30/06/2015

O que pode ver em NUNC COEPI em Jun 30

O que pode ver em NUNC COEPI em Jun 30

Agenda Terça-Feira

Hom (S. Gregório Magno), S. Gregório Magno, ´Misericórdia de Deus

AMA - Comentários ao Evangelho Mt 8 23-27, Amigos de Deus (S. Josemaria), São Josemaria Escrivá

Bento XVI - Pensamentos espirituais

Suma Teológica - Tratado da Vida de Cristo - Quest 30- Art 3,São Tomás de Aquino


Agenda Terça-Feira

Tratado da vida de Cristo 15

Questão 30: Da Anunciação da Santa Virgem

Art. 3 — Se o anjo anunciante devia aparecer à Virgem em forma corpórea.

O terceiro discute-se assim. — Parece que o anjo anunciante não devia aparecer à Virgem em forma corpórea.

1. — Pois, ver em espírito é mais nobre que ver materialmente, como diz Agostinho; e sobretudo é mais conveniente ao anjo, porque pela visão do espírito o anjo é visto na sua substância e, pela material, é visto na figura corpórea que assumiu. Ora, assim como o anunciar da concepção divina era conveniente fosse feito por um núncio supremo, assim também parece que lhe competia o sumo género de visão. Logo, parece que o anjo anunciante apareceu à Virgem em visão espiritual.

2. Demais. — Parece que a visão imaginária também é mais nobre que a visão corpórea, tanto quanto a imaginação é mais elevada potência que os sentidos. Ora, o anjo apareceu a José durante o sono, em visão imaginária, como se lê no Evangelho. Logo, parece que também devia aparecer à Santa Virgem em visão imaginária e não em visão material.

3. Demais. — A visão corpórea de uma substância espiritual perturba quem a vê; por isso a Igreja canta, da Virgem — e a Virgem pasmou à vista da luz. Ora, melhor teria sido que a sua alma tivesse sido preservada de tal perturbação. Logo, não foi conveniente que a referida anunciação se fizesse por uma visão corpórea.

Mas, em contrário, Agostinho põe na boca da Santa Virgem as palavras seguintes: Veio a mim o Arcanjo Gabriel com as faces rútilas, com vestes coruscantes, de aspecto admirável. Ora, isso só pode pertencer a uma visão corpórea. Logo, o anjo que anunciou à Santa Virgem apareceu-lhe em forma corpórea.

O anjo anunciante apareceu à Mãe de Deus em forma corpórea. E isto era conveniente. — Primeiro, quanto ao anunciado. Pois, o anjo vinha anunciar a Encarnação do Deus invisível. Portanto, era conveniente que, para anunciar esse acontecimento, uma criatura invisível assumisse uma forma que lhe permitisse aparecer visivelmente. Porque, além disso, todas as aparições do Antigo Testamento se ordenem à aparição pela qual o Filho de Deus se manifestou encarnado. — Segundo, era conveniente à dignidade da Mãe de Deus, que havia de receber o Filho de Deus não somente na sua alma, mas também corporalmente, no seu ventre. Por isso, não somente a sua alma, mas também os sentidos do seu corpo deviam ser favorecidos com a visão angélica: — Terceiro, era isso conveniente à certeza do que foi anunciado. Pois, o que é visto com os olhos nós o apreendemos mais certamente do que aquilo que imaginamos. Donde o dizer Crisóstomo, que o Anjo se apresentou real e visivelmente à Virgem e não em sonhos. Pois, devendo receber do anjo uma comunicação de tão alta importância, ela tinha necessidade de uma aparição solene, núncia de um acontecimento tão relevante.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — A visão intelectual é superior à visão imaginária ou corporal, se for só. Mas, o próprio Agostinho diz ser mais excelente a profecia acompanhada simultaneamente da visão intelectual e da imaginária, que a que o é só de uma delas. Ora, a Santa Virgem não somente percebeu uma manifestação espiritual. Por isso, essa aparição foi mais nobre. Mas teria sido ainda mais, se tivesse visto o próprio anjo, na sua substância, por uma visão Intelectual. Mas o estado de um mortal não se compadecia com ver um anjo em essência.

