04/04/2012

Leitura Espiritual para 04 Abr 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.

Evangelho do dia e comentário



Semana Santa

 Quarta-Feira Santa
Evangelho: Mt 26, 14-25
                            
14 Então um dos doze, que se chamava Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes, 15 e disse-lhes: «Que me quereis dar e eu vo-l'O entregarei?». Eles prometeram-lhe trinta moedas de prata.16 E desde então buscava oportunidade para O entregar. 17 No primeiro dia dos ázimos, aproximaram-se de Jesus os discípulos, dizendo: «Onde queres que Te preparemos o que é necessário para comer a Páscoa?». 18 Jesus disse-lhes: «Ide à cidade, a casa de um tal, e dizei-lhe: “O Mestre manda dizer: O Meu tempo está próximo, quero celebrar a Páscoa em tua casa com os Meus discípulos”». 19 Os discípulos fizeram como Jesus tinha ordenado e prepararam a Páscoa. 20 Ao entardecer, pôs-se Jesus à mesa com os doze. 21 Enquanto comiam, disse-lhes: «Em verdade vos digo que um de vós Me há-de 22 Eles, muito tristes, cada um começou a dizer: «Porventura sou eu, Senhor?» 23 Ele respondeu: «O que mete comigo a mão no prato, esse é que Me há-de trair. 24 O Filho do Homem vai certamente, como está escrito d'Ele, mas ai daquele homem por quem será entregue o Filho do Homem! Melhor fora a tal homem não ter nascido». 25 Judas, o traidor, tomou a palavra e disse: «Porventura, sou eu, Mestre?». Jesus respondeu-lhe: «Tu o disseste».

Meditação:

«Porventura serei eu, Senhor?»

É comovedora esta pergunta dos Discípulos mais próximos do Senhor. Pergunta que traduz o reconhecimento sincero e dolorido da sua pouca fé, das poucas certezas que tinham.
Há tês anos que andavam com o Mestre, ouvindo as Suas palavras, presenciando os Seus milagres, alguns, portentosos: as ressurreições de Lázaro, do filho da viúva de Naim, da filha de Jairo; as duas multiplicações de pães e peixes, e, não obstante o seu amor e carinho por Jesus… não tinham a certeza da sua própria fidelidade.

E, eu, tenho?

Se olhar para trás, para toda a minha vida, quantas vezes O traí, também, por umas coisas de nada, não trinta moedas de prata, mas talvez, até, por menos, um prazer fugaz, um abandono envergonhado, uma súbita surdez ao Seu apelo, uma revolta íntima por um mau momento, uma doença, um desaire económico, uma incompreensão, uma injustiça!

Não é verdade que, muitas vezes, quis o Mestre só para mim, para me resolver os meus problemas pessoais, para me libertar da minha cruz - feita por mim, quase sempre -, me considerei ‘especial’, credor de benesses e atenções particulares, merecedor de mais graças e mais benefícios!

Nesta Quarta Feira Santa eu Te digo e peço, Senhor: Como quero ser fiel, ajuda-me na minha pouca fé, aumenta o meu amor por Ti, confirma a minha esperança de salvação.

(ama, Meditação sobre Mt 26, 14-25, 9009.04.08)

Cristo morreu por obediência?

Lázaro Losano
Matriz de Monte Real

Parece que Cristo não morreu por obediência:

1. Com efeito, a obediência se refere a uma ordem. Ora, não se lê que houvesse ordens para Cristo sofrer. Logo, não sofreu por obediência.

2. Além disso, diz-se que é feito por obediência o que alguém faz por necessidade de uma ordem. Ora, Cristo sofreu não por necessidade, mas por vontade própria. Logo, não sofreu por obediência.

3. Ademais, o amor é uma virtude de maior excelência que a obediência. Ora, diz a Carta aos Efésios que Cristo sofreu por amor: “Vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós” (5,2). Logo, deve-se atribuir a paixão de Cristo mais ao amor que à obediência.
EM SENTIDO CONTRÁRIO, diz a Carta aos Filipenses: “Ele se fez obediente ao Pai até a morte” (2,8).



