04/03/2020

NUNC COEPI

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Evangelho e comentário


TEMPO DE QUARESMA


Evangelho: Lc 11, 29-32

Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal de Jonas. Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim o será também o Filho do homem para esta geração. No juízo final, a rainha do sul levantar-se-á com os homens desta geração e há-de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão. No juízo final, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão-de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas».

Comentário:

Sinais!

Há quem não se canse de pedir sinais como "justificação" do repetido adiamento em aceitar o convite de Cristo para O seguir.

Não sabem dizer que sinais pretendem porque não reconhecem os que constantemente Deus envia aos homens.


(AMA, comentário sobre Lc 11, 29-32, 14.10.2019)

Quaresma

Resultado de imagem para LITURGIA quaresmaQuaresma 

Exame pessoal 4

É muito possível que o exame pessoal nos arraste a um desejo de controlo absoluto e constante sobre as nossas acções, desejos e querer.

Se assim for não há mal nenhum desde que, evidentemente, esse desejo não nos conduza a um imobilismo ou a uma situação em que os escrúpulos nos levem à indecisão.

Como para tudo, também o exame pessoal tem de ser equilibrado com critério e bom-senso.

(AMA, reflexões, 2018)

Temas para reflectir e meditar

Piedade


Não podemos ser filhos de Deus episodicamente, embora haja alguns momentos especialmente dedicados a considerá-lo, a compenetrar-nos desse sentido da nossa filiação divina, que é a medula da piedade.



(S. Francisco de SalesIntrodução à Vida Devota, Cap. XV)

Leitura espiritual


JESUS CRISTO NOSSO SALVADOR 4

Iniciação à Cristologia


PRIMEIRA PARTE


A PESSOA DE JESUS CRISTO


Capítulo II


A VINDA DO FILHO DE DEUS NA ECONOMIA DIVINA DA SALVAÇÃO

4. Anúncio da vinda do salvador, o Messias esperado


Como ninguém podia salvar-se depois do pecado original Senão Jesus Cristo, Deus anunciou a sua vinda repetidas vezes e preparou-a de muitas formas desde o princípio do mundo. O próprio Deus se encarregou de manter e reforçar essa esperança do salvador através da história d humanidade, ao mesmo tempo que ia revelando e precisando diferentes aspectos da figura e da vida do Messias prometido.


a) Promessas do Redentor


O proto-evangelho.


Depois do pecado dos nossos primeiros pais, Deus não abandonou os homens, antes imediatamente os levou à esperança da salvação. Com efeito Deus dirigiu à serpente estas palavras: «Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua linhagem e a sua linhagem; ele te pisará a cabeça, enquanto tu mordes o seu calcanhar» [1]. A este versículo do Génesis chama-se «proto-evangelho», precisamente porque constitui o primeiro anúncio e promessa da salvação.

O descendente da mulher que vencerá o demónio é o Redentor, Jesus Cristo. A mulher de que se fala é Eva no seu sentido imediato, e Maria em sentido pleno.


A promessa a Abraão.


Deus fez uma aliança com Abraão e fez-lhe a promessa de lhe dar não só uma terra, como fazê-lo pai de um grande povo, e que pela sua descendência seriam benditas todas as nações da terra [2].


Deus renovou várias vezes a Abraão estas promessas [3], que representam um anúncio da salvação universal por meio de um descendente seu, que será Jesus.


Confirmação e renovação da promessa.


Deus renovou a Aliança e a promessa com diferentes eleitos e foi concretizando a ascendência do Messias: não só será descendente de Abraão, como mais concretamente um descendente de Jacob [4], e mais especificamente da tribo de Judá [5], e mais concretamente ainda da família de David [6].


b) Profecias sobre o Messias rei


O filho de David.


O profeta Natán, em nome de Deus, promete a David que o Messias esperado desde os tempos mais antigos será seu descendente. E reinará para sempre, não só sobre Israel, mas sobre todos os povos [7].


