23/05/2013

Evangelho diário e comentário

Tempo comum
VII Semana

Evangelho: Mc 9, 41-50

41 «Quem vos der um copo de água, porque sois de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa. 42 «Quem escandalizar um destes pequeninos que crêem em Mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó que um asno faz girar, e que o lançassem ao mar. 43 Se a tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a; melhor te é entrar na vida eterna mutilado, do que, tendo as duas mãos, ir para a Geena, para o fogo inextinguível. 44 Omitido pela Neo-Vulgata. 45 Se o teu pé é para ti ocasião de pecado, corta-o; melhor te é entrar na vida eterna coxo, do que, tendo os dois pés, ser lançado na Geena.46 Omitido pela Neo-Vulgata. 47 Se o teu olho é para ti ocasião de pecado, lança-o fora; melhor te é entrar no reino de Deus sem um olho do que, tendo dois, ser lançado na Geena, 48 “onde o seu verme não morre e o seu fogo não se apaga”.49 Todo o homem será salgado no fogo. 50 O sal é uma coisa boa; porém, se se tornar insípido, com que haveis de lhe dar o sabor? Tende sal em vós, e tende paz uns com os outros».

Comentário:

O que é um copo de água?

Pergunta talvez desnecessária para quem não tem sede e tenha água à sua disposição mas, para uma incontável multidão de seres humanos – hoje – um copo de água pode ser a salvação.

Por isso não se estranha que Jesus seja tão lapidar na Sua afirmação porque as obras de misericórdia não têm dimensão nem grau de importância.

Estes são-lhes dados pelas circunstâncias e pela disponibilidade dos que as praticam e são, sempre, actos meritórios que o Senhor nunca deixa de recompensa e, recompensa que excede sempre o valor do acto.

(ama, comentário sobre Mc 9, 41-50, 2011.02.24)

Leitura espiritual para 23 Maio


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

Pequena agenda do cristão



Quinta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

Propósito: Participar na Santa Missa.

Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse.Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.

Lembrar-me: Comunhões espirituais.

Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos

Pequeno exame: Cumpri o propósito e lembrei-me do que me propus ontem?


Tratado das paixões da alma 35



Questão 29: Do ódio.


Art. 6 ― Se podemos odiar alguma coisa em universal.


(Infra, q. 46, a . 7, ad 3).



O sexto discute-se assim. ― Parece que não podemos odiar nada em universal.


Resumos da Fé cristã




TEMA 18. O Baptismo e a Confirmação 8

Confirmação 3

3. Ministro e sujeito

Enquanto sucessores dos Apóstolos, só os bispos são «os ministros originários da Confirmação» 4. No ricto latino, o ministro ordinário é exclusivamente o bispo; um presbítero pode confirmar validamente só nos casos previstos na legislação geral (baptismo de adultos, acolhimento na fé católica, equiparação episcopal, perigo de morte), quando recebe a faculdade específica ou quando é associado momentaneamente a estes efeitos pelo bispo. Nas igrejas orientais, o presbítero também é ministro ordinário, o qual deve usar sempre o crisma consagrado pelo patriarca ou bispo.

Como sacramento de iniciação, a Confirmação está destinada a todos os cristãos e não só a alguns escolhidos. No ricto latino, é conferida uma vez que o candidato chegue ao uso da razão: a idade concreta depende dos usos locais, as quais devem respeitar o seu carácter de iniciação. Requer-se a prévia instrução, verdadeira intenção de a receber e estado de graça.

philip goyret

Bibliografia básica:

Catecismo da Igreja Católica, 1212-1321.
Compêndio do Catecismo da Igreja Católica 251-270.