RESPOSTA À SEGUNDA. — A imaginação é certamente uma potência mais alta que os sentidos exteriores. Como porém a base do conhecimento humano são os sentidos, o conhecimento sensível é o dotado da máxima certeza, pois, os princípios do conhecimento hão-de sempre ter maior certeza. Por isso José, a quem o anjo apareceu durante o sono, não viu uma aparição tão excelente com o que viu a Santa Virgem.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Como diz Ambrósio, ficamos perturbados e alheados dos sentidos quando surpreendidos pela acção inesperada de uma força superior. E isto se dá não só em se tratando de uma visão real como também imaginária. Donde o dizer a Escritura, que ao pôr-do-sol veio um profundo sono sobre Abraão e um horror grande e temeroso o acometeu. Mas, essa perturbação não pode ser nociva ao homem ao ponto de dever ficar ele privado de uma aparição angélica. — Primeiro, porque o próprio facto de ser o homem elevado acima de si mesmo, como o requer a sua dignidade, enfraquece a parte inferior da sua natureza, donde procede a perturbação referida, assim como a concentração do calor natural no interior do corpo faz tremerem os membros exteriores. — Segundo porque, como diz Orígenes, o anjo que apareceu, conhecedor da natureza humana, começou por acalmar a perturbação. Por isso, tanto a Zacarias como a Maria, vendo-os: perturbados, disse-lhes: Não temas. Razão pela qual, como se lê na vida de Antão, não é difícil discernirmos os espíritos bem-aventurados, dos maus. Se, pois, ao temor suceder a alegria, saibamos que o auxílio vem de Deus, porque a segurança da alma é sinal da presença da majestade. Se, ao contrário, o temor incutido permanecer, é inimigo o que vemos. — E, além disso, a própria perturbação da Virgem era própria do pudor virginal. Pois, como diz Ambrósio, tremer é próprio dos virgens, bem como o temerem com a aproximação de qualquer homem e se amedrontarem quando algum lhes dirige a palavra. — Mas alguns dizem, que como a Santa Virgem estava acostumada a ver os anjos, não ficou perturbada com a aparição angélica; mas, tomada de espanto com o que o anjo lhe dizia por não se julgar digna de coisas tão sublimes. Por isso o Evangelista não diz que ficou perturbada com a visão, mas sim, com as palavras do anjo.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.



Evangelho, comentário, L. Espiritual

 

Tempo comum XIII Semana


Evangelho: Mt 8, 23-27

23 Subindo para uma barca, seguiram-n'O os Seus discípulos. 24 E eis que se levantou no mar uma grande tempestade, de modo que as ondas alagavam a barca; Ele, entretanto, dormia. 25 Aproximaram-se d'Ele os discípulos, e acordaram-n'O, dizendo: «Senhor, salva-nos, que perecemos!». 26 Jesus, porém, disse-lhes: «Porque temeis, homens de pouca fé?». Então, levantando-Se, ordenou imperiosamente aos ventos e ao mar, e seguiu-se uma grande bonança. 27 Eles admiraram-se, dizendo: «Quem é Este, a quem até os ventos e o mar obedecem?».

Comentário:

De facto, as atitudes dos discípulos, provam bem quão fraca era a sua Fé e o seu discernimento.

Primeiro, na aflição pedem-lhe que os socorra, que lhes valha.

Depois, perante o milagre portentoso ficam atónitos e interrogam-se: «Quem é este…»

Nós, cristãos de hoje, sabemos muito bem quem é Jesus Cristo e que todo o poder sobre o Universo lhe pertence.
Ele manda, ordena, impera!

Mas tantas vezes – talvez muitas vezes – só nos lembramos de Lhe pedir auxílio quando a angústia que uma situação grave provoca nos bate á porta.


(AMA, comentário sobre Mt 8, 23-27, 2015.06.17)



Leitura espiritual



São Josemaria Escrivá

Amigos de Deus 30 a 36

30
         
Recordem a parábola dos talentos.

Aquele servo que só recebeu um podia - como os companheiros - empregá-lo bem, procurar que rendesse, usando as suas qualidades.
E que decide?
Tem medo de o perder.
E está certo.
Mas, e depois?
Enterra-o!
E acaba por não dar fruto.

