Dentro
do Evangelho
(Re Lc VIII, 18)
«Vede,
pois, como ouvis. Porque áquele que tem, lhe será dado; e ao que não tem, ainda aquilo mesmo que julga ter, lhe será
tirado».
Estas
palavras de Jesus parecem um pouco enigmáticas mas, se atentarmos bem,
compreenderemos o que sigificam.
Jesus
tinha acabado de pronunciar a Parábola da lâmpada que se acende para iluminar a
casa e, é na sequência, que profere a sentença.
Ouvir
a Palavra de Deus é, deve ser, como que acender uma lâmpada mas esta só ficará
realmente acesa se o que oiço ficar de tal forma arreigado no meu coração que
não poderei mais que transmitir a outros essa luz, essa alegria.
Então
sim... todos à minha volta ficarão iluminados e, por sua vez, irão iluminando
outros.
Se
eu o não fizer a minha lâmpada acabará por apagar-se e regressarão as trevas.
Para
manter a minha Lâmpada sempre acesa é fundamental ir acrescentando o
"azeite" da Oração, sincera, persistente.
Considerando:
O "meu tempo", isto é... o
tempo que julgo ter como meu, na verdade não me pertence pelo simples e
inegável facto de que não lhe posso acrescentar ou diminuir um átimo.
O tempo, longo ou breve, pertence a Quem
o criou por Sua Soberana Vontade.
Sendo o Dono Absoluto de quanto existe
Deus pode fazer o que entender inclusive criar o tempo.
Sendo Intemporal, Eterno, Permanente,
para que precisará Deus do Tempo?
Não sei responder a esta questão porque
o meu raciocínio é simplesmente humano e, portanto incapaz de entender o
Divino.
Contudo, posso ter uma certeza, Deus
não me criou para outra coisa que não seja amá-Lo com todas as forças da minha
alma, todas as veras do meu coração porque só assim alcançarei a felicidade que
Ele deseja para mim o que é lógico porque sou fruto do Seu Amor; porém, como me
criou livre de vontade sabe muito bem o quanto esta é fraca e, daí que precise
de tempo para se fortalecer.
É esse tempo que Ele me concede, nem
mais nem menos que o absolutamente justo.
Depende de mim aproveitá-lo.
Links
sugeridos:
Evangelho/Biblia
Santa Sé