Dentro
do Evangelho – (cfr:
São Josemaria, Sulco 253)
(Re
Mc XIV…)
Estávamos à mesa em casa de Simão, o leproso quando
«entrou uma mulher com um
frasco de alabastro cheio de perfume de nardo genuíno, de grande valor e, quebrando
o frasco de alabastro, derramou-Lho sobre a cabeça».
O nardo, como o Evangelista expressamente refere,
era um perfume de extraordinária fragância e elevado preço, não pude deixar de
sentir o aroma que invadiu todo o ambiente. Alguns dos circunstantes,
estranharam e nomedamente um deles insurgiu-se criticando tal despesa.
Sinto exactamente o mesmo quando entro numa Igreja
e contemplo as obras de arte, as pinturas, os panejamentos e, mesmo nas mais
humildes as pinturas singelas e, compreendo que estou na Casa de Deus, onde Ele
habita e que, portanto, faz todo o sentido que esta “Casa” esteja ornada de
forma singular de acordo com o Hóspede.
Igualmente sinto o mesmo quando dou conta dos
detalhes dos objectos próprios do culto, os cálices, os paramentos, as alfaias.
Parece-me bem que quanto for possível será sempre pouco para honrar o “Dono da
Casa”.
De facto, não interessa se esta “Casa” é um templo
grandioso, de arquitectura esplendorosa, recheado de obras de arte notáveis ou,
uma humilde Hermida no alto de um monte que tem tão só singelas expressões dos
fiéis que a ela acorrem. Considero que se recebo em minha casa alguém ilustre,
de grande importância, procuro apresentar a melhor mesa, os mais preciosos bens
de que disponho; quanto mais deve ser assim com a “Casa” de Deus, o Dono e
Senhor de quanto existe.
Toda a honra, toda a glória, mesmo aparato, me
parecem poucos.
O que dou à Igreja deve ser fruto da minha
generosidade e não coisas que não preciso, me sobram e não fazem falta.
A Santa Igreja depende dos seus fiéis para manter
os Templos e as alfaias destinadas ao culto em boa ordem e conservação daí que,
uma forma simples e concreta de contribuir para tal seja a minha generosidade
na esmola que dou em cada Santa Missa.
Reflexão
O pedestal
O título desta reflexão indica o que reflicto acerca de mim.
Considero-me colocado num pedestal de tal forma importante que me leva a
sentir-me "cheio de razão" inatacável.
Olho mais detidamente para este pedestal e a única coisa que vejo é um monte
de pó!
Sim... pó de coisas inúteis sem qualquer préstimo.
Que coisa!
Links sugeridos:
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