25/11/2022

Publicações em Novembro 25

  


Dentro do Evangelho

 

A mim parece-me que alguns  Pastores da Santa Igreja se esquecem de referir o "papel" que a Mulher nela desempenha.

Por vezes poderá parecer que continuamos hoje em dia a condiderar a Mulher como nos tempos de Jesus Cristo, alguém sem valor especial, como que destinada apenas à procriação, propriedade do seu esposo, com deveres muito rigorosos e nenhuns direitos.

Posso afirmar - e faço-o - que para Jesus Cristo isto não era de modo nenhum verdade aplicável.

Jesus e os Doze andavam, como sabemos, em contínua deambulação pelas terras de Israel.

Quem cuidava das suas roupas, lavando, remendando, mantendo-as dignas, apresentáveis?

Jesus não haveria de querer que eles se apresentassem como um séquito miserável vestido de andrajos.

Quem provia ao seu sustento?

Sim sabemos muito bem que Jesus e os Seus próximos passavam fome, de tal modo que, algumas vezes ao passar por searas maduras mastigavam espigas cruas.

Tendo deixado as suas actividades, principalmente a pesca, não tinham proventos de qualquer ordem.

É verdade... tinham um pequeno pecúlio comum que era uma bolsa onde muitos depositavam algumas moedas como era costume, naquela época fazer com os Rabis e seus seguidores próximos.

O encarregado desta bolsa era Judas que, conforme João afirma, retirava dela para proveito próprio.

E, agora pergunto: Jesus ignorava isto?

Acredito que não, Jesus sabia absolutamente tudo mas, no entanto nunca fez nenhum reparo.

Isto suscita-me uma interrogação... porquê???

Penso que a resposta está no desejo de Jesus de mostrar aos "próximos" que preocupar-se com os bens, o dinheiro, afasta e reduz drásticamente aquilo que deve ser eminentemente secundário.

A "bolsa" é, deve ser algo muito sério para quem a detém. Usar a bolsa comum não interessa se a muitos ou poucos, em proveito próprio é absolutamente condenável.

Desde sempre, mas refiro-me particularmente aos tempos de agora, estes abusos são recorrentes.

Pessoas que gerem instituições a quem muitos confiam os seus bens e que, com hábeis "truques, manhas e esquemas se apoderam ou usam em proveito próprio desses mesmos bens que lhes foram confiados.

Qual a diferença com Judas?

Este nome, Judas, sendo recorrente no tempo de  Jesus, que eu saiba, nunca mais foi usado num recém nascido. É um nome com uma "carga demasiado reles" para ser suportada por quem quer que seja.

Volto um pouco atrás, ao tema "Mulher" para referir que muitíssimas vezes assisti a cenas como esta: No final de uma manhã que, como costume tinha começado bem cedo, havia que descansar um pouco, tendo conseguido encontrar um lugar ameno, sossegado, era muito frequente encontrarem uma toalha no chão sobre a qual estavam alimentos frescos, recém confeccionados e, ao lado, como que embrulhos de roupas limpas, os rasgões passajados, em perfeita ordem.

Quem fazia isto?

Muitas mulheres que discretamente seguiam Jesus e os Doze.

Nunca "apareciam" ou se mostravam, ficavam como que numa sombra discreta, apagada embora houvesse algumas com proeminência social como a esposa de Gusa alto funcionário de Herodes.

E... hoje? Já não há dessas mulheres?

Graças a Deus há!

Estão, muitas delas que não todas, em conventos, retiradas do mundo, dedicando todos os momentos da sua vida a rezar por todos os Filhos de Deus que somos todos os homens.

Outras, visitam pessoas necessitadas, mantêm casas de acolhimento, estabelecimentos de ensino a crianças.

Sem estas mulheres... que seria de nós?

Sei, conheço, tenho "experiência" própria do real valor da sua intervenção junto de Deus.

São mulheres muito vulgares, banais que encontraram um refúgio para as suas frustrações?

Nada mais errado!

Conheço pessoalmente muitas com cursos e habilitações universitárias, inteligentes, capazes de desempenhar qualquer actividade de relevo e que, no entanto resolveram, por vocação específica, pôr todos esses atributos ao serviço de Deus Nosso Senhor.

Julgo que não devo entrar por confidências particulares e, portanto limito-me referir que quando me é possível "uso e abuso" do privilégio de poder conversar, pelo menos uma hora, com uma destas MULHERES.

Saio sempre outro, esmagado pela simplicidade, pela sabedoria que me foram transmitidas.

 

Reflectindo

Sonhar

Pode-se sonhar estando acordado?

Pois claro que se pode.

E é bom?

Acho que sim porque independentemente que se sonha tal significa que não se desiste de viver.

Com o avançar da idade talvez tenhamos a tendência para considerar que não vale a pena.

Deixar tudo como está, fazendo os "ajustes" mínimos e indispensáveis e... ficar por aí.

Não concordo!

Sem sonhos a vida não passará de uma rotina patética, sem futuro diferente do dia de hoje.

Só que, o futuro tem de ser diferente sob pena não se passar de tentar prolongar um presente o que, isso sim, é uma patetice.

Eu sonho muito com o que faria se as circunstâncias o permitissem.

Mas... e se isso que sonho seja utópico ou pelo menos, sem sentido prático?

Não me importo, sonho na mesma.

Bem sei que estes sonhos giram à volta de mim mesmo, sou a pedra angular dos sonhos e o que sonho é pessoal e para minha auto-satisfação.

Mas não sonho isolado, quer dizer, não sonho para viver melhor.

Não!

Sonho como Pai e como Avô que reúne à sua volta toda a família.

 

Links sugeridos:

 

Opus Dei

Evangelho/Biblia

Santa Sé

Religión en Libertad