06/01/2022

Publicações em Janeiro 6

 


A recta intenção.

A quem podem interessar as boas obras que fazemos?

Em primeiro lugar, a Deus Nosso Senhor que, de facto, não espera outra coisa de nós para nos dar o justo prémio. E, depois, aos outros para que lhes sirvam de exemplo. Qual será a nossa escolha? Na verdade, devemos escolher as duas porque se precisamos de agradar a Deus também é nosso dever dar bom exemplo. O que interessa é a intenção: obter um prémio divino ou uma consolação terrena?

Este tema abordado por Jesus Cristo é de enorme importância como regra de conduta para todos os cristãos. As nossas boas obras devem ter como primeiro objectivo agradar a Deus, mas, têm de ser exemplo para os outros. A naturalidade e contenção com que as praticamos deverão, por isso mesmo, estar em evidência de tal forma que outros sejam levados a imitar-nos.

Na sequência do discurso anterior - «ser sal da terra e luz do mundo» - Jesus vem, de certo modo completar o que disse. Não há, nem podia haver, nenhuma contradição, tão só uma vigorosa chamada de atenção para o são critério e rectidão de intenção dos nossos actos. Ser visto pelos outros como exemplo a seguir é muito diferente que desejar ser visto pelos outros para ser admirado e louvado. Nunca será demais lembrarmos que e o que fazemos tem como que dois “espectadores: Os homens: nossos iguais, e Deus Nosso Senhor e Criador. Sendo assim, a quem pretendemos agradar com os nossos actos? Quem procuramos que nos aceite o que fazemos como algo válido e com recta intenção? Parece que a resposta é simples: o “espectador” que nos interessa é Deus Nosso Senhor porque só dEle virá o prémio que pode servir para a nossa salvação. Dos homens, podemos, talvez, esperar admiração, mas isso… de que nos servirá?

 

A hipocrisia é um defeito terrível que Jesus Cristo veementemente condena como com frequência os Evangelhos referem. Pretender que nos tomem por alguém que não somos, aparentar virtudes que não possuímos, dizer que não sabemos o que realmente conhecemos… enfim, deturpar, enganar, fingir são próprios de alguém detestável em quem não se pode confiar o que for.   Amiúde somos levados a julgar, ou pelo menos, avaliar, as atitudes e comportamentos dos outros. Seria muito útil para nós pensar que esses outros terão a mesma atitude connosco e tal deveria levar-nos a uma conduta irrepreensível. O são critério deve estar sempre presente quando se trata de falar de Deus aos outros. É contraproducente falar de Deus e de coisas santas - «as vossas pérolas» - a pessoas que ou não sabem ou não têm qualquer interesse em saber e, nalguns casos – bastantes infelizmente – as perguntas que possam fazer têm como intenção encontrar argumentos de discussão e desafio. Porque que, se de facto quer ouvir para entender e saber deve estar disposto desde logo a assumir as dificuldades, obstáculos e eventuais renúncias que o seguimento de Cristo implica.

Transportar a cruz de cada dia será sempre difícil pela «porta estreita» por isso mesmo muitos preferem usar o caminho largo e fácil onde não são necessários nem esforços ou sacrifícios.

A prudência é uma virtude que devemos pedir com insistência sobretudo quando se trata de responder a questões que, de algum modo, tenham a ver com a nossa Santa Religião Cristã. Já referimos algumas vezes que nem todas as perguntas merecem resposta porque feitas com espírito malévolo e intencionalmente crítico. Ser prudentes no que dizemos e também no que escrevemos e, em caso de dúvida, pedir conselho. Sim, algumas vezes o que escrevemos pode ou não ser adequado ou pela forma poderá ser deficientemente interpretado.   Nós, cristãos, não somos mestres em coisa nenhuma, «um só é o Nosso Mestre» como bem frisou Jesus Cristo. Faz parte da condição humana o exercer quase que de forma automática pensamentos, obras e opiniões sobre os outros que se cruzam na nossa vida. Nem sempre, evidentemente, sob o aspecto da crítica e reprovação, também o fazemos para louvar e de alguma forma sublinhar algo que achamos bem e até invejamos. Pois seja qual for a intenção devemos abster-nos porque em caso algum fomos constituídos juízes..

