05/03/2020

A Vida pôde mais do que a morte

Ressuscitou! – Jesus ressuscitou. Não está no sepulcro. A Vida pôde mais do que a morte.
Apareceu a Sua Mãe Santíssima. – Apareceu a Maria de Magdala, que está louca de amor. – E a Pedro e aos demais Apóstolos. – E a ti e a mim, que somos Seus discípulos e mais loucos do que Madalena! Que coisas Lhe dissemos!
Que nunca morramos pelo pecado; que seja eterna a nossa ressurreição espiritual. – E, antes de terminar a dezena, beijaste as chagas dos Seus pés... e eu, mais atrevido, – por ser mais criança – pus os meus lábios no Seu lado aberto. (Santo Rosário, 11)

Cristo vive. Esta é a grande verdade que enche de conteúdo a nossa fé. Jesus, que morreu na cruz, ressuscitou; triunfou da morte, do poder das trevas, da dor e da angústia. Não temais – foi com esta invocação que um anjo saudou as mulheres que iam ao sepulcro. Não temais. Procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ressuscitou; não está aqui (Mc 16,6). (Cristo que passa, 102)

O dia do triunfo de Nosso Senhor, da sua Ressurreição, é definitivo. Onde estão os soldados que a autoridade tinha posto? Onde estão os selos que tinham colocado sobre a pedra de sepulcro? Onde estão os que condenaram o Mestre? Onde estão os que crucificaram Jesus?... Ante a sua vitória, produz-se a grande fuga dos pobres miseráveis.
Enche-te de esperança: Jesus Cristo vence sempre. (Forja, 660)

Quaresma

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Quaresma

Exame pessoal 5

Mas, o exame é algo privado, como que secreto?

Privado e pessoal sim, mas não tem que ser secreto.

Ao contrário, pode muito bem servir para ajudar outros.

Seria, talvez, motivo de conversa apostólica levar outros ao hábito do exame pessoal.

O exame dá sempre fruto o que é óptimo para quem necessita - e somos todos os homens - de se apresentar ao Senhor com algo para Lhe oferecer.

(AMA, reflexões, 2018)

Evangelho e comentário


TEMPO DE QUARESMA


Evangelho: Mt 7, 7-12

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Pedi e dar-se-vos-à, procurai e encontrareis, batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque todo aquele que pede recebe, quem procura encontra e a quem bate à porta abrir-se-à. Qual de vós dará uma pedra a um filho que lhe pede pão, ou uma serpente se lhe pedir peixe? Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos Céus as dará àqueles que Lhas pedem! Portanto, o que quiserdes que os homens vos façam fazei-lho vós também: esta é a Lei e os Profetas».

Comentário:

Por vezes na nossa vida surgem momentos em que estas palavras de Jesus Cristo nos levantam algumas dúvidas.

Com efeito aquilo que vimos pedindo há tanto tempo parece não ser atendido como se o Senhor estivesse desinteressado.

Pensemos bem: será que na verdade não nos concede o que pedimos?

Talvez o faça de outra forma e não exactamente como pedimos como, por exemplo, a cura de uma doença persistente que nos aflige.

Podemos, é verdade, continuar na mesma situação e essa cura não surgir, mas, consideremos, se não recebemos graça para suportar a doença, se os méritos que possamos obter com o nosso sofrimento não serão “aplicados” onde ou em quem esteja mais necessitado, se, no fim e ao cabo, a nossa doença não é caminho da nossa salvação?

(AMA, comentário sobre Mt 7, 7-12, 18.02.2016)

VIA-SACRA

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I ESTAÇÃO
JESUS É CONDENADO À MORTE

