17/12/2022

Publicações em Dezembro 17

 


 

ADVENTO

No Tempo do Advento que estamos a viver sou levado a pensar na simplicidade dos planos de Deus para a salvação da humanidade, sim... simplicidade porque ao considerar com o cuidado que me é possível ter concluo que para se obter o perdão do ofendido é absolutamente necessário que seja ele a concedê-lo.

Era, pois, necessário que Ele próprio o concedesse.

Poderia tê-lo feito de qualquer forma - Deus pode tudo - mas escolheu esta para que todos os Seus filhos compreendessem sem margem para dúvidas que lhes perdoava.

Com o encarnar-Se como qualquer um de nós ficou patente a Sua genealogia humana e, os escribas e chefes de Israel teriam forçosamente de saber isto e, portanto quando começaram a surgir questões sobre Quem Era Jesus devem ter investigado cuidadosamente as Escrituras e chegado à conclusão que Ele era O Cristo.

Esta "descoberta" significava o início de uma nova era e o fim do domínio que exerciam sobre o povo, daí que consideraram ser-lhes conveniente negar, combater e ignorar as "provas" que tinham sobre a verdade da pessoa de Jesus; foi o que fizeram dando-Lhe a morte mas, não uma morte qualquer, mas a mais ignominiosa possível naquele tempo: a morte na cruz que era, pensavam, a solução para que o nome de Jesus fosse banido para sempre.

Agiram, pois, com pleno conhecimento e calculada artimanha; foram eles e não Pilatos quem crucificou Jesus.

Quem se considera a si mesmo como alguém importante e com estatuto social invejável e deseja manter esse estatuto seja o que for necessário para o manter fica como que cego pelo domínio do seu EU deixando de lado, afastando, o que for que possa ser obstáculo.

Estes fariseus continuam a existir nos tempos de hoje, manipulando as regras, as leis, de acordo com os seus interesses pessoais usando os cargos que exercem em benefício próprio sem qualquer preocupação séria pelo bem comum. Compreendo que exercer um cargo público seja algo que uma "pessoa de bem" seja levado a escusar-se - eu próprio o fiz... e arrependo-me constantemente por o ter feito - mas um cristão tem de estar presente e activo em todas as situações e circunstâncias da vida social, não pode, não deve excusar-se.

Fui convidado para me candidatar à Assembleia Constituinte Portuguesa logo após a revolução de Abril de 1974. Era muito provável ser eleito pelo Círculo escolhido dado o prestígio da Família, do meu Querido Pai. Perguntei o que teria de fazer já que não me achava dotado para o cargo. A resposta que me deram foi: 'Não tem de fazer absolutamente nada, apenas estar presente... nós, quando for oportuno diremos o que terá de fazer'. Não me agradou esta perspectiva de ser como que um "boneco" manipulado pelo seu dono e, por isso... recusei a " honra". Repito que me arrependo da minha decisão porque considero que, a verdade que a enformou reside no meu orgulho pessoal. Talvez... se tivesse aceitado e tivesse sido eleito me surgisse uma oportunidade de ser útil e assertivo... ter feito a "diferença".

Concluo que o que fiz foi exactamente o que critico: coloquei-me a mim e ás minhas conveniências à frente dos outros.

 

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