princípios da doutrina social da Igreja entende sugerir um método orgânico na busca de soluções aos problemas, de sorte que o discernimento, o juízo e as opções sejam mais consentâneas com a realidade e a solidariedade e a esperança possam incidir com eficácia também nas complexas situações hodiernas.
Os princípios, efectivamente, se evocam e iluminam uns aos outros, na medida em que exprimem a antropologia cristã [xvi], fruto da Revelação do amor que Deus tem para com a pessoa humana.
Tenha-se, entretanto, na devida consideração que o transcurso do tempo e a mudança dos contextos sociais requererão constantes e actualizadas reflexões sobre os vários argumentos aqui expostos, para interpretar os novos sinais dos tempos.

10 O documento apresenta-se como um instrumento para o discernimento moral e pastoral dos complexos eventos que caracterizam o nosso tempo; como um guia para inspirar, assim no plano individual como no colectivo, comportamentos e opções que permitam a todos os homens olhar para o futuro com confiança e esperança; como um subsídio para os fiéis sobre o ensinamento da moral social.
Dele pode derivar um novo compromisso capaz de responder às exigências do nosso tempo e proporcionado às necessidades e aos recursos do homem, mas sobretudo o anelo de valorizar mediante novas formas a vocação própria dos vários carismas eclesiais com vista à evangelização do social, porque «todos os membros da Igreja participam na sua dimensão secular» [xvii].

O texto é proposto, enfim, como motivo de diálogo com todos aqueles que desejam sinceramente o bem do homem.




[i] Hb 13, 20
[ii] cf. Jo 10, 9
[iii] Cf. Cf. João Paulo II, Mensagem para a celebração do Dia Mundial da Paz 2000, 17: AAS 92 (2000) 367 -368.
[iv] cf. Jo 14, 6
[v] cf. 1Cor 6, 20; 1Pd 1, 18-19
[vi] cf. 1Cor 7, 31
[vii] João Paulo II, Carta encicl. Redemptoris missio, 11: AAS 83 (1991) 260.
[viii] 2 Tm 4, 2-5
[ix] Catecismo da Igreja Católica, 2419.
[x] Jo 3, 16
[xi] At 1, 8
[xii] João Paulo II, Carta apost. Novo millennio ineunte, 50-51: AAS 93 (2001) 303-304.
[xiii] João Paulo II, Carta encicl. Sollicitudo rei socialis, 41: AAS 80 (1988) 571-572.
[xiv] Cf. João Paulo II, Exort. apost. Ecclesia in America, 54: AAS 91 (1999) 790.
[xv] Cf. João Paulo II, Exort. apost. Ecclesia in America, 54: AAS 91 (1999) 790; Catecismo da Igreja Católica, 24.
[xvi] Cf. João Paulo II, Carta encicl. Centesimus annus, 55: AAS 83 (1991) 860.
[xvii] João Paulo II, Exort. apost. Christifideles laici, 15: AAS 81 (1989) 414.

Evangelho e comentário




TEMPO DE PÁSCOA



São José Operário

Evangelho: Mt 13, 54-58

54 Tendo chegado à sua terra, ensinava os habitantes na sinagoga deles, de modo que todos se enchiam de assombro e diziam: «De onde lhe vem esta sabedoria e o poder de fazer milagres? 55 Não é Ele o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? 56 Suas irmãs não estão todas entre nós? De onde lhe vem, pois, tudo isto?» 57 E estavam escandalizados por causa dele. Mas Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua pátria e em sua casa.» 58 E não fez ali muitos milagres, por causa da falta de fé daquela gente.

Comentário:

São Mateus refere algo que merece um comentário:
«E não fez ali muitos milagres, por causa da falta de fé daquela gente»

Concretamente esta referência significa duas coisas:

A primeira é que, não obstante o ambiente de suspeição e preconceituoso, Jesus fez alguns milagres.

A segunda é que os milagres que Jesus faz são sempre movidos pela fé das pessoas não porque lhe apetece mas porque a Fé comove o Seu Coração amantíssimo e entranhas de misericórdia.

(AMA, comentário sobre Mt 13, 54-58, 12.02.2019)


Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?









História das Aparições de Fátima - 1


Primeira aparição do Anjo

Local: Loca do Cabeço, Pregueira nos Valinhos

Data: Primavera de 1916

« – Não temais! Sou o Anjo da Paz. Orai comigo.

E ajoelhando em terra, curvou a fronte até ao chão. Levados por um movimento sobrenatural, imitámo-lo e repetimos as palavras que lhe ouvimos pronunciar:

– Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam, e não vos amam.

Depois de repetir isto três vezes, ergueu-se e disse:

– Orai assim. Os corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas.»


Notas:

Memórias da Irmã Lúcia I. 14.ª ed. Fátima: Secretariado dos Pastorinhos, 2010, p. 169 (IV Memória). Cf. também Memórias da Irmã Lúcia I, p. 77-78 (II Memória).

Recorre com confiança a Nossa Senhora


Quando te vires com o coração seco, sem saber o que hás-de dizer, recorre com confiança a Nossa Senhora. Diz-Lhe: "Minha Mãe Imaculada, intercede por mim!". Se a invocares com fé, Ela far-te-à saborear – no meio dessa secura – a proximidade de Deus. (Sulco, 695)


Contemplemos agora a sua Mãe bendita, também nossa Mãe. No Calvário, junto ao patíbulo, reza. Não é uma atitude nova em Maria. Assim se conduziu sempre, cumprindo os seus deveres, ocupando-se do seu lar. Enquanto estava nas coisas da terra, permanecia pendente de Deus. Cristo, perfectus Deus, perfectus homo, quis que também a sua Mãe, a criatura mais excelsa, a cheia de graça, nos confirmasse nesse afã de elevar sempre o olhar para o amor divino. Recordai a cena da Anunciação: desce o arcanjo para comunicar a divina embaixada – a mensagem de que seria Mãe de Deus – e encontra-a retirada em oração. Maria está totalmente recolhida no Senhor, quando S. Gabriel a saúda: Deus te salve, oh cheia de graça! O Senhor é contigo. Dias depois, irrompe na alegria do Magnificat – esse cântico mariano que nos transmitiu o Espírito Santo pela delicada fidelidade de S. Lucas – fruto da intimidade habitual da Virgem Santíssima com Deus.

A nossa Mãe meditou longamente as palavras das mulheres e dos homens santos do Antigo Testamento, que esperavam o Salvador, e os acontecimentos de que foram protagonistas. Admirou o cúmulo de prodígios e o excesso da misericórdia de Deus com o seu povo, tantas vezes ingrato. Ao considerar esta ternura do Céu, incessantemente renovada, brota o afecto do seu Coração imaculado: a minha alma glorifica o Senhor; e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador. Porque lançou os olhos para a baixeza da sua escrava. Os filhos desta boa Mãe, os primeiros cristãos, aprenderam com Ela, e nós também podemos e devemos aprender. (Amigos de Deus, 241)