PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
Terça-Feira
(Coisas
muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Aplicação no trabalho.
Senhor,
ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito
para to poder oferecer.
Lembrar-me: Os que estão sem trabalho.
Senhor,
lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às
suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.
Pequeno
exame: Cumpri o propósito que me propus
ontem?
LEITURA ESPIRITUAL
Evangelho
Mc
VIII, 1-38
Jesus alimenta quatro mil pessoas
1 Naqueles
dias, havia outra vez uma grande multidão e não tinham que comer. Jesus chamou
os discípulos e disse: 2 «Tenho compaixão desta multidão. Há já três dias que
permanecem junto de mim e não têm que comer. 3 Se os mandar embora em jejum
para suas casas, desfalecerão no caminho, e alguns vieram de longe.» 4 Os
discípulos responderam-lhe: «Como poderá alguém saciá-los de pão, aqui no
deserto?» 5 Mas Ele perguntou: «Quantos pães tendes?» Disseram: «Sete.» 6 Ordenou
que a multidão se sentasse no chão e, tomando os sete pães, deu graças,
partiu-os e dava-os aos seus discípulos para eles os distribuírem à multidão. 7
Havia também alguns peixinhos. Jesus abençoou-os e mandou que os distribuíssem
igualmente. 8 Comeram até ficarem satisfeitos, e houve sete cestos de sobras. 9
Ora, eram cerca de quatro mil. Despediu-os 10 e, subindo logo para o barco com
os discípulos, foi para os lados de Dalmanuta.
Os fariseus pedem um sinal
11 Apareceram
os fariseus e começaram a discutir com Ele, pedindo-lhe um sinal do céu para o
pôr à prova. 12 Jesus, suspirando profundamente, disse: «Porque pede esta geração
um sinal? Em verdade vos digo: sinal algum será concedido a esta geração.» 13 E,
deixando-os, embarcou de novo e foi para a outra margem.
O fermento dos fariseus e de Herodes
14 Os
discípulos tinham-se esquecido de levar pães e só traziam um pão no barco. 15 Jesus
começou a avisá-los, dizendo: «Olhai: tomai cuidado com o fermento dos fariseus
e com o fermento de Herodes.» 16 E eles discorriam entre si: «Não temos pão.» 17
Mas Ele, percebendo-o, disse: «Porque estais a discorrer que não tendes pão?
Ainda não entendestes nem compreendestes? Tendes o vosso coração endurecido? 18
Tendes olhos e não vedes, tendes ouvidos e não ouvis? E não vos lembrais 19 de
quantos cestos cheios de pedaços recolhestes, quando parti os cinco pães para
aqueles cinco mil?» Responderam: «Doze.» 20 «E quando parti os sete pães para
os quatro mil, quantos cestos cheios de bocados recolhestes?» Responderam:
«Sete.» 21 Disse-lhes então: «Ainda não compreendeis?»
Confissão messiânica de Pedro
27 Jesus
partiu com os discípulos para as aldeias de Cesareia de Filipe. No caminho, fez
aos discípulos esta pergunta: «Quem dizem os homens que Eu sou?» 28 Disseram-lhe:
«João Baptista; outros, Elias; e outros, que és um dos profetas.» 29 «E vós, quem dizeis que Eu sou?» - perguntou-lhes.
Pedro tomou a palavra, e disse: «Tu és o Messias.» 30 Ordenou-lhes, então, que
não dissessem isto a ninguém.
Primeiro anúncio da Paixão
31 Começou,
depois, a ensinar-lhes que o Filho do Homem tinha de sofrer muito e ser
rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, e ser
morto e ressuscitar depois de três dias. 32 E dizia claramente estas coisas. Pedro,
desviando-se com Ele um pouco, começou a repreendê-lo. 33 Mas Jesus,
voltando-se e olhando para os discípulos, repreendeu Pedro, dizendo-lhe:
«Vai-te da minha frente, Satanás, porque os teus pensamentos não são os de
Deus, mas os dos homens.»
Condições para seguir Jesus
34 Chamando
a si a multidão, juntamente com os discípulos, disse-lhes: «Se alguém quiser
vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 35 Na verdade,
quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas, quem perder a sua vida por
causa de mim e do Evangelho, há-de salvá-la. 36 Que aproveita ao homem ganhar o
mundo inteiro, se perder a sua vida? 37 Ou que pode o homem dar em troca da sua
vida? 38 Pois quem se envergonhar de mim e das minhas palavras entre esta
geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele,
quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos.»
Comentário
A pergunta
de Jesus «E vós, quem dizeis que Eu sou?» não será tanto por curiosidade
mas para obter de Pedro a declaração que este faz.
Era
importante que os outros Onze ouvissem da boca do que tinham por chefe e a quem
reconheciam autoridade, como que a confirmação do que os seus corações intuiam.
Como
nós, cristãos de hoje, precisamos de ouvir com atenção as palavras do Vigário
de Cristo na Terra para sossegar o nosso espírito e dissipar as dúvidas que
possamos ter.
