26/08/2014

Abri a alma! Asseguro-vos a felicidade

Quem oculta ao seu director uma tentação, tem um segredo a meias com o demónio: fez-se amigo do inimigo. (Sulco, 323)

Começai por contar o que não quereríeis que se soubesse. Abaixo o demónio mudo! De uma coisa de nada, dando-lhe voltas e mais voltas, faz-se uma grande bola como com a neve, e acaba-se por ficar fechado lá dentro. Porquê?... Abri a alma! Asseguro-vos a felicidade, que é fidelidade à vocação cristã, se fordes sinceros. A clareza e a simplicidade são disposições absolutamente indispensáveis. Abramos pois, de par em par a nossa alma, de modo que o sol de Deus possa entrar e com ele a caridade do Amor.


Para se afastar da sinceridade total nem sempre é preciso má intenção; às vezes, basta um erro de consciência. Há pessoas que formaram (isto é, deformaram) de tal modo a consciência que o seu mutismo, a sua falta de simplicidade lhes parece bom; até pensam que é bom calar. Acontece que às vezes até receberam uma boa preparação e conhecem as coisas de Deus e talvez, por isso, se convençam de que é conveniente calar. Enganam-se, porém, porque a sinceridade é sempre necessária e não cabem desculpas, ainda que pareçam boas. (Amigos de Deus, 189)

Temas para meditar 217


Luta

Homem moderno, adulto e, todavia, às vezes débil no pensamento e na vontade, ¡deixa-te levar pela mão pelo Menino de Belém, não temas, confia n’Ele!.
Lutemos – luta tu! – contra esse acostumar-se, contra esse ir andando monotonamente, contra esse conformismo que equivale à inacção. Olha Cristo na Cruz, olha Santa Maria junto da Cruz: ante o seu olhar abrem caminho, com segurança pasmosa, a traição, a troça, os insultos…; mas Cristo, e secundando essa acção redentora, Maria, continuam fortes, perseverantes, cheios de paz, com optimismo na dor, cumprindo a missão que a Trindade lhes confiou. É um abanão para cada um de nós, recordando-nos que na hora da dor, da fadiga e da contradição mais horrenda, Cristo – e tu e eu temos de ser outros Cristos – da cumprimento à Sua missão (…). Decido-me a aconselhar-te que voltes os teus olhos para A Virgem, e lhe peças, para ti e para todos: Mãe, que tenhamos confiança absoluta na acção redentora de Jesus e que – como tu, Mãe – queiramos ser corredentores.

(btº álvaro del portillo Carta pastoral 1970.05.31)

Bento VXI – Pensamentos espirituais 13

Eucaristia


O Senhor caminha constantemente ao encontro do mundo. Que os nossos caminhos sejam caminhos de Jesus! Que as nossas casas sejam para Ele e com Ele! Que a sua presença penetre na nossa vida de cada dia. Deste modo, colocamos sob os seus olhos os sofrimentos dos doentes, as solidões dos jovens e dos idosos, as tentações, os medos - toda a nossa vida.



(BENTO XVI, Homilia da Missa do Corpo de Deus, 2005.05.26)

Tratado da Graça 06

Art. 6 — Se o homem pode preparar-se a si mesmo para a graça, sem o auxílio externo da mesma.

(I, q. 62, a. 2, II Sent., dist. V, q. 2, a 1, dist. XXVIII, a. 4, IV, dist. XVII, q. 1, a. 2, qª 2, ad 2, III Cont., Gent. Cap. CXLIX, De Verit., q. 24, a. 15, Quodl. I q. 4, a. 2, In Ioan., cap. I, lect. VI, Ad Hebr., cap. XII, lect III).

O sexto discute-se assim. — Parece que o homem pode preparar-se a si mesmo para a graça, sem o auxílio da mesma.

1. — Pois, ao homem não foi imposto nada de impossível como já se disse (a. 4, ad 1). Ora, a Escritura diz (Zc 1, 3): Convertei-vos a mim e eu me converterei a vós. Ora, preparar-se para a graça não é senão converter-se para Deus. Logo, o homem pode por si mesmo, sem a graça, preparar-se para ela.

2. Demais. — O homem prepara-se para a graça fazendo o que está em si, pois, se o fizer, Deus não a negará, conforme diz a Escritura (Mt 7, 11): Deus dá espírito bom aos que lhe pedirem. Ora, dizemos que está em nós o que de nós depende. Logo, ao nosso poder foi dado prepararmo-nos para a graça.