Nós Vos adoramos e bendizemos oh Jesus! Que pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Há longo tempo que os príncipes dos sacerdotes e muitos dos membros do Sinédrio, procuravam a Tua morte. Não podiam tolerar a Tua actividade em Israel.
As multidões que Te seguiam, ávidas das Tuas palavras de misericórdia e salvação, fugiam cada vez mais à sua influência, despótica.
Serviram-se, da perfídia e traição de um que tinhas por amigo, para o conseguir. Sabiam perfeitamente que não poderiam atacar-te às claras.
Várias vezes Te propuseram questões dúbias, tentando apanhar-te em contradição, mas sempre tinham ficado envergonhados e humilhados.
Ficaste sozinho e abandonado de todos os Teus amigos.
Eu, também não intervenho, não quero envolver-me.
Tantas vezes, estive naquele Sinédrio! «Não, não O conheço», (Cfr Mc 14, 67-71) terei dito eu também quando, por conveniência ou respeito humano, me recusei conhecer-te.
A minha alma atormentada por esta realidade, confrange-se de dor, e choro contrito as minhas culpas.
Vou seguir-te, Senhor, no Teu caminho para o Calvário.
Tentarei, com as minhas lágrimas, com as minhas penas, com os meus sacrifícios e mortificações, tornar mais leves os suplícios das Estações que ainda faltam da agonia que agora começa.
Quero afirmar bem alto, sem rebuços, sem medos: ‘Este é o meu Senhor, o meu Salvador, o meu Deus. Por Ele dou a vida se for preciso, a Ele entrego a minha vontade de ser filho fiel e cumpridor dos meus deveres.’

PN, AVM, GLP.
Senhor: Tem piedade de nós.

(AMA, Porto, Quaresma de 1983)

Temas para meditar e reflectir


Partilha



Partilhas o teu bolo, ele torna-se mais pequeno, compartilhas o teu tecto, ele não diminui; mas compartilha a tua alegria e ela aumenta.[i]





(António Cardigos, Filiação Divina, Rei dos Livros, nr. 106)








[i] (Provérbio árabe)

María del Silencio



Se extiende una nueva advocación: el icono de María del Silencio tiene ahora santuario por impulso papal

Leitura espiritual


JESUS CRISTO NOSSO SALVADOR 5

Iniciação à Cristologia


PRIMEIRA PARTE


A PESSOA DE JESUS CRISTO


Capítulo II


A VINDA DO FILHO DE DEUS NA ECONOMIA DIVINA DA SALVAÇÃO


6. O nome de «Cristo»

O nome de «Messias» provem do hebreu mashia, que significa «ungido». Este título foi traduzido do grego por christós, e latinizado em Christus.


Originalmente aplicava-se ao rei de Israel, em alusão à cerimónia de investidura em que era ungido com azeite [1]. O título de «ungido» aplicou-se especialmente a David e à sua dinastia, e passou a converter-se no nome do Messias, do Cristo, que será o rei descendente de David, o ungido por excelência e instrumento de Deus para estender o seu reino a todas as nações.


Depois este nome aplicou-se também a outros «ungidos» de Deus: aos sacerdotes, filhos de Aarão [2], e mais raramente aos profetas [3].


O nome de Cristo, Messias, passa a ser nome próprio de Jesus porque Ele cumpre de modo eminente e perfeito a missão divina que essa palavra significa. Com efeito, o Messias que Deus enviaria para instaurar definitivamente o seu Reino «devia ser ungido pelo Espírito do Senhor [4] ao mesmo tempo como rei e sacerdote [5] mas também como profeta [6]. Jesus cumpriu a esperança messiânica de Israel na sua triple função de sacerdote, profeta, e rei» [7] Jesus reúne em si os diferentes aspectos do Messias anunciado, que os judeus muitas vezes não sabiam compaginar; e n’Ele se mostra o sentido autêntico de todos eles.

Jesus é o Messias anunciado, o ungido rei salvador, de uma ordem diferente e superior à que os judeus esperavam. Ungido não com unguento terreno mas com óleo espiritual [8], com a plenitude da graça e dons do espírito divino: Ele é desde o início da sua existência humana o «Cristo», quer dizer, o ungido pelo Espírito Santo [9].


7. Cristo é o centro da história humana


a) As genealogias de Cristo e a história humana


O Evangelho segundo São Mateus começa, conforme o costume hebreu, com a genealogia de José e faz uma lista partindo de Abraão [10]. A Mateus, interessa-lhe pôr em relevo, mediante a paternidade legal de José, que Jesus descende de Abraão e de David; mais em concreto, que era o Messias anunciado pelos profetas, a esperança de Israel e o que dá sentido a toda a história do povo de Deus.


