22/01/2017

Um novo ano: recomeçar

“A vida cristã é um constante começar e recomeçar, uma renovação em cada dia.” (Cristo que passa, 114).


Desde a nossa primeira decisão consciente de viver integralmente a doutrina de Cristo, é certo que avançámos muito pelo caminho da fidelidade à sua Palavra. Mas não é verdade que restam ainda tantas coisas por fazer? Não é verdade que resta, sobretudo, tanta soberba? É precisa, sem dúvida, uma outra mudança, uma lealdade maior, uma humildade mais profunda, de modo, que, diminuindo o nosso egoísmo, cresça em nós Cristo, pois illum oportet crescere, me autem minui, é preciso que Ele cresça e que eu diminua. (...)

A conversão é coisa de um instante; a santificação é tarefa para toda a vida. A semente divina da caridade, que Deus pôs nas nossas almas, aspira a crescer, a manifestar-se em obras, a dar frutos que correspondam em cada momento ao que é agradável ao Senhor. Por isso, é indispensável estarmos dispostos a recomeçar, a reencontrar – nas novas situações da nossa vida – a luz, o impulso da primeira conversão. E essa é a razão pela qual havemos de nos preparar com um exame profundo, pedindo ajuda ao Senhor para podermos conhecê-Lo melhor e conhecer-nos melhor a nós mesmos. Não há outro caminho para nos convertermos de novo. (Cristo que passa, 58)


Ao falar diante do presépio sempre procurei ver Cristo Nosso Senhor desta maneira, envolto em paninhos sobre a palha da manjedoura, e, enquanto ainda menino e não diz nada, vê-Lo já como doutor, como mestre. Preciso de considerá-Lo assim, porque tenho de aprender d’Ele. E para aprender d’Ele é necessário conhecer a sua vida: ler o Santo Evangelho, meditar no sentido divino do caminho terreno de Jesus.

Na verdade, temos de reproduzir na nossa, a vida de Cristo, conhecendo Cristo à força de ler a Sagrada Escritura e de a meditar, à força de fazer oração, como agora estamos fazendo diante do presépio. É preciso entender as lições que Jesus nos dá já desde menino, desde recém-nascido, desde que os seus olhos se abriram para esta bendita terra dos homens.

Jesus, crescendo e vivendo como um de nós, revela-nos que a existência humana, a vida corrente e ordinária, tem um sentido divino. Por muito que tenhamos pensado nestas verdades, devemos encher-nos sempre de admiração ao pensar nos trinta anos de obscuridade que constituem a maior parte da passagem de Jesus entre os seus irmãos, os homens. Anos de sombra, mas, para nós, claros como a luz do Sol. Mais: resplendor que ilumina os nossos dias e lhes dá uma autêntica projecção, pois somos cristãos correntes, com uma vida vulgar, igual à de tantos milhões de pessoas nos mais diversos lugares do Mundo. (Cristo que passa, 14)


Vocês sabem por experiência pessoal – e têm-me ouvido repetir com frequência, para evitar desânimos – que a vida interior consiste em começar e recomeçar todos os dias; e notam no vosso coração, como eu noto no meu, que precisamos de lutar continuamente. Terão observado no vosso exame – a mim acontece-me o mesmo: desculpem que faça referências a mim próprio, mas enquanto falo convosco vou pensando com Nosso Senhor nas necessidades da minha alma – que sofrem repetidamente pequenos reveses, que às vezes parecem descomunais, porque revelam uma evidente falta de amor, de entrega, de espírito de sacrifício, de delicadeza. Fomentem as ânsias de reparação, com uma contrição sincera, mas não percam a paz. (Amigos de Deus, 13)


Para a frente, aconteça o que acontecer! Bem agarrado ao braço do Senhor, considera que Deus não perde batalhas. Se, por qualquer motivo, te afastas d'Ele, reage com a humildade de começar e de recomeçar; de fazer de filho pródigo todos os dias, inclusive repetidamente nas vinte e quatro horas do dia; de reconciliar o teu coração contrito na Confissão, verdadeiro milagre do Amor de Deus. Neste Sacramento maravilhoso, o Senhor limpa a tua alma e inunda-te de alegria e de força para não desanimares na tua luta e para voltares de novo sem cansaço a Deus, mesmo quando tudo te pareça obscuro. Além disso, a Mãe de Deus, que é também nossa Mãe, protege-te com a sua solicitude maternal e dá-te confiança no teu caminhar. (Amigos de Deus, 214)



