28/01/2020

NUNC COEPI Publicações de hoje


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NUNC COEPI


A correcção fraterna


A prática da correcção fraterna – que tem tradição evangélica – é uma manifestação de carinho sobrenatural e de confiança. Agradece-a quando a receberes, e não deixes de praticá-la com quem convives. (Forja, 566)


Sede prudentes e actuai sempre com simplicidade, virtude tão própria dos bons filhos de Deus. Sede naturais na vossa linguagem e na vossa actuação. Chegai ao fundo dos problemas; não fiqueis à superfície. Reparai que é preciso contar antecipadamente com o sofrimento alheio e com o nosso, se desejamos deveras cumprir santamente e com honradez as nossas obrigações de cristãos.

Não vos oculto que, quando tenho que corrigir ou tomar uma decisão que fará sofrer alguém, padeço antes, durante e depois; e não sou um sentimental. Consola-me pensar que só os animais não choram; nós, os homens, filhos de Deus, choramos. Sei que em determinados momentos, também vós tereis que sofrer, se vos esforçardes por levar a cabo fielmente o vosso dever. Não vos esqueçais de que é mais cómodo – mas é um descaminho – evitar o sofrimento a todo o custo, com o pretexto de não magoar o próximo; frequentemente o que se esconde por trás desta omissão é uma vergonhosa fuga ao sofrimento próprio, porque normalmente não é agradável fazer uma advertência séria a alguém. Meus filhos, lembrai-vos de que o inferno está cheio de bocas fechadas.

(...) Para curar uma ferida, primeiro limpa-se esta muito bem e inclusivamente ao seu redor, desde bastante distância. O médico sabe perfeitamente que isso dói, mas se omitir essa operação, depois doerá ainda mais. A seguir, põe-se logo o desinfectante; arde – pica, como dizemos na minha terra – mortifica, mas não há outra solução para a ferida não infectar.

Se para a saúde corporal é óbvio que se têm de tomar estas medidas, mesmo que se trate de escoriações de pouca importância, nas coisas grandes da saúde da alma – nos pontos nevrálgicos da vida do ser humano – imaginai como será preciso lavar, como será preciso cortar, como será preciso limpar, como será preciso desinfectar, como será preciso sofrer! A prudência exige-nos intervir assim e não fugir ao dever, porque não o cumprir seria uma falta de consideração e inclusivamente um atentado grave, contra a justiça e contra a fortaleza. (Amigos de Deus, nn. 160–161)



THALITA KUM 84


THALITA KUM 84

(Cfr. Lc 8, 49-56)


Esta pureza de coração, esta simplicidade há-de levar-nos a um diálogo íntimo com Jesus, com confiança plena de sermos atendidos e que Ele nos mandará em paz, curados dos nossos males.
Esta é uma atitude interior, repito, que devemos lutar diariamente por conseguir.
Sendo homens, “muito homens”, aplicando e pondo em prática todas as nossas capacidades e os nossos talentos, mas com a simplicidade interior de quem sabe que não vale nada, porque não somos mais que instrumentos nas mãos de Deus.
Tanto vale que ensinemos numa Universidade, como trabalhemos no campo, atrás de um balcão de loja, ou à secretária de um escritório.

Aos olhos do Senhor temos, cada um de nós, um valor intrínseco de homens como tais, não pelo que somos, mas pelo que fazemos e como fazemos.

Cito novamente S. Josemaria:

«Sê instrumento de ouro ou de aço, de platina ou de ferro...grande ou pequeno, delicado ou tosco...
Todos são úteis; cada um tem a sua missão própria. Como no mundo material: quem se atreverá a dizer que é menos útil o serrote do carpinteiro do que as pinças do cirurgião? O teu dever é ser instrumento». [1]

«A tua fé te salvou», disse Jesus à hemorroíssa.


AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)



[1] S. Josemaria Escrivá, Caminho, 484.

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM


São Tomás de Aquino – Doutor da Igreja

Evangelho: Mc 3, 31-35

31 Nisto chegam sua mãe e seus irmãos que, ficando do lado de fora, o mandam chamar. 32 A multidão estava sentada em volta dele, quando lhe disseram: «Estão lá fora a tua mãe e os teus irmãos que te procuram.» 33 Ele respondeu: «Quem são minha mãe e meus irmãos?» 34 E, percorrendo com o olhar os que estavam sentados à volta dele, disse: «Aí estão minha mãe e meus irmãos. 35 Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.»

