01/05/2020

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Santo Rosário


Rezar com São João Paulo II: 

SANTO ROSÁRIO Ladainha de Nossa Senhora

PAPA JOÃO PAULO II




Notas: 
1 - Em Latim
2 - Publicação diária durante Maio

LEITURA ESPIRITUAL

COMENTANDO OS EVANGELHOS

São Lucas

Cap. III



1 No décimo quinto ano do reinado do imperador Tibério, quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia, Herodes, tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe, tetrarca da Itureia e da Traconítide, e Lisânias, tetrarca de Abilena, 2 sob o pontificado de Anás e Caifás, a palavra de Deus foi dirigida a João, filho de Zacarias, no deserto. 3 Começou a percorrer toda a região do Jordão, pregando um baptismo de penitência para remissão dos pecados, 4 como está escrito no livro dos oráculos do profeta Isaías: «Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor e endireitai as suas veredas. 5 Toda a ravina será preenchida, todo o monte e colina serão abatidos; os caminhos tortuosos ficarão direitos e os escabrosos tornar-se-ão planos. 6 E toda a criatura verá a salvação de Deus.’» 7 João dizia, então, às multidões que acorriam para serem baptizadas por ele: «Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da cólera que está para chegar? 8 Produzi frutos de sincero arrependimento e não comeceis a dizer para convosco: ‘Nós temos Abraão como pai’; pois eu vos digo que Deus pode, destas pedras, suscitar filhos a Abraão. 9 O machado já se encontra à raiz das árvores; por isso, toda a árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo.» 10 E as multidões perguntavam-lhe: «Que devemos, então, fazer?» 11 Respondia-lhes: «Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma, e quem tem mantimentos faça o mesmo.» 12 Vieram também alguns cobradores de impostos, para serem baptizados e disseram-lhe: «Mestre, que havemos de fazer?» 13 Respondeu-lhes: «Nada exijais além do que vos foi estabelecido.» 14 Por sua vez, os soldados perguntavam-lhe: «E nós, que devemos fazer?» Respondeu-lhes: «Não exerçais violência sobre ninguém, não denuncieis injustamente e contentai-vos com o vosso soldo.» 15 Estando o povo na expectativa e pensando intimamente se ele não seria o Messias, 16 João disse a todos: «Eu baptizo-vos em água, mas vai chegar alguém mais forte do que eu, a quem não sou digno de desatar a correia das sandálias. Ele há-de baptizar-vos no Espírito Santo e no fogo. 17 Tem na mão a pá de joeirar, para limpar a sua eira e recolher o trigo no seu celeiro; mas queimará a palha num fogo inextinguível.» 18 E, com estas e muitas outras exortações, anunciava a Boa-Nova ao povo. 19 Mas Herodes, o tetrarca, a quem João censurava por causa de Herodíade, mulher de seu irmão, e por todas as más acções que tinha praticado, 20 acrescentou a todas as más acções, mais esta: encerrou João na prisão. 21 Todo o povo tinha sido baptizado; tendo Jesus sido baptizado também, e estando em oração, o Céu rasgou-se 22 e o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea, como uma pomba. E do Céu veio uma voz: «Tu és o meu Filho muito amado; em ti pus todo o meu agrado.» 23 Ao iniciar o seu ministério, Jesus tinha cerca de trinta anos. Supunha-se que era filho de José; e este de Eli, 24 e assim sucessivamente: de Matat, de Levi, de Melqui, de Janai, de José, 25 de Matatias, de Amós, de Naum, de Esli, de Nagaí, 26 de Maat, de Matatias, de Chimei, de Josec, de Jodá, 27 de Joanan, de Ressa, de Zorobabel, de Salatiel, de Neri, 28de Melqui, de Adi, de Cosam, de Elmadam, de Er, 29 de Jesua, de Eliézer, de Jorim, de Matat, de Levi, 30 de Simeão, de Judá, de José, de Jonam, de Eliaquim, 31 de Meleá, de Mená, de Matatá, de Natan, de David, 32 de Jessé, de Obed, de Booz, de Salá, de Nachon, 33 de Aminadab, de Admin, de Arni, de Hesron, de Peres, de Judá, 34 de Jacob, de Isaac, de Abraão, de Tera, de Naor, 35 de Serug, de Ragau, de Péleg, de Éber, de Chela, 36 de Quenan, de Arfaxad, de Sem, de Noé, de Lamec, 37 de Matusalém, de Henoc, de Jared, de Maleleel, de Quenan, 38de Enós, de Set, de Adão, de Deus.