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)

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Notas:

4 Ibidem, 26





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"CREIO NO ESPÍRITO SANTO" (4)

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Mas talvez seja bom, nestes momentos finais do nosso encontro, tentar dar algum testemunho, o meu testemunho pessoal, daquilo que o Espírito Santo opera em nós, quando a ele nos abrimos e deixamos, (umas vezes mais outras menos), que Ele nos ensine e conduza.
Muitos saberão que na minha vida vivi afastado de Deus e da Igreja cerca de 20 e tal anos, entre os 18/19 e os 44/45.
E este viver afastado de Deus e da Igreja, não foi só um afastamento da fé, mas também um afundar numa vida desregrada.
Um caminho certo para o abismo.
Houve um tempo em que por causa de umas discussões sobre a Igreja, (alguém que a contestava), eu tomei a defesa da mesma, pois curiosamente, ou talvez não, durante todo esse tempo, tentei sempre nunca dizer mal de Deus nem da Igreja, embora por vezes fizesse as minhas criticas.
Deus e a Igreja eram coisas, salvo seja, que não me interessavam.
Mas essas discussões acabaram por despertar em mim um desejo, uma vontade, de me aproximar de Deus, da Igreja.
Assim, quando não estava ninguém na igreja, eu ia sentar-me em frente do sacrário e conversava, perguntando se era verdade, se ali estava alguém, as minhas dificuldades, etc., etc.
Ora o Espírito Santo não dorme e sabe aproveitar muito bem estas oportunidades, (desculpem a simplicidade da linguagem), porque «aqueles que procuram encontram».
E a primeira constatação que eu faço de que as palavras de Jesus são verdadeiras, «o Espírito Santo há-de recordar-vos tudo o que Eu vos disse», Jo 14, 26 é que muito rapidamente me comecei a lembrar de tudo quanto tinha aprendido de meus pais, da catequese, dos colégios católicos por onde tinha passado e de alguns retiros que tinha feito.
Foi para mim uma grande admiração, (naquele tempo, porque agora percebo o que aconteceu), como era possível lembrar-me com tanto pormenor da Doutrina, das orações e até da Liturgia.
Encontrei no Renovamento Carismático Católico, (um dos Movimentos da Igreja surgidos após o Concilio Vaticano II), uma espiritualidade muito aberta ao Espírito Santo, muito viva, e eu precisava mesmo de alguma coisa que me fizesse mexer, que me confrontasse, até porque sou um pouco impaciente.
Uma das coisas que ainda hoje me espanta, foi a enorme modificação das prioridades da minha vida.
Eu vivia para a sociedade, para ter o melhor, para vestir o melhor, para comer o melhor, para desfrutar o mais possível daquilo a que o mundo chama os prazeres da vida.
E devagar, (o Espírito Santo é muito paciente), todas essas prioridades foram mudando, e essas coisas deixaram de ser importantes, para passar a ser muito mais importante eu conhecer-me a mim próprio e descobrir como poderia ser de Deus para os outros.
Não estou totalmente “curado”, diga-se, pois o caminho é de uma vida, mas vou-o caminhando sempre na confiança de que Ele nunca me abandona.
Outra coisa muito importante que constatei, é que Deus, o Espírito Santo, não nos quer transformar em pessoa diferente do que somos, mas ao descobrirmos que precisamos mudar as nossas prioridades, percebermos que somos exactamente aquilo que eramos, com uma nova visão da vida, porque está iluminada por Deus.
E tanto assim é que nunca me afastei daqueles que eram meus amigos, alguns deles é que se afastaram de mim, não porque eu os “chateasse” com a religião, mas porque se calhar não se sentiam bem ao meu lado, com a mudança de prioridades e comportamentos que ia acontecendo na minha vida.
Mas outra das graças que o Espírito Santo derrama em nós, é a capacidade de percebermos como actuar nos gestos e nas palavras, nos diversos momentos a que somos chamados.
Por vezes com o silêncio, por vezes com palavras, por vezes com gestos e atitudes.
Quantos de nós já se admiraram porque alguém chegou ao pé de nós e nos agradeceu um gesto, uma palavra, dizendo que lhe fez muito bem, e nós nem sequer nos apercebemos disso, ou não demos qualquer importância a esse facto?
Tenho para mim, (e dou-o como provado), que muitas vezes o nosso testemunho silencioso, mas verdadeiro e coerente fala muito mais alto do que as nossas palavras, e quem nos leva a dar esse testemunho é sem dúvida o Espírito Santo, que sem nos forçar, serenamente nos conduz.
E a descoberta do perdão, de perdoar e pedir perdão?
É tão maravilhosa que é difícil de descrever, e quem coloca em nós essa capacidade é, mais uma vez, o Espírito Santo.
Conto-vos uma história verdadeira que se passou comigo.
Logo no início do meu reencontro com Deus, tive uma enorme discussão com um homem com quem fui muito mal criado e rude.
Passado algum tempo, fui para a igreja à hora em que estava deserta, como sempre, para ter as minhas conversas com Deus.
Mas não conseguia falar, não conseguia estar, não conseguia sequer concentrar-me, porque em todo o momento apenas me vinha o pensamento que tinha de pedir perdão ao homem.