Comentário:

Sendo da família de Cristo temos de convir que não somos pouca coisa, bem pelo contrário, gerados no amor de Deus temos que tentar por todos os meios duas coisas principais:

Pagar amor com amor e, ser dignos da linhagem a que pertencemos.

Só a dignidade e unidade de vida permitirá que o consigamos.

Sermos um com Ele como Ele é um com o Pai


(AMA, comentário sobre Mc 3, 31-35, Monte Real, Convento, 24.01.2017)


Leitura espiritual


Cartas Católicas

2ª Carta de Pedro

2Pe 3

III. A SEGUNDA VINDA DO SENHOR (3,1-16)

A doutrina da Fé –

1 Caríssimos, esta é a segunda Carta que vos escrevo. Tanto numa como noutra, procuro com as minhas exortações despertar em vós uma correcta maneira de pensar, 2 a fim de que vos recordeis das coisas preditas pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador, transmitido pelos vossos Apóstolos.

Erros escatológicos –

3 Antes de mais, ficai a saber que, nos últimos dias, hão-de vir uns impostores trocistas, que viverão segundo as suas más paixões e, troçando, 4 vos perguntarão: «Em que fica a promessa da sua vinda? Desde que os pais morreram, tudo continua na mesma, como desde o princípio do mundo!» 5 Esquecem-se propositadamente de que, noutros tempos, havia uns céus e uma terra que a palavra de Deus tornou firmes a partir da água e no meio das águas; 6 e, em virtude destas, o mundo de então pereceu afogado. 7 Quanto aos céus e à terra que agora existem, a mesma palavra os tem reservados para o fogo, mantendo-os até ao dia do juízo e da perdição dos ímpios. 8 Mas há uma coisa, caríssimos, que não deveis esquecer: um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um só dia. 9 Não é que o Senhor tarde em cumprir a sua promessa, como alguns pensam, mas simplesmente usa de paciência para convosco, pois não quer que ninguém pereça, mas que todos se convertam. 10 Porém, o Dia do Senhor chegará como um ladrão: os céus desaparecerão com estrondo, os elementos do mundo abrasados dissolver-se-ão, assim como a terra e as obras que nela houver.

Urgência de estar preparados –

11 Uma vez que todas as coisas serão assim destruídas, como deve ser santa a vossa vida e a vossa piedade, 12 enquanto esperais e apressais a chegada do dia de Deus, quando os céus, a arder, se desintegrarem e os elementos do mundo, com o ardor do fogo, se derreterem! 13 Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos uns novos céus e uma nova terra, onde habite a justiça. 14 Portanto, caríssimos, enquanto esperais estes acontecimentos, esmerai-vos para que Ele vos encontre imaculados, irrepreensíveis e em paz. 15 Considerai que a paciência de Nosso Senhor é para nossa salvação. Nesta ordem de ideias, escreveu-vos também o nosso caríssimo irmão Paulo, segundo a sabedoria que lhe foi concedida. 16 E assim fala em todas as Cartas em que trata destes temas; há nelas alguns temas difíceis, que os ignorantes e pouco firmes deturpam - como fazem às restantes Escrituras - para a sua própria perdição.

Conclusão –

17 Vós, caríssimos, dado que sabeis isto de antemão, estai alerta para que não venhais a descair da vossa firmeza, arrastados pelo erro desses malvados. 18 Crescei, antes, na graça e no conhecimento do Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A Ele seja dada glória, agora e até ao dia eterno. Ámen.




Perguntas e respostas

A EUTANÁSIA

1.           Nestes casos pode aplicar-se a eutanásia?

Não, não.
Para entendê-lo pode ser suficiente pensar na questão temporal: se em vez de ser incurável, fosse uma enfermidade que durasse uma semana ou um mês, seria correcta a eutanásia?...
E se em vez de um mês durasse um ano ou três a curar-se?...
E se fossem oito ou quinze?
E se a saúde voltasse ao fim de 30 ou 40 anos?...
E se fosse ao fim de cinquenta anos que se restabelecesse, seria correcto matá-lo agora?...
E se ao cabo de uns anos os médicos descobrissem uma antídoto ou uma prótese, ou uma técnica por computador nova?...

Definitivamente, uma circunstância de tempo não legitima um assassinato.

ID, (Tradução por AMA)

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?