16/07/2014

Há pobres que realmente são ricos. E vice-versa

Não esqueças: tem mais aquele que precisa de menos. - Não cries necessidades. (Caminho, 630)

Desapega-te dos bens do mundo. - Ama e pratica a pobreza de espírito. Contenta-te com o que basta para passar a vida sóbria e temperadamente.

- Se não, nunca serás apóstolo. (Caminho, 631)

A verdadeira pobreza não consiste em não ter, mas em estar desprendido, em renunciar voluntariamente ao domínio sobre as coisas.

- Por isso há pobres que realmente são ricos. E vice-versa. (Caminho, 632)


Não tens espírito de pobreza, se, podendo escolher de modo que a escolha passe inadvertida, não escolhes para ti o pior. (Caminho, 635)

Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)





Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?



Temas para meditar - 176

Vontade de Deus

Porque tudo o que sucede está previsto por Deus e ordenado para a salvação do homem e a sua plena realização na glória; se o que ocorre é bom, Deus o quer; se é mau, não o quer, permite-o, porque respeita a liberdade do homem e a ordem da natureza, mas tem na Sua mão o poder de tirar o bem e o proveito para a alma inclusive, do mal.


(federico suarezDespués, nr. 208, trad ama)

Tratado da lei 55

Questão 100: Dos preceitos morais da lei antiga.

Art. 11 — Se se distinguem convenientemente outros preceitos morais da lei, além do decálogo.

(Supra. a. 3).

O undécimo discute-se assim. — Parece que se distinguem inconvenientemente outros preceitos morais da lei, além do decálogo.

1. — Pois, como diz o Senhor (Mt 22, 40), destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas. Ora, estes dois preceitos se explicam pelos dez do decálogo. Logo, não é necessário que se estabeleçam outros preceitos morais

2. Demais. — Os preceitos morais distinguem-se dos judiciais e dos cerimoniais, como já se disse (q. 99, a. 3, a. 4). Ora, as determinações dos preceitos morais comuns pertencem aos judiciais e aos cerimoniais; pois, esses preceitos morais comuns estão contidos no decálogo, ou mesmo, a ele se pressupõem, como se disse (a. 3). Logo, é inconveniente estabelecerem-se outros preceitos morais, além do decálogo.

3. Demais. — Os preceitos morais respeitam os actos de todas as virtudes, como já se disse (a. 2). Donde, assim como a lei estabelece preceitos morais, além do decálogo, relativos à latria, à liberalidade, à misericórdia, à castidade; assim também deveria ter estabelecido relativos às demais virtudes, p. ex., à da fortaleza, da sobriedade, e outras; e entretanto não o fez. Logo, não se distinguem convenientemente, na lei, outros preceitos morais, além do decálogo.

Mas, em contrário, diz a Escritura (Sl 18, 8): A lei do Senhor, que é imaculada, converte as almas. Ora, também pelos outros preceitos morais, acrescentados ao decálogo, o homem se conserva sem a mácula do pecado, e a sua alma se converte para Deus. Logo, pertencia à lei estabelecer também outros preceitos morais.

Como do sobredito resulta (q. 99, a. 3, a. 4), os preceitos judiciais e os cerimoniais têm força de lei só em virtude da instituição; pois antes de terem sido instituídos não importava que se agisse de um ou de outro modo. Ao passo que os preceitos morais têm eficácia pelo próprio ditame da razão natural, mesmo que nunca sejam determinados por lei. Ora, estes preceitos têm três graus. — Assim, uns são certíssimos e de tal modo manifestos, que não precisam de publicação, como os atinentes ao amor de Deus e do próximo, e semelhantes, conforme já dissemos (a. 3), que são quase os fins dos preceitos. Donde, quanto a eles, não pode errar o juízo da razão de ninguém. — Outros porém são mais determinados, cuja razão qualquer um, mesmo um simples homem vulgar, pode facilmente compreender. E contudo, como algumas vezes, em relação a estes, o juízo humano pode estar pervertido, precisam de publicação. E tais são os preceitos do decálogo. — Outros enfim há, cuja razão não é manifesta a todos, mas só aos sapientes; e esses são os preceitos morais, acrescentados ao decálogo, dados por Deus ao povo, por meio de Moisés e Aarão.

