31/08/2021

NUNC COEPI Publicações em Agosto 31

 


PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

Terça-Feira 

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

 

Propósito: Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me: Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?

 


LEITURA ESPIRITUAL

 

Evangelho

 

Mc VIII, 1-38

 

Jesus alimenta quatro mil pessoas

1 Naqueles dias, havia outra vez uma grande multidão e não tinham que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: 2 «Tenho compaixão desta multidão. Há já três dias que permanecem junto de mim e não têm que comer. 3 Se os mandar embora em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho, e alguns vieram de longe.» 4 Os discípulos responderam-lhe: «Como poderá alguém saciá-los de pão, aqui no deserto?» 5 Mas Ele perguntou: «Quantos pães tendes?» Disseram: «Sete.» 6 Ordenou que a multidão se sentasse no chão e, tomando os sete pães, deu graças, partiu-os e dava-os aos seus discípulos para eles os distribuírem à multidão. 7 Havia também alguns peixinhos. Jesus abençoou-os e mandou que os distribuíssem igualmente. 8 Comeram até ficarem satisfeitos, e houve sete cestos de sobras. 9 Ora, eram cerca de quatro mil. Despediu-os 10 e, subindo logo para o barco com os discípulos, foi para os lados de Dalmanuta.

 

Os fariseus pedem um sinal

11 Apareceram os fariseus e começaram a discutir com Ele, pedindo-lhe um sinal do céu para o pôr à prova. 12 Jesus, suspirando profundamente, disse: «Porque pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo: sinal algum será concedido a esta geração.» 13 E, deixando-os, embarcou de novo e foi para a outra margem.

 

O fermento dos fariseus e de Herodes

14 Os discípulos tinham-se esquecido de levar pães e só traziam um pão no barco. 15 Jesus começou a avisá-los, dizendo: «Olhai: tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes.» 16 E eles discorriam entre si: «Não temos pão.» 17 Mas Ele, percebendo-o, disse: «Porque estais a discorrer que não tendes pão? Ainda não entendestes nem compreendestes? Tendes o vosso coração endurecido? 18 Tendes olhos e não vedes, tendes ouvidos e não ouvis? E não vos lembrais 19 de quantos cestos cheios de pedaços recolhestes, quando parti os cinco pães para aqueles cinco mil?» Responderam: «Doze.» 20 «E quando parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de bocados recolhestes?» Responderam: «Sete.» 21 Disse-lhes então: «Ainda não compreendeis?»

 

Confissão messiânica de Pedro

27 Jesus partiu com os discípulos para as aldeias de Cesareia de Filipe. No caminho, fez aos discípulos esta pergunta: «Quem dizem os homens que Eu sou?» 28 Disseram-lhe: «João Baptista; outros, Elias; e outros, que és um dos profetas.» 29 «E vós, quem dizeis que Eu sou?» - perguntou-lhes. Pedro tomou a palavra, e disse: «Tu és o Messias.» 30 Ordenou-lhes, então, que não dissessem isto a ninguém.

 

Primeiro anúncio da Paixão

31 Começou, depois, a ensinar-lhes que o Filho do Homem tinha de sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, e ser morto e ressuscitar depois de três dias. 32 E dizia claramente estas coisas. Pedro, desviando-se com Ele um pouco, começou a repreendê-lo. 33 Mas Jesus, voltando-se e olhando para os discípulos, repreendeu Pedro, dizendo-lhe: «Vai-te da minha frente, Satanás, porque os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens.»

 

Condições para seguir Jesus

34 Chamando a si a multidão, juntamente com os discípulos, disse-lhes: «Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 35 Na verdade, quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, há-de salvá-la. 36 Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? 37 Ou que pode o homem dar em troca da sua vida? 38 Pois quem se envergonhar de mim e das minhas palavras entre esta geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos.»

 

Comentário

 

A pergunta de Jesus «E vós, quem dizeis que Eu sou?» não será tanto por curiosidade mas para obter de Pedro a declaração que este faz.

Era importante que os outros Onze ouvissem da boca do que tinham por chefe e a quem reconheciam autoridade, como que a confirmação do que os seus corações intuiam.

Como nós, cristãos de hoje, precisamos de ouvir com atenção as palavras do Vigário de Cristo na Terra para sossegar o nosso espírito e dissipar as dúvidas que possamos ter.

O Papa não “fala por falar” mas sem pre com a intenção de ensinar e dirigir o Rebanho que lhe foi confiado por Cristo.

