21/05/2013

Evangelho diário e comentário

Tempo comum
VII Semana

Evangelho: Mc 9, 30-37

30 Tendo partido dali, atravessaram a Galileia; e Jesus não queria que se soubesse. 31 Ia instruindo os Seus discípulos e dizia-lhes: «O Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens e Lhe darão a morte, mas ressuscitará ao terceiro dia depois da Sua morte». 32 Mas eles não compreendiam estas palavras e temiam interrogá-l'O. 33 Nisto chegaram a Cafarnaum. Quando estavam em casa, Jesus perguntou-lhes: «De que discutíeis pelo caminho?». 34 Eles, porém, calaram-se, porque no caminho tinham discutido entre si qual deles era o maior. 35 Então, sentando-Se, chamou os doze e disse-lhes: «Se alguém 36 Em seguida, tomando uma criança, pô-la no meio deles e, depois de a abraçar, disse-lhes: 37 «Todo aquele que receber uma destas crianças em Meu nome, a Mim recebe, e todo aquele que Me receber a Mim, não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou».

Comentário:

Pela mão do pai, a criança caminha segura e confiante.
Pode não saber exactamente para onde vai mas vai com absoluta tranquilidade que, onde quer que o seu pai a leve será um lugar que gostará.
De vez em quando pode largar a mão paterna e aventurar-se um pouco mas, logo no primeiro cruzamento, voltará correndo ao guia paternal porque ele escolherá o caminho certo.

(ama, comentário sobre Mc 9, 30-37, V. Moura, 2012.09.23)

Leitura espiritual para 21 Maio




Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

Pequena agenda do cristão



Terça-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

Propósito: Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me: Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame: Cumpri o propósito e lembrei-me do que me propus ontem?


Tratado das paixões da alma 33



Questão 29: Do ódio.

Art. 4 ― Se podemos odiar-nos a nós mesmos.

(IIª.IIªe, q. 25, a . 7, II Sent., dist XLII, q. 2, a . 2, qª, ad 2, III, q. XXVII, Expos. Litt, In Psalm., X, Ephes., cap. V, lect. IX).



O quarto discute-se assim. ― Parece que podemos odiar-nos a nós mesmos.



Resumos da Fé cristã



TEMA 18. O Baptismo e a Confirmação 6

Confirmação 1

1. Fundamentos bíblicos e históricos

As profecias sobre o Messias tinham anunciado que «sobre Ele repousará o espírito do Senhor» (Is 11, 2), e isto estaria unido à sua eleição como enviado: «Eis o meu servo, que Eu amparo, o meu eleito, que Eu preferi. Fiz repousar sobre Ele o meu espírito, para que leve às nações a verdadeira justiça» (Is 42, 1). O texto profético é ainda mais explícito quando é colocado nos lábios do Messias: «O espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu: enviou-me para levar a boa-nova aos que sofrem, para curar os desesperados, para anunciar a libertação aos exilados e a liberdade aos prisioneiros» (Is 61, 1).

Algo similar se anuncia também para o povo de Deus; aos seus membros, Deus disse: «Dentro de vós porei o meu espírito, fazendo com que sigais as minhas leis e obedeçais e pratiqueis os meus preceitos» (Ez 36, 27); e em Jl 3,2 acentua-se a universalidade desta difusão: «sobre servos e servas, naqueles dias, derramarei o meu espírito».

No mistério da Encarnação realiza-se a profecia messiânica (cf. Lc 1, 35), confirmada, completada e publicamente manifestada na unção do Jordão (cf. Lc 3, 21-22), quando desce sobre Cristo o Espírito Santo em forma de pomba e a voz do Pai actualiza a profecia de eleição. O próprio Senhor apresenta-se no início do seu ministério como o ungido de Yahvé em quem se cumprem as profecias (cf. Lc 4, 18-19), e deixa-se guiar pelo Espírito (cf. Lc 4, 1; 4, 14; 10, 21) até ao próprio momento da morte (cf. Heb 9, 14).

Antes de oferecer a Sua vida por nós, Jesus promete o envio do Espírito (cf. Jo 14, 16; 15, 26; 16, 13), como efectivamente sucede no Pentecostes (cf. Act 2, 1-4), referindo-se explicitamente à profecia de Joel (cf. Act 2, 17-18), dando assim início à missão universal da Igreja.

O próprio Espírito Santo descido em Jerusalém sobre os Apóstolos é por eles comunicado aos baptizados mediante a imposição das mãos e a oração (cf. Act 8, 14-17; 19, 6). Esta praxe chega a ser tão conhecida na Igreja primitiva, que é referida na Carta aos Hebreus como parte dos «ensinamentos elementares» e dos «temas fundamentais» (Heb 6, 1-2). Este quadro bíblico completa-se com a tradição paulina e joanina que vincula os conceitos de «unção» e «selo» com o Espírito infundido sobre os cristãos (cf. 2 Cor 1, 21-22; Ef 1, 13; 1 Jo 2, 20. 27). Este último encontra expressão litúrgica já nos mais antigos documentos, com a unção do candidato com óleo perfumado.

