09/03/2019

Vídeo notável



El Reto del Amor









por El Reto del amor

Reflectindo

Grandes problemas – Grandes soluções



No dia-a-dia aparecem-nos – não poucas vezes – problemas e questões de difícil solução ou que pelo menos, não descortinamos como proceder.
E damos voltas e mais voltas ao assunto, pomos hipóteses, arquitectamos esquemas que nos permitam resolver a coisa.

Vamos, sucessivamente, abandonando as hipóteses porque não são – talvez longe disso – a solução.

E, inspirados - obviamente – resolvemos por o assunto, por inteiro tal qual é, nas mãos do nosso Anjo da Guarda.

Ficamos – digo-o por mim – com a situação resolvida!

O que temos de dar?
Nada mais que a nossa disponibilidade confiança absolutas.

(AMA, reflexões, Dez 2018)

Reflexões ao Sábado

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Mãe de Jesus!

Quando me dou conta – verdadeiramente – da extraordinária grandeza desta Senhora fico abismado sem palavras nem – quase – reacção.

Como pode ser que uma jovem tenha tido tal incumbência, eu diria crucial – na história da humanidade!

Uma jovem simples, modesta, desconhecida que, por Vontade Soberana de Deus foi escolhida num tempo e numas circunstâncias que só Ele sabe porquê.

E, no entanto, com todo o Seu Poder Absoluto respeita a vontade, o querer da jovem esperando o seu “FIAT”.

Admirável criatura!
Que beleza tão extraordinária quanto mais rodeada de simplicidade!

(AMA, reflexões, Dez 2018)

Formação humana e cristã – 131

2.1.3 - Oração

Quando falei sobre meditação está implícita a oração, já que meditar é orar.
Mas não de trata apenas de meditar, mas de rezar com perseverança e assiduidade.

Perseverança porque por vezes somos levados a "deixar para mais tarde" os minutos de oração que tínhamos previsto - daqui a importância de ter um calendário bem ordenado - e sem nenhuma razão importante podemos perder esse ensejo.


Assiduidade porque não rezemos "de vez em quando", mas regularmente, diariamente, várias vezes por dia.


A oração ocorre com facilidade nos momentos difíceis, de aflição, precisamos de ajuda e então rezamos.

Mas quando tudo corre bem devemos rezar também porque Deus não está à nossa espera apenas quando dele necessitamos - e necessitamos sempre - mas também quando estamos felizes que é exactamente o que o Senhor mais deseja: a felicidade dos Seus filhos.

Mas há de facto um perigo que é fundamental evitar: a rotina!


Tal ocorre muitas vezes quando nos socorremos de ajudas, orações escritas por nós próprios e que habitualmente usamos.

É muito bom que assim seja, mas de facto na ausência dessas ajudas podemos ficar como que paralisados sem saber o que dizer.

Ora bem, tenhamos presente que o Senhor não precisa que Lhe digamos nada mas com um simples elevar de coração Lhe digamos com simplicidade o que nos vai dentro.

(cont)     
AMA, reflexões

Evangelho e comentário




TEMPO DE CINZAS




Evangelho: Lc 5, 27-32

27 Depois disto, Jesus saiu e viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado no posto de cobrança. Disse-lhe: «Segue-me.» 28 E ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-o. 29 Levi ofereceu-lhe, em sua casa, um grande banquete; e encontravam-se com eles, à mesa, grande número de cobradores de impostos e de outras pessoas. 30 Os fariseus e os doutores da Lei murmuravam, dizendo aos discípulos: «Porque comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?» 31 Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os que estão doentes. 32 Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores.»

Comentário:

Já estamos como que habituados ao chamamento de Jesus Cristo mas, nem por isso deixa de nos impressionar a simplicidade do desafio: «Segue-me»

Claro que não conhecemos a entoação ou enfâse com que o Senhor diria este «Segue-me» mas, a verdade, é que é convidado aceitas sem mais o convite deixando umas redes de pesca, um posto de cobrança de impostos, o que for.

Pensemos um pouco se, acaso, este «Segue-me» nos fosse dirigido a nós; o que faríamos?

(AMA, comentário sobre Lc 5, 27-32. 12.12.2018)


Vazio de todo o meu eu, enche-o de Ti


Pede ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, e à tua Mãe, que te façam conhecer-te e chorar por esse montão de coisas sujas que passaram por ti, deixando – ai! – tanto depósito... E ao mesmo tempo, sem quereres afastar-te dessa consideração, diz-lhe: – Dá-me, Jesus, um Amor como fogueira de purificação, onde a minha pobre carne, o meu pobre coração, a minha pobre alma, o meu pobre corpo se consumam, limpando-se de todas as misérias terrenas... E, já vazio de todo o meu eu, enche-o de Ti: que não...
...e apegue a nada daqui de baixo; que sempre me sustente o Amor. (Forja, 41)

É a hora de clamar: lembra-Te das promessas que me fizeste, para me encher de esperança; isto consola-me no meu nada e enche o meu viver de fortaleza. Nosso Senhor quer que contemos com Ele para tudo: vemos com evidência que sem Ele nada podemos e que com Ele podemos tudo. E confirma-se a nossa decisão de andar sempre na Sua presença.