3. Demais. — Se o homem precisa da graça a fim de preparar-se para ela, pela mesma razão precisará de outra para obter a primeira, e assim ao infinito, o que é inadmissível. Logo, devemos parar na primeira, de modo que o homem, sem a graça, pode preparar-se para a mesma.

4. Demais. — A Escritura diz (Pr 16, 1): Da parte do homem está o preparar a sua alma. Ora, pertence ao homem o que ele por si mesmo pode fazer. Logo, por si mesmo, pode preparar-se para a graça.

Mas, em contrário, diz a Escritura (Jo 6, 44): Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, o não trouxer. Se, pois, o homem pudesse preparar-se por si mesmo, não seria necessário ser levado por outrem. Logo, não pode preparar-se para a graça, sem o auxílio dela.

Há dupla preparação da vontade humana para o bem. — Uma, pela qual se ela prepara, a fim de obrar o bem e gozar de Deus. E essa preparação da vontade não pode ser sem o dom habitual da graça, como princípio da obra meritória, segundo já dissemos (a. 5). A outra visa conseguir o dom mesmo da graça habitual. Ora, para o homem se preparar, a fim de receber esse dom, não é necessário pressupor na alma nenhum outro dom habitual, porque assim iríamos ao infinito. Mas é preciso pressupor um auxílio gratuito de Deus, que mova a alma interiormente ou inspire o bem proposto. Assim, desses dois modos precisamos do auxílio divino, como já dissemos (a. 2, a. 3).

Ora, que precisamos do auxílio da moção divina a fim de nos prepararmos para a graça, é manifesto. Pois, todo agente, visando um fim, necessariamente toda causa dirigirá os seus efeitos para o seu fim. Ora, a ordem dos fins é relativa à ordem dos agentes ou dos motores. Donde, o homem há-de necessariamente converter-se para o fim último, movido pelo primeiro motor, ao fim próximo, porém, pela moção de algum motor inferior. Assim, o ânimo do soldado converte-se a buscar a vitória por moção do chefe do exército, mas por instigação do tribuno é que se converte a seguir a bandeira de um exército. Ora, sendo Deus o primeiro motor absoluto, é em virtude da sua moção que todas as coisas se convertem para ele, por força da tendência geral delas para o bem, pela qual cada uma busca, ao seu modo, assemelhar-se a Deus. Por isso Dionísio diz, que Deus converte todas as coisas para si mesmo. Os homens justos, porém, Ele os converte a si, como o fim especial a que tendem e ao qual desejam unir-se como ao bem próprio, conforme a Escritura (Sl 72, 28): Para mim me é bom unir-me a Deus. Portanto, o homem não pode converter-se para Deus, senão por Deus o levar a agir assim. Ora, preparar-se para a graça é como converter-se para Deus, assim como quem tem desviados os olhos da luz do sol prepara-se para receber essa luz, convertendo-os para ele. Donde é claro que o homem não pode preparar-se para receber o lume da graça, senão com o auxílio gratuito da moção interna de Deus.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — A conversão do homem para Deus faz-se pelo seu livre arbítrio, por isso foi-lhe dado o preceito de converter-se para Deus. Mas o livre arbítrio não pode converter-se para Deus, senão porque Ele o faz proceder desse modo, conforme a Escritura (Jr 31, 18): Converte-me e converter-me-ei, porque tu és o Senhor meu Deus, e ainda (Lm 5, 21): Converte-nos, Senhor, a ti e nós nos converteremos.

RESPOSTA À SEGUNDA. — O homem não pode fazer nada senão movido por Deus, conforme a Escritura (Jo 15, 5): Sem mim não podeis fazer nada. Portanto, quando se diz que faz o que está no seu poder, isso significa que pode assim agir, quando movido por Deus.

RESPOSTA À TERCEIRA. — A objecção colhe quanto à graça habitual, que exige uma preparação, porque toda forma exige uma disposição para recebê-la. Mas a moção que o homem recebe de Deus não pré-exige nenhuma outra, por ser Deus o primeiro motor. Donde, não há necessidade de se proceder ao infinito.

RESPOSTA À QUARTA. — É próprio do homem preparar a sua alma, por fazê-lo com livre arbítrio. Contudo, não o faz sem o auxílio de Deus, que o move e o atrai para si, como dissemos.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.