Não esqueçamos este caso de temor doentio de aproveitar honradamente a capacidade de trabalho, a inteligência, a vontade, o homem todo.
Enterro-o - parece afirmar esse desgraçado -, mas a minha liberdade fica a salvo!
Não.
A liberdade inclinou-se para uma coisa muito concreta, para a mais pobre e árida secura.
Optou, porque não tinha outro remédio senão escolher; mas escolheu mal.

Nada mais falso do que opor a liberdade à entrega, porque a entrega surge como consequência da liberdade.
Reparem que, quando uma mãe se sacrifica por amor aos filhos, escolheu; e, segundo a medida desse amor, assim se manifestará a sua liberdade.
Se esse amor é grande, a liberdade será fecunda e o bem dos filhos nasce dessa bendita liberdade, que pressupõe entrega, e nasce dessa bendita entrega, que é precisamente liberdade.

31
          
Mas, perguntar-me-ão, quando conseguimos o que amamos com toda a alma, já não continuamos a procurá-lo.

Desapareceu a liberdade?

Garanto-vos que então é mais activa do que nunca, porque o amor não se contenta com um cumprimento rotineiro, nem se coaduna com o fastio e a apatia.
Amar significa recomeçar todos os dias a servir, com obras de carinho.

Insisto, e gostaria de gravá-lo a fogo em cada um: a liberdade e a entrega não se contradizem; apoiam-se mutuamente.
A liberdade só se pode entregar por amor; não concebo outra espécie de desprendimento.
Não é um jogo de palavras mais ou menos acertado.
Na entrega voluntária, em cada instante dessa dedicação, a liberdade renova o amor e renovar-se é ser continuamente jovem, generoso, capaz de grandes ideais e de grandes sacrifícios.
Lembro-me que tive uma grande alegria quando soube que em português chamam aos jovens os novos.
E são isso.
Conto-vos isto, porque já tenho muitos anos, mas quando rezo junto do altar ao Deus que enche de alegria a minha juventude, sinto-me muito jovem e sei que nunca me hei-de considerar velho, porque, se permanecer fiel ao meu Deus.

O Amor vivificar-me-á continuamente.
A minha juventude renovar-se-á como a da águia.

Por amor à liberdade nos prendemos.
Só a soberba sente nesses laços o peso de uma cadeia.
A verdadeira humildade, que nos é ensinada por Aquele que é manso e humilde de coração, mostra-nos que o seu jugo é suave e a sua carga leve: o jugo é a liberdade; o jugo é o amor; o jugo é a unidade; o jugo é a vida que Ele ganhou para nós na Cruz.

32
         
A liberdade das consciências

Quando, nos meus anos de sacerdócio, não direi que prego mas que grito o meu amor à liberdade pessoal, noto nalguns um gesto de desconfiança, como de quem suspeita que a defesa da liberdade implica um perigo para a fé.
Que se tranquilizem esses pusilânimes.
Só atenta contra a fé uma errada interpretação da liberdade, uma liberdade sem qualquer fim, sem norma objectiva, sem lei, sem responsabilidade, numa palavra, a libertinagem.
Infelizmente, é isso que alguns defendem; essa reivindicação é que constitui um atentado contra a fé.

Por isso, não é exacto falar de liberdade de consciência, que equivale a considerar de boa categoria moral o facto de o homem rejeitar Deus.
Já recordámos que nos podemos opor aos desígnios salvadores de Nosso Senhor; podemos, mas não devemos fazê-lo.
E se alguém tomasse essa atitude deliberadamente, pecaria ao transgredir o primeiro e o fundamental dos mandamentos: amarás Yahvé com todo o teu coração.

Defendo com todas as minhas forças a liberdade das consciências, que significa que não é lícito a ninguém impedir que a criatura tribute culto a Deus.
Têm de se respeitar os legítimos anseios de verdade: o homem tem obrigação grave de procurar Nosso Senhor, de O conhecer e de O adorar, mas a ninguém na terra é lícito impor ao próximo a prática de uma fé que este não tem, tal como ninguém pode arrogar-se o direito de prejudicar quem a recebeu de Deus.