Evangelho e comentário

Tempo comum


Evangelho: Mt 4, 12-23

12 Tendo Jesus ouvido dizer que João fora preso, retirou-Se para a Galileia. 13 Depois, deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, situada junto do mar, nos confins de Zabulon e Neftali, 14 cumprindo-se o que tinha sido anunciado pelo profeta Isaías, quando disse: 15 “Terra de Zabulon e terra de Neftali, terra que confina com o mar, país além do Jordão, Galileia dos gentios! 16 Este povo, que jazia nas trevas, viu uma grande luz, e uma luz levantou-se para os que jaziam na sombra da morte”. 17 Desde então, começou Jesus a pregar: «Fazei penitência porque está próximo o Reino dos Céus». 18 Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 19 «Segui-Me, disse-lhes, e Eu vos farei pescadores de homens».20 E eles, imediatamente, deixando as redes O seguiram. 21 Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam numa barca juntamente com seu pai Zebedeu, consertando as suas redes. E chamou-os. 22 Eles, deixando imediatamente a barca e o pai, seguiram-n'O. 23 Jesus percorria toda a Ga­lileia, ensinando nas sinagogas e pregando o Evangelho do reino de Deus, e curando todas as enfermidades entre o povo.

Comentário:

É interessante verificar que os primeiros discípulos – mais tarde Apóstolo – que Jesus escolhe sejam quatro irmãos – Pedro e André, Tiago e João e além disso com a mesma profissão: pescadores.

Os quatro têm a mesma reacção ao convite de Jesus: deixam tudo e seguem-no.

Esta prontidão na resposta ao convite-desafio do Senhor dá-nos que pensar a nós tão renitentes - por vezes – em seguir os convites que, ao longo da vida, o Senhor nos vai fazendo.

Temos muitas coisas, afazeres, obrigações… há que pensar, que avaliar, fazer o que se costuma dizer: “deitar contas à vida”.

A demora na resposta pode comprometer definitivamente toda a nossa vida porque, quando o Senhor chama, é sempre urgente, imperioso, responder. 

A simples promessa «Eu vos farei pescadores de homens» parece um atractivo talvez vago ou pouco assertivo, mas é, com certeza, um desafio extraordinário que os quatro não hesitaram em aceitar.

(ama, comentário sobre Mt 4, 12-23, 2016.11.06)







Leitura espiritual


Leitura espiritual



A Cidade de Deus 


Vol. 1

LIVRO IV

CAPÍTULO XIII

Segundo alguns, só os seres animados e racionais constituem partes de um só Deus.

Se, porém, pretendem que apenas os seres vivos racionais, tais como os homens, constituem partes de Deus — não vejo, na realidade, se o Mundo todo é Deus, como é que se excluem os animais de serem partes dele. Mas discutir para quê? A respeito do próprio ser vivo racional, isto é, do homem — que há de mais lamentável do que crer que quando se açoita uma criança é uma parte de Deus que se açoita? Quem poderá admitir sem de todo perder o senso que há partes de Deus que se tornam lascivas, iníquas, ímpias, e totalmente condenáveis? Por fim — porque se hão-de os deuses indignar contra os que os não veneram, quando, afinal, não são venerados pelas suas próprias partes? Só resta, portanto, afirmar que os deuses, todos eles, têm as suas vidas próprias, cada um vive para si, nenhum deles é parte de qualquer outro, mas devem venerar-se apenas todos os que podem ser conhecidos e venerados, pois eles são tão numerosos que nem todos o podem ser. Como Júpiter lhes preside como rei, julgo que é a ele que se atribui a fundação e a dilatação do Império Romano. Com efeito, se não foi ele mesmo quem o fez, que outro deus julgam que poderia empreender uma tão vasta empresa, já que todos estão ocupados nos seus deveres e trabalhos próprios sem que cada um se intrometa nos dos outros? Foi, pois, pelo rei dos deuses que o reino dos homens se pôde estender e prosperar.

CAPÍTULO XIV

Atribui-se, sem razão, a dilatação dos reinos a Júpiter: bastaria para isso Vitória, se ela é, como dizem, uma deusa.

Agora, e antes de mais nada, eu pergunto: Porque é que o próprio Estado não é um Deus? Porque é que não há-de ser assim se a Vitória é uma deusa? Ou que necessidade há de Júpiter nesta questão, se a Vitória favorece e é propícia e sempre se põe do lado dos que ela quer que sejam vencedores? Quando esta deusa é favorável e propícia — que povos poderão fugir ao seu domínio, que reinos resistirão, mesmo que Júpiter se mantenha inactivo ou ocupado em outra coisa?