Evang.; Coment.; Leit. Esp. (Culto das imagens)

Tempo comum XXI Semana

Evangelho: Mt 23, 23-26

23 «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que pagais o dízimo da hortelã e do endro e do cominho, e descuidais as coisas mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade! São estas coisas que era preciso praticar, sem omitir as outras. 24 Condutores cegos, que filtrais um mosquito e engolis um camelo! 25 «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que limpais o que está por fora do copo e do prato, e por dentro estais cheios de rapina e de imundície! 26 Fariseu cego, purifica primeiro o que está dentro do copo e do prato, para que também o que está fora fique limpo.

Comentário:

É o Senhor Quem define as coisas mais importantes da Lei: JUSTIÇA, MISERICÓRDIA, FIDELIDADE.
Parece não ser possível existir uma sem as outras duas e, de facto, são como que um reflexo do próprio Deus Nosso Senhor que é sumamente Justo, cheio de Misericórdia e absolutamente Fiel.

(AMA, Comentário, Mt 23, 23-26, 2013.08.27)

Leitura espiritual



Temas

Culto das imagens: católicos e protestantes


Citações bíblicas manejadas pelos protestantes para nos assinalar como idolatras:

ÉXODO 20: 3-5; DEUTERONÓMIO 4: 15-21; DEUTERONÓMIO 7: 25-26; LEVÍTICO 20: 1

Citações bíblicas onde Deus manda elaborar imagens:

ÉXODO 25: 10-22; NÚMEROS 21: 8-9; 1 REIS 6: 23-26

O Catecismo de a Igreja Católica no seu número 2113 é bem explícito a este respeito quando diz que a idolatria não se refere só aos cultos falsos do paganismo, que é uma tentação constante da fé que consiste simplesmente em divinizar o que não é Deus. Há idolatria a partir do momento em que o homem honra e reverencia uma criatura em lugar de Deus, trate-se de outros deuses segundo crenças diferentes, trate-se de demónios segundo o satanismo e o ocultismo em geral, trate-se do poder, do prazer, da raça, dos antepassados ou do dinheiro entre outras tantas coisas que podem levar a considerar-se como deuses. Segundo o Evangelista Mateus não podemos servir ao mesmo tempo a Deus e o dinheiro com tudo o que isto implica, não podemos dizer-nos católicos e ao mesmo tempo praticar a imagiologia ou qualquer culto que tenha que ver com o ocultismo, não podemos dizer-nos católicos e acreditar nas disciplinas orientais onde encontramos o Feng Shui, a Meditação e os Chacras entre outros, não podemos dizer-nos católicos e ler literatura protestantoide, não podemos dizer-nos católicos e rejeitar a Igreja Católica e o que Cristo Jesus deixou nela para que fosse administrado pelos homens. O próprio Catecismo de a Igreja Católica no seu número 2112 recorda-nos que o primeiro mandamento da lei de Deus condena o politeísmo e exige ao homem não ter outros deuses além do Deus verdadeiro, por outro lado o numero 2114 do mesmo Catecismo, refere que a vida humana se unifica na adoração do Único Deus, esse mandamento de adorar a Único Senhor dá unidade ao homem e salva-o de uma dispersão definitiva, tal quer dizer por outras palavras, que a idolatria é portanto uma perversão do sentido religioso inato no homem. Em conclusão a idolatria consiste em pôr uma pessoa, coisa ou desejo acima de Deus, tirar a Deus o lugar que só a Ele corresponde, e quando digo Deus refiro-me simplesmente a Deus Trino, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

