11/08/2017

Publicações em 11 Agosto

Pratica a caridade sem limites

Ama e pratica a caridade, sem limites e sem discriminações, porque é a virtude que caracteriza os discípulos do Mestre. Contudo essa caridade não pode levar-te – deixaria de ser virtude – a amortecer a fé, a tirar as arestas que a definem, a dulcificá-la até convertê-la, como alguns pretendem, em algo amorfo, que não tem a força e o poder de Deus. (Forja, 456)

O Senhor tomou a iniciativa, vindo ao nosso encontro. Deu-nos o exemplo para nos pormos com Ele ao serviço dos outros, para – gosto de repetir – pormos generosamente o nosso coração a servir de alcatifa, de modo que os outros caminhem suavemente e a sua luta resulte para eles mais amável. Devemos comportar-nos assim, porque somos filhos do mesmo Pai, que não hesitou em entregar-nos o seu Filho muito amado.

Não somos nós que construímos a caridade; é ela que nos invade com a graça de Deus: porque Ele nos amou primeiro. Convém que nos empapemos bem desta verdade formosíssima: se podemos amar a Deus é porque fomos amados por Deus. Tu e eu estamos em condições de derramar carinho sobre os que nos rodeiam, porque nascemos para a fé pelo amor do Pai. Pedi com ousadia ao Senhor este tesouro, esta virtude sobrenatural da caridade, para a exercitardes até ao último pormenor.


Nós, os cristãos, não temos sabido muitas vezes corresponder a esse dom; algumas vezes temo-lo rebaixado como se se limitasse a uma esmola dada sem alma, friamente; outras vezes temo-lo reduzido a uma atitude de beneficência mais ou menos convencional. Exprimia bem esta aberração a queixa resignada de uma doente: Aqui, tratam-me com caridade, mas a minha mãe cuidava de mim com carinho. O amor que nasce do Coração de Cristo não pode dar lugar a este tipo de distinções. (Amigos de Deus, nn. 228–229)

Evangelho e comentário

Tempo Comum

Santa Clara

Evangelho: Mt 16, 24-28

». 24 Então, Jesus disse aos Seus discípulos: «Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. 25 Porque quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de Mim, acha-la-á.26 Pois, que aproveitará a um homem ganhar todo o mundo, se vier a perder a sua alma? Ou que dará um homem em troca da sua alma? 27 Porque o Filho do Homem há-de vir na glória de Seu Pai com os Seus anjos, e então dará a cada um segundo as suas obras.28 Em verdade vos digo que, entre aqueles que estão aqui presentes, há alguns que não morrerão antes que vejam vir o Filho do Homem com o Seu reino».

Comentário:

Perder a vida para ganhar a vida!

Que estranha forma de explicar em que consiste a salvação!

Aparentemente, falta algo nesta “sentença” de Cristo que melhor nos faça entender o que propõe.

Mas, de facto, o que de algum modo foi incompreensível para as pessoas da Sua época, inclusive os discípulos, é, hoje em dia, perfeitamente entendível para os cristãos.

Deve-se ao Espírito Santo e ao Seu Dom de Entendimento esse entender e compreender o alcance e significado das palavras do Senhor.

Assim, ficamos cientes que a vida, a verdadeira Vida, é a vida em Cristo, com Cristo e por Cristo.

(ama, comentário sobre Mt 16, 24-28, 05.08.2016)









Hoy el reto del amor es orar con acción de gracias por esa persona que tanto quieres

PARA SIEMPRE

El lunes recibí un WhatsApp de Carlos en el que me decía que su hermano Gaby se acababa de ir al Cielo. Y él estaba a su lado en el momento de partir a la casa del Padre.

En ese momento, dejé el ordenador, me fui al Oratorio, y me puse a orar por él y su familia. Estuve dando gracias por todo lo que ha supuesto la enfermedad y cómo al final todo le ha llevado al Señor.

He podido vivir de cerca estos momentos, y me daba cuenta de que el dolor y el peso estaban en el corazón, pero, por encima de todo, tenían una paz muy fuerte.

Al llegar a la oración, vino a mi cabeza la carta de San Pablo donde nos dice que el amor no pasa nunca. En estos momentos es el amor el que perdura. Si al amor se le puede decir que deje de amar, en realidad no es amor. El amor que viene de Jesucristo es interminable, imparable. El amar a las personas que nos han dejado es algo muy bueno, es expresión de nuestro afecto por ellas... es prueba de que el amor nunca acaba. Nunca. El amor que Jesús crea en ti es inalterable. Él nos lo dice: "el que cree en mí no morirá".

Hoy el reto del amor es orar con acción de gracias por esa persona que tanto quieres y que ya no está con nosotros. No dejes que la tristeza o la soledad gobiernen tu vida; que sea el amor el que dirija tu corazón. El amor a la persona amada nunca pasa y siempre perdurará.


VIVE DE CRISTO

Pequena agenda do cristão

Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?







Fátima: Centenário - Vida de Maria - 53



Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima


Apresentação de Jesus no Templo


A voz dos santos

«A Lei antiga impunha dois preceitos, relativos ao nascimento dos filhos primogénitos: um obrigava a mãe, pois ficava impura, a permanecer retirada na sua casa por um período de quarenta dias, decorridos os quais ia purificar-se no templo; o outro impunha aos pais a obrigação de levar o primogénito ao templo para o oferecer ao Senhor. A Virgem Santíssima quis cumprir nesse dia um e outro preceito.

É verdade que Maria não estava obrigada à lei da purificação por ter permanecido sempre virgem puríssima; mas amava com tão entranhável amor a humildade e a obediência que, como as outras mães, quis apresentar-se no templo para se purificar. Cumpriu também o segundo mandamento da lei apresentando o seu Filho e oferecendo-o ao eterno Pai, como diz São Lucas: cumprido o tempo da purificação da Mãe, segundo a lei de Moisés, levaram o Menino a Jerusalém para O apresentar ao Senhor [i]. Mas a Virgem Maria ofereceu-O de modo muito diverso do que costumavam fazer as outras mães ao oferecerem os seus filhos.

As outras mães ofereciam os seus filhos, mas sabiam muito bem que esta oblação não passava de uma mera cerimónia legal; pois, uma vez resgatados, recuperavam o direito que tinham sobre eles, sem o temor de os terem depois que oferecer à morte. Maria, pelo contrário, ofereceu realmente o seu Filho à morte e sabia muito bem que o sacrifício que então fazia da vida de Jesus Cristo se havia de consumar um dia na ara da Cruz; de maneira que, oferecendo a vida do seu Filho pelo imenso amor que lhe tinha, Maria fez um perfeito holocausto de si mesma a Deus».

Santo Afonso Maria de Ligório (séc. XVIII), As glórias de Maria.




[i] Lc 2, 22