Mas, como o manifesto é o princípio pelo qual conhecemos o que não o é, os preceitos morais, acrescentados ao decálogo, reduzem-se aos deste, a modo de adição com eles. — Pois, o primeiro preceito do decálogo proíbe o culto dos outros deuses, a que se acrescentaram outros preceitos proibitivos de tudo o que se funda no culto dos ídolos, como está na Escritura (Dt 18, 10-11): Nem se ache entre vós quem pretenda purificar seu filho ou filha, fazendo-os passar pelo jogo; nem quem seja feiticeiro, ou encantador, nem quem consulte aos pilões ou adivinhos, ou indague dos mortos a verdade. — O segundo preceito proíbe o perjúrio, ao qual se acrescenta a proibição da blasfémia (Lv 24, 15 ss) e a da falsa doutrina (Dt 13). — Ao terceiro se acrescentam todos os preceitos cerimoniais. — Ao quarto, sobre a honra devida aos pais, acrescenta-se o de honrar os velhos, conforme o lugar (Lv 19, 32): Levanta-te diante dos que têm a cabeça cheia de cãs e honra a pessoa do velho. E, em geral, todos os preceitos, que mandam reverenciar os maiores, ou beneficiar os iguais ou os menores. — Ao quinto preceito, sobre a proibição do homicídio, acrescenta-se a do ódio ou de qualquer violência contra o próximo, conforme o lugar (Lv 19, 16): Não conspirarás contra o sangue do teu próximo; e também a proibição do ódio fraterno, conforme o (Lv 19, 17): Não aborrecerás o teu irmão no teu coração. — Ao sexto preceito, sobre a proibição do adultério, acrescenta-se o que proíbe o meretrício (Dt 23, 17): Não haverá entre as filhas de Israel mulher prostituta, nem fornicador nos filhos de Israel; e também a proibição do vício contra a natureza (Lv 18, 22-23): Não usarás do macho como fosse fêmea; não te ajuntarás com animal algum. — Ao sétimo, sobre a proibição do furto, acrescenta-se o que proíbe a usura (Dt 23, 19): Não emprestarás com usura a teu irmão; e a proibição da fraude (Dt 25, 13): Não terás no teu saco diversos pesos; e, universalmente, tudo o que pertence à proibição da calúnia e da rapina. — Ao oitavo, que proíbe o falso testemunho, acrescenta-se a proibição do falso juízo (Ex 23, 2): Nem em juízo te deixarás arrastar do sentimento do maior número, para te desviares da verdade. E a proibição da mentira, como no mesmo cap. se acrescenta: Fugirás à mentira; e a da detracção, conforme outro lugar (Lv 19, 16): Não serás delator de crimes, nem mexeriqueiro entre o povo. — Enfim, aos outros dois preceitos nada se acrescentou, porque proíbem universalmente todas as más concupiscências.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Ao amor de Deus e do próximo ordenam-se alguns preceitos do decálogo, conforme a razão manifesta de débito; outros, porém, conforme uma razão mais oculta.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Os preceitos cerimoniais e os judiciais são determinativos dos preceitos do decálogo, por força da instituição; e não por força do instinto natural, como os preceitos morais a eles acrescentados.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Os preceitos da lei ordenam-se ao bem comum, como já se disse (q. 90, a. 2). E como as virtudes, que ordenam para outrem, visam directamente o bem comum; e semelhantemente a virtude da castidade, enquanto o acto de geração serve o bem comum da espécie, por isso se estabeleceram directamente preceitos sobre essas virtudes, tanto os do decálogo, como os que se lhes acrescentaram. Quanto ao acto de fortaleza, deu-se um preceito a ser proposto pelos chefes, que exortam à guerra, empreendida pelo bem comum, como está claro quando se ordena ao sacerdote (Dt 20, 3): não temais, não receeis. Semelhantemente, do acto da gula cometeu-se a proibição à advertência paterna, porque contraria o bem doméstico; donde, diz a Escritura, da pessoa dos pais (Dt 21, 20): despreza ouvir as nossas admoestações, passa a vida em comezainas e dissoluções e banquetes.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.


Evangelho e comentário, Leit. Espiritual (Nota doutrinal sobre alguns aspectos da evangelização)


Tempo comum XV Semana

Evangelho: Mt 11, 28-30

28 O «Vinde a Mim todos os que estais fatigados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. 30 Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo leve».

Comentário:

Percebe-se que, conhecer Deus, depende da vontade de Jesus Cristo, tal e como Ele próprio o afirma claramente.
Parece que Jesus escolhe as pessoas que devem ter esse conhecimento e, de facto assim é. Todos, em princípio, podemos aceder a tal mas, evidentemente, temos de querê-lo, desejá-lo e pedir que assim seja.

