17/10/2011

A 17 de Outubro de 1469...

Fernando de Aragão e Isabel de Castela casam e dão origem à “Grande Espanha”

Brazão de Fernando de Aragão e Isabel de Castela
Reis católicos
Todos os contos de fadas acabam com um casamento, com os noivos felizes para sempre. Neste caso, o casamento celebrado a 17 de Outubro de 1469 significou o início da nova velha Espanha. Fernando de Aragão aceitou Isabel de Castela como esposa “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença… Em todos dias das suas vidas”. E aquele dia, há 542 anos, seria o primeiro da expansão marítima de nuestros hermanos.
Enquanto os portugueses exploravam o litoral africano, indo à direcção às Índias, os espanhóis lutavam para reconquistar os seus territórios na Península Ibérica, perdidos para os árabes. O reino da Espanha demorou a ser formado pela prolongada luta entre os árabes e os espanhóis e só se formou após o casamento entre os reis católicos Fernando (do Reino de Aragão) e Isabel (do Reino de Castela).
Aliás, a Reconquista foi um processo longo, iniciado já no século X. Durante esta guerra, a união dos reinos católicos através do matrimónio permitiu o avanço dos esforços para impor o cristianismo e expulsar os árabes. Fernando e Isabel lutaram juntos contra os árabes e em 1492 (com a tomada de Granada) expulsaram-nos da Península.
A partir de então, Espanha pôde lançar-se às Grandes Navegações, financiando o projecto do navegador genovês (ou eternamente português?) Cristóvão Colombo.
O objectivo era atingir o Oriente, navegando em direcção ao Ocidente. Sabendo que a Terra era arredondada, Colombo atingiu as Índias, dando a volta ao mundo, até que a 12 de Outubro aportou nas Bahamas, onde encontrou um novo Continente para os europeus: a América. Mas isso é tema para outra efeméride.
De volta ao conto político de fadas, como já sabemos, a rainha Isabel
de Castela casou como o rei Fernando de Aragão, num casamento
que uniu os corações políticos espanhóis.
Curiosamente, hoje que passam mais de cinco séculos deste fortalecimento de poder, no País Basco realiza-se uma conferência internacional para promover o fim do conflito naquele território, ainda hoje unidamente dividido. Espera-se que seja uma declaração definitiva da violência da ETA, o grupo terrorista basco.

Pagina1 joana costa


NOTA:

Os Reis Católicos tiveram cinco filhos:
  • Isabel de Aragão (1470), casada com Afonso de Portugal (1475), ficou viúva depois de oito meses de casada. Em seguida casou-se com o primo Manuel I de Portugal, do qual teve um filho, Miguel da Paz em 1498, e morreu no parto.
Em 1500 morreu o seu filho Miguel, que seria o herdeiro das coroas de Portugal, Castela e Aragão.
  • Príncipe João casou-se com Margarida de Áustria (1480), filha do imperador Maximiliano e de Maria de Borgonha, irmã de Filipe da Áustria. Morreu em 1497
  • Joana (Toledo, 1479 - Tordesilhas, 1555) (conhecida como "Joana a Louca"), casada com Filipe de Áustria, cedo apresentou sinais de loucura, acentuados pelos maus tratos do marido, que aspirava aceder ao trono de Espanha.
  • Maria de Aragão, casou-se com o seu cunhado, o viúvo D. Manuel I de Portugal.
  • Catarina de Aragão, foi a primeira esposa de Henrique VIII de Inglaterra, que a repudiou e casou com Ana Bolena.

História de uma pergunta ao Papa na JMJ - 3

"A gente vive com uma refeição comida cada dois dias"

O bispo falou da imensa tarefa de alimentar mais de 200.000 pessoas, que estão absolutamente desnutridas e desesperadas pela tragédia que estão padecendo nessa região do país.

"A matrícula escolar duplicou na região porque as crianças têm a garantia de uma refeição na escola. E alguns deles não tomam os alimentos que se servem, para leva-los para casa e partilhá-los com os demais membros das suas famílias".

Roselyne com algumas das raparigas quenianas que participaram na Jornada Mundial da Juventude

Os pais fazem jogos psicológicos com os filhos para enganar a fome. Vertem agua na frigideira e mantêm-na fervendo até que os filhos adormeçam.

O Bispo Kimengich saiu da sua diocese para fazer um apelo desesperado. “Não posso voltar para a minha diocese com os bolsos vazios ", disse preocupado. Desde que foi ordenado Bispo de Lodwar, em Maio de 2010, não choveu na sua diocese e as temperaturas oscilam entre os 40 e 45 graus centígrados. Citando um explorador que foi a Lodwar em 1860 assegura-nos que "Turkana está ao lado do inferno".

INFORMAÇÕES MUITO BREVES   [De vez em quando] 2011.09.14 (trad do castelhano, ama)

Evangelho do dia e comentário
















T. Comum– XXIX Semana

Evangelho: Lc 12, 13-21

13 Então disse-Lhe alguém da multidão: «Mestre, diz a meu irmão que me dê a minha parte da herança». 14 Jesus respondeu-lhe: «Meu amigo, quem Me constituiu juiz ou árbitro entre vós?». 15 Depois disse-lhes: «Guardai-vos cuidadosamente de toda a avareza, porque a vida de cada um, ainda que esteja na abundância, não depende dos bens que possui». 16 Sobre isto propôs-lhes esta parábola: «Os campos de um homem rico tinham dado abundantes frutos. 17 Ele andava a discorrer consigo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? 18 Depois disse: Farei isto: Demolirei os meus celeiros, fá-los-ei maiores e neles recolherei o meu trigo e os meus bens, 19 e direi à minha alma: Ó alma, tu tens muitos bens em depósito para largos anos; descansa, come, bebe, regala-te. 20 Mas Deus disse-lhe: Néscio, esta noite virão demandar-te a tua alma; e as coisas que juntaste, para quem serão? 21 Assim é o que entesoura para si e não é rico perante Deus».

