24/03/2011

Sobre a família

Educar em amizade

"O ideal dos pais concretiza-se, sobretudo, em conseguir ser amigos dos filhos", dizia S. Josemaria. Só assim se cria a confiança que torna possível a sua educação.

O mais importante da educação não consiste em transmitir conhecimentos ou aptidões: é, antes de mais nada, ajudar o outro a crescer como pessoa, a desenvolver todas as suas potencialidades, que são um dom que recebeu de Deus.
Logicamente, também é necessário instruir, comunicar conteúdos, mas sem nunca perder de vista que educar tem um sentido que vai para além de ensinar capacidades manuais ou intelectuais. Implica pôr em jogo a liberdade do educando e, com ela, a sua responsabilidade.  
Daí que, em questões de educação, é preciso propor metas, objectivos adequados que, dependendo de cada idade, possam ser entendidos como algo sensato que dá significado e valor à tarefa empreendida. [i]


Cont/



[i] J.M. Barrio e J.M. Martín
© 2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

O sentimento de culpa 3

Observando

continuação

O sentimento de culpa por algo que fizemos mal é como um aviso, tal como, por exemplo, a dor física, que nos avisa de que algo no nosso corpo não anda bem. É natural e positivo sentir culpabilidade pelo que fazemos mal. Se fizemos algo errado, o lógico é que por causa disso nos sintamos mal, o inclusivamente muito mal. Não devemos então permitir que a memória e a imaginação o revivam continuamente, mas tampouco é solução ignora-lo e amontoar terra por cima. É preciso reconhecer e compreender o erro, e utilizar a vontade para emergir com maior força da experiência passada.


Se se experimenta devidamente a culpa, a primeira reacção é a procura do perdão e o intento de reparar o possível o dano causado. Depois, quando já se foi perdoado e se fez o razoavelmente possível para compensar esse mal, é quando se sente um verdadeiro alivio e é más fácil esquecer.
Cont/
alfonso aguiló, in FLUVIUM, 2011.03.19, trad ama

Diálogos apostólicos

Diálogos


Pois é! Chegaste à conclusão certa:

Tudo se encerra na oração.

O que, também é óbvio:

Se rezar é falar com Deus e só falando com Ele podes saber o que pretende, então, meu caro...tens de rezar.





AMA, 2011.03.24

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Amar significa recomeçar todos os dias a servir”

"Estes dias – dizias-me – foram mais felizes do que nunca!". E respondi-te sem hesitar: porque "viveste" um pouco mais entregue do que habitualmente. (Sulco, 7)

Recordem a parábola dos talentos. Aquele servo que só recebeu um podia – como os companheiros  empregá-lo bem, procurar que rendesse, usando as suas qualidades. E que decide? Tem medo de o perder. E está certo. Mas, e depois? Enterra-o! E acaba por não dar fruto.

Não esqueçamos este caso de temor doentio de aproveitar honradamente a capacidade de trabalho, a inteligência, a vontade, o homem todo. Enterro-o – parece afirmar esse desgraçado , mas a minha liberdade fica a salvo! Não. A liberdade inclinou-se para uma coisa muito concreta, para a mais pobre e árida secura. Optou, porque não tinha outro remédio senão escolher; mas escolheu mal.

Nada mais falso do que opor a liberdade à entrega, porque a entrega surge como consequência da liberdade. Reparem que, quando uma mãe se sacrifica por amor aos filhos, escolheu; e, segundo a medida desse amor, assim se manifestará a sua liberdade. Se esse amor é grande, a liberdade será fecunda e o bem dos filhos nasce dessa bendita liberdade, que pressupõe entrega, e nasce dessa bendita entrega, que é precisamente liberdade.

Mas, perguntar-me-ão, quando conseguimos o que amamos com toda a alma, já não continuamos a procurá-lo. Desapareceu a liberdade? Garanto-vos que então é mais activa do que nunca, porque o amor não se contenta com um cumprimento rotineiro, nem se coaduna com o fastio e a apatia. Amar significa recomeçar todos os dias a servir, com obras de carinho.

Insisto, e gostaria de gravá-lo a fogo em cada um: a liberdade e a entrega não se contradizem; apoiam-se mutuamente. A liberdade só se pode entregar por amor; não concebo outra espécie de desprendimento. Não é um jogo de palavras mais ou menos acertado. Na entrega voluntária, em cada instante dessa dedicação, a liberdade renova o amor e renovar-se é ser continuamente jovem, generoso, capaz de grandes ideais e de grandes sacrifícios.
(Amigos de Deus, 30–31) 


© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Temas para a Quaresma 16


Tempo de Quaresma


Já noutras circunstâncias se abordou com detalhe o tema da Confissão Sacramental e das matérias envolventes neste Sacramento.