Segundo a Enciclopédia Católica, etimologicamente a palavra idolatria denota adoração divina outorgada a uma imagem, mas o seu significado alargou-se a toda a adoração divina outorgada a qualquer pessoa ou coisa diferente do único e verdadeiro Deus. São Tomás de Aquino trata a idolatria como uma espécie do género da superstição o que é um vazio oposto à virtude da religião e consiste em dar honra divina a coisas que não são Deus ou ao próprio Deus mesmo de uma maneira equívoca. A nota específica da idolatria é a sua directa oposição ao objecto primário da adoração Divina, é quando se confere a uma criatura a reverência devida só a Deus. Existe uma diferencia essencial entre a idolatria e a veneração de imagens praticada na Igreja Católica, enquanto o idolatra atribui poderes divinos à imagem, o católico, por seu lado, reverencia-a, ou seja, nas imagens católicas não há divindade nem virtude devida pela qual devam ser adoradas, não se pode dirigir-lhes petições, não se deve depositar confiança nelas, a honra que a elas se atribui está referida somente a Cristo Jesus.
Todavia a culpa da idolatria, não deve ser avaliada somente pela sua natureza abstracta, a forma concreta que assume na consciência do pecador é o elemento realmente importante, nenhum pecado é mortal, se não foi cometido com claro conhecimento e livre determinação. É razoável, cristão e caritativo, supor que os falsos deuses dos pagãos e dos primeiros aborígenes eram nas suas consciências, o único Deus verdadeiro que conheciam, e que a sua adoração, a ser correcta na sua intenção, se elevava ao Único Deus verdadeiro, juntamente com a dos judeus e os cristãos aos quais se lhes tinha revelado.
A adoração de um só Deus é inculcada desde o livro do Génesis até ao livro do Apocalipse. O Monoteísmo parece ter sido o ponto de partida de todos os sistemas religiosos conhecidos através de documentos confiáveis. O Animismo, o Totemismo e o Fetichismo das classes mais baixas, a adoração da natureza, dos antepassados e dos heróis das nações civilizadas, são formas híbridas de religião desenvolvidas sobre as linhas psicológicas indicadas acima, todas são encarnações das mentes incultas ou cultas, e manifestações de uma noção fundamental, pelo seu nome, e muito acima do homem, projectando desta forma, um poder sobre este o qual depende para o bem e para o mal.
Pelo seu lado o Politeísmo nasce da confusão das segundas causas com a primeira causa, cresce na proporção inversa ao grau de facultades mentais, morre sob a clara luz da razão ou da revelação
Em alguns dicionários os verbos adorar e venerar costumam confundir-se, muitas vezes relacionam-se como sinónimos ainda que costumem ser completamente diferentes. A ignorância protestante não tem limites, se somamos a isto o desconhecimento por falta de preparação do povo católico encontramos então que uma grande maioria dos nossos fiéis, desconhece as verdades da nossa fé e não tem as ferramentas para a defender. É por isso que ante o avanço progressivo das seitas, dos grupos pseudo cristãos e das ideologias que se encontram dentro do paganismo, não somente é suficiente ter como livro de apoio as Sagradas Escrituras, necessitamos mais, necessitamos livros de Apologética, necessitamos livros de Moral, necessitamos bibliografia Cristológica, Mariológica, necessitamos do Concilio Vaticano II, necessitamos do Catecismo da Igreja Católica e entre outros do Código de Direito Canónico. Com ele começamos a ilustrar-nos, a preparar-nos e a aprofundar no que é nosso, e naquela da qual, pelo contrário, somos presa fácil daqueles que vêm pregar um evangelho que não é o verdadeiro evangelho de Jesus.
Ora bem, visto tudo o anteriormente exposto e supondo que foi fácil de compreender, para que com isso possamos reforçar as nossas verdades de fé, torna-se necessário definir alguns termos que nos enriquecerão no conhecimento que a nossa Igreja reparte.
Culto é a reverência que damos a Deus, à Santíssima Virgem Maria Mãe de Deus e aos Santos, na Igreja Católica existem três tipos de cultos, por razão da dignidade diferente daqueles para os quais vai a nossa reverência, estes cultos são:

Latria dirigida unicamente à Santa Trindade.
Dulia dirigida especificamente aos Santos, Anjos e Mártires.
Hiperdulia dirigida somente à Santíssima Virgem Maria.

Antes de começar a definir os tipos de cultos existentes na Igreja Católica e esclarecidos ante todo o exposto anteriormente torna-se necessário concretizar o seguinte: Os cristãos de todas as denominações adoram somente em Espírito e Verdade a Deus Todo-Poderoso, Ele é o verdadeiro Deus, Ele não aceita nenhum tipo de concorrência, já que Ele é único e muito ciumento, perante isto devemos ter claro para que não haja titubeios nem nenhum tipo de dúvidas. Ora bem, nós os católicos, somos uma denominação cristã e adoramos da mesma maneira O Único Deus verdadeiro, para nós é um Deus Trino, que é Deus Pai criador do Universo, Deus Filho Redentor e Salvador do mundo e Deus Espírito Santo que é o amor que brota do Pai e do Filho, porem outras palavras a Santa Trindade.