Estes mesmos documentos atestam a unidade ritual primitiva dos três sacramentos de iniciação cristã, administrados durante a celebração pascal presidida pelo bispo na catedral. Quando o cristianismo se difunde fora das cidades e o Baptismo das crianças passa a ser massivo, já não é possível continuar com a praxe primitiva. Enquanto no ocidente se reserva a administração da Confirmação ao bispo, separando-a do Baptismo, no oriente conserva-se a unidade dos sacramentos de iniciação, concedidos um a seguir ao outro ao recém-nascido pelo presbítero. Daí a importância crescente no oriente da unção com o myron, que se estende a diversas partes do corpo; no ocidente, a imposição das mãos torna-se uma imposição geral a todos os confirmandos, enquanto cada um recebe a unção na testa.

philip goyret

Bibliografia básica:

Catecismo da Igreja Católica, 1212-1321.
Compêndio do Catecismo da Igreja Católica 251-270.

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)

"CREIO NO ESPÍRITO SANTO" (2)

Mas é por vezes complicado para nós, “vermos” o Espírito Santo.
Porque o Pai é normalmente, humanamente representado como uma figura de homem de idade, com umas barbas, e tem esse nome que todos entendemos porque sempre toca as nossas vidas: Pai!
O Filho quis fazer-se igual a nós e portanto é apresentado pela figura humana em que quis encarnar, e fica-nos assim desse modo próximo e entendível, se assim podemos dizer.
Aliás a própria história dos homens fala d’Ele e há documentos para além das Escrituras Sagradas que atestam a Sua passagem no meio de nós.
Mas o Espírito Santo não tem forma, digamos assim, e por isso é representado normalmente por uma pomba, pelo fogo, pela água, etc., o que nos torna difícil o entendimento como uma Pessoa da Santíssima Trindade.
O termo espírito traduz o termo hebraico “Ruah” que significa sopro, vento, ar.
Algo que não se vê, mas se pode sentir.
Para além disso o Espírito Santo não fala de si próprio, mas faz-nos ouvir a Palavra do Pai, faz-nos conhecer Cristo, Palavra viva de Deus, mas nós não O ouvimos, embora Ele nos conduza no e ao entendimento da Palavra de Deus.
E por que Ele assim divinamente se apaga é que Jesus nos explica «que o mundo não O pode receber, porque não O vê nem O conhece», mas aqueles que crêem em Cristo, esses sim O conhecem, porque Ele está neles e neles habita.
Diz-nos o Catecismo que a Igreja é o lugar do nosso conhecimento do Espírito Santo:
— Nas Escrituras, que Ele inspirou:
— na Tradição, de que os Padres da Igreja são testemunhas sempre actuais;
— no Magistério da Igreja, que Ele assiste;
— na liturgia sacramental, através das suas palavras e dos seus símbolos, em que o Espírito Santo nos põe em comunhão com Cristo;
  na oração, em que Ele intercede por nós;
  nos carismas e ministérios, pelos quais a Igreja é edificada;
— nos sinais de vida apostólica e missionária;
  no testemunho dos santos, nos quais Ele manifesta a sua santidade e continua a obra da salvação.
Em todas estas citações, aqueles que crêem, reconhecem a presença do Espírito Santo, até porque se assim não fosse, nada do que foi citado teria o carácter da presença de Deus e seriam apenas coisas humanas, como tal falíveis e efémeras.
Citando novamente o Catecismo, encontramos nos textos sagrados várias designações para o Espírito Santo.
Assim, Jesus Cristo, em diversas passagens do Evangelho de São João, chama-Lhe o “Paráclito”, que quer dizer, traduzindo à letra, «aquele que está junto», «advogado».
O Catecismo diz-nos que Paráclito é vulgarmente traduzido por «Consolador» como na Primeira Carta de João 2, 1.
Jesus chama-Lhe ainda «o Espírito de verdade», em João 16,13
Para além do nome próprio Espírito Santo, largamente usado nos Actos dos Apóstolos, São Paulo chama-Lhe ainda:
Espírito da promessa (Gal 3, 14; Ef 1, 13)
Espírito de adopção (Rm 8, 15; Gal 4, 6)
Espírito de Cristo (Rm 8, 9)
Espírito do Senhor ( 2 Cor 3, 17)
Espírito de Deus (Rm 8, 9. 14; 15, 19; 1 Cor 6, 11; 7, 40),
e S. Pedro designa-o por
Espírito de glória (1 Pe 4, 14).
Já há um pouco percebemos que há várias representações para o Espírito Santo, como a pomba, o fogo, etc.
Servindo-nos sempre do Catecismo, descubramos então, resumidamente, os símbolos do Espírito Santo:
694. A água.
O simbolismo da água é significativo da acção do Espírito Santo no Baptismo, pois que, após a invocação do Espírito Santo, ela torna-se o sinal sacramental eficaz do novo nascimento.
695. A unção.
O simbolismo da unção com óleo é também significativo do Espírito Santo, a ponto de se tomar o seu sinónimo. Na iniciação cristã, ela é o sinal sacramental da Confirmação, que justamente nas Igrejas Orientais se chama «Crismação».
696. O fogo.
Enquanto a água significava o nascimento e a fecundidade da vida dada no Espírito Santo, o fogo simboliza a energia transformadora dos actos do Espírito Santo. É sob a forma de línguas, «uma espécie de línguas de fogo», que o Espírito Santo repousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si. A tradição espiritual reterá este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da acção do Espírito Santo. «Não apagueis o Espírito!» (1 Ts 5, 19).
(O fogo queima, purifica, para depois nascer a nova vida)
697. A nuvem e a luz.
Estes dois símbolos são inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Desde as teofanias do Antigo Testamento, a nuvem, umas vezes escura, outras luminosa, revela o Deus vivo e salvador, velando a transcendência da sua glória.
Podemos ver isto mesmo, por exemplo, em Moisés no Monte Sinai, a marcha pelo deserto, na Anunciação, (a sua sombra que cobre Maria para que conceba e dê à luz), na Transfiguração, na Ascensão, etc.
698. O selo
é um símbolo próximo do da unção. Porque indica o efeito indelével da unção do Espírito Santo nos sacramentos do Baptismo, da Confirmação e da Ordem, a imagem do selo foi utilizada em certas tradições teológicas para exprimir o «carácter» indelével, impresso por estes três sacramentos, que não podem ser repetidos.
699. A mão.
É pela imposição das mãos que Jesus cura os doentes e abençoa as crianças. O mesmo farão os Apóstolos, em seu nome. Ainda mais: é pela imposição das mãos dos Apóstolos que o Espírito Santo é dado. Este sinal da efusão omnipotente do Espírito Santo, guarda-o a Igreja nas suas epicleses sacramentais.
700. O dedo.
«É pelo dedo de Deus que Jesus expulsa os demónios» Lc 11,20. Se a Lei de Deus foi escrita em tábuas de pedra «pelo dedo de Deus» (Ex 31, 18), a «carta de Cristo», entregue ao cuidado dos Apóstolos, «é escrita com o Espírito de Deus vivo: não em placas de pedra, mas em placas que são corações de carne» (2 Cor 3, 3). O hino «Veni Creator Spiritus» invoca o Espírito Santo como «Dedo da mão direita do Pai»
701. A pomba.
No final do dilúvio (cujo simbolismo tem a ver com o Baptismo), a pomba solta por Noé regressa com um ramo verde de oliveira no bico, sinal de que a terra é outra vez habitável. Quando Cristo sobe das águas do seu baptismo, o Espírito Santo, sob a forma duma pomba, desce e paira sobre Ele. O símbolo da pomba para significar o Espírito Santo é tradicional na iconografia cristã.

