16/02/2018

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Publicações em 16.02.20184


Tornar agradável a vida aos outros

Enquanto continuares persuadido de que os outros devem viver sempre pendentes de ti; enquanto não te decidires a servir, a ocultar-te e desaparecer; a relação com os teus irmãos, com os teus colegas, com os teus amigos, será fonte contínua de desgostos, de mau humor... – de soberba. (Sulco, 712).

Quando te custar fazer um favor, prestar um serviço a uma pessoa, pensa que é filha de Deus; lembra-te de que o Senhor nos mandou amar-nos uns aos outros. Mais ainda: aprofunda quotidianamente neste preceito evangélico; não fiques na superfície. Tira as consequências – é muito fácil – e adapta a tua conduta de cada instante a essas exigências. (Sulco, 727)

Oxalá saibas, diariamente e com generosidade, contrariar-te, alegre e discretamente, para servir e para tornar agradável a vida aos outros. Este modo de proceder é verdadeira caridade de Jesus Cristo. (Forja, 150)

Se deixarmos que Cristo reine na nossa alma, não nos tornaremos dominadores; seremos servidores de todos os homens. Serviço. Como gosto desta palavra! Servir o meu Rei e, por Ele, todos os que foram redimidos com o seu sangue. Se os cristãos soubessem servir! Vamos confiar ao Senhor a nossa decisão de aprender a realizar esta tarefa de serviço, porque só servindo é que poderemos conhecer e amar Cristo e dá-Lo a conhecer e conseguir que os outros O amem mais.


Como o mostraremos às almas? Com o exemplo: que sejamos testemunho seu, com a nossa voluntária servidão a Jesus Cristo em todas as nossas actividades, porque é o Senhor de todas as realidades da nossa vida, porque é a única e a última razão da nossa existência. Depois, quando já tivermos prestado esse testemunho do exemplo, seremos capazes de instruir com a palavra, com a doutrina. Assim procedeu Cristo: coepit facere et docere, primeiro ensinou com obras, e só depois com a sua pregação divina. (Cristo que passa, 182)

Temas para meditar e reflectir

Estou velho


Com frequência ouve-se esta frase que significa sempre uma pretensa justificação para se eximir a algo.

A velhice não pode, não deve ser desculpa para não fazer o que está perfeitamente ao nosso alcance porque, se o for, então as pessoas de idade não fariam absolutamente nada.

A idade traz consigo uma riqueza de conhecimentos e experiências que não podem deixar de ser úteis aos mais novos.

Talvez que uma destas a ter muito, muito em conta, seja a prudência, a capa­cidade de análise, o discernimento que evita muitos disparates, precipitações, agir sob impulso.

As pessoas idade são uma dádiva da vida à sociedade que, não poucas vezes, as trata como descartáveis incómodos.

O cristão sabe muito bem a quem deve a sua prática religiosa, quem o levou à pia baptismal, ensinou as primeiras orações, lhe "apresentou" Deus.

Foram quase sempre os mais velhos, os Pais, os professores, os irmãos.

Quanta gratidão não devemos sentir!



(ama, reflexões, 2016.11.13)

Evangelho e comentário

Tempo de Cinzas

Sexta Feira depois de Cinzas

Evangelho: Mt 9, 14-15

14 Depois, foram ter com Ele os discípulos de João, dizendo: «Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?» 15 Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que lhes será tirado o esposo e, então, hão-de jejuar.»

Comentários:

Talvez de forma um pouco enigmática, Jesus responde aso que Lhe fazem uma pergunta em tom de crítica.

Enigmática apenas para aqueles que não tinham como certo – não acreditavam – que Jesus Cristo era O Messias.

Mais tarde, quando se tornar claro Quem de facto Ele é compreenderão que enquanto a Sua presença se mantiver no meio deles só haverá motivos de alegria e júbilo.


(AMA, comentário sobre Mt 9, 14-15.17.10.2017)

Leitura espiritual

RESUMOS DA FÉ CRISTÃ

TEMA 8 Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro

Jesus Cristo assumiu a natureza humana sem deixar de ser Deus: é verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

1. A Encarnação do Verbo

«Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher» [i].

Cumpre-se, assim, a promessa de um Salvador que Deus fez a Adão e Eva ao serem expulsos do Paraíso:
«Farei reinar a inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta esmagar-te-á a cabeça e tu tentarás mordê-la no calcanhar» [ii].