Porquê? Por Jesus não impõe nada – absolutamente – a ninguém e, mesmo que seja o Seu desejo veemente que todos conheçam Deus e, conhecendo-o, o louvem, adorem e façam a Sua Vontade, respeita a vontade de cada um.

Mas, atenção, as oportunidades são sempre dadas e sugeridas a todos os homens. Depende destes aceitar e seguir o indicado.


(AMA, comentário, Mt 11, 25-30, 2012.12.12)

Leitura espiritual


Documentos do Magistério

CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ

NOTA DOUTRINAL SOBRE
ALGUNS ASPECTOS DA EVANGELIZAÇÃO

.../3

IV. Algumas implicações ecuménicas

12. Desde os inícios o movimento ecuménico esteve intimamente ligado à evangelização. A unidade é, de facto, a marca da credibilidade da missão e o Concílio Vaticano II manifestou com pesar que o escândalo da divisão «prejudica a santíssima causa da pregação» 43. O próprio Jesus, na vigília da sua morte, rezou: «para que todos sejam uma só coisa… para que o mundo acredite» (Jo 17, 21).

A missão da Igreja é universal e não está limitada a determinadas regiões da terra. A evangelização, no entanto, realiza-se de um modo diferente, segundo as diversas situações em que acontece. Num sentido próprio é a «missio ad gentes» dirigida àqueles que não conhecem Cristo. Num sentido mais lato fala-se de «evangelização», relativo ao aspecto ordinário da pastoral, e de «nova evangelização», relativo àqueles que deixaram a praxis cristã 44. Além disso, há evangelização em países onde vivem cristãos não católicos, sobretudo em países de antiga tradição e cultura cristã. Aqui requer-se tanto um verdadeiro respeito pela sua tradição e riquezas espirituais, bem como um sincero espírito de cooperação. «Banindo toda a aparência de indiferentismo, de confusionismo e odiosa rivalidade, os católicos colaborem com os irmãos separados, em conformidade com as disposições do decreto sobre o Ecumenismo, por meio da comum profissão de fé em Deus e em Jesus Cristo diante dos gentios, na medida possível, e pela cooperação em questões sociais e técnicas, culturais e religiosas» 45.

No compromisso ecuménico, podem-se distinguir várias dimensões: primeiro a escuta, como condição fundamental de qualquer diálogo; depois vem a discussão teológica, pela qual, procurando compreender as confissões, tradições e as certezas dos outros, se pode encontrar a concórdia, por vezes escondida na discórdia. E inseparável destas duas, não pode faltar outra essencial dimensão do trabalho ecuménico: o testemunho e o anúncio dos elementos que não são tradições particulares ou nuances teológicas mas pertencem à Tradição da própria fé.

Mas o ecumenismo não tem apenas uma dimensão institucional que procura «fazer crescer a comunhão parcial existente entre os cristãos até à plena comunhão na verdade e na caridade» 46: essa é tarefa de todo o fiel, principalmente através da oração, da penitência, do estudo e da colaboração. Sempre e em toda a parte, cada fiel católico tem o direito e o dever de dar testemunho e anunciar totalmente a sua fé. Com os cristãos não católicos, o católico deve entrar em diálogo respeitoso da caridade e da verdade: um diálogo que não é apenas uma troca de ideias mas de dons 47, de modo a ser-lhes oferecida a plenitude dos meios da salvação 48. Assim se é conduzido sempre a uma mais profunda conversão a Cristo.

A este respeito é de realçar que se um cristão não católico, por razões de consciência e convencido das verdades católicas, pede para entrar em plena comunhão na Igreja católica, isso é respeitado como obra do Espírito Santo e como expressão da liberdade de consciência e de religião. Neste caso não se trata de proselitismo, no sentido negativo atribuído a este termo 49. Como reconheceu explicitamente o Decreto sobre o Ecumenismo do Concílio Vaticano II, «é evidente que o trabalho de preparação e reconciliação dos indivíduos que desejam a plena comunhão católica é, por sua natureza, distinto da empresa ecuménica: Entretanto, não existe nenhuma oposição entre as duas, pois ambas procedem da admirável Providência divina» 50. Logo, tal iniciativa não priva do direito nem exime da responsabilidade de anunciar em plenitude a fé católica aos outros cristãos, que livremente aceitam acolhê-la.

