23/11/2016

Estou com Ele no tempo da adversidade

Ainda que tudo se vá abaixo e se acabe; ainda que os acontecimentos se sucedam ao contrário do previsto, com tremenda adversidade; nada se ganha perturbando-se. Além disso, recorda a oração confiante do profeta: "O Senhor é o nosso Juiz; o Senhor é o nosso Legislador; o Senhor é o nosso Rei; Ele é quem nos há-de salvar". Reza-a devotamente, todos os dias, para acomodar a tua conduta aos desígnios da Providência, que nos governa para nosso bem. (Forja, 855)

E quando a tentação do desânimo, dos contrastes, da luta, da tribulação, de uma nova noite da alma nos ataca – violenta –, o salmista põe-nos nos lábios e na inteligência aquelas palavras: estou com Ele no tempo da adversidade. Jesus, perante a Tua Cruz, que vale a minha; perante as Tuas feridas, os meus arranhões? Perante o Teu Amor imenso, puro e infinito, que vale o minúsculo fardo que Tu colocaste sobre os meus ombros? E os vossos corações e o meu enchem-se de uma santa avidez, confessando-Lhe – com obras – que morremos de Amor.

Nasce uma sede de Deus, uma ânsia de compreender as Suas lágrimas; de ver o Seu sorriso, o Seu rosto... Julgo que o melhor modo de o exprimir é voltar a repetir, com a Escritura: como o veado deseja a fonte das águas, assim a minha alma te anela, ó meu Deus! E a alma avança, metida em Deus, endeusada: o cristão tornou-se um viajante sedento, que abre a boca às águas da fonte.

Com esta entrega, o zelo apostólico ateia-se, aumenta dia-a-dia – pegando esta ânsia aos outros – porque o bem é difusivo. Não é possível que a nossa pobre natureza, tão perto de Deus, não arda em desejos de semear no mundo inteiro a alegria e a paz, de regar tudo com as águas reden­toras que brotam do lado aberto de Cristo, de começar e acabar todas as tarefas por Amor.

Falava antes de dores, de sofrimentos, de lágrimas. E não me contradigo se afirmo que, para um discípulo que procura amorosamente o Mestre, é muito diferente o sabor das tristezas, das penas, das aflições: desaparecem imediatamente, quando aceitamos deveras a Vontade de Deus, quando cumprimos com gosto os Seus desígnios, como filhos fiéis, ainda que os nervos pareçam rebentar e o suplício pareça insuportável. (Amigos de Deus, nn. 310–311)


Evangelho e comentário

Tempo Comum

Evangelho: Lc 21, 12-19

12 Mas antes de tudo isto, lançar-vos-ão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões e vos levarão à presença dos reis e dos governadores por causa do Meu nome. 13 Isto vos será ocasião de dardes testemunho. 14 Gravai, pois, nos vossos corações o não premeditar como vos haveis de defender, 15 porque Eu vos darei uma linguagem e uma sabedoria à qual não poderão resistir, nem contradizer, todos os vossos inimigos. 16 Sereis entregues por vossos pais, irmãos, parentes e amigos, e farão morrer muitos de vós; 17 e sereis odiados de todos por causa do Meu nome; 18 mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça. 19 Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas.

Comentário:

Jesus Cristo que é a VERDADE não Se engana nem pode enganar.
Por isso revela aos Seus seguidores o que podem esperar no e do mundo.

Que não é fácil ser cristão autêntico?

Poi não! Mas ou se é autêntico, leal, perseverante ou não se é de todo.

O que nos entusiasma a sê-lo é sabermos que o Senhor nunca nos faltará com a Sua Graça para ajudar-nos.

(ama, comentário sobre Lc 21, 12-19, 25.11.2015)





Leitura espiritual


DE MAGISTRO

(DO MESTRE)

CAPÍTULO V

SINAIS RECÍPROCOS

…/2

AGOSTINHO

– E já vislumbraste aonde quero chegar?

ADEODATO

– Ainda não.

AGOSTINHO

– Não percebes que nome é aquilo com que se nomeia uma coisa?

ADEODATO

– Não há para mim coisa mais clara.

AGOSTINHO

– Então notas que “est” (é – sim) é nome, se o que havia em Cristo se chama “est” (é – sim).

ADEODATO

– Não há como negá-lo.
AGOSTINHO

– Mas se indagasse a que parte do discurso pertence “est” (é – sim), creio que não responderias “nome”, mas “verbo”, embora o raciocínio tenha demonstrado que é também nome.

ADEODATO

– É exatamente como dizes.

AGOSTINHO

– Poderás ainda duvidar que também as outras partes da oração sejam nomes, como demonstraremos no caso do verbo “est”?

ADEODATO

– Não duvido, pois percebo que significam algo; mas se me perguntares a respeito das próprias coisas que elas significam, isto é, como cada uma, individualmente, se chame ou nomeie, só poderei responder com aquelas partes da oração que não chamamos de nomes, mas que, ao que parece, deveríamos chamar palavras?

AGOSTINHO

– Nem te preocupa que o nosso arrazoado possa ser abalado pela afirmação que se deve atribuir ao Apóstolo autoridade de doutrina, mas não de palavras, e que, portanto, as bases da nossa persuasão não são tão firmes como parecia? E pode ser que Paulo, embora tenha vivido e ensinado rectissimamente, não tenha falado com igual exactidão quando disse: “o sim era nele” (em Cristo); tanto mais que ele mesmo se confessa inepto na arte de falar? Como julgas que se possa refutar tal objecção?

