30/05/2011

Diálogos apostólicos

Diálogos


Por isso mesmo te tenho dito – e repito – aconselha-te bem, prepara a conversa, pede o auxílio do Espírito Santo para que te dê Dom de Línguas e, a próxima conversa será – tenho a certeza – a primeira de muitas outras que se seguirão.



ama , 2011.05.30

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Rainha da paz, roga por nós!”

Santa Maria é (e assim a invoca a Igreja) a Rainha da paz. Por isso, quando se agitar a tua alma, ou o ambiente familiar ou profissional, a convivência na sociedade ou entre os povos, não cesses de aclamá-la com esse título: "Regina pacis, ora pro nobis!", Rainha da paz, roga por nós! Experimentaste-o alguma vez, quando perdeste a tranquilidade?... Surpreender-te-ás com a sua imediata eficácia. (Sulco, 874)


Não há paz em muitos corações que tentam em vão compensar a intranquilidade da alma com a distracção contínua, com a pequena satisfação dos bens que não saciam, porque deixam sempre o travo amargo da tristeza. (...)

Cristo, que é a nossa paz, é também o Caminho. Se queremos a paz, temos de seguir os seus passos. A paz é consequência da guerra, da luta, dessa luta ascética, íntima, que cada cristão deve sustentar contra tudo aquilo que, na sua vida, não é de Deus: contra a soberba, a sensualidade, o egoísmo, a superficialidade, a estreiteza do coração. É inútil clamar pelo sossego exterior se falta tranquilidade nas consciências, no fundo da alma, porque é do coração que saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as fornicações, os furtos, os falsos testemunhos, as blasfémias. (Cristo que passa, 73)


© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Interpretar S. Josemaria Escrivá

Observando
Charlie Cox conta como interpretou São Josemaria Escrivá, no filme ENCONTRARÁS DRAGÕES

O actor britânico Charlie Cox, que interpreta o papel do fundador do Opus Dei, Josemaria Escrivá, no filme Encontrarás Dragões, fala da sua experiência ao representar um santo numa entrevista com Ana Sánchez de la Nieta para El Mundo (6-04-2011).

Quando a jornalista lhe pergunta o que é que o levou a aceitar este papel, esclarece que "não tinha nenhuma opinião sobre o Opus Dei nem sobre Josemaria. O guião apresentava Josemaria Escrivá de uma forma positiva e, no entanto, eu encontrei muitas pessoas que tinham reacções muito fortes contra o Opus Dei". Isto fez despertar a sua curiosidade: "¿Por que é que tanta gente tinha tantos preconceitos contra esta instituição?" E decidiu investigar por sua conta: "Li muito, conheci pessoas, fui a vários centros do Opus Dei... e descobri que muitas coisas que tinham ouvido eram falsas ou exageradas. A minha experiência até agora tem sido totalmente positiva".

O que mais lhe chamou a atenção na personagem que ia interpretar é que "Josemaria era uma pessoa com uma grande capacidade para amar toda a gente e, ao mesmo tempo, profundamente autêntico. Nos vídeos que vi, reparei que não tinha nenhum inconveniente em dizer o que pensava sobre o modo como um cristão deve viver". Confessa que "durante as filmagens sentia uma grande responsabilidade". Com frequência olhava para uma fotografia da cerimónia da Canonização de São Josemaria, via a praça de São Pedro repleta de uma multidão imensa, "e sentia o peso de estar a interpretar uma pessoa notável e que eu queria representar de forma correcta. Era um enorme desafio para mim".

Durante a rodagem do filme contaram com a assessoria de John Wauck, um sacerdote do Opus Dei, que também o surpreendeu. "Esperava encontrar um homem duro, rígido, uma pessoa que inclusivamente podia infundir um certo medo. O que agora sinto é uma grande amizade por um dos homens com a mente mais aberta que conheci na minha vida".

Sobre a sua experiência de trabalhar com Roland Joffé, afirma que "é o director de actores no sentido mais autêntico do termo" e que "protege tanto o processo criativo de cada actor" que é fantástico trabalhar com ele.

INFORMAÇÕES MUITO BREVES    [De vez em quando] 2011.05.30

Burgessismo lusitano (Afonso Cabral)

Navegando pela minha cidade
A Rua das Doze Casas fica para os lados do Marquês e é bastante conhecida simplesmente por a Segurança Social lá ter um gabinete que, juntamente com o da Rua Miguel Bombarda, terem sido os únicos que existiam no Porto para atenderem os utentes durante muitos e muitos anos. Tirando este facto a rua não tem qualquer espécie de interesse e até já não foi rua, foi viela.

O certo é que lá tive de ir (ao tal gabinete da Segurança Social) para tratar de um assunto.

Para não apanhar a senha nº 253 e o atendimento ir na nº 57, saí cedo de casa para no caminho tomar um café rápido ao balcão de uma confeitaria qualquer.

E foi exactamente quando estava a entrar na Confeitaria Nobreza – e aqui começa falta dela - que ouvi o empregado do balcão dizer a uma cliente conhecida dele: morreu mais um adepto do Benfica! e começa a rir de gozo amarelo envelhecido.

Foi assim como fiquei a saber que uma unidade de elite do exército americano, ao fim de quase dez anos, tinha capturado e morto o Osama bin Laden.