33
         
A Igreja, nossa Santa Mãe, sempre se pronunciou pela liberdade e rejeitou todos os fatalismos, antigos ou menos antigos.
Declarou que cada alma é dona do seu destino para bem ou para mal.
E os que não se afastaram do bem irão para a vida eterna; os que cometeram o mal, para o fogo eterno.
Impressiona-nos sempre esta terrível capacidade humana, tua e minha, de todos, que simultaneamente é o sinal da nossa nobreza.
A tal ponto o pecado é um mal voluntário, que de nenhum modo seria pecado, se não tivesse o seu princípio na vontade; esta afirmação goza de tal evidência, que estão de acordo os poucos sábios e os muitos ignorantes que habitam no mundo.

Volto a levantar o meu coração em acção de graças ao meu Deus, ao meu Senhor, porque nada o impedia de nos criar impecáveis, com um impulso irresistível para o bem; mas julgou que seriam melhores os seus servidores se o servissem livremente.

Que grande é o amor, a misericórdia do nosso Pai!

Perante esta realidade das suas loucuras divinas pelos filhos, gostaria de ter mil bocas, mil corações mais, que me permitissem viver num contínuo louvor a Deus Pai, a Deus Filho, a Deus Espírito Santo.
Reparem que o Todo-Poderoso, Aquele que governa o Universo com a sua Providência, não deseja servos forçados, prefere filhos livres. Meteu na alma de cada um de nós - embora nasçamos proni ad peccatum, inclinados ao pecado pela queda dos nossos primeiros pais - uma chispa da sua inteligência infinita, a atracção pelo bem, uma ânsia de paz perdurável.
E leva-nos a compreender que a verdade, a felicidade e a liberdade se conseguem quando procuramos que germine em nós essa semente de vida eterna.

34
         
Responder negativamente a Deus, rejeitar esse princípio de felicidade nova e definitiva, ficou nas mãos da criatura.
Mas, se agir assim, deixa de ser filho e torna-se escravo.
Cada coisa é aquilo que segundo a sua natureza lhe convém; por isso, quando se move à procura de algo que lhe é estranho, não actua segundo a sua própria maneira de ser, mas por impulso alheio; e isto é servil.
O homem é racional por natureza.
Quando se comporta segundo a razão, procede, pelo seu próprio movimento, como quem é; e isto é próprio da liberdade.
Quando peca, age fora da razão, e então deixa-se conduzir pelo impulso de outro, submetido a domínio alheio; e por isso quem aceita o pecado é servo do pecado (Jo 8, 34).

Permitam-me que insista sobre este ponto; é muito claro e podemos comprová-lo com frequência à nossa volta ou no nosso próprio eu: nenhum homem escapa a algum tipo de servidão.
Uns prostram-se diante do dinheiro; outros adoram o poder; outros a tranquilidade relativa do cepticismo; outros descobrem na sensualidade o seu bezerro de ouro.
E acontece o mesmo com as coisas nobres.
Empenhamo-nos num trabalho, numa actividade de maiores ou menores proporções, na realização de um trabalho científico, artístico, literário, espiritual.
Se há empenho, se existe verdadeira paixão, quem a isso se entrega vive como escravo, dedica-se com prazer ao serviço da finalidade da sua tarefa.

35
          
Escravidão por escravidão - já que de qualquer modo temos de servir, pois, quer queiramos quer não, essa é a condição humana - não há nada melhor do que saber que somos, por Amor, escravos de Deus.
Porque nesse momento perdemos a situação de escravos para nos tornarmos, amigos, filhos.
E aqui surge a diferença: enfrentamos as ocupações honestas do mundo com a mesma paixão, com o mesmo empenho que os outros, mas com paz no íntimo da alma; com alegria e serenidade, mesmo nas contradições: pois não depositamos a nossa confiança naquilo que é passageiro, mas no que permanece para sempre, não somos filhos da escrava, mas da mulher livre.

Donde nos vem esta liberdade?

De Cristo, Nosso Senhor.