Na Bíblia aplica-se frequentemente a David o título de «ungido do senhor»; ele será o tipo por excelência de rei ungido no qual se cumprirá plenamente a promessa divina: o Messias, que será filho de David e rei de Israel, cujo reino não terá fim.


São muitas as profecias do Antigo Testamento sobre o Messias-rei, filho de David. Destaquemos só dois pelos aspectos particulares que assinalam:


Especial Filiação Divina do Messias: Salmo 2.


Este salmo messiânico descreve a rebelião das nações contra Deus e contra o seu Messias. Deus, pelo contrário, ri-se dos seus inimigos e anuncia que constituiu o Messias rei sobre Sião. Este Messias-rei promulga o decreto de Yahwé que encerra uma declaração de uma especial Filiação Divina: «Tu és o meu filho, eu hoje te gerei. Pede-me e dar-te-ei as gentes por herança, e as tuas possessões até aos confins da terra».


O Emanuel nascido de uma virgem.

Isaías transmite-nos uma série de profecias entre os capítulos 7 e 11 do seu livro, que se conhecem como o livro do Emanuel.


Ali se diz que o Messias-rei nascerá de uma virgem e se chamará Emanuel [8], que significa «Deus connosco». Será grande e terá de modo eminente as virtudes de todas as grandes personagens da sua linhagem. Chamar-se-á também Deus Forte e Príncipe da paz [9]. Este descendente de David estará cheio do espírito de Deus e fará com que reine entre os homens a justiça [10]. No Novo testamento é manifesto que se trata de Jesus que nascerá de Maria Virgem [11].


5. Outras profecias acerca de Jesus


Há muitas outras profecias que se referem à pessoa e à obra de Cristo. Tendo só em conta ao Antigo Testamento tornar-se-ia difícil interpretar só algumas delas como referidas claramente ao Messias, mas à luz do Novo Testamento é transparente o seu significado messiânico. Vejamos só algumas delas.


a) Profecias sobre o Messias rei e profeta


Moisés sempre foi como que tipo e a figura de todos os profetas: ele falava com deus «face a face» [12] e transmitia ao seu povo as palavras e os mandamentos de Yahwé. Pois bem, já desde antigamente se anunciou que Deus enviaria «outro profeta» como Moisés que ensinará e guiará o seu povo com as palavras de Deus [13].


Assim em algumas ocasiões anuncia-se um Messias que será rei e profeta simultaneamente, à semelhança de David, que teve ambas prerrogativas: o Messias será rei descendente de David e será ungido por Deus com o espírito dos profetas para anunciar a salvação aos homens [14]. Este é Jesus [15], [16]

b) Profecias sobre o Messias rei e sacerdote

     Salmo 110/109,1-4). Neste salmo anuncia-se um Messias superior ao próprio David; o salvador será rei que dominará todos os inimigos e, ao mesmo tempo, será sacerdote do Altíssimo. Esta unidade de rei e sacerdote tem como que um protótipo em Melquisedec, rei de Salem, misterioso contemporâneo de Abraão (cf. Gen 14,18-19). O Messias será rei e sacerdote, mas o seu sacerdócio não é levítico, antes se trata de um diferente, misterioso e superior (cf. Heb 6,20-7,28).

c) Profecias sobre o sacrifício de Cristo

    Cantos sobre o Servo de Yahwé. No livro do profeta Isaías encontram-se quatro cantos sobre a missão redentora do Messias, que é chamado «Servo de Yahwé»[17]


O Servo é um eleito de Deus e objecto da sua complacência. Ele vai ser rei de justiça, e o seu reinado será universal. Será luz dos gentios e reconciliador dos povos. Deus elegeu-o desde o seio materno para fazer voltar os filhos de Israel e para levar a salvação até aos confins da terra. O Servo de Yahwé sofrerá a oposição e perseguição por parte do seu próprio povo, ainda que sendo inocente. Isaías narra o sofrimento e a morte do Servo, oferecido como sacrifício pela redenção de todos, de tal forma que reflecte de modo exacto e impressionante a Paixão e Morte de Jesus [18].


