10/07/2018

Doutrina – 439


CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO TERCEIRO


«CREIO NA VIDA ETERNA»


PRIMEIRA SECÇÃO
A ECONOMIA SACRAMENTAL

Pergunto:


218. O que é a liturgia?

Respondo:

A liturgia é a celebração do Mistério de Cristo e em particular do seu Mistério Pascal. Na liturgia, pelo exercício da função sacerdotal de Jesus Cristo, a santificação dos homens é significada e realizada mediante sinais, e é exercido, pelo Corpo místico de Cristo, ou seja pela Cabeça e pelos membros, o culto público devido a Deus.

Evangelho e comentário


Tempo comum


Evangelho: Mt 9, 32-38

32 Mal eles se tinham retirado, apresentaram-lhe um mudo, possesso do demónio. 33 Depois que o demónio foi expulso, o mudo falou; e a multidão, admirada, dizia: «Nunca se viu tal coisa em Israel.» 34 Os fariseus, porém, diziam: «É pelo chefe dos demónios que Ele expulsa os demónios.» 35 Jesus percorria as cidades e as aldeias, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando todas as enfermidades e doenças. 36 Contemplando a multidão, encheu-se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. 37 Disse, então, aos seus discípulos: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38 Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe.»

Comentário:


O dever que os cristãos têm de pedir a Deus vocações sacerdotais fica bem expresso neste texto.

Não será tanto o pedir para que Deus sugira vocações mas, sobretudo, para que esses que alguma vez sentiram o apelo do Senhor, tenham a coragem e determinação para responder afirmativamente.

Os trabalhadores da messe de Deus têm as suas tarefas, o seu múnus, muito claro e específico, trata-se, em última instância de servir activa e dedicadamente o Reino de Deus.

Estou pessoalmente convencido que muitos que recusam esse apelo se conhecessem verdadeiramente a grandeza da tarefa que lhes é pedida se apressariam a corresponder.

(AMA, comentário sobre Mt 9, 32-38, 13.04.2018)


Temas para reflectir e meditar

Paz


A verdadeira paz funda-se na justiça, no sentimento da dignidade inviolável do homem, no reconhecimento de uma igualdade indelével e desejável entre os homens, no princípio básico da fraternidade humana, quer dizer, no respeito e amor devido a cada homem.

(Beato Paulo VI, Mens. para a Jornada Mundial da Paz, 1971)

Senhor, se quiseres podes curar-me


Não tenhas dúvidas: o coração foi criado para amar. Metamos, pois, Nosso Senhor Jesus Cristo em todos os nossos amores. Senão, o coração vazio vinga-se, e enche-se das baixezas mais desprezíveis. (Sulco, 800)

Como poderemos dirigir-nos a Ele, como falar-Lhe, como comportar-nos?

A vida cristã não está feita de normas rígidas, porque o Espírito Santo não dirige as almas massivamente, mas infundindo em cada uma delas propósitos, inspirações e afectos que ajudarão a captar e a cumprir a vontade do Pai. Penso, no entanto, que em muitas ocasiões o nervo do nosso diálogo com Cristo, na acção de graças depois da Santa Missa, pode ser a consideração de que o Senhor é para nós, Rei, Médico, Mestre e Amigo.. (...)

É Médico e cura o nosso egoísmo, se deixarmos que a sua graça penetre até ao fundo da nossa alma. Jesus disse-nos que a pior doença é a hipocrisia, o orgulho que nos faz dissimular os nossos pecados. Com o Médico, é imprescindível, pela nossa parte, uma sinceridade absoluta, explicar-lhe toda a verdade e dizer: Domine, si vis, potes me mundare, Senhor, se quiseres – e Tu queres sempre – podes curar-me. Tu conheces as minhas fraquezas, tenho estes sintomas e estas debilidades. Mostramos-lhe também com toda a simplicidade as chagas e o pus, no caso de haver pus. Senhor, Tu, que curaste tantas almas, faz com que, ao ter-Te no meu peito ou ao contemplar-Te no Sacrário, Te reconheça como Médico divino. (Cristo que passa, nn. 92–93)

Publicações 10 Julho


El reto del amor






VIVE DE CRISTO®Dominicas de Lerma

Tratado das virtudes


Questão 65: Da conexão das virtudes.