Comentários:

1-6 -
A profecia de Isaías é bem clara: «todo o homem verá a salvação de Deus». O Reino de Deus está destinado a todos os homens como não podia deixar de ser: criados à imagem e semelhança de Deus que outro destino poderíamos ter? E, a redenção que João nos anuncia está a chegar com o Nascimento do Salvador. Ele vem para nos confirmar na Fé e dar-nos os meios de atingirmos o nosso fim.
Diz S. Lucas que «o Senhor falou a João, filho de Zacarias, no deserto». Daqui se conclui que, João sabia intimamente que tinha uma missão a cumprir, algo grande e muitíssimo importante, por isso mesmo, se retira para o deserto esperando a revelação do que o Senhor queria que fizesse. Não foi, portanto, uma decisão sua como se “algo lhe tivesse passado pela cabeça” sem mais. As coisas grandes são assim mesmo: Grandes! Por isso além de a necessária preparação pessoal deve esperar-se – e pedir – que o Senhor indique o que quer que façamos. São Josemaria passou por algo semelhante porque, desde muito novo, sabendo que o Senhor desejava alguma coisa muito especial da sua pessoa, resolveu entrar no Seminário e ordenar-se Sacerdote, repetindo contínuamente os seus pedidos de luz concreta e iniludível sobre o que devia fazer. Só depois, quando a obtém essa certeza, lança ombros ao que Deus lhe pede: o OPUS DEI! Nós, pessoas comuns, não temos porque ter especiais revelações de Deus porque, também, o que se nos pede pode não ser assim tão excepcional, mas, como sabemos, é-nos reservada uma missão apostólica bem definida no mandato de Cristo.  Por isso, pondo-nos nas mãos de Deus, pedindo ao Espírito Santo que nos ilumine, recorramos à Direcção Espiritual para obter a ajuda necessária para fazermos o que temos de fazer.
Com a “precisão” que lhe é característica, S. Lucas identifica e situa perfeitamente os a acontecimentos que narra. O Evangelho é, de facto, uma história, a HISTÓRIA DA SALVAÇÃO, que Jesus Cristo trouxe ao mundo e, como tal não poderia ser proposta às gentes que não de uma forma absolutamente credível e “verificável”. São acontecimentos relevantes que nos vão levando, passo a passo, a acompanhar a vida de Jesus entre nós, as circunstâncias em que disse e fez as suas obras, os milagres, os conselhos, advertências, avisos. Devemos lê-los e, com certeza o faremos diariamente, uma e outra vez, fugindo à tentação de pensar: ‘isto já conheço!’. A experiência de muitas vidas longas e cheias diz-nos que sempre se descobre algo novo num trecho do Evangelho que lemos pela enésima vez. Talvez uma palavra, uma expressão ou gesto que ressalta como autêntica novidade. Seria uma pena se desperdiçássemos tamanha ventura!