Esta perspectiva requer naturalmente evitar qualquer indevida pressão: «na difusão da fé religiosa e na introdução de novas práticas, deve sempre evitar-se todo o modo de agir que tenha visos de coacção, persuasão desonesta ou simplesmente menos leal, sobretudo quando se trata de gente rude ou sem recursos. Tal modo de agir deve ser considerado como um abuso do próprio direito e lesão do direito alheio» 51. O testemunho da verdade não procura impor algo pela força, nem por uma acção coerciva ou artifícios contrários ao Evangelho. O próprio exercício da caridade é gratuito 52. O amor e o testemunho da verdade procuram acima de tudo convencer pela força da palavra de Deus (cf. 1 Cor 2,3-5; 1 Tes 2,3-5) 53. A missão cristã reside na potência do Espírito Santo e na própria verdade proclamada.

V. Conclusão

13. A acção evangelizadora da Igreja não pode ser menor, pois nunca lhe faltará a presença do Senhor Jesus na força do Espírito Santo, segundo a sua própria promessa: «Eu estou convosco todos os dias, até ao fim do mundo» (Mt 28, 20).

Os relativismos e irenismos de hoje em âmbito religioso não são um motivo válido para descurar este trabalhoso mas fascinante compromisso, que pertence à própria natureza da Igreja e é «sua tarefa primária» 54. «Caritas Christi urget nos – o amor de Cristo nos impele» (2 Cor 5, 14): testemunha-o um grande número de fiéis que, levados pelo amor de Jesus tiveram, ao longo da sua história, iniciativas e obras várias para anunciar o Evangelho, a todas as pessoas e em todos os âmbitos da sociedade, como aviso e convite perene a todas as gerações cristãs a cumprirem com generosidade o mandato de Cristo. Por isso, como recorda o Papa Bento XVI, «o anúncio e o testemunho do Evangelho são o primeiro serviço que os cristãos podem dar às pessoas e à humanidade, chamados a comunicar a todos o amor de Deus, que se manifestou plenamente no único Redentor do mundo, Jesus Cristo» 55. O amor que vem de Deus une-nos a Ele e «transforma-nos em um Nós, que supera as nossas divisões e nos faz ser um só, até que, no fim, Deus seja “tudo em todos” (1 Cor 15, 28)» 56.

O Sumo Pontífice Bento XVI, na Audiência concedida ao Cardeal Prefeito, no dia 6 de Outubro de 2007, aprovou a presente Nota doutrinal, decidida na Sessão Ordinária desta Congregação, e ordenou a sua publicação.

Dado em Roma, na sede da Congregação para a Doutrina da Fé, a 3 de Dezembro de 2007, memória litúrgica de S. Francisco Xavier, Padroeiro das Missões.

William Cardeal Levada
Prefeito

Angelo Amato, sdb
Arcebispo titular de Sila
Secretário

___________________________________-
Notas:
 43 Cf. Unitatis redintegratio, n. 1; cf. J. PAULO II, Redemptoris missio, nn. 1,50: AAS 83 (1991) 249, 297.
44 Cf. J. PAULO II, Redemptoris missio, n. 34: AAS 83 (1991) 279-280.
45 Ad gentes, n. 15.
46 J. PAULO II, Ut unum sint, n. 14: AAS 87 (1995) 929.
47 Cf. ibidem, n. 28: AAS 87 (1995) 939.
48 Cf. Unitatis redintegratio, nn. 3, 5.
49 Originalmente o termo «proselitismo» nasce em âmbito hebraico, onde «prosélito» indicava aquele que, proveniente dos «gentios», passava a fazer parte do «povo eleito». Assim também no âmbito cristão, o termo proselitismo foi, muitas vezes, usado como sinónimo da actividade missionária. Recentemente, o termo tomou  uma conotação negativa como publicidade para a própria religião com meios e motivos contrários ao espírito do Evangelho e que não salvaguardam a liberdade e a dignidade da pessoa. Em tal sentido, o termo «proselitismo» é compreendido no contexto do movimento ecuménico: cf. The Joint Working Group between the Catholic Church and the World Council of Churches, “The Challenge of Proselytism and the Calling to Common Witness” (1995).
50 Cf. Unitatis redintegratio, n. 4.
51 Cf. Dignitatis humanae, n. 4.
52 Cf. BENTO XVI, Deus caritas est, n. 31 c: AAS 98 (2006) 245.
53 Cf. Dignitatis humanae, n. 11.
54 BENTO XVI, Homilia de 25-IV-2005, n. 4: AAS 97 (2005) 745.
55 BENTO XVI, Discurso de 11-III-2006: AAS 98 (2006) 334.
56 BENTO XVI, Deus caritas est, n. 18: AAS 98 (2006) 232.