26/01/2013

Evangelho do dia e comentário



   

T. Comum – II Semana










Evangelho: Lc 10, 1-9

1 Depois disto, o Senhor escolheu outros setenta e dois, e mandou-os dois a dois à Sua frente por todas as cidades e lugares onde havia de ir. 2 Disse-lhes: «Grande é na verdade a messe, mas os operários poucos. Rogai, pois, ao dono da messe que mande operários para a Sua messe. 3 Ide; eis que Eu vos envio como cordeiros entre lobos. 4 Não leveis bolsa, nem alforge, nem calçado, e não saudeis ninguém pelo caminho. 5 Na casa em que entrardes, dizei primeiro: A paz seja nesta casa. 6 Se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; senão, tornará para vós. 7 Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que tiverem, porque o operário é digno da sua recompensa. Não andeis de casa em casa. 8 Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei o que vos puserem diante; 9 curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: Está próximo de vós o reino de Deus.

Comentário:

Primeiro escolheu doze, numero que se compreende: as doze Tribus de Israel; agora são setenta e dois os que escolhe, porquê? Poderia ter escolhido mais ou, talvez, menos?
O que sabemos é que podia ter escolhido quantos quisesse mas porquê setenta e dois...

Realmente o assunto não interessa nem constitui um problema, o que nos convém é tomar consciência de dois pontos:

Que o número de discípulos deveria ser muito grande e, depois, que o Senhor quer que levem a cabo a missão que lhes destina, dois a dois.

Mais tarde, os Apóstolos, escolherão alguns discípulos para os acompanharem mais de perto e assim tem sido ao longo dos tempos.

A Igreja de Cristo alicerça-se em colunas mestras e noutras auxiliares que ajudam a suportar todo o edifício.

(ama, comentário sobre Lc 10, 1-9, 2012.01.26)

Leitura espiritual para 26 de Jan


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

Temos de ser humildes

Não ponhas o teu "eu" na tua saúde, no teu nome, na tua carreira, na tua ocupação, em cada passo que dás... Que coisa tão maçadora! Parece que te esqueceste que "tu" não tens nada, é tudo d'Ele. Quando ao longo do dia te sentires, talvez sem razão, humilhado; quando pensares que o teu critério deveria prevalecer; quando notares que a cada instante borbota o teu "eu", o teu, o teu, o teu..., convence-te de que estás a matar o tempo e que estás a precisar que "matem" o teu egoísmo. (Forja, 1050)

Pertransiit benefaciendo... Que fez Jesus para derramar tanto bem, e só bem, por onde quer que passou? Os Santos Evangelhos transmitiram-nos outra biografia de Jesus, resumida em três palavras latinas, que nos dá a resposta: erat subditus illis, obedecia. Hoje, que o ambiente está cheio de desobediência, de murmuração, de desunião, havemos de estimar especialmente a obediência.

Sou muito amigo da liberdade e precisamente por isso amo tanto essa virtude cristã. Devemos sentir-nos filhos de Deus e viver com o empenho de cumprir a vontade do nosso Pai, de realizar tudo segundo o querer de Deus, porque nos dá na gana, que é a razão mais sobrenatural.

O espírito do Opus Dei, que tenho procurado praticar e ensinar desde há mais de trinta e cinco anos, fez-me compreender e amar a liberdade pessoal. Quando Deus Nosso Senhor concede a sua graça aos homens, quando os chama com uma vocação específica, é como se lhes estendesse a mão, uma mão paternal, cheia de fortaleza, repleta sobretudo de amor, porque nos busca um a um, como filhas e filhos seus, e porque conhece a nossa debilidade. O Senhor espera que façamos o esforço de agarrar a sua mão, essa mão que Ele nos estende. Deus pede-nos um esforço, prova da nossa liberdade. E para conseguirmos isso, temos de ser humildes, temos de sentir-nos filhos pequenos e amar a bendita obediência com que respondemos à bendita paternidade de Deus.. (Cristo que passa, 17)

Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 37


37. Analisando os ensinamentos dos Santos Padres, Bento XVI detém-se num ponto de particular importância nos momentos actuais. Ele afirma que o grande erro das antigas religiões pagãs consistiu em não se limitarem aos caminhos traçados no fundo das almas pela Sabedoria divina. «Por isso o ocaso da religião pagã era inevitável: fluía como consequência lógica do afastamento da religião reduzida a um conjunto artificial de cerimónias, convenções e hábitos» 66. E o Papa acrescenta que os antigos Padres e escritores cristãos em vez disso optaram «pela verdade do ser contra o mito do costume» 67. Tertuliano, como menciona o Pontífice escreveu: «Dóminus noster Christus veritátem se, non consuetúdinem, cognominávit. Cristo afirmou ser a verdade, não o costume» 68. E o Sucessor de Pedro diz-nos que, «a este propósito observe-se que a palavra consuetúdo, aqui empregada por Tertuliano referindo-se à religião pagã, pode ser traduzida nas línguas modernas com as expressões “moda cultural”, “moda do tempo”» 69.

Não duvidemos: apesar da aparente vitória do relativismo nalguns lugares, este modo de pensar e de desorientar tanta gente acabará por se desmoronar como um castelo de cartas, por não estar ancorado na verdade de Deus Criador e Providente, que dirige os caminhos da história. Ao mesmo tempo, a realidade que vemos à nossa volta há-de animar-nos a não ceder e a não abandonar as pessoas que vivem numa situação de desencanto e de falta de conteúdo.

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

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Notas:
66 Bento XVI, Discurso na audiência geral, 21-III-2007.
67 Bento XVI, Discurso na audiência geral, 21-III-2007.
68 Bento XVI, Discurso na audiência geral, 21-III-2007. A citação de Tertuliano está em Sobre o véu das virgens, I, 1 (PL 2, 889).
69 Bento XVI, Discurso na audiência geral, 21-III-2007.

Tratado dos actos humanos 14


Questão 8: Dos actos em que há vontade.


Em seguida devemos tratar dos próprios actos da vontade, em especial. E primeiro, dos actos precedentes da vontade, em si, como elícitos dela. Segundo, dos actos imperados pela vontade.

Mas, como a vontade se move para o fim e para os meios, há-de tratar-se, primeiro, dos actos pelos quais a vontade se move para o fim, e em seguida, dos actos pelos quais se move para os meios.

Ora, os actos da vontade para o fim são três: querer, fruir e intender. Donde, trataremos, primeiro, da vontade. Segundo, da fruição. Terceiro, da intenção.

Sobre o primeiro ponto, consideram-se três questões. A primeira, em que actos há vontade. A segunda é pelo que ela é movida. A terceira, como é movida.

Sobre a primeira Questão três artigos se discutem:
Art. 1 ― Se a vontade quer só o bem.
Art. 2 ― Se a vontade quer também os meios ou só o fim.
Art. 3 ― Se pelo mesmo acto a vontade quer o fim e o meio.
Art. 1 ― Se a vontade quer só o bem.

(I, q. 19, a . 9, IV Sent., dist. XLIX, q. 1, a . 3, q ª 1, De Verit., q. 22, a . 6).

O primeiro discute-se assim. ― Parece que a vontade não quer só o bem.