10-18 -
São Lucas escreve uma página do Evangelho a falar de João Baptista? Não deveria cingir-se a Jesus Cristo e à Sua vida entre nós? De facto não se pode dissociar a figura do Percursor da Pessoa do Salvador. Estão intimamente ligadas de tal forma que João é a principal e mais importante testemunha de Jesus Cristo, da Sua missão, realeza, divindade. João existe por Jesus, a sua vida é toda dedicada a preparar a Sua vinda, o seu papel é, antes de mais, levar os homens ao encontro do Messias.
As pessoas fazem perguntas concretas sobre temas concretos. É a única forma de se ser elucidado. Ter a humildade de perguntar quando se não sabe a alguém que nos possa responder com são critério e segurança doutrinal. Por isso a direcção espiritual é tão importante na vida do cristão que deseja – como deve ser – fazer em tudo a Vontade de Deus.
Por aqui se pode ver que João é considerado como alguém a quem recorrer pelas pessoas desejosas de levar uma vida correcta, fazer o que está certo e, com isso, alcançarem as graças de Deus. Pessoas de todas as condições sociais e com os mais variados misteres que, mais tarde, Jesus há-de considerar como «ovelhas perdidas e sem pastor», encontram em João as respostas às suas dúvidas e incertezas. A Lei de Deus tal como era conduzida e imposta pelos chefes do povo, os Príncipes dos Sacerdotes e os anciãos que se consideravam a eles próprios como os legítimos detentores da verdade de Lei, tinha chegado a um ponto tal de exageros e prescrições que se tornara uma «carga insuportável» para os judeus de boa cepa. E, o Baptista, não deixa a ninguém sem resposta, uma orientação, um conselho e, também, um aviso a levar muito a sério: preparar o caminho, as almas, os corações para a vinda eminente do Salvador arrependendo-se e mudando de vida.
João não é ‘apenas’ o Percussor, ou, por o ser, dá as mesmas respostas de Jesus a perguntas semelhantes. Nem seria possível ser de outra forma já que o caminho de salvação anunciado pelo Baptista é o caminho que Jesus virá a confirmar como o adequado à salvação eterna. O Baptista não tem outro objectivo que não seja a salvação dos homens e, sabe, que essa salvação só pode vir do próprio Jesus Cristo. A sua postura solidamente humilde – se assim se pode dizer – manifesta-se continuamente dizendo que não é ele, João, mas sim Jesus Cristo quem devem ouvir e seguir. Sabe muito bem, e repete-o constantemente, que o seu papel é anunciar e preparar a vinda do Salvador, que a sua pessoa pouca relevância tem mas que a sua missão é de capital importância – mesmo determinante – para o Reino de Deus entre os homens. A partir dele, ninguém mais poderá dizer que não foi avisado e urgido a preparar-se.

15-16 -
O que significam as palavras do Evangelista: «rasgou-se o céu»? Não é única esta referência. Também o próprio Jesus Cristo afirmou: «Vereis o céu aberto» Penso que se trata de algo que terá que ver com a capacidade de ver os sinais de Deus. Por vezes, para confirmar os Seus filhos na Fé, o Senhor tem como que estes “gestos” de carinho. Estarão na mesma linha as aparições visíveis de Anjos, Santos, da Santíssima Virgem, do próprio Jesus Cristo.
O Baptismo é o Sacramento da iniciação cristã. Abre a porta para o Reino de Deus e transforma-nos de simples criaturas em Filhos de Deus. Torna-se assim clara a obrigação grave dos responsáveis pela criança de a baptizar o mais cedo possível para não correr o risco de perder tão grande bem.
Nada do que Jesus Cristo faz é ocasional ou sem um sentido próprio. De facto, ao querer ser baptizado, com o Baptismo da água, o Mestre quis, em primeiro lugar, instituir este acto como o Sacramento indispensável para a introdução, por assim dizer, dos homens na Sua Igreja. Mais tarde confirmá-lo-á esclarecendo as palavras rituais: «Ide, pois, ensinai todas as gentes, baptizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo»



(AMA, 2018)









Memórias de Fátima


As minhas memórias de Fátima -1

Começo com:


1 - História verdadeira

Com 4/5 anos de idade, o sexto filho de uma família nessa altura com 7 irmãos, mais tarde seriam 10, apareceu com uma doença, na época, pelos anos 1944/45, estranha ou, pelo menos, pouco divulgada: Leucemia.

Não havia, então, grandes meios, nem de diagnóstico e, muito menos de tratamento. As análises semanais eram feitas e enviadas para Alemanha, em Portugal, não havia recursos para tal. Os resultados revelavam sempre o agravamento da doença.

Os Pais, não desistiam de aplicar todos os meios, embora escassos, para lutar pela saúde do seu filho e, sobretudo, todos os dias 13 de cada Mês, levavam-no a Fátima onde participava na Missa dos peregrinos e recebia a Bênção dos Doentes.
O miúdo olhava para a Mãe ao seu lado, vestida de Servita – Servita desde 1932, com 22 anos de idade - e via nos seus olhos doces, fixando a Custódia, um brilho de lágrimas incontidas.

Passados talvez 2 anos e meio, num dia 13 de Maio, mais uma vez ali estiveram.

No dia seguinte mais uma análise, desta vez com colheita de gânglios linfáticos que se avolumavam no pescoço do rapazinho. Uns dias depois, talvez uma semana, vieram os resultados do laboratório alemão: 

- Não havia vestígios de Leucemia!