E assim somos nós, portugueses. Diante da notícia da morte da mais recente incarnação do mal; do responsável máximo por tanto ódio; tanto sofrimento; tanta injustiça e tanta esperança inocente ceifada numa sangueira de matadouro global, gozamos em futebolês.

“ O entorpecimento da consciência tem consequências imediatas no pensamento que, por seu turno, entorpece sem remorsos. Por isso se diz que se pensa pouco em Portugal. Há como que uma ligeira estupidez reinante, um vapor de burgessismo que se nos cola à pele … O que é a grosseria? Resulta do esforço e da impossibilidade de dar forma a um fundo visceral sem forma… O pior, na grosseria, não é a ruína da forma, mas a arrogância em julgar-se forma: violência característica do burgesso; o qual, por isso, não chega a destruir completamente a forma, erigindo os seus borborigmos em linguagem única e livre” [i]

A frase com que fui informado sobre a morte de Bin Laden é paradigmática do burgessismo descrito pelo José Gil. Mas precisei de saber exactamente o que é que ele queria dizer com borborigmos pois não sabia o significado da palavra. E para isso fui ao dicionário.

Fiquei a saber que o empregado da confeitaria não tinha falado, tinha antes produzido um ruído por gases nos intestinos e dei total razão ao José Gil.

E o horror das explosões que só deixam sangue que jamais será estancado; pó que jamais será limpo e dor que jamais será suavizada, é traduzido em gozo.

Pequenino gozo que convive com pequeninos ódios. Ódio que se fomenta, que vive larvarmente e se exprime no futebolês das claques e dos adeptos que se enforcam com cachecóis azuis e brancos onde se pode ler em grandes letras: TODA A MERDA É BENFICA; BENFICA: ÓDIO ETERNO; FILHOS DA PUTA SLB; BENFICA ODEIO-TE. [ii]

Quando toda uma indústria de marketing e confecção vive da exploração do sentimento do ódio, pode-se perguntar: o que fariam com o poder do Bin Laden? Ou: o ódio grande não será o somatório de milhares de pequeninos ódios?

Irónica e tristemente não me posso esquecer que o livro GUERRA SEM FIM (Prémio Pulitzer) do repórter de guerra Dexter Filkins sobre reportagens no Afeganistão e no Iraque começa exactamente assim: Levaram o homem para um lugar situado no meio de um campo. Um campo de futebol, erva, mas principalmente terra na parte central, onde os jogadores passavam a maior parte do jogo. [iii]
Afinal, o mal é só um conceito abstracto ou é sempre a concreta negação do bem, seja ele muito pequeno ou muito grande?

Afinal, onde está a nossa liberdade? O livre arbítrio? A nossa escolha?

Penso que - como tudo na natureza - nada nasce grande. Tudo nasce pequeno e, se se deixar, cresce e cresce. Seja o ódio…  seja o amor.


Afonso Cabral


[i] José Gil – PORTUGAL, HOJE – O Medo de Existir – Relógio D’Água, Novembro 2004, págs. 105 e 106
[ii] Declaração de interesses: sempre fui e sou adepto do FCP
[iii] Dexter Filkins – GUERRA SEM FIM - casa das letras – Abril de 2010, pág. 23

Sobre a família 67

Matrimónio: Um com uma 1

O que há de tão especial acerca do casamento entre um homem e uma mulher que os pares do mesmo sexo não são conseguem partilhar?
O casamento é um dos assuntos de debate acalorado do nosso tempo. Muitas pessoas compreendem instintivamente que o casamento é uma união de fidelidade, amor e para a vida entre um homem e uma mulher. Mas sentem-se inseguros como reconciliar esta verdade com a crescente pressão para o casamento entre o mesmo sexo. No diálogo a seguir, darei o meu ponto de vista sobre os argumentos comuns em favor do casamento homossexual.



mary joseph, [1]  MercatorNet, 2011.03.09, trad ama,


[1] Mary Joseph is a project officer at the Life, Marriage and Family Centre of the Catholic Archdiocese of Sydney.

Evangelho do dia e comentário







Páscoa – VI Semana




Evangelho: Jo 15, 26 – 16, 4

26 Quando, porém, vier o Paráclito, que Eu vos enviarei do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, Ele dará testemunho de Mim.
16, 4 Ora Eu disse-vos estas coisas para que, quando chegar esse tempo, vos lembreis de que vo-las disse. Não vos disse isto, porém, desde o princípio, porque estava convosco.

Comentário:

“Que futuro nos espera”, talvez pensassem alguns dos Apóstolos; em vez da participação activa num Reino de poder e glória, o Senhor anunciava-lhes perseguição, banimento, a morte…
E estão ali, sentados à volta da mesa da Última Ceia, bebendo avidamente as palavras de Jesus, sem se atreverem a perguntar-lhe nada directamente. Estão com medo mas estão confiantes.
Lembram-se de muitas coisas que o Senhor disse e fez; têm bem vivas as imagens de Jesus a falar ao vento e ao mar agitado, a repartir uns poucos de peixes e de pães por milhares de pessoas… sabem que o Mestre não falhará, não os deixará desamparados.
Ele, que conhece o futuro, deverá partilhar esse futuro com eles.


(ama, comentário sobre Jo 15, 26; 16, 4 2009.02.28)