18/09/2015

NUNC COEPI o que pode ver em 18 Set

Publicações em Set 18

São Josemaria – Textos

Agradecer, Bíblia Sagrada anot pela Fac de Teol. da Univ de Navarra, Coment (Bíblia Sagrada anot pela Fac de Teol da Univ. de Navarra)

AMA - Comentários ao Evangelho Lc 8 1-3, São Josemaria - Leitura espiritual (Cristo que passa)


Agenda Sexta-Feira

Evangelho, comentário, L. espiritual


Tempo comum XXIV Semana


Evangelho: Lc 8, 1-3

1 Em seguida Jesus caminhava pelas cidades e aldeias, pregando e anunciando a boa nova do reino de Deus; andavam com Ele os doze 2 e algumas mulheres que tinham sido livradas de espíritos malignos e de doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demónios, 3 Joana, mulher de Cusa, procurador de Herodes, Susana, e outras muitas, que os serviam com os seus bens.

Comentário:

Mulher bendita entre todas as mulheres, a Mãe de Jesus não consta entre as que seguem Jesus. Fica, naturalmente em casa na maior discrição e anonimato. Não quer, em nenhum momento ser motivo de que o que o seu Filho diz e faz não seja o centro de todas as atenções.
Já teve a sua intervenção fulcral, trazê-lo ao mundo para operar a redenção dos homens, interveio no primeiro milagre de Jesus, em Caná, como que dando novamente ao mundo o Redentor para que dê início à Sua missão. Agora, e durante três longos anos, permanecerá recolhida na sombra para voltar a aparecer na hora derradeira, no Gólgota, não para se despedir do Crucificado, mas para receber dele um último encargo: ser Mãe de todos os homens.


(ama, comentário sobre Lc 8, 1-3, Convento de M Real, 2010.09.16)


Leitura espiritual



CRISTO QUE PASSA

152
          
Uma vida nova

É o momento simples e solene da instituição do Novo Testamento. Jesus derroga a antiga economia da Lei e revela-nos que Ele próprio será o conteúdo da nossa oração e da nossa vida.

Vede a alegria que inunda a liturgia de hoje: seja o louvor pleno, sonoro, alegre.
É o júbilo cristão que canta a chegada de outro tempo: terminou a antiga Páscoa, inicia-se a nova.
O velho é substituído pelo novo, a verdade e faz com que a sombra desapareça, a noite é iluminada pela luz.

Milagre de amor.
Este é verdadeiramente o pão dos filhos; o Primogénito do Pai Eterno, oferece-Se-nos como alimento.
E o mesmo Jesus Cristo, que aqui nos robustece, espera-nos no Céu como comensais, co-herdeiros e sócios, porque os que se alimentam de Cristo morrerão com a morte terrena e temporal, mas viverão eternamente, porque Cristo é a vida que não termina.

A felicidade eterna, para o cristão que se conforta com o maná definitivo da Eucaristia, começa já agora.
Passou o que era velho: deixemos de lado tudo o que é caduco, seja tudo novo para nós - os corações, as palavras e as obras.

Esta é a Boa Nova. É novidade, notícia, porque nos fala de uma profundidade de Amor, de que antes não suspeitávamos.
É boa, porque nada é melhor do que unir-nos intimamente a Deus, Bem de todos os bens.
É a Boa Nova, porque, de alguma maneira e de um modo indescritível, nos antecipa a eternidade.

153 
        
Tratar com Jesus na palavra e no pão

Jesus esconde-se no Santíssimo Sacramento do altar, para que nos atrevamos a tratar com ele, para ser o nosso sustento, com o fim de que nos façamos uma só coisa com Ele.
Ao dizer sem mim nada podeis, não condenou o cristão à ineficácia, nem o obrigou a uma busca árdua e difícil da sua Pessoa; ficou entre nós com uma disponibilidade total.

Quando nos reunimos junto do altar enquanto se celebra o Santo Sacrifício da Missa, quando contemplamos a Hóstia Sagrada exposta na custódia ou a adoramos escondida no Sacrário, devemos reavivar a nossa fé, pensando nessa existência nova, que vem a nós, e comover-nos com o carinho e a ternura de Deus.