Salmo 22/21.

Começa com: «Deus meu, Deus meu, porque me abandonas-te?» que o Senhor recitou na cruz. E narra como o justo, perseguido por muitos inimigos e no meio de um grande sofrimento, recorre cheio de confiança a Deus. Não se trata do grito de angústia de um desesperado, mas da oração confiada do que se abandona nas mãos de Deus, e é escutado. Termina com a vinda do reino de Deus ao mundo, a salvação universal, como fruto dos sofrimentos do justo que pede que voltem a Yahwé todas as famílias das nações. Este salmo messiânico narra por antecipação muitos episódios concretos da Paixão de Cristo.


d) A figura do Filho do homem


O título «Filho do homem» procede do Antigo Testamento, em concreto do livro do profeta Daniel. Designa uma pessoa misteriosa e gloriosa que supera a condição humana e restaura definitivamente o reino messiânico [19].

Todavia. Convém notar que a expressão «filho de homem» (ben-adam) na época de Jesus indicava simplesmente «homem». Por isso Jesus, ao referir-se a si mesmo como Filho do homem, tentava esconder por detrás do véu do significado comum a acepção messiânica que essa locução tinha na profecia de Daniel. E ao mesmo tempo, quis corrigir uma concepção exclusivamente gloriosa do Messias, muito arreigada no pensamento hebreu, ao uni-la à sua condição humana e passível, pois anunciava que esse «Filho do homem» tem de padecer e dar a sua vida como resgate por todos [20].


Vicente Ferrer Barriendos

(Tradução do castelhano por ama)


[1] (Gen 3,15)
[2] (cf. Gen 12,3)
[3] Cf. Gen 13,14-17; 17,1-9; 18,17-19; 22,13-18.
[4] (cf. Gen 28,12-14)
[5] (cf. Gen 49,9-11)
[6] (cf. Sam 7,8-16); Sal 89/88,20-38)
[7] (cf. 2 Sam 7,12-16)
[8] (Is 7,14)
[9] (cf. Is 9,5-6)
[10] (cf. Is 11,1 ss.)
[11] (cf. Mt 1,23)
[12] (Ex 33,11)
[13] (cf. Dt 18,15-19)
[14] (cf. Is 61,1-2)
[15] (cf. Lc 4,18-21)
[16] Todavia, muitos judeus não entenderam a união rei-profeta e esperavam esse «profeta» excepcional e o Messias, como duas pessoas diferentes (cf. Jo 1,20-21; 7,40-41).
[17][17] Son: Is 42,1-9; 49,1-7; 50,4-9; 52,13-53,12.
[18] (cf. Act 8,32-33)
[19] (cf. Dan 7,13-14)
[20] (cf. Mt 17,12;20,28)

Deserto




VIRTUDES – Prudência 4


PROCURAI PRIMEIRO O REINO DE DEUS E A SUA JUSTIÇA, E TODAS ESTAS COISAS VOS SERÃO DADAS POR ACRÉSCIMO

Em Cristo, a Sabedoria de Deus feita carne, encontramos a perfeita prudência e a perfeita liberdade. Com as Suas obras, Ele mostra-nos que a prudência aconselha a transformarmos a vida num serviço aos outros, amigos e inimigos, por amor do Pai. Com a Sua morte na cruz, mostra-nos que a verdadeira prudência leva mesmo a entregar a própria vida, em obediência ao Pai, pela salvação dos homens. Esta prudência de Cristo parece exagero e imprudência aos olhos humanos. Quando Ele diz aos discípulos que deve ir a Jerusalém, sofrer e morrer, Pedro «começou a repreendê-lo, dizendo: «’Deus te livre, Senhor! Isso nunca te há-de acontecer!’» Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: «Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um estorvo, porque os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens!» (Mt 16, 22-23) [5].

PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

Quarta-Feira

PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?