Com a claridade de Deus no entendimento, que parece inactivo, torna-se-nos indubitável que, se o Criador cuida de todos – mesmo dos inimigos –, quanto mais cuidará dos amigos! Convencemo-nos que não há mal nem contradição que não venham por bem: assim assentam com mais firmeza, no nosso espírito, a alegria e a paz que nenhum motivo humano poderá arrancar-nos, porque estas visitas deixam sempre em nós algo de Seu, algo divino. Louvaremos o Senhor Nosso Deus que efectuou em nós coisas admiráveis e compreenderemos que fomos criados com capacidade de possuir um tesouro infinito.

Tínhamos começado com orações vocais, simples, encantadoras, que aprendemos na nossa meninice e que gostaríamos de não perder jamais. A oração, que começou com essa ingenuidade pueril, desenvolve-se agora em caudal largo, manso e seguro, porque acompanha a nossa amizade com Aquele que afirmou: Eu sou o caminho. Se amarmos Cristo assim, se com divino atrevimento nos refugiarmos na abertura que a lança deixou no Seu peito, cumprir-se-á a promessa do Mestre: qualquer que me ame observará a minha doutrina e meu Pai o amará e viremos a ele e nele faremos morada. (Amigos de Deus, nn. 305–306)

Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?





Leitura espiritual



EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL

AMORIS LÆTITIA

DO SANTO PADRE FRANCISCO

AOS BISPOS AOS PRESBÍTEROS E AOS DIÁCONOS

ÀS PESSOAS CONSAGRADAS AOS ESPOSOS CRISTÃOS E A TODOS OS FIÉIS LEIGOS SOBRE O AMOR NA FAMÍLIA  

CAPÍTULO II

A REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS.

Alguns desafios

54. Neste relance sobre a realidade, desejo salientar que, apesar das melhorias notáveis registadas no reconhecimento dos direitos da mulher e na sua participação no espaço público, ainda há muito que avançar nalguns países. Não se acabou ainda de erradicar costumes inaceitáveis; destaco a violência vergonhosa que, às vezes, se exerce sobre as mulheres, os maus-tratos familiares e várias formas de escravidão, que não constituem um sinal de força masculina, mas uma covarde degradação. A violência verbal, física e sexual, perpetrada contra as mulheres nalguns casais, contradiz a própria natureza da união conjugal. Penso na grave mutilação genital da mulher nalgumas culturas, mas também na desigualdade de acesso a postos de trabalho dignos e aos lugares onde as decisões são tomadas. A história carrega os vestígios dos excessos das culturas patriarcais, onde a mulher era considerada um ser de segunda classe, mas recordemos também o «aluguer de ventres» ou «a instrumentalização e comercialização do corpo feminino na cultura mediática contemporânea».[i] Alguns consideram que muitos dos problemas actuais ocorreram a partir da emancipação da mulher. Mas este argumento não é válido, «é falso, não é verdade! Trata-se de uma forma de machismo».

43 A idêntica dignidade entre o homem e a mulher impele a alegrar-nos com a superação de velhas formas de discriminação e o desenvolvimento dum estilo de reciprocidade dentro das famílias. Se aparecem formas de feminismo que não podemos considerar adequadas, de igual modo admiramos a obra do Espírito no reconhecimento mais claro da digni­dade da mulher e dos seus direitos.

55. O homem «desempenha um papel igualmente decisivo na vida da família, especialmente na protecção e sustentamento da esposa e dos filhos. (...) Muitos homens estão conscientes da importância do seu papel na família e vivem-no com as qualidades peculiares da índole masculina. A ausência do pai penaliza gravemente a vida familiar, a educação dos filhos e a sua integração na sociedade. Tal ausência pode ser física, afectiva, cognitiva e espiritual. Esta carência priva os filhos dum modelo adequado do comportamento paterno».[ii],[iii] Outro desafio surge de várias formas duma ideologia genericamente chamada gender, que «nega a diferença e a reciprocidade natural de homem e mulher. Prevê uma sociedade sem diferenças de sexo, e esvazia a base antropológica da família. Esta ideologia leva a projectos educativos e directrizes legislativas que promovem uma identidade pessoal e uma intimidade afectiva radicalmente desvinculadas da diversidade biológica entre homem e mulher. A identidade humana é determinada por uma opção individualista, que também muda com o tempo». [iv] Preocupa o facto de algumas ideologias deste tipo, que pretendem dar resposta a certas aspirações por vezes compreensíveis, procurarem impor-se como pensamento único que determina até mesmo a educação das crianças. É preciso não esquecer que «sexo biológico (sex) e função sociocultural do sexo (gender) podem-se distinguir, mas não separar».[v] Por outro lado, «a revolução biotecnológica no campo da procriação humana introduziu a possibilidade de manipular o acto generativo, tornando-o independente da relação sexual entre homem e mulher. Assim, a vida humana bem como a paternidade e a maternidade tornaram-se realidades componíveis e decomponíveis, sujeitas de modo prevalecente aos desejos dos indivíduos ou dos casais».[vi] Uma coisa é compreender a fragilidade humana ou a complexidade da vida, e outra é aceitar ideologias que pretendem dividir em dois os aspectos inseparáveis da realidade. Não caiamos no pecado de pretender substituir-nos ao Criador. Somos criaturas, não somos omnipotentes. A criação precede-nos e deve ser recebida como um dom. Ao mesmo tempo somos chamados a guardar a nossa humanidade, e isto significa, antes de tudo, aceitá-la e res­peitá-la como ela foi criada.