São Lucas, ao contrário, escreveu para os cristãos procedentes dos gentios, e quer destacar a universalidade da redenção de Cristo. Segundo o Evangelho de Lucas, a genealogia de Jesus è ascendente [11]: desde Jesus através dos seus antepassados, passando por Abraão, remonta até Adão, pai de todos os homens, tanto judeus como gentios. O Evangelho quis mostrar o vínculo de Jesus com todo o género humano: Cristo é o Novo Adão, o novo princípio da linhagem humana e o salvador de todos os homens.


b) A Encarnação dá sentido a toda a história

«Quando chegou a plenitude dos tempos enviou Deus o seu Filho, nascido de mulher» [12]. A Encarnação teve lugar na plenitude dos tempos, isto é no tempo oportuno segundo os planos de Deus.


O monge Dionísio o Exíguo (século VI) propôs-se colocar o nascimento de Cristo como centro da história d humanidade e, com os dados históricos de que dispunha, situou-o no ano 753 da fundação de Roma: esta data é o começo da era cristã. Hoje admite-se que se equivocou no seu cômputo, e pensa-se que Jesus deve ter nascido aproximadamente no ano 748 da fundação de Roma, equivalente ao 6 antes da era cristã. Este foi o momento mais importante da história: Deus e a eternidade entram na história humana para nos salvar.


A postura de Dionísio o Exíguo, que de algum modo reflecte o que nos sugerem as genealogias de Cristo, tem um grande sentido teológico. Com efeito, Cristo é o fundamento de toda a história anterior, que tem valor salvífico só por meio d’Ele e a Ele se ordena. Assim como também Cristo é o fundamento de toda a história posterior, que vive da graça proveniente da sua obra redentora.


«A Igreja crê que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontra no seu Senhor e Mestre» [13] Cristo é certamente o centro da história humana, não no sentido cronológico, mas qualitativo: Ele é «o alfa e o ómega, o primeiro e o último, o princípio e o fim» [14]. N’Ele os homens encontram a fonte da vida sobrenatural, e também o seu sentido e meta última, que é a salvação.


Capítulo III


A REALIDADE DA ENCARNAÇÂO DO FILHO DE DEUS


1. A vinda do Filho de Deus ao mundo, concebido de santa Maria Virgem


a) A anunciação a Maria e a concepção de Jesus


No admirável plano da doação que Deus faz de si mesmo à criatura, a Encarnação é o acontecimento central e culminante, e Maria foi a colaboradora com a sua fé e com o seu amor para união de Jesus com a humanidade.


São Lucas descreve esse momento transcendental: O anjo Gabriel enviado por parte de Deus comunica o plano divino a Maria: «Conceberás no teu seio e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo (…) O Espírito Santo virá sobre ti, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra, e por isso o filho engendrado será santo, será chamado Filho de Deus» [15]. A Virgem, cheia de fé e de confiança em Deus, dá o seu rendido consentimento à disposição divina: «Eis aqui a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra» [16].


«E o Verbo fez-se carne e habitou entre nós» [17]. O mistério da união – dos esponsais – entre o Filho de Deus e a humanidade, realiza-se no instante em que Maria pronunciou o seu sim «em nome de toda a natureza humana» [18]. E ela concebeu como homem o Filho eterno do Pai, que se fez realmente seu filho.


b) A Encarnação é obra do Espírito Santo


A Sagrada Escritura deixa muito claro que Jesus Cristo não foi concebido por obra de varão, como os ouros homens, mas sim unicamente pelo poder e obra do Espírito Santo, permanecendo a sua Mãe sempre virgem (cf. Mt 1,18-25; Lc 1,34-38). E assim o confessou a Igreja desde os primeiros testemunhos e a Tradição e as primeiras formulações da fé.

A «virtude do Altíssimo» (Lc 1,35), pela qual se levou a cabo a Encarnação, é o poder infinito do único Deus. Assim, pois, a Encarnação do Filho de Deus é obra da Trindade. Todavia, a concepção milagrosa de Cristo só costuma atribuir-se ao Espírito Santo, que ali interveio juntamente com o Pai e o Filho: «O concebido nela vem do Espírito Santo» (Mt 1,20). É que a revelação atribui ao Espírito Santo as obras que manifestam especialmente o amor e o poder divinos, e em particular atribui-se-Lhe o mistério da Encarnação do Filho de Deus em Maria Santíssima.