ADEODATO

– Não saberia o que responder, e rogo-te que procures um dos que são tidos como autoridades máximas na arte da palavra, para esclarecer o que desejas.

AGOSTINHO

– Parece-te, pois, que a razão por si só, sem o aval da autoridade, não bastaria para demonstrar que todas as partes da oração têm um significado e que, por isso, cabe-lhes uma denominação; ora, se se chamam, também se nomeiam, e, se se nomeiam, terão de nomear-se com um nome; o que se vê facilmente comparando diversas línguas. Pois é evidente que se perguntarmos como os gregos nomeiam o que nós nomeamos “quis” (quem), nos responderiam tis; como nomeiam o que nós nomeamos “bene” (bem), eles kalõs; o que nós nomeamos “scriptum” (escrito), eles to gegrammenon; o que nós “et” (e), eles kaí; o que nós “ab” (por, de), eles, ápò o que nós “heu” (ai), eles oi; e quanto a todas estas partes da oração que enumerei, estaria certo quem fizesse a pergunta: seria possível isto se não fossem nomes? Podemos demonstrar, mediante este processo, que o apóstolo Paulo falou correctamente, sem apelar para a autoridade de outros oradores: que necessidade há, pois, de procurarmos em outros o apoio para a nossa opinião?
– Mas se houver alguém tão tardo ou tão teimoso que não ceda e teime não ceder sem a autoridade daqueles autores, aos quais o consenso geral atribui as regras da arte de falar, quem se poderia encontrar na língua latina mais exímio do que Cícero? Ora, nas suas nobilíssimas orações, apelidadas “verrinas”, ele chama “nome” ao termo “coram” (diante de), embora naquela passagem possa ser tomado como preposição ou como advérbio. Mas, como poderia ocorrer que eu não esteja compreendendo bem aquela passagem, que poderia ser interpretada diversamente por outrem, vou citar um caso a que não creio se possa fazer objecção alguma. Os mais renomados mestre de dialética afirmam que uma frase completa é formada pelo nome e pelo verbo, quer seja afirmativa ou negativa; o que Túlio (Cícero), em certa passagem, denomina enunciado ou proposição. Quando o verbo está na terceira pessoa, dizem que o caso do nome deve ser o nominativo, e está certo; e se, quando dizemos: “O homem senta, o cavalo corre”, examinares o que ficou dito, reconhecerás, segundo julgo, que ocorrem aí duas proposições.

ADEODATO

– Reconheço-o.

AGOSTINHO

– Observas que em cada proposição há um nome – na primeira, “homem”, e na segunda, “cavalo” – e que está associado a um verbo, “senta” e “corre” respectivamente?

ADEODATO

– Percebi.

AGOSTINHO

– Ora, se eu dissesse apenas “senta” ou “corre”, com toda a razão me perguntarias quem ou o que eu responderia “homem”, ou “cavalo”, ou “animal”, ou qualquer outra coisa que ligasse o nome referido ao verbo para completar o enunciado, isto é, a proposição, que poderia ser afirmativa ou negativa.

ADEODATO

– Compreendo.

AGOSTINHO

– Suponhamos agora que estamos vendo algo bem distante e não distinguimos se se trata de um animal, de uma pedra ou de outra coisa, e que eu afirmasse: “porque um homem, é (também) animal”, não faria eu uma afirmação temerária?

ADEODATO

– Muito temerária, mas não o seria se dissesses: “Se é um homem, é um animal”.

AGOSTINHO

– Dizes o certo. Portanto, na tua frase o “se” satisfaz a mim e a ti; e, ao contrário, aos dois desagrada o “porque” da minha.

ADEODATO

– Concordo.

AGOSTINHO

– Observa agora se estas duas proposições, “se satisfaz”, e “porque desagrada”, estão completas.

ADEODATO

– Completas, certamente.

AGOSTINHO

– Vamos, diga-me então quais são os verbos e quais os nomes.

ADEODATO

– Vejo que os verbos são “satisfaz” e “desagrada”, e os nomes, quais outros haveriam de ser senão “se” e porque”?

AGOSTINHO

– Logo, está suficientemente demonstrado que estas duas conjunções também são nomes.

ADEODATO

– Sim, suficientemente.

AGOSTINHO

– E poderias por ti mesmo, seguindo esta regra, demonstrar a mesma coisa nos confrontos das demais partes da oração?

ADEODATO

– Poderia.

(Revisão de versão portuguesa por ama

El satanismo aumenta 5

Satanismo

"Satanás no es una metáfora"

Dirigiéndose a los miles de lectores de la revista, el exorcista estadounidense  indicó que “Jesús no vino solo para ser un buen tipo. Satanás no es una metáfora. Satanás es real. A él le gustaría que usted crea que no existe y ese es su mayor engaño. La gente tiene que darse cuenta de que no somos los dueños de nuestro propio destino. Tenemos que ponernos a disposición de Dios”.

Además, quiso incidir mucho en esta consideración: “Algo que piensan erróneamente las personas es que Satanás no existe. Satanás sí existe y es por eso que Jesucristo vino. No estoy tratando de evangelizar, pero es por eso que doy entrevistas. Doy entrevistas porque hay charlatanes que mienten al decir que ‘limpiarán su casa’. También hay otras personas que sí lo pueden hacer, porque tienen un don, y sin embargo optaron por utilizarlo del lado oscuro”.

(cont)

El padre gary thomas es exorcista de la Diócesis de San José (EEUU)

j. lozano / ReL25 octubre 2016

Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)







Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?