Foi muito conveniente ter Cristo sofrido por obediência. Primeiro, porque isso era conveniente para a justificação humana, como diz a Carta aos Romanos: “Assim como, pela desobediência de um só homem, a multidão se tornou pecadora, assim também, pela obediência de um só, a multidão se tornará justa” (5,19).
Segundo, isso foi conveniente para reconciliar o homem com Deus, como diz a Carta aos Romanos: “Fomos reconciliados com ele pela morte de seu Filho” (5,10), porquanto a própria morte de Cristo foi um sacrifício muito agradável a Deus, conforme a Carta aos Efésios: “E se entregou a si mesmo a Deus por nós em oblação e vítima, como perfume de agradável odor” (5,2). Ora, a obediência é preferível a todos os sacrifícios, como diz o livro dos Reis: “É melhor a obediência que os sacrifícios” (1Re 15,22). Portanto, foi conveniente que o sacrifício da paixão e morte de Cristo procedesse da obediência.
Terceiro, foi conveniente à vitória pela qual Cristo triunfou sobre a morte e o autor dela, pois o soldado não pode vencer se não obedecer ao capitão. Assim o homem Cristo garantiu a vitória pelo fato de ter sido obediente a Deus, conforme o que diz o livro dos Provérbios: “O homem obediente cantará vitórias” (21,28).
Quanto às objecções iniciais, portanto, deve-se dizer que:
1. Cristo recebeu do Pai a ordem de sofrer. É o que diz o Evangelho de João: “Eu tenho o poder de entregar a vida e tenho o poder de a retomar: este é o mandamento que recebi do meu Pai” (10,18), ou seja, o poder de entregar a vida e de a retomar. Conclui-se, como diz Crisóstomo, que não se deve entender que “primeiro, ele esperou receber ordens e que as tivesse de entender, mas demonstrou que suas atitudes eram voluntárias, destruindo as suspeitas de contradição” com o Pai. E porque a antiga lei se encerrou com a morte de Cristo, conforme o que ele próprio disse ao morrer: “Tudo está consumado” (Jo 19,30), pode-se entender que, ao sofrer, cumpriu todos os preceitos da antiga lei. Cumpriu os preceitos morais, que se fundam nos mandamentos do amor, porquanto sofreu pelo amor do Pai, segundo João: “A fim de que o mundo saiba que amo o meu Pai e ajo conforme o Pai me prescreveu. Levantai-vos, partamos daqui” (14,31), ou seja, para o lugar da paixão; e pelo amor do próximo, segundo o que diz a Carta aos Gálatas: “Me amou e se entregou por mim” (2,20). Cumpriu com sua paixão os preceitos cerimoniais da lei, que se destinam especialmente aos sacrifícios e oblações, porquanto todos os sacrifícios da antiga lei foram figuras do verdadeiro sacrifício que, ao morrer, Cristo ofereceu por nós. Por isso, diz a Carta aos Colossenses: “Ninguém vos condene por questões de comida e bebida, a respeito de uma festa, de uma lua nova. Tudo isso não passa de sombra do que devia vir, mas o corpo é de Cristo” (2, 16-17), pois Cristo está para tudo isso como o corpo para a sombra. Com sua paixão, Cristo cumpriu os preceitos jurídicos da lei, que se relacionam especialmente com a satisfação aos que sofreram injúria, pois, como diz o Salmo 68: “Então pagarei o que não roubei” (v.5), permitindo ele mesmo ser pregado no madeiro por causa do fruto que o homem, contra a ordem de Deus, tirara da árvore.
2. A obediência, embora seja necessária com relação ao que se manda, contudo implica vontade de cumprir o preceito. E foi essa a obediência de Cristo, pois, embora sua própria paixão e morte, em si consideradas, fossem repugnantes à vontade natural, Cristo queria cumprir a vontade de Deus a respeito, segundo o que diz o Salmo 39: “Meu Deus, quero fazer a tua vontade” (v. 9). Por isso, dizia: “Se esta taça não pode passar sem que eu a beba, faça-se a tua vontade” (Mt 26, 42).
3. Pela mesma razão Cristo sofreu por amor e por obediência, pois só por obediência cumpriu os preceitos do amor e, por amor, foi obediente às ordens do Pai.

Suma Teológica III, q.47, a.2

Mozart concerto 20

Mozart concerto 20 in d, K.466 - 2. Romance - Friedrich  Gulda
selecção ALS

Chama cada um à santidade

Textos de S. Josemaria

A oração não é prerrogativa de frades; é incumbência de cristãos, de homens e mulheres do mundo, que se sabem filhos de Deus. (Sulco, 451)

Sentimo-nos tocados, com o coração a bater com mais força, quando ouvimos com toda a atenção este brado de S. Paulo: esta é a vontade de Deus: a vossa santificação. Hoje, mais uma vez o repito a mim mesmo e também o recordo a cada um e à Humanidade inteira: esta é a vontade de Deus, que sejamos santos.
Para pacificar as almas com uma paz autêntica, para transformar a Terra, para procurar Deus Nosso Senhor no mundo e através das coisas do mundo, é indispensável a santidade pessoal. Nas minhas conversas com gente de tantos países e dos ambientes sociais mais diversos, perguntam-me com frequência: – Que diz aos casados? E aos que trabalhamos no campo? E às viúvas? E aos jovens?
Respondo sistematicamente que tenho uma só panela. E costumo fazer notar que Jesus Cristo Nosso Senhor pregou a Boa Nova para todos, sem qualquer distinção. Uma só panela e um único alimento: o meu alimento é fazer a vontade d'Aquele que me enviou e dar cumprimento à sua obra. Chama cada um à santidade, pede amor a cada um: jovens e velhos, solteiros e casados, sãos e doentes, cultos e ignorantes, trabalhem onde quer que trabalhem, estejam onde quer que estejam. Há um único modo de crescer na familiaridade e na confiança com Deus: a intimidade da oração, falar com Ele, manifestar-Lhe – de coração a coração – o nosso afecto.
Invocar-me-eis e Eu vos ouvirei. E invocamo-lo conversando, dirigindo-nos a Ele. Por isso temos de pôr em prática a exortação do Apóstolo: sine intermissione orate; rezai sempre, aconteça o que acontecer. Não apenas de coração, mas com todo o coração. (Amigos de Deus, nn. 294–295).

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Paixão de Cristo - filme completo

Quinta- Feira Santa - dia 5- poderá ver aqui, o filme completo 


'PAIXÃO DE CRISTO' 126 minutos

Pensamentos inspirados à procura de Deus

À procura de Deus

Na relação com Deus,

o temor,

é apenas e só amor.

jma