Todavia, como a filiação é a relação de uma pessoa com respeito ao que a engendrou, Cristo – que é Filho de Deus, a segunda pessoa da Trindade – não é, nem se pode chamar, filho do Espírito Santo, nem da Trindade, mas somente de Deus Pai.


c) Maria é a Mãe de Deus


Maria, escolhida por Deus Pai desde toda a eternidade para será Mãe do seu Filho, pelo seu consentimento e aceitação da vontade divina, foi realmente feita a Mãe de Deus. «Com efeito, aquele que ela concebeu como homem, por obra o Espírito Santo, e que se fez verdadeiramente seu filho segundo a carne, não é outro que o Filho eterno do Pai, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus (‘Theotokos’) (cf. DS, 215)»[19].


Por isso, sob o impulso do Espírito Santo, é chamada «a mãe do meu Senhor» desde a concepção de Jesus, ainda antes do nascimento do seu Filho (cf. Lc 1,43).


d) «O Verbo se fez carne»: a Encarnação

 «O Verbo se fez carne» (J 1,14), diz São João no prólogo do seu Evangelho, significando por «carne» o homem inteiro, conotando o mais visível e o mais humilde do ser humano, em contraste coma excelência do Verbo[20]

Tomando essa frase do evangelista, a Igreja chama «Encarnação» ao facto de que o Filho de Deus tenha assumido uma natureza humana para levar a cabo, mediante ela, a nossa salvação. O acontecimento único e totalmente singular da Encarnação consiste em que o Filho de Deus se fez verdadeiramente homem sem deixar de ser Deus.

Este mistério é tão essencial que «a fé na verdadeira encarnação do Filho de Deus é o sinal distintivo da fé cristã»[21]; mistério que a Igreja defendeu e aclarou especialmente durante os primeiros séculos face às heresias que a falseavam.


2. Jesus Cristo é perfeito homem


a) A realidade do corpo de Cristo.


    A heresia do docetismo gnóstico.


O gnosticismo é uma amálgama de doutrinas místicas orientais, de tipo filosófico (sobretudo platónicas) e cosmogónico, que teve uma rápida propagação nos primeiros séculos da nossa era. Uma das suas variantes cristãs, o docetismo, é uma doutrina aparecida já no século I que considera que a matéria é má e, por consequência, nega que Cristo tivesse um verdadeiro corpo material, de carne humana: o corpo de Cristo seria só aparente. Portanto, o seu nascimento ou a sua paixão e morte não foram reais mas só fictícias e irreais.

Todavia, a Sagrada Escritura testemunha claramente que Cristo foi homem verdadeiro, com um corpo real: é descendente de David, foi concebido pela Virgem Maria, nasceu, cresceu, cansou-se, teve fome e sede, dormiu, sofreu, derramou o seu sangue, morreu, foi sepultado, etc. O seu corpo não era fantasmagórico, mas material de carne e osso, era real e tangível, inclusive depois da Ressurreição (cf. Lc 24,39; 1Jo 1,1-3).

Já desde a própria época apostólica a fé cristã insistiu na verdadeira Encarnação do Filho de Deus face a estas heresias (cf. 1 Jo 4,2-3; 2Jo 7), que foram refutadas pelos Padres e escritores clássicos dos primeiros séculos, como Santo Inácio de Antioquia, Santo Ireneu e outros. Estes escritores não só mostraram a verdade do corpo de Cristo com a Sagrada escritura na mão, como argumentaram também que negar a realidade do corpo de Cristo é negar a realidade da redenção obrada pelo Senhor.


b) A realidade da alma de Cristo. A heresia do apolinarismo


Apolinar de Laodiceia (século IV) sustentou que o Verbo não teria assumido uma humanidade completa, pois dois seres íntegros não poderiam fazer-se realmente um. A humanidade de Cristo estaria somente composta de carne e alma sensitiva. Nesta natureza o Verbo assumiria a função de alma intelectiva e racional.

Todavia, a Sagrada Escritura testemunha claramente que Cristo foi perfeito homem com uma alma humana racional verdadeira: alegrou-se, entristeceu-se, comoveu-se, teve afectos, era totalmente livre, obedeceu, era humilde, veraz, generoso e misericordioso, etc. Enfim, Jesus tinha todas as virtudes e qualidades da alma humana.