O CULTO DE ADORAÇÂO OU LATRIA

Está reservado única e exclusivamente a Deus Trino, quer dizer, a Deus Padre, a Deus Filho e a Deus Espírito Santo, três Pessoas e um só Deus, isto inclui a Hóstia Consagrada que é o próprio Cristo com todo seu Corpo, Sangre, Alma e Divindade, sob as espécies do pão e do vinho, mistério grande, que conhecemos também como o Dogma de a Transubstanciação.

Este Culto de Adoração o Latria inclui reconhecer a Deus como Único Deus, como Único Salvador, como Único Redentor na pessoa do seu Filho Cristo Jesus, como o Único que é Infinito, como o Único que é Perfeito, como o Único que é Caminho, Verdade e Vida, como o Único que é o Alfa e Omega , o seja, Principio e Fim de tudo, como o Único que é Omnisciente  como o más grande que ha sido, é e será, como o Único Omnipresente, como a Única fonte de amor, de paz e de bondade, como o Único a que lhe devemos amor por cima de tudo, como o Único que se entrego voluntariamente na Cruz por ti e por mim, como o Único que merece submissão absoluta e total de pensamento, palavra e obra, como o Único em o que tudo tem a sua origem e sem o qual não há nada, de onde vimos e a Quem regressaremos. Portanto todo aquele que renda Culto de Adoração a qualquer que não seja este Deus, está caindo na idolatria.
        
O CULTO DE VENERAÇAO OU DULÍA

Este Culto está dirigido aos Santos, aos Mártires em Cristo e aos Anjos, tem as sus raízes na Sagrada Escritura especificamente nos Actos dos Apóstolos e no Apocalipse.

Depois disto, olhei e vi uma grande multidão de todas as nações, raças, línguas e povos. Estavam em pé diante do trono e diante do Cordeiro, e eram tantos que ninguém podia conta-los. Iam vestidos de branco e levavam palmas das mãos. Todos gritavam com forte voz! A salvação deve-se ao nosso Deus que está sentado no trono do Cordeiro! e todos os anjos estavam em pé à volta do trono e dos anciãos e dos quatro seres viventes, e inclinaram-se diante do trono até tocar o solo com o rosto e adoraram a Deus. (Apocalipse 7: 9-11)

Este Culto de Veneração aos Santos é testemunhado com certeza desde a primeira metade do século II, portanto é antiquíssimo.
Uma compreensão adequada da doutrina de a Igreja sobre os Santos só é possível de entender dentro do âmbito de os artigos da fé relacionados com esta doutrina.

A Comunhão dos Santos, está conformada por a Igreja que está no Céu, a que se purifica no estado chamado Purgatório e a que peregrina em a terra, as três estão na comunhão constante na própria caridade de Deus e o próximo, de facto, todos os que somos de Cristo, a ter o Seu Espírito formamos uma só Igreja e estamos unidos nele.
A doutrina da única mediação de Cristo não exclui outras mediações subordinadas, as quais se realizam e exercem dentro da absoluta mediação de Cristo. (1 Timóteo 2: 1-7)

A doutrina da Igreja Católica propõe os Santos que contemplam já claramente a Deus Uno e Trino como testemunhas históricas da vocação universal à santidade, eles, fruto eminente da redenção de Cristo, são prova e testemunho de que Deus, em todos os tempos, em todos os povos, nas mais variadas condições sócio-culturais e nos diversos estados de vida, chama os seus filhos a alcançar a plenitude da maturidade em Cristo, todos estamos chamados à Santidade mas para tal temos que renunciar ao que este oferece mundo em prazeres efémeros, temos que ser fortes ante as tentações do demónio as quais são tão variadas e subliminares e da mesma forma lutar com inteireza ante a concupiscência da carne.