Art. 2 — Se as virtudes morais podem existir sem a caridade.

O segundo discute-se assim. — Parece que as virtudes morais podem existir sem a caridade.

1. — Pois, foi dito que todas as virtudes, excepto a caridade, podem ser comuns aos bons e aos maus. Ora, a caridade só pode existir nos bons, como no mesmo livro se diz [2]. Logo, as outras virtudes podem ser possuídas sem a caridade.

2. Demais. — As virtudes morais podem ser adquiridas pelos actos humanos, como se disse [3]. Ora, a caridade só pode ser possuída por infusão, conforme a Escritura (Rm 5, 5): a caridade de Deus está derramada em nossos corações pelo Espírito Santo, que nos foi dado. Logo, as outras virtudes podem ser possuídas sem caridade.

3. Demais. — As virtudes morais, enquanto dependentes da prudência, são conexas entre si. Ora, a caridade não depende da prudência, e antes a excede, conforme a Escritura (Ef 3, 19): a caridade de Cristo excede a ciência. Logo, as virtudes morais não são conexas com a caridade, e podem existir sem ela.

Mas, em contrário, diz a Escritura (I Jo 3, 14): Aquele que não ama permanece na morte. Ora, as virtudes aperfeiçoam a vida espiritual, pois por elas é que vivemos rectamente, como diz Agostinho [4]. Logo, não podem existir sem o amor da caridade.


Como já dissemos [5], as virtudes morais, enquanto operativas do bem, ordenadamente ao fim que não excede a faculdade natural do homem, podem ser adquiridas por obras humanas. E assim adquiridas, podem existir sem a caridade, como existiram em muitos gentios. — Mas, enquanto operativas do bem, ordenadamente ao fim último sobrenatural, então realizam a essência da virtude perfeita e verdadeiramente, e não podem ser adquiridas pelos actos humanos, mas são infundidas por Deus. Ora, tais virtudes morais não podem existir sem a caridade. Pois, como já dissemos [6], as virtudes morais não podem existir sem a prudência, e esta não pode existir sem aquelas, que nos levam a proceder bem em relação a certos fins, dos quais procede a razão da prudência. Ora, pela sua razão recta, a prudência exige, que o homem proceda bem em relação ao último fim — a que o leva à caridade — muito mais que em relação aos outros fins, a que o levam ás virtudes morais; assim como, na ordem especulativa, a razão recta implica, principalmente, o primeiro princípio indemonstrável que os contraditórios não podem ser simultaneamente verdadeiros.

Do sobredito consta portanto, com clareza, que só as virtudes infusas são perfeitas e se chamam virtudes, absolutamente falando. Ao passo que as adquiridas — que são as outras — o são parcial e não absolutamente, porque ordenam bem o homem para um fim último, não absoluta, mas genericamente. E por isso, sobre o dito pela Escritura (Rm 14, 23)Tudo o que não é segundo a fé é pecado — diz a Glosa de Agostinho: Onde falta o conhecimento da verdade, a virtude é falsa, mesmo acompanhada de óptimos costumes.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — No lugar aduzido as virtudes consideram-se na sua noção imperfeita. Do contrário, tomada a virtude moral em a noção perfeita, torna bom quem o possui e por consequência, não pode existir nos maus.

RESPOSTA À SEGUNDA. — A objecção colhe relativamente às virtudes morais adquiridas.

RESPOSTA À TERCEIRA. 
— Embora a caridade exceda a ciência e a prudência, contudo esta depende daquela, como já dissemos, e, por consequência, também dela dependem todas as virtudes morais infusas.

(Revisão da versão portuguesa por AMA)



[1] (Iª·lIae., q. 23, a. 7 ; III Sent., dist. XVII, q. 2, a. 4, qª 3, ad 2; dist. XXXVI, q. 2; de Virtut., q. 5, a. 2).
[2] Prosperus, lib. Sent. (cap. VII).
[3] II Ethic., lect. I.
[4] II De lib. Arbit. (cap. XVIII et XIX).
[5] Q. 63, a. 2.
[6] Q. 65, a. 1; q. 58, a. 4, 5.

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?