O
Papa não “fala por falar” mas sem pre com a intenção de ensinar e dirigir o
Rebanho que lhe foi confiado por Cristo.
(AMA,
2021)
SANTÍSSIMA VIRGEM
CARTA
ENCÍCLICA
REDEMPTORIS
MATER
DO
SUMO PONTÍFICE
JOÃO
PAULO II
SOBRE
A BEM-AVENTURADA
VIRGEM
MARIA
NA
VIDA DA IGREJA
QUE
ESTÁ A CAMINHO
Veneráveis Irmãos, caríssimos
Filhos e Filhas: saúde e Bênção Apostólica!
INTRODUÇÃO
2. Confortada pela presença
de Cristo (cf. Mt 28, 20), a Igreja caminha no tempo, no sentido da consumação
dos séculos e procede para o encontro com o Senhor que vem. Mas nesta caminhada
― desejo realçá-lo desde já ― a Igreja procede seguindo as pegadas do
itinerário percorrido pela Virgem Maria, a qual «avançou na peregrinação da fé,
mantendo fielmente a união com o seu Filho até à Cruz».[4]
Refiro estas palavras tão densas, evocando assim a Constituição Lumen gentium, o documento que, no último capítulo, apresenta uma síntese vigorosa da fé e da doutrina da Igreja sobre o tema da Mãe de Cristo, venerada como Mãe amantíssima e como seu modelo na fé, na esperança e na caridade.
Poucos anos depois do Concílio, o meu grande Predecessor Paulo VI houve por bem voltar a falar da Virgem Santíssima, expondo primeiramente na Carta Encíclica Christi Matri e, em seguida, nas Exortações Apostólicas Signum magnum e Marialis cultus, [5] os fundamentos e os critérios daquela veneração singular que a Mãe de Cristo recebe na Igreja, assim como as formas de devoção mariana ― litúrgicas, populares e privadas ― em correspondência com o espírito da fé.
Notas:
[4] Conc. Ecum. Vat. II,
Const. dogm. sobre a Igreja Lumen gentium, 58.
[5] Paulo VI, Carta Enc.
Christi Matri (15 de Setembro de 1966): AAS 58 (1966) 745–749; Exort. Apost.
Signum magnum (13 de Maio de 1967): AAS 59 (1967) 465-475; Exort. Apost.
Marialis cultus (2 de Fevereiro de 1974): AAS 66 (1974) 113-168.
REFLEXÃO
É
somente na oração, na intimidade do diálogo imediato e pessoal com Deus, que
abre os corações e as inteligências (cf. Act 16. o4), onde o homem de fé pode
aprofundar na compreensão da vontade divina no que respeita à sua vida.
(São Teófilo de Antioquia, Livro
I, 2,7)
SÃO JOSEMARIA – textos
A castidade é uma virtude
Escreveste-me,
médico apóstolo: "Todos sabemos por experiência que podemos ser castos,
vivendo vigilantes, frequentando os Sacramentos e apagando as primeiras chispas
da paixão, sem deixar que a fogueira ganhe corpo. É precisamente entre os
castos que se contam os homens mais íntegros, sob todos os aspectos. E entre os
luxuriosos predominam os tímidos, os egoístas, os falsários e os cruéis, que
são características de pouca virilidade". (Caminho, 124)
Não
deves limitar-te a fugir da queda ou da ocasião, nem o teu comportamento deve
reduzir-se, de maneira alguma, a uma negação fria e matemática. Já te
convenceste de que a castidade é uma virtude e, como tal, deve desenvolver-se e
aperfeiçoar-se? Não basta ser continente, cada um segundo o seu estado.
Insisto: temos de viver castamente, com virtude heróica. Este comportamento é
um acto positivo, com o qual aceitamos de boa vontade o pedido de Deus: Præbe, fili mi, cor tuum mihi et oculi tui
vias meas custodiant, entrega-me, meu filho, o teu coração e espraia os
teus olhos pelos meus campos de paz. Pergunto-te eu, agora: como encaras tu
esta batalha? Bem sabes que a luta já está vencida, se a mantivermos desde o
princípio. Afasta-te imediatamente do perigo, mal percebas as primeiras chispas
de paixão, e até antes. Fala, além disso, com quem dirige a tua alma; se
possível antes, porque abrindo o coração de par em par não serás derrotado. Um
acto repetido várias vezes cria um hábito, uma inclinação, uma facilidade. É
preciso, pois, batalhar para alcançar o hábito da virtude, o hábito da
mortificação, para não recusar o Amor dos Amores. Meditai no conselho de S.
Paulo a Timóteo: Te ipsum castum custodi,
conserva-te a ti mesmo puro, para estarmos, também, sempre vigilantes,
decididos a defender o tesouro que Deus nos entregou. Ao longo da minha vida,
quantas e quantas pessoas não ouvi queixarem-se: Ah! Se eu tivesse cortado ao
princípio! E diziam-no cheias de aflição e de vergonha. (Amigos
de Deus, 182)