As análises continuaram, cada vez mais espaçadas e, os resultados mantinham-se.
O rapazinho recuperou totalmente a saúde, foi para o colégio em Lisboa e fazia, normalmente, a vida que todos os rapazes da sua idade faziam.

Passados 3 anos, em Fevereiro, nova e terrível doença: 

- Meningite no seu estado mais grave!

Não havia ainda medicamentos apropriados (como a Estreptomicina que só apareceria no mercado em Abril desse ano e por um preço astronómico). As punções lombares cada dois dias eram um tormento indescritível e as dores de cabeça eram tais que o Pai do menino pediu ao porteiro do prédio que desse uma moeda a cada tocador de guitarra, acordeão etc., que então abundavam nas ruas de Lisboa, com a recomendação de se afastarem do local.

Não havia possibilidades de o levar a Fátima, tal a prostração e debilidade crescentes, mas, a sua Mãe colocou-lhe debaixo da almofada da sua cama de quase moribundo, um cravo que tinha colhido do andor de Nossa Senhora, em Fátima, depois da “procissão do Adeus” num dia 13 também de Maio.

Passadas poucas semanas, voltou para o colégio, são e salvo!

Naquela família existiu – existe – sempre a convicção profunda que Jesus, por intercessão da Sua Santíssima Mãe, tinha, mais uma vez, operado um milagre.

O rapazinho viveu.

Tem, hoje 80 anos!

A Deus nada é impossível… e atende sempre a Sua Santíssima Mãe!



(AMA, Memórias de Fátima)

Orações de Maio

Meditações de Maio

Neste teu mês, Mãe, desejo meditar, diariamente, sobre ti, algo que te diga respeito.
Hoje celebramos o dia da Mãe e, eu, ao falar contigo, Mãe do Céu, lembro a minha Mãe que, agora, também está no Céu.
Cheio de gratidão por tudo quanto me ensinou, pelo amor que me deu, o carinho e ternura que me dispensou. Sei que Nosso Senhor, a tem junto de Si e, por isso, sei que não deixa agora, como sempre fez nesta terra, de velar e interceder por mim junto daquele que tudo pode.
Queridas Mães: obrigado
Do vosso filho, muito amigo

António

(AMA, Orações pessoais, 2010)

O mês de Nossa Senhora


"O mês de Maio estimula-nos a pensar e a falar d'Ela de um modo particular. Este é o seu mês. Assim, pois, o período do ano litúrgico [Páscoa], e o mês actual chamam e convidam os nossos corações a abrir-se de uma maneira singular a Maria." (João Paulo II, Audiência Geral, 2-V-1979)

Como gostam os homens de que lhes recordem o seu parentesco com personagens da literatura, da política, do exército, da Igreja!... - Canta diante da Virgem Imaculada, recordando-Lhe: Ave, Maria, Filha de Deus Pai; Ave, Maria, Mãe de Deus Filho; Ave, Maria, Esposa de Deus Espírito Santo... Mais do que tu, só Deus! (Caminho, 496)