Nós anunciamos Cristo, aconselhando e ensinando todos em toda a sabedoria para nos apresenta-mos perfeitos a Cristo. Para isto trabalho e luto com toda a força e o poder que Cristo me dá. (Colossenses 1: 28-29)

Os Santos foram homens e mulheres que no seu tempo viveram a sua própria vida como qualquer de nós, com angústias, limitações, desencantos, frustrações, incompreensões e vexames, mas com a diferença de que souberam ser fieis ao Senhor ante toda a circunstancia, não lhe voltaram as costas, não o negaram e deixaram tudo por Ele, foram discípulos insignes do Senhor e portanto modelos de vida evangélica. Nos diferentes processos de canonização a Igreja reconhece a heroicidade das suas virtudes e portanto propõe-os como modelos a imitar.
Os Santos são cidadãos da Jerusalém do Céu que cantam sem cessar a glória e a misericórdia de Deus, cumpriu-se neles a passagem pascal deste mundo para o Pai.
Tudo isto a Igreja o confessa quando com agradecimento a Deus Pai proclama: Ofereces-nos o exemplo da sua vida, a ajuda da sua intercessão e a participação no seu destino.
Finalmente é preciso recordar que o objectivo primordial da Veneração aos Santos consiste em glorificar a Deus e a santificação do homem, mediante uma vida plenamente conforme a vontade divina e a imitação das virtudes de aqueles que foram discípulos eminentes do Senhor.
Em termos gerais o Culto de Veneração ou Dulia está reservado aos Anjos, aos Mártires em Cristo e aos Santos, no caso dos Anjos considerando as suas diferentes hierarquias, no caso dos Santos aos que foram canonizados pela Igreja.
A Igreja Católica nunca exigiu a Veneração aos Santos, sempre alertou sobre o que se deve fazer, tratando com tal orientar, a intercessão dos Santos é real e a que eles pelos seus próprios méritos logrados na terra vivem a glória de estar com Jesus no céu.
A Igreja Católica honra e venera os Santos, não os adoramos, como ocorre por exemplo com o Culto que realiza o culto das imagens onde se adoram as deidades africanas camufladas com o nome dos Santos católicos, tudo isto para confundir, enganar e conseguir adeptos, é por isso que o culto das imagens em África é uma religião, a religião dos Ioruba ou Locuris, e fora de África é um Sincretismo religioso, que mistura a religião Ioruba com a religião Católica,  um culto que aplica a ameaça aos seus adeptos para infundir temor, um Culto pertencente às artes obscuras proibido por Deus
Ter esculturas ou imagens em hora dos Santos não pode considerar-se uma idolatria é como ter fotografias de seres queridos. Para poder entender tudo isto, repito é necessário vê-lo, analisá-lo e estudá-lo sob a fé católica, de contrário, estaremos interpretando a Sagrada Escritura erroneamente como o fazem os irmãos separados e isso permitir-nos-á tirar conclusões que estão fora de ordem.

O CULTO DE VENERAÇÃO OU HIPERDULiA

 O Culto que nós os católicos rendemos a Maria a Mãe de Deus designa-se con o nome de Hiperdulia é um Culto de Veneração que está acima do Culto tributado aos Santos, os Mártires em Cristo e os Anjos, porque simplesmente Ela é a Mãe de Deus.

Quando os irmãos separados assinalam que nós os católicos adoramos a Virgem Maria temos que encher-nos de caridade primeiramente para saber responder-lhes e ver nisso a grande ignorância que têm para julgar as coisas de Deus, o desconhecimento completo sobre a Igreja Católica e o pouco escrúpulo em discernir sensatamente a Sagrada Escritura. Para estudar e posteriormente analisar a Palavra de Deus é necessário o discernimento do Espírito Santo, seguir normas ou instruções de pessoas preparadas como as que estão no nosso sagrado Magistério e por último desligar-se das paixões e ser objectivo na hora de dar opiniões, considerando antes de mais que a Sagrada Escritura é a Palavra de Deus e o Senhor que é um Deus muito severo e justo diz claramente: Não julgueis para que não sejais julgados.

A Veneração da Santíssima Virgem Maria Mãe de Deus não tem nada que ver com os cultos pagãos reflectidos no Antigo e Novo Testamento, mas antes com o facto de que Deus quis fazer-se homem, nascido de mulher, não foram os cristãos os que escolheram a Virgem Maria como a Mãe de Deus, foi o próprio Deus quem a escolheu para que fosse sua Mãe.

Maria não é só Mãe da natureza humana de Jesus, Jesus é uma pessoa divina que tem duas naturezas, natureza humana porque se encarna numa mulher e nasce dela e natureza divina porque é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, é o verbo encarnado. Ao nascer Jesus, não nasce somente a natureza dele, nasce também ele como pessoa, toda a Mãe portanto é Mãe da pessoa a quem esta dando à luz, portanto a Virgem Maria é verdadeira Mãe de Deus de que o Verbo que é Jesus se fez carne.