Este versículo do Génesis é conhecido com o nome de proto-evangelho, porque constitui o primeiro anúncio da boa nova da salvação.
Tradicionalmente, interpretou-se que a mulher de que se fala, tanto é Eva, em sentido directo, como Maria, em sentido pleno; e que a descendência da mulher se refere tanto à humanidade como a Cristo.
Desde então até ao momento em que «o Verbo se fez carne e habitou entre nós» [iii], Deus foi preparando a humanidade para que pudesse acolher com fruto o Seu Filho Unigénito.
Deus escolheu para si o povo israelita, estabeleceu com ele uma Aliança e formou-o progressivamente, intervindo na sua história, manifestando-lhe os seus desígnios através dos patriarcas e profetas e santificando-o para Si.
E tudo isto, como preparação e figura daquela nova e perfeita Aliança que havia de concluir-se em Cristo e daquela plena e definitiva revelação que devia ser efectuada pelo próprio Verbo encarnado [iv].
Embora Deus tenha preparado a vinda do Salvador, sobretudo, mediante a eleição do povo de Israel, isso não significa que tenha abandonado os restantes povos, “os gentios”, pois nunca deixou de dar testemunho de Si mesmo [v].
A Providência divina fez com que os gentios tivessem uma consciência mais ou menos explícita da necessidade da salvação e até aos mais recônditos cantos da terra se conservava o desejo de serem redimidos.
 A Encarnação tem a sua origem no amor de Deus pelos homens:
«nisto se manifestou o amor que Deus para connosco: Deus enviou o Seu Filho unigénito ao mundo, para que por Ele tenhamos a Vida» [vi].

A Encarnação é a demonstração, por excelência, do Amor de Deus pelos homens, já que nela é o próprio Deus quem se entrega aos homens fazendo-Se participante da natureza humana em unidade de pessoa. Após a queda de Adão e Eva no paraíso, a Encarnação tem uma finalidade salvadora e redentora, como professamos no Credo:
«por nós homens e para nossa salvação, desceu do céu e encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria, e Se fez homem» [vii].

 Cristo afirmou de Si mesmo que «o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido» [viii] e que «Deus não enviou o Seu Filho para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele» [ix].

A Encarnação não só manifesta o infinito amor de Deus pelos homens, a Sua infinita misericórdia, a Sua justiça, o Seu poder, mas também a coerência do plano divino de salvação;
a profunda sabedoria divina consiste na forma como Deus decidiu salvar o homem, ou seja, do modo mais conveniente à sua natureza, que é precisamente mediante a Encarnação do Verbo.
Jesus Cristo, o Verbo encarnado, «não é nem um mito, nem uma ideia abstracta qualquer;
É um homem que viveu num contexto concreto e que morreu depois de ter levado a sua própria existência no quadro da evolução da história.
A investigação histórica sobre Ele é, pois, uma exigência da fé cristã» [x].

Pertence à doutrina da fé que Cristo existiu, como também que morreu realmente por nós e que ressuscitou ao terceiro dia [xi].

A existência de Jesus é um facto provado pela ciência histórica, sobretudo, mediante a análise do Novo Testamento cujo valor histórico está fora de dúvida.

Há outros testemunhos antigos não cristãos, pagãos e judeus, sobre a existência de Jesus.
Precisamente por isso, não são aceitáveis as posições daqueles que contrapõem um Jesus histórico ao Cristo da fé e defendem a suposição de que quase tudo o que o Novo Testamento diz acerca de Cristo seria uma interpretação de fé que fizeram os discípulos de Jesus, mas não a Sua autêntica figura histórica que ainda permaneceria oculta para nós.
Estas posições que, ao longo do tempo, encerram um forte preconceito contra o sobrenatural, não têm em conta que a investigação histórica contemporânea coincide em afirmar que a apresentação que faz de Jesus o cristianismo primitivo se baseia em autênticos factos realmente acontecidos.

2. Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro

A Encarnação é «o mistério da união admirável da natureza divina e da natureza humana, na única Pessoa do Verbo» [xii].

A Encarnação do Filho de Deus «não significa que Jesus Cristo seja, em parte Deus e em parte homem, nem que seja o resultado de uma mistura confusa do divino com o humano.

Ele fez-Se verdadeiro homem, permanecendo verdadeiro Deus.

Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem» [xiii].
A divindade de Jesus Cristo, Verbo eterno de Deus, estudou-se ao tratar da Santíssima Trindade.
Aqui vamos fixar-nos, sobretudo, no que se refere à Sua humanidade. A Igreja defendeu e aclarou esta verdade de fé durante os primeiros séculos face às heresias que a falseavam.
Já no século I, alguns cristãos de origem judaica, os ebionitas, consideraram Cristo como um simples homem, embora muito santo.
No século II surge o adopcionismo, que defendia que Jesus era filho adoptivo de Deus; Jesus seria apenas um homem em quem habita a força de Deus; para eles, Deus era só uma pessoa.
Esta heresia, foi condenada no ano 190 pelo Papa São Victor, pelo Concílio de Antioquia, no ano 268, pelo Concílio I de Constantinopla e pelo Sínodo Romano do ano 382 [xiv].
A heresia ariana, ao negar a divindade do Verbo, negava também que Jesus Cristo fosse Deus.
Arrio foi condenado pelo Concílio I de Niceia no ano 325.

Também, recentemente, a Igreja voltou a recordar que Jesus Cristo é o Filho de Deus subsistente desde a eternidade que na Encarnação assumiu a natureza humana na Sua única pessoa divina [xv].

A Igreja fez também frente a outros erros que negavam a realidade da natureza humana de Cristo.
Entre estes, enquadram-se aquelas heresias que recusavam a realidade do corpo ou da alma de Cristo.
Entre as primeiras encontra-se o docetismo, nas suas diversas variantes, que tem um pano de fundo gnóstico e maniqueu.
Alguns dos seus seguidores afirmavam que Cristo teve um corpo celeste, ou que o Seu corpo era puramente aparente, ou que apareceu de repente na Judeia sem ter tido que nascer ou crescer.
Já São João teve que combater este tipo de erros:
«muitos sedutores se têm levantado no mundo, que não confessam que Jesus Cristo tenha vindo em carne» [xvi].

Arrio e Apolinar de Laodiceia negaram que Cristo tivesse verdadeira alma humana.
O segundo teve particular importância neste campo e a sua influência esteve presente durante vários séculos nas controvérsias cristológicas posteriores.
Numa tentativa de defender a unidade de Cristo e a Sua impecabilidade, Apolinar defendeu que o Verbo desempenhava as funções da alma espiritual humana.
Esta doutrina, no entanto, implicava negar a verdadeira humanidade de Cristo composta, como em todos os homens, de corpo e alma espiritual [xvii].
Foi condenado no Concílio I de Constantinopla e no Sínodo Romano de 382 [xviii].

(cont)

José Antonio Riestra

Notas:




[i] Gal 4, 4
[ii] Gn 3, 15
[iii] Jo 1, 14
[iv] Concílio Vaticano II, Const. Lumen Gentium, 9.
[v] cf. Act 14, 16-17
[vi] 1 Jo 4, 9
[vii] Concílio de Constantinopla I, Symbolum, DS 150; cf. Concílio Vaticano II, Const. Lumen Gentium, 55.
[viii] Lc 19, 10; cf. Mt 18, 11
[ix] Jo 3, 17
[x] Comissão Teológica Internacional, Cuestiones selectas de Cristología (1979), en ID., Documentos 1969-1996, 2ª ed., BAC, Madrid 2000, 221.
[xi] cf. 1 Cor 15, 3-11
[xii] Catecismo, 483
[xiii] Catecismo, 464
[xiv] Cf. DS 151 y 157-158.
[xv] Cf. Congregação para a Doutrina da Fé, Decl. Mysterium Filii Dei, 21-II-1972, em AAS 64(1972)237-241.
[xvi] 2 Jo 7; Cf. 1 Jo 4, 1-2
[xvii] cf. Catecismo, 471
[xviii] Cf. DS 151 e 159.

Devoción a la Virgen


Su apostolado juvenil no despegaba hasta que los chicos empezaron a organizarse para rezar el Rosario juntos

Doutrina – 402

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO TERCEIRO

CREIO NA SANTA IGREJA CATÓLICA

Os fiéis: hierarquia, leigos, vida consagrada

180. Como se actua a dimensão colegial do ministério eclesial?


A exemplo dos doze Apóstolos escolhidos e enviados por Cristo, a união dos membros da hierarquia eclesiástica está ao serviço da comunhão dos fiéis.
Cada Bispo exerce o ministério, como membro do colégio episcopal, em comunhão com o Papa, participando com ele na solicitude pela Igreja universal.

Os sacerdotes exercem o seu ministério no presbitério da Igreja particular, em comunhão com o próprio Bispo e sob a sua condução.

Pequena agenda do cristão

Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?