30/11/2019

Tu és sal, alma de apóstolo


Tu és sal, alma de apóstolo. - "Bonum est sal" - o sal é bom, lê-se no Santo Evangelho; "si autem sal evanuerit" - mas se o sal se desvirtua... de nada serve, nem para a terra, nem para o esterco; deita-se fora como inútil. Tu és sal, alma de apóstolo. - Mas se te desvirtuas... (Caminho, 921)

Os católicos têm de andar pela vida como apóstolos: com luz de Deus, com sal de Deus. Sem medo, com naturalidade, mas com tal vida interior, com tal união com Nosso Senhor, que iluminem, que evitem a corrupção e as sombras, que repartam o fruto da serenidade e a eficácia da doutrina cristã. (Forja, 969)

Em momentos de desorientação geral, quando clamas ao Senhor pelas suas almas!, parece que não te ouve, que está surdo aos teus apelos. Inclusivamente chegas a pensar que o teu trabalho apostólico é vão.
- Não te preocupes! Continua a trabalhar com a mesma alegria, com a mesma vibração, com o mesmo afinco. Permite-me que insista: quando se trabalha por Deus, nada é infecundo! (Forja, 978)

Filho: todos os mares deste mundo são nossos, e lá onde a pesca é mais difícil é também mais necessária. (Forja, 979)

Com a tua doutrina de cristão, com a tua vida íntegra e com o teu trabalho bem feito, tens que dar bom exemplo, no exercício da tua profissão e no cumprimento dos deveres do teu cargo, aos que te rodeiam: os teus parentes, os teus amigos, os teus companheiros, os teus vizinhos, os teus alunos... - Não podes ser um embusteiro. (Forja, 980)


Tempos Litúrgicos -1

Fim do Tempo Comum

Prestes a terminar o ano litúrgico respira-se como que uma ansiedade pela chegada do Advento esse Tempo tão especial em que se nos propõe uma revisão de vida indispensável para a preparação do Natal.

De facto, nós cristãos, temos a felicidade de ter uma Igreja que é eminentemente Mãe extremosa sempre preocupada em dar aos seus filhos indicações sobre os caminhos a trilhar para chegar à meta que ambicionamos.

(ama, Reflexões, 2015.11.29) 

ADVENTO

Preparação do Advento

Este tempo de preparação que nos é sugerido pela Liturgia será um dos mais importantes e significativos de toda a história da salvação humana.
Com a Quaresma preparamos o momento fulcral mas, o Advento coloca-nos numa situação de expectativa.

De facto, se Cristo não tivesse assumido a identidade humana nascendo em Belém não poderia ter dado a vida na Cruz.
Assim ao escolher salvar a humanidade desta forma o Seu nascimento assume a máxima importância.

Para os assuntos importantes é costume preparar e programar a nossa vida de forma a estarmos aptos para o que se espera.
E para este que, como disse, é da maior importância, como vamos fazer?
Preparação, reflexão, reconversão, entrega, disponibilidade, simplicidade.
Eis o que se impõe.
Para isso é obviamente necessário exame, profundo, sério, singelo.
O que fazemos, como fazemos, quando fazemos é o que queremos ou o que Deus quer?

(ama, Reflexões no Advento, 29.11.2015) 

THALITA KUM 24


THALITA KUM 24

(Cfr. Lc 8, 49-56)

Ao ver a Seus pés aquele pai angustiado, com certeza que Jesus Se debruçou a levantá-lo do solo.

Jairo é tão claro e determinado, mostra tanta confiança e fé que Jesus foi com ele.

Cristo não precisa de grandes discursos, de interpelações grandiloquentes para que a Sua misericórdia se manifeste. Deseja tão só que Lhe peçamos o que queremos. Ele já decidirá se o nosso pedido é justo e nos convém que seja atendido. Orar, no fim e ao cabo, é a forma que temos de nos relacionarmos com o Senhor e, orar é…

«Orar é falar com Deus. Mas de quê?" De quê?! Dele e de ti; alegrias, tristezas, êxitos e fracassos, ambições nobres, preocupações diárias..., fraquezas; e acções de graças e pedidos; e Amor e desagravo.
Em duas palavras: conhecê-lo e conhecer-te - ganhar intimidade!».[1]

Ele sabe muito bem quem nós somos e o que somos, conhece-nos intimamente e, por isso mesmo, não se importa que nos consideremos indignos, como de facto somos, e de, não obstante, nos dirigirmos a Ele com familiaridade.

Quer, deseja, que sejamos Seus amigos e, os amigos, não têm “cerimónias” uns com os outros.

«Não mais vos chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de Meu Pai.» [2]

(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)




[1] S. Josemaria Escrivá, Caminho, 91.
[2]  Jo 15, 15

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM



Santo André - Apóstolo

Evangelho: Mt 4, 18-22

Caminhando Jesus ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde e segui-Me e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco, na companhia de seu pai Zebedeu, a consertar as redes. Jesus chamou-os e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-n’O.

Comentário:

Impressiona a simplicidade de algo tão transcendente com é o chamamento dos quatro primeiros Apóstolos.


Não há um discurso, uma explicação, o traçar de um plano de acção.


O Senhor, que sabe tudo, sabia que a resposta seria pronta, imediata, completa total.


Há com certeza algum conhecimento prévio da pessoa de Jesus, os quatro irmãos deveriam ter falado disso com detalhe, mas, não obstante, estariam longe de supor que este convite inopinado lhes seria feito.