E perseveravam todos na doutrina dos Apóstolos, e na comum fracção do pão, e nas orações.
É assim que a Escritura nos descreve a conduta dos primeiros cristãos: congregados pela fé dos Apóstolos em perfeita unidade, a participarem da Eucaristia, unânimes na oração. Fé, Pão, Palavra.

Jesus, na Eucaristia, é penhor seguro da sua presença nas nossas almas; do seu poder, que sustenta o mundo; das suas promessas de salvação, que ajudarão a que a família humana, quando chegar o fim dos tempos, habite perpetuamente na casa do Céu, em torno de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo:

Santíssima Trindade, Deus único.
É toda a nossa fé que se põe em acto quando cremos em Jesus, na sua presença real sob os acidentes do pão e do vinho.

154   
       
Não compreendo como se possa viver cristãmente sem sentir a necessidade de uma amizade constante com Jesus na Palavra e no Pão, na oração e na Eucaristia.
E entendo perfeitamente que, ao longo dos séculos, as sucessivas gerações de fiéis tenham vindo a concretizar essa piedade eucarística.
Umas vezes com práticas multitudinárias, professando publicamente a sua fé; outras, com gestos silenciosos e calados, na sagrada paz do templo ou na intimidade do coração.

Antes de mais, devemos amar a Santa Missa, que deve ser o centro do nosso dia.
Se vivemos bem a Missa, como não havemos depois de continuar o resto da jornada com o pensamento no Senhor, com o desejo ardente de não nos afastarmos da sua presença, para trabalhar como Ele trabalhava e amar como Ele amava?
Aprendemos então a agradecer ao Senhor essa sua outra delicadeza: não quis limitar a sua presença ao momento do Sacrifício do Altar, mas decidiu permanecer na Hóstia Santa que se reserva no Tabernáculo, no Sacrário.

Dir-vos-ei que, para mim, o Sacrário foi sempre Betânia, o lugar tranquilo e aprazível onde está Cristo, onde Lhe podemos contar as nossas preocupações, os nossos sofrimentos, as nossas aspirações e as nossas alegrias, com a mesma simplicidade e naturalidade com que aqueles seus amigos Marta, Maria e Lázaro lhe falavam.
Por isso, ao percorrer as ruas de alguma cidade ou de alguma aldeia, alegra-me descobrir, ainda que ao longe, a silhueta duma igreja: é um novo Sacrário, mais uma ocasião para deixar a alma escapar-se para estar, em desejo, junto do Senhor Sacramentado.

155
          
Fecundidade da Eucaristia

Quando o Senhor na última Ceia instituiu a Sagrada Eucaristia, era de noite, o que - comenta S. João Crisóstomo - manifestava que os tempos tinham sido cumpridos.
Caía a noite sobre o mundo, porque os velhos ritos, os antigos sinais da misericórdia infinita de Deus para com a humanidade iam realizar-se plenamente, abrindo caminho a um verdadeiro amanhecer: a nova Páscoa.
A Eucaristia foi instituída durante a noite, preparando de antemão a manhã da Ressurreição.

Também nas nossas vidas temos de preparar essa alvorada.
Tudo o, que é caduco, o que é prejudicial, o que não serve - o desânimo, a desconfiança, a tristeza, a cobardia - tudo isso tem de ser deitado fora.
A Sagrada Eucaristia introduz a novidade divina nos filhos de Deus e devemos corresponder in novitate sensus, com uma renovação de todo o nosso sentir e de todo o nosso agir.
Foi-nos dado um novo princípio de energia, uma raiz poderosa, enxertada no Senhor.
Não podemos voltar à antiga levedura, nós que temos o Pão de agora e de sempre.

156
          
Nesta festa, em cidades de um extremo ao outro da Terra, os cristãos acompanham em procissão o Senhor que, escondido na hóstia, percorre as ruas e praças - como durante a sua vida terrena - aparecendo aos que O querem ver, vindo ao encontro dos que O não procuram. Jesus aparece assim, uma vez mais, no meio dos seus.
Como reagimos perante esse chamamento do Mestre?

