20/07/2017

Publicações em 20 Jul

Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Mt 11, 28-30

28 «Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. 30 Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.»

Comentário:

São Mateus encerra o capítulo 11 do Evangelho que escreveu com estas palavras de Jesus.

São palavras de misericórdia, de esperança, de confiança.

Deseja que todos saibam que, Ele, está sempre presente para nos ajudar e socorrer e que o que temos de fazer para obter esse auxílio e conforto não pesa, não esmaga, antes é suave e compensador.


(AMA, comentário sobre Mt 11, 28-30, 16.03.2017)

Não te assustes ao veres-te tal como és

Não necessito de milagres; bastam-me os que há na Escritura. – Pelo contrário, faz-me falta o teu cumprimento do dever, a tua correspondência à graça. (Caminho, 362)

Repitamos com a palavra e com as obras: Senhor, confio em Ti, basta-me a tua providência ordinária, a tua ajuda de cada dia. Não temos por que pedir a Deus grandes milagres. Temos de lhe suplicar, pelo contrário, que aumente a nossa fé, que ilumine a nossa inteligência, que fortaleça a nossa vontade. Jesus está sempre junto de nós e permanece fiel.

Desde o começo da minha pregação, preveni-vos contra um falso endeusamento. Não te assustes ao veres-te tal como és: assim, feito de barro. Não te preocupes. Porque, tu e eu somos filhos de Deus, – este é o endeusamento bom – escolhidos desde a eternidade, com uma vocação divina: escolheu-nos o Pai, por Jesus Cristo, antes da criação do mundo, para que sejamos santos diante dele. Nós, que somos especialmente de Deus, seus instrumentos apesar da nossa pobre miséria pessoal, seremos eficazes se não perdermos o conhecimento da nossa fraqueza. As tentações dão-nos a dimensão da nossa própria fraqueza.


Se sentimos desalento ao experimentar – talvez de um modo particularmente vivo – a nossa mesquinhez, é o momento de nos abandonarmos por completo, com docilidade, nas mãos de Deus. Conta-se que, certo dia, um mendigo saiu ao encontro de Alexandre Magno, pedindo uma esmola. Alexandre parou e ordenou que o fizessem senhor de cinco cidades. O pobre, confundido e atordoado, exclamou: eu não pedia tanto! E Alexandre respondeu: tu pediste como quem és; eu dou-te como quem sou. (Cristo que passa, 160)

Fátima: Centenário - Oração Jubilar de Consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Pequena agenda do cristão

Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?






Fátima: Centenário - Vida de Maria - 31



Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima


Visitação


A voz dos Padres

Há que considerar que o superior se dirigiu ao inferior para o ajudar: Maria a Isabel, Cristo a João. E, no momento da chegada de Maria, manifestam-se os benefícios da presença divina. Repara de que modo tão distinto em cada um deles! Isabel ouve primeiro a voz, mas João a primeira coisa que sente é a graça. Ela percebeu de acordo com a ordem natural, ele alegrou-se com o mistério sobrenatural. Ela notou a chegada de Maria; ele, a do Senhor. E quando o filho ficou cheio do Espírito Santo, então encheu-se também a mãe (...).

Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? [i]. Não fala como uma ignorante, mas, reconhece, antes, o efeito da graça divina, não do mérito humano. Quer dizer: porque me chega esta felicidade, que venha a Mãe do meu Senhor ter comigo? Reconheço que não tenho nada que o exigisse. Por que justiça, por que acções, por que méritos? Pressinto o milagre, reconheço o mistério: a Mãe do Senhor está grávida do Verbo, cheia de Deus (...).

Maria ficou com Isabel cerca de três meses; depois voltou para sua casa [ii]. Compreende-se bem que Santa Maria, por um lado, prestasse os seus serviços e, por outro, o fizesse durante um número simbólico de meses. Não ficou tanto tempo só por ser parente, mas também para proveito do profeta: pois, se só a sua entrada produziu um efeito tão grande que, com a saudação de Maria, o menino saltou de gozo no seio materno e a mãe (Isabel) ficou cheia do Espírito Santo, em quanto quantificaremos os efeitos da presença de Maria durante tanto tempo?

Santo Ambrósio de Milão (séc. IV), Exposição do Evangelho segundo São Lucas 2, 22-23.25.29.




[i] Lc 1, 43
[ii] Lc 1, 56