As pessoas simples, de espírito aberto e coração puro, abraçam sem titubear os convites que reconhecem instantaneamente como sendo algo radical que mudará as suas vidas para sempre porque, também de imediato, reconhecem em Quem os convida, uma autoridade e grandeza a que não podem resistir.


Não “jogam, portanto, no escuro”, mas com a certeza e confiança que estão fazendo o que de facto lhes convém.


(ama, comentário sobre Mt 4, 18-22, 30.11.2017)

Leitura espiritual


CARTAS DE SÃO PAULO

2 Cor 11

Auto-elogio do Apóstolo

1 Oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez da minha parte! Mas, de certo, ma suportareis. 2 Sinto por vós um ciúme semelhante ao ciúme de Deus, pois vos desposei com um único esposo, Cristo, a quem devo apresentar-vos como virgem pura. 3 Mas receio que, como a serpente seduziu Eva com a sua astúcia, os vossos pensamentos se deixem corromper, desviando-se da simplicidade que é devida a Cristo. 4 Pois de boamente aceitais alguém que surge a pregar-vos outro Jesus diferente daquele que nós pregámos, ou acolheis um espírito diferente daquele que recebestes, ou um Evangelho diverso daquele que abraçastes. 5 Ora, eu penso que em nada sou inferior a esses super-apóstolos. 6 E embora seja menos perito na palavra, não o sou, certamente, na ciência. Em tudo e de todas as maneiras vo-lo temos demonstrado. 7 Porventura cometi alguma falta, ao humilhar-me para vos exaltar, quando vos anunciei gratuitamente o Evangelho de Deus? 8 Despojei outras igrejas, recebendo delas o sustento para vos servir, 9 e encontrando-me necessitado no meio de vós, não fui pesado a ninguém, pois os irmãos vindos da Macedónia é que proveram às minhas necessidades. Em tudo me guardei de vos ser molesto e continuarei a fazê-lo. 10 Pela verdade de Cristo que está em mim, não me será tirado este motivo de glória nas regiões da Acaia. 11 E porquê? Porque não vos amo? Deus o sabe! 12 O que faço, continuarei a fazê-lo, para não dar qualquer pretexto àqueles que o buscam, a fim de aparecerem como nós naquilo de que se gloriam. 13 Esses tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçados de apóstolos de Cristo. 14 E não é de estranhar! Também Satanás se disfarça em anjo de luz! 15 Não é por isso grande coisa se os seus ministros se disfarçarem de servidores da justiça. O fim deles será conforme às suas obras.

Trabalhos apostólicos de Paulo (Act 15-28)

16 Volto a dizê-lo. Ninguém me tenha por insensato. Ou então, aceitai-me como insensato, para que também eu possa gloriar-me um pouco. 17 O que vou dizer, não o digo segundo o Senhor, mas como num assomo de insensatez, certo de que tenho motivos para me gloriar. 18 Já que muitos se gloriam por motivos humanos, também eu o vou fazer. 19 Na verdade, tão sensatos como sois, suportais de bom grado os insensatos. 20 Suportais quem vos escraviza, vos devora, vos explora, vos trata com arrogância, vos esbofeteia. 21 Para nossa vergonha o digo: como fracos nos mostramos. Mas daquilo de que alguém se faz forte - eu falo como insensato - também eu me posso fazer. 22 São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São descendentes de Abraão? Também eu. 23 São ministros de Cristo? - Falo a delirar - eu ainda mais: muito mais pelos trabalhos, muito mais pelas prisões, imensamente mais pelos açoites, muitas vezes em perigo de morte. 24 Cinco vezes recebi dos Judeus os quarenta açoites menos um. 25 Três vezes fui flagelado com vergastadas, uma vez apedrejado, três vezes naufraguei, e passei uma noite e um dia no alto mar. 26 Viagens a pé sem conta, perigos nos rios, perigos de salteadores, perigos da parte dos meus irmãos de raça, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos da parte dos falsos irmãos! 27 Trabalhos e duras fadigas, muitas noites sem dormir, fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez! 28 Além de outras coisas, a minha preocupação quotidiana, a solicitude por todas as igrejas! 29 Quem é fraco, sem que eu o seja também? Quem tropeça, sem que eu me sinta queimar de dor? 30 Se é mesmo preciso gloriar-se, é da minha fraqueza que me gloriarei. 31 O Deus e Pai do Senhor Jesus, que é bendito para sempre, sabe que não minto. 32 Em Damasco, o etnarca do rei Aretas mandou guardar a cidade dos damascenos para me prender. 33 Mas fui descido num cesto, por uma janela, ao longo da muralha, e assim escapei das suas mãos.

Doutrina – 512


CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Compêndio



SEGUNDA SECÇÃO

OS SETE SACRAMENTOS DA IGREJA

CAPÍTULO SEGUNDO

OS SACRAMENTOS DA CURA


 295. Porque é que Cristo instituiu os sacramentos da Penitência e da Unção dos enfermos?


Cristo, médico da alma e do corpo, instituiu-os porque a vida nova, que Ele nos deu nos sacramentos da iniciação cristã, pode ser enfraquecida e até perdida por causa do pecado. 
Por isso, Cristo quis que a Igreja continuasse a sua obra de cura e de salvação mediante estes dois sacramentos.

Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?