Ao considerar, agora, a Confissão Quaresmal tem-se como principal objectivo realçar a necessidade, melhor, a obrigatoriedade do seu cumprimento.


De facto há que ter claro que a obrigação de se confessar ao menos uma vez por ano, [i] existe de modo concreto e formal constituindo um dever a ser observado por todos os cristãos sob pena de, o seu incumprimento ser um pecado grave. Não diz quando, mas um outro mandamento refere a obrigatoriedade de comungar pelo menos pela Páscoa da Ressurreição, [ii] parece legítimo inferir-se que os dois sacramentos devam ser celebrados nesta época.


Contr./

ama, 2011.03.24


[i] Mandamento da Santa Igreja
[ii] Mandamento da Santa Igreja

João Paulo II e as novas tecnologias


Observando





Página de João Paulo II no Facebook chega a dois milhões de acessos

Obstáculos no Apostolado

Reflectindo


Se os obstáculos são grandes (no apostolado), também é mais abundante a graça divina: será Ele quem os remove, servindo-se de cada um como de uma alavanca.






(Álvaro del Portillo, Carta pastoral, 25.12.1985, nr. 10, trad. ama)

São José – Veneração


Duc in altum



Vê quantos motivos para venerar S. José e para aprender da sua vida: foi um varão forte na fé...; sustentou a sua família – Jesus e Maria – com o seu trabalho esforçado...; guardou a pureza da Virgem, que era sua Esposa...; e respeitou – amou! – a liberdade de Deus que fez a escolha, não só da Virgem como Mãe, mas também dele como Esposo de Santa Maria. 











(s. josemaria, Forja, 552)

E a lealdade?

Conta, peso e medida

Desde logo a lealdade é imprescindível: deve ser-se fiel à palavra dada e cumprir os compromissos adquiridos. 


Por exemplo, nas discussões não se deve ameaçar com a separação ou o divórcio. 


A fidelidade é intocável, não se brinca com ela.











(ideasrapidas, trad ama)


Evangelho do dia e comentário

Quaresma II Semana

Evangelho: Lc 16, 19-31

19 «Havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho fino e todos os dias se banqueteava esplendidamente. 20 Havia também um mendigo, chamado Lázaro, que, coberto de chagas, estava deitado à sua porta, 21 desejando saciar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico, e até os cães vinham lamber-lhe as chagas. 22 «Sucedeu morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico, e foi sepultado. 23 Quando estava nos tormentos do inferno, levantando os olhos, viu ao longe Abraão e Lázaro no seu seio. 24 Então exclamou: Pai Abraão, compadece-te de mim, e manda Lázaro que molhe em água a ponta do seu dedo para refrescar a minha língua, pois sou atormentado nestas chamas. 25 Abraão disse-lhe: Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida, e Lázaro, ao contrário, recebeu males; por isso ele é agora consolado e tu és atormentado. 26 Além disso, há entre nós e vós um grande abismo; de maneira que os que querem passar daqui para vós não podem, nem os daí podem passar para nós. 27 O rico disse: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à minha casa paterna, 28 pois tenho cinco irmãos, para que os advirta disto, e não suceda virem também eles parar a este lugar de tormentos. 29 Abraão disse-lhe: Têm Moisés e os profetas; oiçam-nos. 30 Ele, porém, disse: Não basta isso, pai Abraão, mas, se alguém do reino dos mortos for ter com eles, farão penitência. 31 Ele disse-lhe: Se não ouvem Moisés e os profetas, também não acreditarão, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos».

Comentário:

Aí está o fosso entre o Paraíso e o Inferno impossível de transpor por toda a eternidade!
A exclamação aplica-se porque é tão séria e grave esta constatação que não admite distracções dos vivos – enquanto têm tempo – para corrigir o rumo da sua vida. E não valem a pena lamentações, tudo é definitivo.


Convém, portanto ter bem presente esta realidade:

Existe castigo eterno como, de facto, existe ventura eterna e, uma ou outra, só dependem de nós e do nosso comportamento enquanto vivos.

(ama, comentário sobre Lc 16, 19-31, Cascais, 2010.09.26)