Anda, voa!


Vejo-me como um pobre passarinho que, acostumado a voar apenas de árvore em árvore ou, quando muito, até à varanda de um terceiro andar..., um dia, na sua vida, meteu-se em brios para chegar até ao telhado de certa casa modesta, que não era propriamente um arranha-céus... Mas eis que o nosso pássaro é arrebatado por uma águia – que o julgou erradamente uma cria da sua raça – e, entre as suas garras poderosas, o passarinho sobe, sobe muito alto, por cima das montanhas da terra e dos cumes nevados, por cima das nuvens brancas e azuis e cor-de-rosa, mais acima ainda, até olhar o sol de frente... E então a águia, soltando o passarinho, diz-lhe: anda, voa!... – Senhor, que eu não volte a voar pegado à terra, que esteja sempre iluminado pelos raios do divino Sol – Cristo – na Eucaristia, que o meu voo não se interrompa até encontrar o descanso do teu Coração! (Forja, 39)

O coração sente então a necessidade de distinguir e adorar cada uma das pessoas divinas. De certo modo, é uma descoberta que a alma faz na vida sobrenatural, como as de uma criancinha que vai abrindo os olhos à existência. E entretém-se amorosamente com o Pai e com o Filho e com o Espírito Santo; e submete-se facilmente à actividade do Paráclito vivificador, que se nos entrega sem o merecermos: os dons e as virtudes sobrenaturais!

Corremos como o veado que anseia pelas fontes da água; com sede, a boca gretada pela secura. Queremos beber nesse manancial de água viva. Sem atitudes extravagantes, mergulhamos ao longo do dia nesse caudal abundante e claro de águas frescas que saltam até à vida eterna. As palavras tornam-se supérfluas, porque a língua não consegue expressar-se; o entendimento aquieta-se. Não se discorre, olha-se! E a alma rompe outra vez a cantar um cântico novo, porque se sente e se sabe também olhada amorosamente por Deus a toda a hora.

Não me refiro a situações extraordinárias. São, podem muito bem ser, fenómenos ordinários da nossa alma: uma loucura de amor que, sem espectáculo, sem extravagâncias, nos ensina a sofrer e a viver, porque Deus nos concede a Sabedoria. Que serenidade, que paz então, metidos no caminho estreito que conduz à vida.! (Amigos de Deus, nn. 306–307)