As manifestações externas de amor devem nascer do coração e prolongar-se com o testemunho da conduta cristã.
Se fomos renovados com a recepção do Corpo do Senhor, temos de o manifestar com obras.
Que os nossos pensamentos sejam sinceros: de paz, de entrega, de serviço.
Que as nossas palavras sejam verdadeiras, claras, oportunas; que saibam consolar e ajudar, que saibam sobretudo levar aos outros a luz de Deus.
Que as nossas acções sejam coerentes, eficazes, acertadas: que tenham esse bonus odor Christi , o bom odor de Cristo, por recordarem o seu modo de Se comportar e de viver.

A procissão do Corpo de Deus torna Cristo presente nas aldeias e cidades do mundo.
Mas essa presença, repito, não deve ser coisa de um dia, ruído que se ouve e se esquece.
Essa passagem de Jesus lembra-nos que temos também de descobri-Lo nos nossos afazeres quotidianos.
A par da procissão solene desta quinta-feira deve ir a procissão silenciosa e simples da vida corrente de cada cristão, homem entre os homens, mas com a felicidade de ter recebido a fé e a missão divina de se comportar de tal modo que renove a mensagem do Senhor sobre a Terra. ão nos faltam erros, misérias, pecados.
Mas Deus está com os homens, e temos de nos dispor a que se sirva de nós e se torne contínua a sua passagem entre as criaturas.

Vamos, pois, pedir ao Senhor que nos conceda sermos almas de Eucaristia, que a nossa relação pessoal com Ele se traduza em alegria, em serenidade, em desejo de justiça.
E facilitaremos aos outros o trabalho de reconhecer Cristo, contribuiremos para colocá-lo no cume de todas as actividades humanas.

Cumprir-se-á a promessa de Jesus: Eu, quando for levantado sobre a terra, atrairei tudo a mim.

(cont)




Se formos humildes, Deus não nos abandonará nunca

Essas depressões por veres ou por outros descobrirem os teus defeitos, não têm fundamento... Pede a verdadeira humildade. (Sulco, 262)

Quanto maior és, mais te deves humilhar em todas as coisas, e acharás graça diante de Deus. Se formos humildes, Deus não nos abandonará nunca. Ele humilha a altivez do soberbo, mas salva os humildes. Ele liberta o inocente, que pela pureza das suas mãos será resgatado. A infinita misericórdia do Senhor não tarda em vir socorrer quem o chama com humildade. E então actua como quem é: como Deus omnipotente. Ainda que haja muitos perigos, ainda que a alma pareça acossada, ainda que se encontre cercada por todos os lados pelos inimigos da sua salvação, não perecerá. E isto não é apenas tradição doutros tempos, pois continua a acontecer agora.
(…) Nós, sem manifestações espectaculares, com a normalidade da vida cristã corrente, com uma sementeira de paz e de alegria, temos também de destruir muitos ídolos: o da incompreensão, o da injustiça, o da ignorância, o da pretensa suficiência humana que volta com arrogância as costas a Deus.
Não vos assusteis nem temais nada, mesmo que as circunstâncias em que trabalheis sejam tremendas, piores que as de Daniel no fosso com aqueles animais vorazes. As mãos de Deus continuam a ser igualmente poderosas e, se fosse necessário, fariam maravilhas. (Amigos de Deus, 104)


Temas para meditar - 506

Agradecer


No nosso coração deve brotar, generosamente, o agradecimento a Jesus Cristo e, juntamente com o agradecimento, a dor dos nossos pecados, o amor, os desejos de sofrer em silêncio junto a Jesus, a ânsia de reparar os nossos próprios pecados e os dos outros: Senhor, nunca mais pecar; mas ajuda-nos Tu a ser fiéis!



(Bíblia Sagrada, anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra, Comentário sobre Mt. 27, 28-31)

Pequena agenda do cristão


Sexta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?