07/01/2021

Fez-se Homem para nos redimir

 

Pasma ante a magnanimidade de Deus: fez-se Homem para nos redimir, para que tu e eu – que não valemos nada, reconhece-o! – o tratemos com confiança. (Forja, 30)

Lux fulgebit hodie super nos, quia natus est nobis Dominus – Hoje brilhará sobre nós a luz, porque nos nasceu o Senhor! Eis a grande novidade que comove os cristãos e que, através deles, se dirige à Humanidade inteira. Deus está aqui! Esta verdade deve encher as nossas vidas. Cada Natal deve ser para nós um novo encontro especial com Deus, deixando que a sua luz e a sua graça entrem até ao fundo da nossa alma.

Detemo-nos diante do Menino, de Maria e de José; estamos contemplando o Filho de Deus revestido da nossa carne... Vem-me à lembrança a viagem que fiz a Loreto, em 15 de Agosto de 1951, para visitar a Santa Casa por motivo muito íntimo. Celebrei lá a Santa Missa. Queria dizê-la com recolhimento mas não tinha contado com o fervor da multidão. Não tinha calculado que nesse grande dia de festa muitas pessoas dos arredores viriam a Loreto – com a bendita fé dessa terra e com o amor que têm à Madona. E a sua piedade, considerando as coisas – como diria? – só do ponto de vista das leis rituais da Igreja, levava-as a manifestações não muito correctas.

E assim, enquanto eu beijava o altar, nos momentos prescritos pelas rubricas da Missa, três ou quatro camponeses beijavam-no ao mesmo tempo. Distraía-me mas estava emocionado. E também me atraía a atenção a lembrança de que naquela Santa Casa – que a tradição assegura ser o lugar onde viveram Jesus, Maria e José – na mesa do altar tinham gravado estas palavras: Hic Verbum caro factum est. Aqui, numa casa construída pelas mãos dos homens, num pedaço de terra em que vivemos, habitou Deus! (Cristo que passa, 12)

 

LEITURA ESPIRITUAL Janeiro 7

         

Evangelho

Mt XXII 33 – 46

 

A festa de núpcias

 

1 Tendo Jesus recomeçado a falar em parábolas, disse-lhes: 2 «O Reino do Céu é comparável a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. 3 Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram comparecer. 4 De novo mandou outros servos, ordenando-lhes: ‘Dizei aos convidados: O meu banquete está pronto; abateram-se os meus bois e as minhas reses gordas; tudo está preparado. Vinde às bodas.’ 5 Mas eles, sem se importarem, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio. 6 Os restantes, apoderando-se dos servos, maltrataram-nos e mataram-nos. 7 O rei ficou irado e enviou as suas tropas, que exterminaram aqueles assassinos e incendiaram a sua cidade. 8 Disse, depois, aos servos: ‘O banquete das núpcias está pronto, mas os convidados não eram dignos. 9 Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas todos quantos encontrardes.’ 10 Os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos aqueles que encontraram, maus e bons, e a sala do banquete encheu-se de convidados. 11 Quando o rei entrou para ver os convidados, viu um homem que não trazia o traje nupcial. 12 E disse-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’ Mas ele emudeceu. 13 O rei disse, então, aos servos: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.’ 14 Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»

 

O tributo devido a César

 

15 Então, os fariseus reuniram-se para combinar como o haviam de surpreender nas suas próprias palavras. 16 Enviaram-lhe os seus discípulos, acompanhados dos partidários de Herodes, a dizer-lhe: «Mestre, sabemos que és sincero e que ensinas o caminho de Deus segundo a verdade, sem te deixares influenciar por ninguém, pois não olhas à condição das pessoas. 17 Diz-nos, portanto, o teu parecer: É lícito ou não pagar o imposto a César?» 18 Mas Jesus, conhecendo-lhes a malícia, retorquiu: «Porque me tentais, hipócritas? 19 Mostrai-me a moeda do imposto.» Eles apresentaram-lhe um denário. 20 Perguntou: «De quem é esta imagem e esta inscrição?» 21 «De César» - responderam. Disse-lhes então: «Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.» 22 Quando isto ouviram, ficaram maravilhados e, deixando-o, retiraram-se.

 


Constância

 

  A constância não é a mesma coisa que a perseverança, embora tenha muito em comum.

A constância é um estado de alma permanente, a perseverança é um acto da vontade.

  De facto pareceria preferível ter a primeira como uma qualidade e a segunda, como uma virtude.

  A estabilidade emocional ou comportamental define o homem constante.

Permanece fiel a princípios, compromissos, responsabilidades e opções não mudando ou variando em função de circunstâncias ou estímulos.

Mantém uma uniformidade no comportamento e na relação com os outros.

A pessoa que possui esta qualidade - optamos por esta qualificação - é uma pessoa que merece confiança, pratica a justiça naturalmente, é fiel e segura de si própria.

Revela uma sólida formação e uma panóplia de princípios muito bem estruturada.

Por isso mesmo não sente necessidade de mudar apressada ou, sobretudo, sem cuidada reflexão prévia.

Tem uma estabilidade própria que revela, também, fortaleza de carácter.

 O não estar satisfeito com o emprego que se tem ou com o que se faz, pode levar a duas atitudes:

A primeira é procurar outra actividade, ou outro ambiente onde desenvolvê-la; a segunda é procurar valorizar o que se tem, tirando partido do facto de ter uma actividade remunerada o que, cada vez mais, está ao alcance de menos pessoas.

  A atitude é muito importante para o êxito na actividade que se tem.

Quem, ao principiar o dia, se arrasta penosamente como quem vai para um trabalho forçado, está a dispor-se para que o seu trabalho, nesse dia, seja amargo, pouco compensador e, muito provavelmente, deficientemente feito.

O contrário, isto é, encarar o dia que começa como uma oportunidade de fazer algo construtivo que contribua para o bem pessoal e alheio, leva a que o “peso” do trabalho seja vivamente atenuado pela atitude de disponibilidade e desejo de servir.

  O que tem isto a ver com a constância?

  Tem tudo, porque só pode trabalhar bem – única forma admissível de trabalhar – quem for constante naquilo que faz, sem andar a movimentar-se de uma coisa para outra, deixando para mais tarde algo que não apetece fazer agora, que se dispõe todos os dias, a fazer, se necessário, as mesmas coisas da mesma forma.

Aliás, não há outra forma de ganhar a confiança de quem é responsável pelo seu salário.

 

 

Reflexão

 

Paralisia

 

Este paralítico (Cfr Lc 5, 19) simboliza o pecador que jaz no pecado; da mesma forma que o paralítico não pode mover-se, tão pouco o pecador pode valer-se por si mesmo.

 

Os que levam o paralítico representam os que com os seus conselhos conduzem o pecador para Deus.

 

(São Tomás de aquino, Comentário sobre São Mateus, 9, 2)

Oração pelos Sacerdotes

                                           

                                           



Meu Senhor Jesus Cristo:

Dai à Vossa Igreja Sacerdotes Santos que se entreguem ao serviço exclusivo da Igreja e das almas, ao anúncio fiel da palavra de Deus, à administração dos Sacramentos, em especial da Eucaristia e da Penitência, obedientes ao Magistério da Igreja e observando amorosamente a Sagrada Liturgia, para exemplo e guia seguro do Povo de Deus.

(AMA, 2009)


Com autorização eclesiástica

Pequena agenda do cristão

 


Quinta-Feira

Pequena agenda do cristão

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?