A hipocrisia merece de Jesus Cristo veemente repúdio e, os Evangelhos, relatam várias ocasiões em que esse repúdio constitui uma acusação claríssima. De facto, o hipócrita age como um actor, fingindo o que não é, oferecendo o que não tem, aconselhando o que não pratica. A hipocrisia pode espalhar-se como uma praga sobretudo quando se quer alguma coisa ou atingir um fim seja de que maneira for. Ninguém pode dar o que não tem ou aconselhar o que não sabe. Ser verdadeiro e honesto quer no procedimento quer nas intenções é o que deve caracterizar o cristão. Este, além de merecer crédito no que diz, tem de convencer pelo exemplo do que faz.

 

Solidez da Fé

 

Temos de encarar - seriamente - a solidez da nossa fé.

Acreditamos porque é nossa convicção, séria, intelectualmente honesta, ou "porque sim", é tradição de família, algo que consideramos desde crianças? Não há alternativa: ou se verifica a primeira ou, então, a fé que julgamos ter não resistirá aos embates e vicissitudes que a vida nos trará. Pedir, pedir... parece ser esta a atitude da criatura em relação ao seu Criador. E não é nem demais nem ousadia porque foi O próprio Jesus Cristo Quem nos instruiu para que o fizéssemos e, mais, pedíssemos perseverantemente, sem descanso.   De que precisamos? De tudo, absolutamente porque por nós mesmos não podemos nada. Não tenhamos medo de pedir ou receio de pedirmos demais. O Senhor sabe muito bem o que realmente nos faz falta e, na Sua Infinita Sabedoria nos dará o que entender que realmente precisamos.

Por vezes na nossa vida surgem momentos em que as palavras de Jesus Cristo nos levantam algumas dúvidas.

Com efeito aquilo que vimos pedindo há tanto tempo parece não ser atendido como se o Senhor estivesse desinteressado. Pensemos bem: será que na verdade não nos concede o que pedimos? Talvez o faça de outra forma e não exactamente como pedimos como, por exemplo, a cura de uma doença persistente que nos aflige. Podemos, é verdade, continuar na mesma situação e essa cura não surgir, mas, consideremos, se não recebemos graça para suportar a doença, se os méritos que possamos obter com o nosso sofrimento não serão “aplicados” onde ou em quem esteja mais necessitado, se, no fim e ao cabo, a nossa doença não é caminho da nossa salvação?

 

Construir, construir…

É a tarefa de todos os homens que foi dada pelo Criador.

O quê e como? Pois, com critério e empenho para que a construção seja não só estável como duradoura. É verdade, estamos de passagem, mas as nossas obras ficarão como testemunho dessa passagem. O Senhor contemplará o que construirmos e, se achar digno, habitará na nossa morada.

Guardar a fé como um Tesouro, Pérolas Preciosas, é um dever de qualquer cristão, como guardião fiel e Depósito Seguro das verdades reveladas por Cristo Nosso Senhor.   A nossa Santa religião tem de ser preservada dos que a combatem usando por vezes as próprias fraquezas dos que deviam protegê-la e actuando, por isso mesmo, com eficácia. Tenhamos a coragem e desassombro necessários para mantermos com firmeza as nossas convicções alicerçadas nas verdades da nossa Santa Fé. O poder da Fé converte quem a possui em alguém indestrutível, como que imune às vicissitudes e perigos que podem deparar-se nesta vida. Com a confiança em Deus que a Fé consolida, o homem nunca será vencido no seu caminhar para Deus. Passamos pela vida curta ou longa em permanente actividade de construtores. Fazemos pontes entre uns e outros tentando unir o que por qualquer motivo se separou, pomos de pé leis e regras para reger a sociedade; fazemos o que muitos recusam por apatia vergonha ou outro motivo qualquer e sobretudo construímos passo a passo uma vida que desejamos exemplar não nos poupando a esforços ou por vezes sacrifícios. Bom... tudo  isto é, deve ser o ideal da vida de um cristão. Mas se não nos apoiarmos na oração constante e perseverante tudo isso carecerá da solidez indispensável para resistir aos vendavais e tormentas que constantemente o demónio levanta contra nós. O poder da Fé converte quem a possui em alguém indestrutível, como que imune às vicissitudes e perigos que podem deparar-se nesta vida. Com a confiança em Deus que a Fé consolida, o homem nunca será vencido no seu caminhar para Deus. Com a sua vida bem assente nas bases da verdadeira fé, pode estar seguro que cumpre o necessário para alcançar a vida eterna, ou seja, como o Senhor afirma: «entrará no Reino do Céu, (…) aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu».

 

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