 

(AMA, 2021)

 


 

SANTÍSSIMA VIRGEM

 

CARTA ENCÍCLICA

REDEMPTORIS MATER

DO SUMO PONTÍFICE

JOÃO PAULO II

SOBRE A BEM-AVENTURADA

VIRGEM MARIA

NA VIDA DA IGREJA

QUE ESTÁ A CAMINHO

 

 

Veneráveis Irmãos, caríssimos Filhos e Filhas: saúde e Bênção Apostólica!

 

INTRODUÇÃO

 

2. Confortada pela presença de Cristo (cf. Mt 28, 20), a Igreja caminha no tempo, no sentido da consumação dos séculos e procede para o encontro com o Senhor que vem. Mas nesta caminhada ― desejo realçá-lo desde já ― a Igreja procede seguindo as pegadas do itinerário percorrido pela Virgem Maria, a qual «avançou na peregrinação da fé, mantendo fielmente a união com o seu Filho até à Cruz».[4]

Refiro estas palavras tão densas, evocando assim a Constituição Lumen gentium, o documento que, no último capítulo, apresenta uma síntese vigorosa da fé e da doutrina da Igreja sobre o tema da Mãe de Cristo, venerada como Mãe amantíssima e como seu modelo na fé, na esperança e na caridade.

Poucos anos depois do Concílio, o meu grande Predecessor Paulo VI houve por bem voltar a falar da Virgem Santíssima, expondo primeiramente na Carta Encíclica Christi Matri e, em seguida, nas Exortações Apostólicas Signum magnum e Marialis cultus, [5] os fundamentos e os critérios daquela veneração singular que a Mãe de Cristo recebe na Igreja, assim como as formas de devoção mariana ― litúrgicas, populares e privadas ― em correspondência com o espírito da fé.

 

Notas:

[4] Conc. Ecum. Vat. II, Const. dogm. sobre a Igreja Lumen gentium, 58.

[5] Paulo VI, Carta Enc. Christi Matri (15 de Setembro de 1966): AAS 58 (1966) 745–749; Exort. Apost. Signum magnum (13 de Maio de 1967): AAS 59 (1967) 465-475; Exort. Apost. Marialis cultus (2 de Fevereiro de 1974): AAS 66 (1974) 113-168.

 


 

REFLEXÃO

É somente na oração, na intimidade do diálogo imediato e pessoal com Deus, que abre os corações e as inteligências (cf. Act 16. o4), onde o homem de fé pode aprofundar na compreensão da vontade divina no que respeita à sua vida.

 

(São Teófilo de Antioquia, Livro I, 2,7)

 

 


SÃO JOSEMARIA textos

 

A castidade é uma virtude

Escreveste-me, médico apóstolo: "Todos sabemos por experiência que podemos ser castos, vivendo vigilantes, frequentando os Sacramentos e apagando as primeiras chispas da paixão, sem deixar que a fogueira ganhe corpo. É precisamente entre os castos que se contam os homens mais íntegros, sob todos os aspectos. E entre os luxuriosos predominam os tímidos, os egoístas, os falsários e os cruéis, que são características de pouca virilidade". (Caminho, 124)

Não deves limitar-te a fugir da queda ou da ocasião, nem o teu comportamento deve reduzir-se, de maneira alguma, a uma negação fria e matemática. Já te convenceste de que a castidade é uma virtude e, como tal, deve desenvolver-se e aperfeiçoar-se? Não basta ser continente, cada um segundo o seu estado. Insisto: temos de viver castamente, com virtude heróica. Este comportamento é um acto positivo, com o qual aceitamos de boa vontade o pedido de Deus: Præbe, fili mi, cor tuum mihi et oculi tui vias meas custodiant, entrega-me, meu filho, o teu coração e espraia os teus olhos pelos meus campos de paz. Pergunto-te eu, agora: como encaras tu esta batalha? Bem sabes que a luta já está vencida, se a mantivermos desde o princípio. Afasta-te imediatamente do perigo, mal percebas as primeiras chispas de paixão, e até antes. Fala, além disso, com quem dirige a tua alma; se possível antes, porque abrindo o coração de par em par não serás derrotado. Um acto repetido várias vezes cria um hábito, uma inclinação, uma facilidade. É preciso, pois, batalhar para alcançar o hábito da virtude, o hábito da mortificação, para não recusar o Amor dos Amores. Meditai no conselho de S. Paulo a Timóteo: Te ipsum castum custodi, conserva-te a ti mesmo puro, para estarmos, também, sempre vigilantes, decididos a defender o tesouro que Deus nos entregou. Ao longo da minha vida, quantas e quantas pessoas não ouvi queixarem-se: Ah! Se eu tivesse cortado ao princípio! E diziam-no cheias de aflição e de vergonha. (Amigos de Deus, 182)