Será talvez que desagrada aos bons fazerem guerras injustas e, para estenderem os seus Estados, provocarem inesperadamente para o combate vizinhos tranquilos que nenhuma injustiça cometeram? Se são estes os seus verdadeiros sentimentos — pois apoio-os e louvo-os.

CAPÍTULO XV

Convém aos bons quererem estender a sua dominação?

Vejam, pois, bem se por acaso convirá a homens de bem que se regozijem com a extensão do Império. Foi a iniquidade daqueles contra os quais foram movidas justas guerras que ajudou o Império a dilatar-se. Este decerto continuaria diminuto se os povos vizinhos, por serem pací­ ficos e justos, não lhe tivessem dado azo com suas ofensas e provocações. Assim, para a felicidade da humanidade, não teria havido mais que pequenos reinos felizes por viverem em absoluta concórdia com os seus vizinhos e no mundo haveria muitos Estados como na cidade há muitas moradas de cidadãos. Por isso é que guerrear, alargar o império sobre povos dominados, parece aos maus uma felicidade e aos bons uma necessidade. Mas, como seria pior ainda que os justos fossem subjugados pelos injustos, não é uma incongruência que também se chame felicidade a esta necessidade. Sem dúvida, porém, que viver em concórdia com um bom vizinho é uma felicidade maior do que subjugar um mau vizinho agressivo. Maus votos são os de quem deseja que haja quem odeie ou a quem tema para poder ter quem possa vencer. Se, portanto, foi conduzindo guerras justas, isentas de impiedade e de iniquidade, que os Romanos puderam conquistar um tão dilatado império — não deveriam então venerar também como uma deusa a iniquidade alheia? É que, de facto, esta contribuiu, como vimos, para a dilatação do Império, provocando inimigos injustos para que contra eles surgissem guerras justas e se dilatasse o Império. Porque é que a iniquidade não será também uma deusa, pelo menos dos povos estrangeiros, se o Pavor e o Palor e a Febre merecem ser deuses romanos?

Com estas duas, isto é, com a Iniquidade alheia e a Vitória — a Iniquidade suscitando motivos para a guerra e a Vitória conduzindo a guerra a um feliz resultado, dilatou- -se o Império sem que Júpiter se mexesse. Aliás, que participação poderia ter tido nisso Júpiter, quando os benefí­cios que lhe poderiam ser atribuídos são tidos por deuses, chamam-se deuses, como deuses se veneram e são invocados como partes dele? Poderia ter chegado a ter alguma se tivesse recebido o nome do estado, como se chamou deusa à Vitória. Ou, se o estado é um presente de Júpiter, porque é que também a Vitória não é tida por um seu presente? Como tal seria tida, sem dúvida, se no Capitólio não se venerasse uma pedra, mas se reconhecesse e adorasse o verdadeiro

Rei dos Reis e Senhor dos Senhores [i].

CAPÍTULO XVI

Porque é que os Romanos, que assinalam um deus para cada acontecimento e para cada movimento, quiseram que o templo de Quietude (Quies) ficasse fora de portas?

Mas o que mais admira é que os Romanos tenham atribuído um deus para cada coisa e quase para cada movimento. Invocam a deusa Agenória, que os leva a agir; a deusa Stímula, que os estimula a agir além da medida; a deusa Múrcia, que imobiliza o homem desmedidamente e o toma, como diz Pompónio, múrcido, isto é, extremamente preguiçoso e inactivo; a deusa Strénia, que os torna vivazes. Decidiram oferecer sacrifícios públicos a todos estes deuses e deusas. Todavia, invocando embora a deusa Quietude, (Quies) que lhes assegura a tranquilidade, não quiseram prestar-lhe oficialmente culto porque ela tinha o seu templo fora da porta Colina. Terá sido isto indício de um espírito inquieto ou tal significa, pois aquele que persevera em adorar aquela turbamulta, não de deuses com certeza, mas de demónios, não pode manter aquela tranquilidade para que nos chama o verdadeiro médico quando nos diz:

Aprendei de mim, pois sou manso e humilde de coração, e encontrareis a paz nas vossas almas [ii]?

CAPÍTULO XVII

Se o poder de Júpiter é soberano, deverá Vitória ser ainda considerada como deusa?