57. Dou graças a Deus porque muitas famílias, que estão bem longe de se considerarem perfeitas, vivem no amor, realizam a sua vocação e continuam para diante embora caiam muitas vezes ao longo do caminho. Partindo das reflexões sinodais, não se chega a um estereótipo da família ideal, mas um interpelante mosaico formado por muitas realidades diferentes, cheias de alegrias, dramas e sonhos. As realidades que nos preocupam, são desafios. Não caiamos na armadilha de nos consumirmos em lamentações auto-defensivas, em vez de suscitar uma criatividade missionária. Em todas as situações, «a Igreja sente a necessidade de dizer uma palavra de verdade e de esperança. (...) Os grandes valores do matrimónio e da família cristã correspondem à busca que atravessa a existência humana [vii]». Se constatamos muitas dificuldades, estas são – como disseram os bispos da Colômbia – um apelo para «libertar em nós as energias da esperança, traduzindo-as em sonhos proféticos, acções transformadoras e imaginação da caridade.[viii]


CAPÍTULO III
O OLHAR FIXO EM JESUS: A VOCAÇÃO DA FAMÍLIA

58. Diante das famílias e no meio delas, deve ressoar sempre de novo o primeiro anúncio, que é o «mais belo, mais importante, mais atraente e, ao mesmo tempo, mais necessário [ix] e «deve ocupar o centro da actividade evangelizadora». [x] É o anúncio principal, «aquele que sempre se tem de voltar a ouvir de diferentes maneiras e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar, duma forma ou doutra».[xi] Porque «nada há de mais sólido, mais profundo, mais seguro, mais consistente e mais sábio que esse anúncio» e «toda a formação cristã é, primariamente, o aprofundamento do querigma».[xii]
O nosso ensinamento sobre o matrimónio e a família não pode deixar de se inspirar e transfigurar à luz deste anúncio de amor e ternura, se não quiser tornar-se mera defesa duma doutrina fria e sem vida. Com efeito, o próprio mistério da família cristã só se pode compreender plenamente à luz do amor infinito do Pai, que se manifestou em Cristo entregue até ao fim e vivo entre nós. Por isso, quero contemplar Cristo vivo que está presente em tantas histórias de amor e invocar o fogo do Espírito sobre todas as famílias do mundo. Dentro deste quadro, o presente capítulo recolhe uma síntese da doutrina da Igreja sobre o matrimónio e a família. Também aqui citarei várias contribuições prestadas pelos Padres sinodais nas suas considerações acerca da luz que a fé nos oferece. Eles partiram do olhar de Jesus, dizendo que Ele «olhou para as mulheres e os ho­mens que encontrou com amor e ternura, acompanhando os seus passos com verdade, paciência e misericórdia, ao anunciar as exigências do Reino de Deus». De igual modo nos acompanha, hoje, o Senhor no nosso compromisso de viver e transmitir o Evangelho da família. Jesus recupera e realiza plenamente o projecto divino. Contrariamente àqueles que proibiam o matrimónio, o Novo Testamento ensina que «tudo o que Deus criou é bom e nada deve ser rejeitado».[xiii] O matrimónio é um «dom» do Senhor[xiv]. Ao mesmo tempo que se dá esta avaliação positiva, acentua-se fortemente a obrigação de cuidar deste dom divino: «Seja[xv] o matrimónio honrado por todos e imaculado o leito conjuga[xvi]. Este dom de Deus inclui a sexualidade: «Não vos recuseis um ao outro».[xvii]

(cont)

(revisão da versão portuguesa por AMA)



[i] Francisco, Catequese (22 de Abril de 2015): L’Osservatore Romano (ed. semanal portuguesa de 23/IV/2015), 16.
[ii] Idem, Catequese (29 de Abril de 2015): L’Osservatore Romano (ed. semanal portuguesa de 30/IV/2015), 16.
[iii] Relatio Finalis 2015, 28. 48 56.
[iv] Ibid., 8.
[v] Ibid., 58. 47.
[vi] Ibid., 33
[vii] Relatio Synodi 2014, 11.
[viii] Conferência Episcopal da Colômbia, A tiempos difíciles, colombianos nuevos (13 de Fevereiro de 2003), 3.
[ix] Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium (24 de Novembro de 2013), 35: AAS 105 (2013), 1034.
[x] Ibid., 164: o. c., 1088.
[xi] Ibidem.
[xii] Ibid., 165: o. c., 1089.
[xiii] (1 Tim 4, 4)
[xiv] (cf. 1 Cor 7, 7)
[xv] 54 Relatio Synodi 2014, 12. 53
[xvi] (Heb 13, 4)
[xvii] (1 Cor 7, 5).