De uma maneira espontânea, natural, surge em nós o desejo de conviver com a Mãe de Deus, que é também nossa mãe; de conviver com Ela como se convive com uma pessoa viva, porque sobre Ela não triunfou a morte; está em corpo e alma junto a Deus Pai, junto a seu Filho, junto ao Espírito Santo.
Para compreendermos o papel que Maria desempenha na vida cristã, para nos sentirmos atraídos por Ela, para desejar a sua amável companhia com filial afecto, não são precisas grandes especulações, embora o mistério da Maternidade divina tenha uma riqueza de conteúdo sobre a qual nunca reflectiremos bastante.
A fé católica soube reconhecer em Maria um sinal privilegiado do amor de Deus. Deus chama-nos, já agora, seus amigos; a sua graça actua em nós, regenera-nos do pecado, dá-nos forças para que, entre as fraquezas próprias de quem é pó e miséria, possamos reflectir de algum modo o rosto de Cristo. Não somos apenas náufragos que Deus prometeu salvar; essa salvação já actua em nós. A nossa relação com Deus não é a de um cego que anseia pela luz mas que geme entre as angústias da obscuridade; é a de um filho que se sabe amado por seu Pai.
Dessa cordialidade, dessa confiança, dessa segurança, nos fala Maria. Por isso o seu nome vai tão direito aos nossos corações. A relação de cada um de nós com a nossa própria mãe pode servir-nos de modelo e de pauta para a nossa intimidade com a Senhora do Doce Nome, Maria. Temos de amar a Deus com o mesmo coração com que amamos os nossos pais, os nossos irmãos, os outros membros da nossa família, os nossos amigos ou amigas. Não temos outro coração. E com esse mesmo coração havemos de querer a Maria.
Como se comporta um filho ou uma filha normal com a sua Mãe? De mil maneiras, mas sempre com carinho e confiança. Com um carinho que se manifestará em cada caso de determinadas formas, nascidas da própria vida, e que nunca são algo de frio, mas costumes muito íntimos de família, pequenos pormenores diários que o filho precisa de ter com a sua mãe e de que a mãe sente falta, se o filho alguma vez os esquece: um beijo ou uma carícia ao sair ou ao voltar a casa, uma pequena delicadeza, umas palavras expressivas...
Nas nossas relações com a nossa Mãe do Céu, existem também essas normas de piedade filial, que são modelo do nosso comportamento habitual com Ela. Muitos cristãos tornam seu o antigo costume do escapulário; ou adquirem o hábito de saudar (não são precisas palavras; o pensamento basta) as imagens de Maria que há em qualquer lar cristão ou que adornam as ruas de tantas cidades; ou dão vida a essa oração maravilhosa que é o Terço, em que a alma não se cansa de dizer sempre as mesmas coisas, como não se cansam os enamorados, e em que se aprende a reviver os momentos centrais da vida do Senhor; ou então habituam-se a dedicar à Senhora um dia da semana - precisamente este em que estamos reunidos: o sábado - oferecendo-lhe alguma pequena delicadeza e meditando mais especialmente na sua maternidade. (Cristo que passa, 142)


Maria Santíssima, Mãe de Deus, passa despercebida, como uma qualquer, entre as mulheres do seu povo.
Aprende d'Ela a viver com «naturalidade». (Caminho, 499)

Temas para reflectir e meditar


Virtudes – Fortaleza 1

Ser fortes de ânimo ajuda a suportar as dificuldades e superar nossos limites. Para os cristãos, Cristo é o exemplo para viver uma virtude que abre a porta a muitas outras.

1. “Per aspera ad astra!”

“Através das dificuldades, chega-se às estrelas”. Esta conhecida frase de Séneca exprime de modo gráfico a experiência humana de que, para conseguir o melhor, há que esforçar-se, de que “o que vale, custa”, de que é preciso lutar para vencer os obstáculos e arestas que se vão apresentando ao longo da vida, para poder alcançar os bens mais altos.

Muitas obras literárias de diversas culturas exaltam a figura do herói, que encarna de algum modo as palavras da sabedoria latina, que qualquer pessoa desejaria também para si: nil difficile volenti, nada é difícil para aquele que quer.
Assim pois, a nível humano, a fortaleza é valorizada e admirada. Essa virtude, que anda de mãos dadas com a capacidade de sacrificar-se, tinha entre os antigos um contorno bem definido. O pensamento grego considerava a “andreia” como uma das virtudes cardeais [i], que modera os sentimentos de combate próprios do apetite irascível, e assim dá vigor ao homem para procurar o bem, mesmo que seja difícil e árduo, sem que o medo o detenha.






[i] Cf. Ángel Rodríguez Luño, Scelti in Cristo per esssere santi. III. Morale speciale, EDUSC, Roma 2008, pp. 284 e 289.

Dia do trabalhador


São José operário




São José, meu Pai e Senhor, peço-te por todos os que procuram trabalho e não o conseguem encontrar.

(AMA, 2010.05.01)

FILOSOFIA E RELIGIÃO


CRISTO E O DESTINO DO HOMEM

“O homem aspira a ser Deus, e nisso não há mal nenhum, pois foi o próprio Deus Quem assim nos fez e o quis assim. E, se assim nos fez, para alguma coisa foi. O absurdo não está em o homem querer ser Deus mas, em querer ser Deus, sem Deus ou contra Deus”.[1]

(A. Veloso, Cristo e o destino do homem, Brotéria, Julho 1952, p.15)



[1] Blondel.

Pequena agenda do cristão

Sexta-Feira

PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?