Jesus é o único e verdadeiro Senhor, Rei e Mediador, Ele veio para que todos unidos a Ele como membros do seu Corpo Místico participemos do seu senhorio, do seu reinado e da sua mediação este é o privilégio que recebemos no Sacramento do Baptismo, ora bem, se isto é certo como efectivamente é, que todos somos membros de Cristo, quanto mais a sua Mãe a quem Ele associou de forma única à sua obra de redenção.

Não podemos rebaixar a Santíssima Virgem Maria da altura na qual Deus a colocou, ao fazê-la Mãe do seu Filho, pelo que merece ser venerada em atenção Àquele a quem levou no seu seio sagrado, experiencia irrepetível que faz dela uma pessoa diferente. De maneira que a veneração que ela merece é também diferente a que damos aos Santos, aos Mártires em Cristo e aos Anjos, é por isso que essa veneração dada à Virgem Maria a designamos como Hiperdulia que quer dizer por outras palavras que a veneramos como a maior, não a estamos adorando, seria uma grande torpeza igualá-la a Deus, isso sim poder-se-ia então definir como uma idolatria.
Se examinamos objectivamente e sem paixões a Sagrada Escritura encontramos em muitos versículos o lugar que Deus deu à Santíssima Virgem Maria, quem como Deus:

Maria é Cheia de Graça (Lucas 1: 28); Maria é Obediente (Lucas 1: 45); Maria é Humilde (Lucas 1: 38); Maria é cumpridora de a Palavra de Deus (Mateus 12: 46-50); Maria é Amiga de Deus (João 2: 1-12); Maria acompanhou a Deus até à Cruz (João 19: 25); Maria acompanhou a os Apóstolos (Actos 1: 12-14); Maria é a Mãe de Deus (Lucas 1: 43)

A doutrina protestante omitindo a Palavra de Deus e interpretando-a como melhor lhe parece, ignora todas as citações bíblicas anteriores para confundir os católicos, tentar provar que Maria não é Virgem, não é a Mãe de Deus e não tem qualquer grandeza, heis aqui três citações bíblicas aplicadas por eles na sua forma proselitista de pregar:
A grandeza de Maria não reside de facto na sua virgindade, mas na sua obediência à vontade de Deus. Mas é um facto que foi Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, porque para Deus não há nada impossível, é só questão de ler com atenção a Sagrada Escritura e discerni-la à luz do Espírito Santo, rever os documentos marianos dos Santos Padres da Igreja e aprofundar no Documento Marialis Cultus.
Os três textos anteriormente citados não falam dos filhos de Maria falam de os irmãos de Jesus, o que não é o mesmo na linguajem bíblica. Vamos portanto analisar que tipo de irmãos de Jesus são Tiago, José, Simão e Judas.

Se Jesus deixa Maria nas mãos de João é porque ela não tem esposo, nem filhos que a pudessem acolher e, para os judeus, era sinal de maldição que uma mulher ficasse sozinha.
Ante a evidência destes textos e a explicação dos mesmos com o raciocínio lógico que temos, cabe a pregunta: Porquê os irmãos separados continuam lendo e interpretando mal a Sagrada Escritura? Tudo tem uma explicação e é que a doutrina protestante como a palavra o diz consiste em protestar todas as verdades da Igreja Católica, os irmãos separados recebem uma preparação que lhes muda a vida, assistem a estudos bíblicos onde se lhes exige aprender de memoria muitos textos bíblicos, se lhes ensina como combater a doutrina católica utilizando a Sagrada Escritura, têm uma disciplina e uma constância que nós não temos, e tudo vem da tese protestante que Martinho Lutero elaborou, considerado como um herege, e na qual nega as verdades católicas que são verdades de fé.

A Santíssima Virgem Maria está adornada com muitas virtudes e qualidades como por exemplo: Mãe dos homens, Mãe da Igreja, Avogada nossa, Corredentora, Medianeira de todas as graças e Rainha e Senhora de tudo o criado, além disso a Igreja Católica discerniu, estudou e definiu no seu Sagrado Magistério quatro dogmas que a acompanham, ou melhor dito, quatro verdades de fé: A Maternidade Divina, a Imaculada Conceição, a Virgindade Perpétua e a Assunção aos céus.