Esta é a liberdade com que Ele nos redimiu.
Por isso ensina: se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. Nós, cristãos, não temos de pedir emprestado a ninguém o verdadeiro sentido deste dom, porque a única liberdade que salva o homem é cristã.

Gosto de falar da aventura da liberdade, porque é essa realmente a aventura da vossa vida e da minha. Livremente - como filhos, insisto, não como escravos - seguimos o caminho que Nosso Senhor assinalou para cada um de nós.
E saboreamos esta facilidade de movimentos como um presente de Deus.

Livremente, sem qualquer coacção, porque me apetece, decido-me por Deus.
E comprometo-me a servir, a converter a minha existência numa entrega aos outros, por amor ao meu Senhor Jesus.
Esta liberdade incita-me a clamar que nada na terra me separará da caridade de Cristo.

36
         
Responsáveis perante Deus

Deus fez o homem desde o princípio e deixou-o nas mãos do seu livre arbítrio (Ecli 15, 14).
Isto não sucederia se não tivesse capacidade de fazer uma escolha livre.
Somos responsáveis perante Deus por todas as acções que realizamos livremente.
Não há anonimatos; o homem encontra-se perante o seu Senhor e está na sua vontade decidir-se a viver como amigo ou como inimigo. Assim começa o caminho da luta interior, que é empresa para toda a vida, porque enquanto dura a nossa passagem pela terra ninguém alcança a plenitude da sua liberdade.

Além disso, a nossa fé cristã leva-nos a garantir a todos um clima de liberdade, começando por afastar qualquer tipo de enganosas coacções na apresentação da fé.
Se somos arrastados para Cristo, cremos sem querer; então usa-se a violência, não a liberdade.
Sem querer podemos entrar na Igreja; sem querer podemos aproximar-nos do altar; podemos, sem querer, receber o Sacramento.
Mas só pode crer aquele que o quer.
E é evidente que, tendo chegado à idade da razão, se requer a liberdade pessoal para entrar na Igreja e para corresponder aos contínuos chamamentos que Nosso Senhor nos dirige.

(cont)


Temas para meditar - 462

Misericórdia de Deus




A suprema misericórdia não nos abandona nem quando O abandonamos.




(são gregório magno, Homília 36 sobre os Evangelhos)

Bento VXI – Pensamentos espirituais 57

Justiça e fé



A religião bíblica não é abstracta nem intimista, mas constitui fermento de justiça e de solidariedade. A comunhão com Deus leva necessariamente à comunhão entre os irmãos.



Catequese da audiência geral, (12.Out.05)

(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)

Com Ele não há possibilidade de fracasso

"Tudo posso naquele que me conforta". Com Ele não há possibilidade de fracasso, e desta persuasão nasce o santo "complexo de superioridade" para enfrentar as tarefas com espírito de vencedores, porque Deus nos concede a sua fortaleza. (Forja, 337)

Se não lutas, não me digas que procuras identificar-te mais com Cristo, conhecê-lo, amá-lo. Quando empreendemos o caminho real de seguir a Cristo, de nos portarmos como filhos de Deus, não se nos oculta o que nos aguarda: a Santa Cruz, que temos de contemplar como o ponto central onde se apoia a nossa esperança de nos unirmos ao Senhor.

Digo-vos desde já que este programa não é uma empresa cómoda; viver da maneira que o Senhor assinala pressupõe esforço. (…) Nós descobriremos a baixeza do nosso egoísmo, os golpes da sensualidade, as investidas de um orgulho inútil e ridículo e muitas outras claudicações: tantas, tantas fraquezas. Descoroçoar? Não. Com S. Paulo, repitamos ao Senhor: sinto complacência nas minhas enfermidades, nos ultrajes, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo; pois quando estou fraco, então sou mais forte.


(…) Eu vivo persuadido de que, sem olhar para o alto, sem Jesus, jamais conseguirei nada; e sei que a minha fortaleza, para me vencer e para vencer, nasce de repetir aquele brado: tudo posso n'Aquele que me conforta, que contém a segura promessa de Deus de não abandonar os seus filhos, se os seus filhos não o abandonarem. (Amigos de Deus, nn. 212–213)

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?