Dirão talvez que Júpiter envia a deusa Vitória e que esta, obedecendo-lhe como ao rei dos deuses, se dirige para os que ele lhe indicou e se põe ao lado deles? Isso diz- -se com verdade, não desse Júpiter imaginado caprichosamente como rei dos deuses, mas do verdadeiro Rei dos Séculos que envia, não a Vitória, que nada tem duma substância, mas o seu anjo, para tornar merecedor quem Ele quer, Ele cujos desígnios podem ser ocultos, mas não injustos. Com efeito, se a Vitória é uma deusa, porque é que o Triunfo não é, ele também, um deus e não se junta à Vitória como marido ou irmão ou filho? Efectivamente, tem havido tais opiniões acerca dos deuses que, se os poetas as tivessem imaginado e se nós os criticássemos, poderiam responder-nos «são ficções dos poetas de que nos devemos rir e que não se devem atribuir às verdadeiras divindades». E, contudo, não zombavam de si próprios, não, quando liam estas extravagâncias nos poetas, mas os adoravam nos templos. Era, portanto, a Júpiter que eles deviam rogar, só a ele deviam suplicar. Se Vitória é uma deusa e até sujeita a esse rei, não pode, quando é enviada por ele, atrever-se a resistir-lhe e a satisfazer a sua própria vontade.


(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Apocalipse, X IX , 16.
[ii] Mt., XI, 29.

Actos dos Apóstolos

Actos dos Apóstolos

III. MISSÕES DE PAULO [i]

Capítulo 13


1.ª Viagem Missionária: [ii]

Discurso de Paulo em Antioquia da Pisídia

16Então, Paulo, levantando-se, fez sinal com a mão e disse:

«Homens de Israel e vós os tementes a Deus, escutai: 17O Deus deste povo, o Deus de Israel, escolheu os nossos pais e engrandeceu este povo durante a sua permanência no Egipto. Depois, com a força do seu braço, retirou-o de lá 18e, durante uns quarenta anos, sustentou-o no deserto. 19A seguir, exterminando sete nações na terra de Canaã, conferiu-lhes a posse do seu território, 20por cerca de quatrocentos e cinquenta anos. Depois disso, deu-lhes juízes até ao profeta Samuel. 21Em seguida, pediram um rei, e Deus concedeu-lhes, durante quarenta anos, Saul, filho de Quis, da tribo de Benjamim. 22Pondo este de parte, Deus elevou David como rei, e a seu respeito deu este testemunho: ‘Encontrei David, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará todas as minhas vontades.

23Da sua descendência, segundo a sua promessa, Deus proporcionou a Israel um Salvador, que é Jesus. 24João preparou a sua vinda, anunciando um baptismo de penitência a todo o povo de Israel. 25Quase a terminar a sua carreira, João dizia: ‘Eu não sou quem julgais; mas vem, depois de mim, alguém cujas sandálias não sou digno de desatar.

26Irmãos, filhos da estirpe de Abraão, e os que de entre vós são tementes a Deus, a nós é que foi dirigida a palavra de salvação. 27Sem dúvida, os habitantes de Jerusalém e os seus chefes não quiseram reconhecer Jesus, mas, condenando-o, cumpriram, sem disso se aperceberem, as profecias que são lidas todos os sábados.

28Embora não tivessem encontrado nele motivo algum de morte, exigiram a Pilatos que o mandasse matar. 29Quando cumpriram tudo o que acerca dele estava escrito, desceram-no do madeiro e sepultaram-no. 30Mas Deus ressuscitou-o dos mortos 31e, durante muitos dias, apareceu aos que tinham subido com Ele da Galileia a Jerusalém, os quais são agora suas testemunhas diante do povo.

32E nós estamos aqui para vos anunciar a Boa-Nova de que a promessa feita a nossos pais, 33Deus a cumpriu em nosso benefício, para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus, como está escrito no Salmo segundo:

Tu és meu filho, Eu hoje te gerei!
34Que Deus o ressuscitou dos mortos para não mais voltar à corrupção, disse-o Ele deste modo:
Dar-vos-ei as coisas santas de David,
que são verdadeiras.
35Por isso, diz noutra passagem:
Não deixarás o teu Santo ver a corrupção.

36Ora David, depois de servir em sua vida os desígnios de Deus, morreu; foi reunir-se a seus pais e viu a corrupção. 37Mas aquele que Deus ressuscitou não viu a corrupção. 38Ficai sabendo, irmãos, que por seu intermédio é que vos é anunciada a remissão dos pecados. A justificação completa que não pudestes obter pela Lei de Moisés, 39obtê-la-á por meio dele todo aquele que crê. 40Tende, pois, cautela, para que vos não aconteça o que se diz nos profetas:

41Olhai, vós, os desdenhosos,
admirai-vos e desaparecei!
Porque Eu vou fazer uma obra em vossos dias,
obra em que não acreditaríeis,
se alguém vo-la contasse.»

