Começo
com:
1
- História verdadeira
Com
4/5 anos de idade, o sexto filho de uma família nessa altura com 7 irmãos, mais
tarde seriam 10, apareceu com uma doença, na época, pelos anos 1944/45,
estranha ou, pelo menos, pouco divulgada: Leucemia.
Não
havia, então, grandes meios, nem de diagnóstico e, muito menos de tratamento.
As análises semanais eram feitas e enviadas para Alemanha, em Portugal, não
havia recursos para tal. Os resultados revelavam sempre o agravamento da
doença.
Os
Pais, não desistiam de aplicar todos os meios, embora escassos, para lutar pela
saúde do seu filho e, sobretudo, todos os dias 13 de cada Mês, levavam-no a
Fátima onde participava na Missa dos peregrinos e recebia a Bênção dos Doentes.
O
miúdo olhava para a Mãe ao seu lado, vestida de Servita – Servita desde 1932,
com 22 anos de idade - e via nos seus olhos doces, fixando a Custódia, um
brilho de lágrimas incontidas.
Passados
talvez 2 anos e meio, num dia 13 de Maio, mais uma vez ali estiveram.
No
dia seguinte mais uma análise, desta vez com colheita de gânglios linfáticos
que se avolumavam no pescoço do rapazinho. Uns dias depois, talvez uma semana,
vieram os resultados do laboratório alemão:
-
Não havia vestígios de Leucemia!
As
análises continuaram, cada vez mais espaçadas e, os resultados mantinham-se.
O
rapazinho recuperou totalmente a saúde, foi para o colégio em Lisboa e fazia,
normalmente, a vida que todos os rapazes da sua idade faziam.
Passados
3 anos, em Fevereiro, nova e terrível doença:
-
Meningite no seu estado mais grave!
Não
havia ainda medicamentos apropriados (como a Estreptomicina que só apareceria
no mercado em Abril desse ano e por um preço astronómico). As punções lombares
cada dois dias eram um tormento indescritível e as dores de cabeça eram tais
que o Pai do menino pediu ao porteiro do prédio que desse uma moeda a cada
tocador de guitarra, acordeão etc., que então abundavam nas ruas de Lisboa, com
a recomendação de se afastarem do local.
Não
havia possibilidades de o levar a Fátima, tal a prostração e debilidade
crescentes, mas, a sua Mãe colocou-lhe debaixo da almofada da sua cama de quase
moribundo, um cravo que tinha colhido do andor de Nossa Senhora, em Fátima,
depois da “procissão do Adeus” num dia 13 também de Maio.
Passadas
poucas semanas, voltou para o colégio, são e salvo!
Naquela
família existiu – existe – sempre a convicção profunda que Jesus, por
intercessão da Sua Santíssima Mãe, tinha, mais uma vez, operado um milagre.
O
rapazinho viveu.
Tem,
hoje 80 anos!
A
Deus nada é impossível… e atende sempre a Sua Santíssima Mãe!
(AMA,
Memórias de Fátima)
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