Dentro
do Evangelho – (cfr:
São Josemaria, Sulco 253)
(Re
Jo XXI…)
Sentado com os outros "mais íntimos" ouvi
Jesus perguntar por três vezes a Pedro:
«Simão,
filho de João: Tu amas-Me?»
Sim, três vezes repetiu esta pergunta e o pobre
Pedro acabrunhado pela insistência respondia que sim… que O amava com todas as
forças do seu coração.
Só passado todo
o “drama” do Gólgota, compreendi a insistência de Jesus na pergunta,
destinava-se a sublinhar indelevelmente a afirmação do Apóstolo de tal modo
que, quando O negou três vezes percebeu a sua fraqueza, o pouco que era e,
arrependendo-se chorou amargamente.
Na verdade, foi este arrependimento, este choro
sentido no mais fundo do coração que salvou Pedro e o confirmou como o Príncipe
dos Apóstolos, o primeiro Papa.
O facto de São Marcos descrever este episódio que o
próprio Pedro lhe terá relatado, revela bem a humildade de Pedro.
Senti Jesus a tocar-me no ombro. Estremeci!
Disse-me: olha para Mim, olhos nos olhos.
Assim fiz.
- António, tu amas-Me?
Fiquei suspenso, olhei para Pedro que me acenou com
a cabeça e respondi:
- Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo!
- Sei, sim sei que Me amas mas... amas-Me com todo
o teu coração, a tua alma, todo o teu ser?
- Oh Senhor! Sim, sim, sim... mas bem sabes que sou
um pobre homem com escassas forças e tenho receio que não seja capaz de Te amar
como deveria!
- Ah! Então que queres que Eu faça?
- Senhor, meu Jesus... ajuda-me a amar-Te como
devo, total e incondicionalmente, como coisa inteiramente Tua!
- Está bem, António, era isto mesmo que esperava
ouvir de ti... e desTe-me um apertado abraço.
Reflexão
Ofensa e perdão
A ofensa tem o
"valor" do ofendido e, consequentemente, a atinente gravidade. Daqui
que o perdão da mesma tenha de estar de acordo. Concretizo; a ofensa feita a
Deus só pode ser perdoada por Ele próprio, mas, impõe que o ofensor se
arrependa e o manifeste específicamente usando, para tal, da Confissão
Sacramental, especificando, pedindo perdão, arrepender-se e tomar o propósito
de não repetir.
"Acuso-me de
ter feito isto, tenho consciência que não o deveria ter feito, aceito a minha
culpa, peço perdão e faço o propósito de não reincidir".
Com a absolvição
sacramental e o cumprimento da penitência imposta pelo Sacerdote, regressa a
paz e reconquista-se o convívio com Deus.
Este é o perdão de
Deus. O perdão dos homens é muito diferente sobretudo devido à dificuldade em
esquecer.
Perdão sem
esquecimento do que se perdoa... não é perdão!
Links sugeridos:
Evangelho/Biblia
Santa Sé