Ora isso para mim era muito difícil, tanto mais que em termos sociais, para mim naquele tempo, ele era menos do que eu, (por favor entendam o que eu quero dizer, pois não penso hoje em dia assim).
O homem tinha uma loja perto da igreja e eu decidi ir lá pedir-lhe desculpa.
Cheio de uma força que eu não conhecia em mim, dirigi-me para a loja, mas quando lá cheguei, passei adiante e não entrei.
Voltei para trás e quando passei novamente à porta, tornei a não entrar.
Julgo que fiz isto três ou quatro vezes, até que, vencendo os meus preconceitos entrei
e pedi humildemente desculpa da minha má criação e rudeza.
O homem ficou sem palavras e eu senti dentro de mim uma alegria tão grande que não a consigo descrever.
Sei que voltei para a igreja para agradecer o momento extraordinário que Deus me tinha proporcionado.
Permitam-me ainda que vos fale do perdão a nós próprios, que o Espírito Santo nos mostra e conduz.
Quando comecei a tomar mais contacto com a realidade da vivência da fé, começou a ser muito difícil lidar com o meu passado.
Queria apaga-lo, queria ter a certeza de que Deus me perdoava e achava isso tão difícil, dado tudo o que tinha feito e vivido.
E essa dificuldade não me dava paz e era um tropeço na minha caminhada.
Pedi muitas vezes que me fosse concedida a graça de entender o perdão de Deus e me perdoar a mim próprio.
Um dia numa adoração ao Santíssimo, numa oração, (e a oração é presença do Espírito Santo, não o esqueçamos), sobreveio uma paz imensa e eu percebi uma coisa tão simples como esta: se Deus me perdoava na Confissão quem era eu para não me perdoar a mim próprio.
Depois ao longo do tempo o meu passado, passou da vergonha de o ter vivido, para a aceitação do mesmo como um ensinamento para a minha vida e como testemunho, sobretudo aos jovens, de que uma vida daquelas é uma vida sem sentido e sem futuro.
Havia tanto mais para dizer, mas deixo para o fim a extraordinária e sensível presença do Espírito Santo na Palavra de Deus e em nós, quando a Ele nos abrimos para A ler e meditar.
Uma das experiências, (permitam-me que lhes chame experiências) mais tocantes da presença, da assistência do Espírito Santo nas nossas vidas, acontece quando lemos e meditamos a Palavra de Deus.
Com efeito, temos muitas vezes o hábito, quando abrimos a Bíblia em determinadas passagens que já conhecemos muito bem, de passarmos à frente, pensando que nada nos poderão dizer de novo.
Mas se lermos essas passagens de nós mais conhecidas, repetidamente, meditando, haverá pormenores que nos irão saltar à vista, ou melhor dizendo, ao coração, e se pedirmos ao Espírito Santo que nos dê o necessário discernimento, aparecerá a Palavra viva, que se fará vida e nos questionará em tantos procedimentos do nosso dia-a-dia.
Vamos assim descobrindo a riqueza da Palavra de Deus e percebendo que ela é viva e eficaz, porque foi inspirada pelo Espírito Santo e assim é Ele próprio que nos pode mostrar a sua riqueza e vida.
Um dia em que falava sobre este tema, há uns anos em Lisboa, o Espírito Santo quis “mostrar-me” um modo de exemplificar o que queria dizer, o que queria explicar.
Se estivermos uma exposição de pintura moderna, perante um daqueles quadros que “apenas” tem várias cores misturadas, e se intitule, por exemplo, “Senhora num banco de jardim”, é muito provável que não consigamos minimamente ver retratado o que o titulo “apregoa”.
Se chamarmos o pintor e ouvirmos as suas explicações é então muito possível que já consigamos distinguir o que ele quis “retratar”.
Pelos contornos das cores, pelos pormenores que ele nos vai mostrando, conseguiremos ver através dos seus olhos aquilo que ele quis retratar.
Assim se passa com a Palavra de Deus.
Muitas vezes não entendemos, não percebemos o que Ela nos quer dizer, e então é preciso chamar o Autor, o Espírito Santo, para que Ele nos ilumine e nos faça entender o que a Palavra, o que Deus nos quer dizer.
E, se cremos no Espírito Santo e a Ele nos abrimos, podemos confiar que Ele nos vai mostrar o que Deus nos quer dizer com aquela passagem, que nem sempre é o que desejamos ouvir, mas talvez um ensinamento, uma chamada de atenção para algo que temos de mudar nas nossas vidas.
Mas há uma grande diferença entre as duas situações.
Enquanto aquilo que está no quadro é imutável, ou seja representa aquilo que o pintor quis “retratar”, e apenas aquilo, e depois de percebermos isso, tudo está compreendido, a Palavra de Deus, iluminada pelo Espírito Santo é sempre nova, responde sempre de maneira diversa, conforme as necessidades das nossas vidas a que Deus quer responder, para nos guiar.
E aquilo que está no quadro é igual para todos os que o vejam, representa sempre o mesmo, mas a Palavra de Deus, na mesma passagem bíblica, pode ser diferente para cada um conforme a sua necessidade em cada momento.
Ou seja o quadro é “estático”, a Palavra de Deus é viva, porque o Espírito Santo a ilumina na sabedoria e no amor.
Para terminar gostaria de pedir aos sacerdotes presentes que numa breve oração, estendendo as suas mãos sobre nós, invocassem o Espírito Santo, para que Ele avive em nós a graça do Baptismo e da Confirmação.
Marinha Grande, Novembro de 2012
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Seguir Cristo: é este o segredo