O erro de Apolinar foi refutado por São Gregório de Nisa e outros Padres da Igreja que insistiram na perfeita humanidade de Cristo: Jesus não seria perfeito homem se carecesse de alma humana, se não tivesse uma inteligência e vontade humanas. Doutra forma não teria redimido a linhagem humana, pois «não foi curado o que não foi assumido), e Cristo curou todo o homem: corpo e alma.

O apolinarismo foi condenado pelo Papa São Dâmaso e posteriormente pelo concílio I de Constantinopla (ano de 3181)[22]. Desde então o Magistério da Igreja tem ensinado sempre que Nosso Senhor é «perfeito Deus e perfeito homem: que subsiste com alma racional e carne humana»[23].

c) Cristo teve uma verdadeira natureza humana, composta de alma e corpo

    Muitas vezes Jesus designa-se a si mesmo como «homem» (cf. Jo 8,40), e igualmente no Novo Testamento se o nomeia desta forma (cf. 1 Cor 15,21; i Tim 2,5), quer dizer, como alguém que tem propriamente a natureza humana. E a Tradição e o magistério da Igreja insistiram em que Ele era verdadeiro homem, consubstancial connosco; «semelhante a nós em tudo, excepto no pecado». (Heb 4,15).

Temos de ter presente que a natureza humana está composta pela união substancial de corpo e alma; de modo que, se não se desse esta composição, Cristo não seria verdadeiramente homem; nem o corpo de Cristo seria vivo, nem seria humano, pois a alma é o princípio que dá a vida e a espécie à matéria. Assim pois, Jesus teve uma verdadeira natureza humana, composta pela união da alma e do corpo[24]

Vicente Ferrer Barriendos

(Tradução do castelhano por ama)


[1] Cf. 1 Sam 9,16; 10,1; 16,1.12-13; 1 Re 1,39.
[2] (cf. Ex 29,7; Lv 8,12)
[3] (cf. 1 Re 19,16)
[4] (cf. Is 11,2)
[5] (cf. Za 4,14; 6,13)
[6] (cf. Is 61,1)
[7] CCE, 436.
[8] (cf. Sal 45/44,8)
[9] (cf. Lc 1,35)
[10] (cf. Mt 1,2-17)
[11] (cf. Lc 3,23-28)
[12] (Gal 4,4)
[13] GS, 10.
[14] (Ap 22,13)
[15] (Lc 1,30-35)
[16] (Lc 1,38)
[17] (Jo 1,14)
[18] S. Th. II,30,1.
[19] CCE, 495.
[20] Este modo de expressar o todo pela parte (o homem pela carne) é habitual na Escritura: cf. Is 40,5; Jb 19,26; 1 Cor 1,29; 2 Cor 7,5; 1 Pd 1,24; etc.
[21] CCE, 463.
[22] CF. CONC. DE CONSTANTINOPLA, DS, 149.
[23] Símbolo Quicumque, DS, 76.
[24] Cf. CONC. VIENNENSE, DS, 900; 902; S. Th. III, 2,5.

VIRTUDES – Prudência 5


A medida da nova prudência é a de um amor sem medida ao Reino de Deus, valor absoluto que torna relativo tudo o resto: «Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais se vos dará por acréscimo» (Mt 6, 33) Pelo Reino vale a pena dar tudo (cf. Mt 13, 44-46), até a própria vida, porque, segundo a lógica divina, quem encontra a sua vida perde-a, e quem a perde encontra-a (cf. Mt 10, 39). Por isso, muitas atitudes que parecem prudentes aos olhos humanos, são na realidade insensatas, como a do homem que acumula riquezas, mas esquece a sua alma (cf. Lc 12, 16-20), a do jovem que não quer seguir Cristo porque tem muitos bens (cf. Lc 18, 18-23), ou a do servo que guarda o seu talento em vez de o fazer frutificar para o Senhor (cf. Mt 25, 24-28). São comportamentos imprudentes que têm a sua raiz na falta de liberdade, na escravidão voluntária em relação aos bens materiais ou ao conforto pessoal [6].



PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

Quinta-Feira

PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?