Comentário:

Ainda muito viva na minha mente a imagem do meu amigo António depositado no caixão na pequena capela da sua casa. De facto, quem ali estava já não era o António mas apenas o seu corpo de que a rigidez da morte já tomara posse.
Enquanto rezava pedindo pela sua alma, ocorreu-me a verdade patente no Evangelho. Não somos nada, não valemos nada e, sobretudo, morremos sem nada. Tudo quanto tivemos em vida, abundância ou escassez de bens, sabedoria ou ignorância, amor ou desafectos tudo fica num espólio que não levamos connosco. O Senhor, não saberia o que fazer com tudo isso tão importante para nós enquanto vivos e sem qualquer préstimo na hora, que sempre chega quando não sabemos, de prestarmos as nossas contas.
O António já pertence, neste momento, há história da sua família e dos seus amigos, mas, de facto, vive agora a verdadeira Vida que não acabará jamais.

Deve ser, esta, a vida que nos deve interessar e, tudo o resto, devemos fazê-lo e usufrui-lo com esse objectivo.

(ama, comentário sobre Lc 12, 13-21, 2010.08.01)

Música e repouso

  Wagner: Lohengrin - Overture


selecção ALS

Princípios filosóficos do Cristianismo

Filósofo
Rembrandt

Princípio da substância (II):

O esquecimento da substância

B) Kant

O problema de Kant é, nem mais nem menos, que a pretensão de fazer filosofia sem contar com o noumeno, com o em si, de modo que a metafísica se converte em epistemologia.
Das coisas não conhecemos mais que a manifestação sensível que captamos pelos sentidos, mas não o noumeno, não o em si. Kant diz assim: «da coisa só conhecemos os fenómenos, deixando-nos sem conhecer a coisa em si, por mais que para si mesma seja real».
Os nossos conceitos não os formamos, em consequência, a partir do em si das coisas, senão aplicando as categorias à priori à informação sensível e caótica que recebemos pelos sentidos. Com efeito, Kant, que queria dar à filosofia um rigor científico como o que possuía a ciência física de Newton, colocou-se o problema de fundamentar os juízos sintéticos à priori que são os que fazem avançar o conhecimento, posto que neles se torna a síntese do universal e do particular.
Ora bem, posto que o universal não pode proceder do particular, haverá que alojá-lo no a priori das categorias da consciência. Diz assim Kant: «os conceitos empíricos e o seu fundamento, o seja a intuição empírica, nunca podem fornecer-nos mais proposições sintéticas que as puramente empíricas, quer dizer, experimentais e que por conseguinte não podem nunca conter necessidade e absoluta universalidade». Não se pode sacar da experiência uma proposição universal ".

josé antonio sayés, [i] trad ama,


[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

No ano 3000 não haverá mais bebés em Portugal

Bósnia e Herzegovina têm ainda mais ou menos 650 anos à sua frente.  Macau mais ou menos o mesmo.  A Alemanha terá apenas mais 1500 anos e o Brasil 3000 anos. Até o quê? Até que as suas populações desapareçam inteiramente.
Tal está baseado em cálculos efectuados pelo Economist que estimam a fertilidade das Nações Unidas para 201º e fazem a extrapolação de quanto tempo levará a população a cair para zero. O cálculo é como segue: com as médias de fertilidade actuais, quantos bebés do sexo feminino terão 1000 mulheres? E, depois, quantas terão esta segunda geração, e assim por diante até o número chegar a zero. Para Hong Kong, haverá cerca de 25 gerações para que 1000 mulheres se reduzam a nenhuma. Numa média de idade de partos de 31,4 anos, a última mulher nascerá em Hong Kong por volta de 2798 AC. E acabou-se. Não haverá mais bebés.

Veja você mesmo o quadro do Ecomist. 





the economist, trad ama 


Textos de São Josemaria Escrivá

“Amar com todo o coração a pobreza”

Se estamos perto de Cristo e seguimos as suas pegadas, temos de amar com todo o coração a pobreza, o desprendimento dos bens terrenos, as privações. (Forja, 997)


Como imaginas tu o porte de Nosso Senhor? Já pensaste com que dignidade vestiria aquela túnica inconsútil, que provavelmente terá sido tecida pelas mãos de Santa Maria? Não te lembras de como em casa de Simão se lamenta por não lhe haverem oferecido água para se lavar, antes de se sentar à mesa?

Com certeza que o Senhor trouxe à baila essa falta de urbanidade, para realçar com tal facto o ensinamento de que é nos pormenores que se mostra o amor. Mas procura também deixar claro que se atém aos usos sociais do ambiente. Portanto, tu e eu esforçar-nos-emos por estar desapegados dos bens e das comodidades da terra, mas sem destoar e sem fazer coisas estranhas.

Para mim, uma manifestação de que nos sentimos senhores do mundo, administradores fiéis de Deus, é cuidar das coisas que usamos, com interesse em conservá-las, em fazê-las durar, em mantê-las impecáveis e em fazê-las servir o mais tempo possível para o seu fim, de maneira a não haver desperdício. (Amigos de Deus, 122)

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