Ao oferecer-te aquela História de Jesus, pus como dedicatória: "Que procures a Cristo. Que encontres a Cristo. Que ames a Cristo". – São três etapas claríssimas. Tentaste, pelo menos, viver a primeira? (Caminho, 382)

Como poderemos superar estes inconvenientes? Como conseguiremos fortalecer-nos nessa decisão que começa a parecer-nos muito pesada? Inspirando-nos no modelo que nos apresenta a Virgem Santíssima, nossa Mãe: uma rota muito ampla, que passa necessariamente através de Jesus.

Neste esforço por nos identificarmos com Cristo, costumo falar de quatro degraus: procurá-lo, encontrá-lo, conhecê-lo, amá-lo. Talvez pareça que estamos na primeira etapa... Procuremo-lo com fome, procuremo-lo dentro de nós com todas as forças! Se o fizermos com este empenho, atrevo-me a garantir que já O encontrámos e que já começámos a conhecê-lo e a amá-lo e a ter a nossa conversa nos céus.

Rogo a Nosso Senhor que nos decidamos a alimentar nas nossas almas a única ambição nobre, a única que merece a pena: ir ter com Jesus Cristo, como fizeram a sua Bendita Mãe e o Santo Patriarca, com ânsia, com abnegação, sem descuidos. Participaremos na dita da amizade divina – num recolhimento interior, compatível com os nossos deveres profissionais e sociais – e agradecer-Lhe-emos a delicadeza e a caridade com que Ele nos ensina a cumprir a Vontade do Nosso Pai que está nos céus.

Seguir Cristo: é este o segredo. Acompanhá-lo tão de perto, que vivamos com Ele, como os primeiros doze; tão de perto, que com Ele nos identifiquemos. Se não levantarmos obstáculos à graça, não tardaremos a afirmar que nos revestimos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nosso Senhor reflecte-se na nossa conduta como num espelho. Se o espelho for como deve ser, captará o rosto amabilíssimo do nosso Salvador sem o desfigurar, sem caricaturas: e os outros terão a possibilidade de O admirar, de O seguir. (Amigos de Deus, nn. 299–303)