42À saída, pediram-lhe que falasse do mesmo assunto no sábado seguinte. 43Depois da reunião, muitos judeus e prosélitos piedosos seguiam Paulo e Barnabé, os quais, nas suas conversas com eles, os exortavam a perseverar na graça de Deus.



[i] (13,1-28,31)
[ii] 13,1-14,28

Segredos para envelhecer - 1

Envelhecer bem

Envelhecer bem envolve serenidade, paz e uma íntima e humilde satisfação interior.

É bom igualmente para a família, porque facilita os cuidados, quando são necessários, em uma troca de agradecimento e carinho.

Do ponto de vista social, quem envelhece bem se forma como um exemplo de solidariedade, serviço, generosidade.

Fonte: LA FAMILIA

(tradução por ama)

Doutrina – 220

Doutrina


CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO SEGUNDO

CREIO EM JESUS CRISTO, O FILHO UNIGÉNITO DE DEUS
«JESUS CRISTO PADECEU SOB PÔNCIO PILATOS, FOI CRUCIFICADO, MORTO E SEPULTADO»

Em que condições estava o corpo de Cristo no sepulcro?


Cristo conheceu uma verdadeira morte e uma verdadeira sepultura. Mas o poder divino preservou o seu corpo da corrupção.

Tratado da vida de Cristo 144

Questão 50: A morte de Cristo

Art. 6 — Se a morte de Cristo produziu algum efeito para a nossa salvação.

O sexto discute-se assim. — Parece que a morte de Cristo não produziu nenhum efeito para a nossa salvação.

1. — Pois, a morte é uma certa privação a da vida. Ora, a privação, não sendo nenhuma realidade, não tem nenhuma virtude activa. Logo,
nada podia produzir para a nossa salvação.

2. Demais. — A Paixão de Cristo obrou a nossa salvação a modo de mérito. Ora, assim, a sua morte não podia produza-la; pois pela morte separa-se do corpo e alma, a qual é o princípio do mérito. Logo, a morte de Cristo nada produziu para a nossa salvação.

3. Demais. — O corporal não pode ser a causa do espiritual. Ora, a morte de Cristo foi corporal. Logo, não podia ser a causa espiritual da nossa salvação.

Mas, em contrário, diz Agostinho: A morte única do nosso Salvador, isto é, a corpórea, foi a salvação para as duas mortes nossas, a saber, a da alma e a do corpo.

Podemos considerar a morte de Cristo de dois modos: no seu devir e na sua realização. - Assim, dizemos que a morte de alguém está no seu devir, quando tende para ela, por algum sofrimento natural ou violento. E neste sentido, o mesmo é falar da morte e da Paixão de Cristo. Em tal acepção, pois, a morte de Cristo é a causa da nossa salvação, conforme o que dissemos ao tratar da Paixão. - Mas a morte de Cristo é considerada como realizada, pelo facto da separação entre o seu corpo e a sua alma. E tal é o sentido em que agora tratamos dessa morte. Ora, nesta acepção, a morte de Cristo não pode ser causa da nossa salvação a modo de mérito, mas só a modo de eficiência; isto é, enquanto que nem pela morte a divindade se separou do corpo de Cristo. Donde, tudo o que se passou com o corpo de Cristo, mesmo depois de separado da alma, foi-nos salutífero, em virtude da divindade que lhe estava unida. - Mas, o efeito de uma causa é propriamente considerado tendo-se em vista a semelhança com ela. Donde, sendo a morte uma privação da própria vida, o efeito da morte de Cristo deve ser considerado relativamente à remoção dos obstáculos contrários à nossa salvação; e esses são a morte da alma e a do corpo. Por isso, dizemos, que a morte de Cristo destruiu em nós tanto a morte da alma - o do Apóstolo: O qual foi entregue por nossos pecados - como a do corpo, consistente na separação da alma - segundo aquele outro lugar: Flagrada foi à morte na vitória.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — A morte de Cristo obrou a nossa salvação em virtude da divindade que lhe estava unida, e não só em razão da morte.

RESPOSTA À SEGUNDA. — A morte de Cristo, considerada como realizada, embora não tenha obrado a nossa salvação a modo de mérito, operou-a, contudo a modo de eficiência como dissemos.

RESPOSTA À TERCEIRA. — A morte de Cristo foi, por certo, corporal; mas o seu corpo foi o instrumento da divindade que lhe estava unida, obrando em virtude dela, mesmo enquanto morto.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.


Pequena agenda do cristão



DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé.

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?