05/01/2012

Leitura Espiritual para 05 Jan 2012

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)



Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.




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Livres para construir o futuro 3

Observa-se também em muitos dos nossos contemporâneos uma renúncia do uso da liberdade pessoal na tarefa de construir a sociedade; é um tipo de despersonalização que leva a renunciar ao exercício da liberdade, cedendo-a quase inconscientemente a outras instâncias.

O Estado assume com frequência a tarefa de prover a todas as necessidades dos cidadãos, adormecendo a sua liberdade responsável. Muitos homens – com uma ampla gama de possíveis escolhas sobre temas menores – são escassamente livres, no sentido de que parece como se tivessem renunciado a pensar sobre as decisões fundamentais que configuram os distintos estilos de vida; ou porque o seu direito a uma informação adequada é violado através de diversos mecanismos que passam despercebidos. 

Diante da força de certas estruturas de poder, de mercado, de comunicação, as pessoas vêem-se reduzidas ao anonimato, inconscientemente mantidas no âmbito privado, a ponto de perder a sua condição de sujeitos activos na construção da sociedade, no mundo do trabalho, no progresso humano. 

© 2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet 2011.07.06

Tratado De Deo Trino 51

Art. 3 – Se os nomes essenciais, como o de Deus, se predicam das três Pessoas no singular ou plural.
(I Sent., dist. IX, q. 1, art. 2).

Ora, as três Pessoas têm todas as três a divindade. Logo, as três Pessoas são três Deuses.O terceiro discute-se assim. – Parece que os nomes essenciais, como o de Deus, não se pre­dicam das três Pessoas, no singular, mas no plural.

1. – Pois, assim como homem significa o que tem humanidade, assim Deus, o que tem a divindade. 
2. Demais. – Diz a Escritura (Gn 1, 1): No princípio criou Deus o céu e a terra, estando no texto hebraico Elohim, que se pode interpretar como deuses ou juízes. O que é dito assim, por causa da pluralidade das Pessoas. Logo, as três Pessoas são vários deuses e não um só Deus.

3. Demais. – O vocábulo coisa, empregue em sentido absoluto, parece significar a substância. Ora, esse vocábulo predica-se no plural, das três Pessoas. Assim, diz Agostinho: As coisas de que devemos gozar são o Pai, o Filho e o Espírito Santo [1]. Logo, também os outros nomes essenciais podem predicar-se no plural, das três Pessoas.

4. Demais. – Assim como Deus significa o que tem a divindade, assim Pessoa significa que subsiste em alguma natureza intelectual. Ora, dizemos três Pessoas. Logo, pela mesma razão, podemos dizer três Deuses.

Mas, em contrário, a Escritura (Dt 6, 4): Ouve Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.

Dos nomes essenciais, uns exprimem a essência, substantivamente, outros, porém, adjectivamente. Os primeiros predicam-se das três Pessoas só no singular e não no plural; porém os segundos dos três se predicam no plural.

E a razão é que os nomes substantivos significam a substância de uma coisa; porém os adjectivos, o acidente, inerente ao sujeito. Ora, a substância, tendo o ser por si, também por si tem a unidade ou a multiplicidade; e por isso, a singularidade ou a pluralidade do nome substantivo é considerada em relação à forma significada pelo nome. Os acidentes, porém, existindo num sujeito, também deste recebem a unidade ou a multiplicidade. Por isso, nos adjectivos, consideram-se a singularidade e a pluralidade relativamente aos supostos.

Ora, nas criaturas, uma mesma forma não tem vários supostos senão pela unidade da ordem; assim, a forma da multidão ordenada. Por onde, os nomes que significam essa forma, sendo substantivos e empregues no singular, predicam-se de vários; não, porém, se fossem adjectivos. Assim, dizemos que muitos homens são um colégio, um exército ou um povo; mas dizemos que vários homens são colegiados. Ora, em Deus, a essência divina é expressa, como se disse [2], em sentido formal; pois, é simples e soberanamente una, como demonstramos [3]. Por onde, os nomes que significam substantivamente a essência divina, predicam-se das três Pessoas no singular e não no plural. E é a razão de dizermos, que Sócrates, Platão e Cícero são três homens; e não que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três deuses, senão um só. Porque nos três supostos da natureza humana há três humanidades; ao contrário, nas três Pessoas só há uma essência divina. Mas os nomes, que significam a essência, como adjectivos, predicam-se das três Pessoas no plural, por causa da pluralidade dos supostos. Pois, adjectivamente, dizemos três existentes, três sábios, ou três eternos, incriados e imensos. Substantivamente, porém, dizemos, como Atanásio diz no Símbolo, um incriado, imenso e eterno [4].

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. – Embora signifique o que tem a divindade, contudo o nome de Deus também tem outra significação, pois é empregado substantivamente, ao passo que a expressão – tem a divindade – o é adjectivamente. Por onde, embora sejam três os que têm a divindade, daí não se segue a existência de três deuses.

RESPOSTA À SEGUNDA. – Línguas diversas têm modo diverso de falar. Por isso, onde os Gregos dizem três hipóstases, por causa da pluralidade dos supostos, os Hebreus dizem Elohim no plural. Nós, porém, não dizemos, no plural, nem deuses nem substâncias, para não referirmos a pluralidade à substância.

RESPOSTA À TERCEIRA. – O nome de coisa pertence aos transcendentais. Por isso, enquanto implica relação, predica-se de Deus no plural; mas, quando significa substância, no singular, Por isso, diz Agostinho, no mesmo lugar, que a mesma Trindade é uma realidade suma.

RESPOSTA À QUARTA. – A forma significada pelo nome de pessoa não é a essência ou a natureza, mas a personalidade. Por onde, sendo três as personalidades, i. e, três propriedades pessoais, no Pai, no Filho e no Espírito Santo, dos três se predicam não no singular mas, no plural.

SÃO TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica,




[1] De doctr. Christ., L. I, c. 5.
[2] a. 2
[3] Q. 3, a. 7; q. 11, a. 4
[4] In Symbolo Quicumque

Evangelho do dia e comentário


Natal II Semana



05 de Janeiro

Evangelho: Jo 1, 43-51

43 No dia seguinte, Jesus resolveu ir à Galileia. Encontrou Filipe e disse-lhe: «Segue-Me». 44 Filipe era de Betsaida, pátria de André e de Pedro 45 Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos Aquele de Quem escreveu Moisés na Lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José». 46 Natanael disse-lhe: «De Nazaré pode porventura sair coisa que seja boa?». Filipe disse-lhe: «Vem ver». 47 Jesus viu Natanael, que vinha ter com Ele, e disse dele: «Eis um verdadeiro israelita em quem não há fingimento». 48 Natanael disse-lhe: «Donde me conheces?». Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu te vi, quando estavas debaixo da figueira». 49 Natanael respondeu: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel». 50 Jesus respondeu-lhe: «Porque te disse que te vi debaixo da figueira, acreditas?; verás coisas maiores que esta». 51 E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subir e descer sobre o Filho do Homem».
Comentário:

Deus vê-nos sempre!

Esta a primeira lição deste Evangelho. Onde quer que estejamos, façamos o que fizermos.

Esta certeza deve consolar-nos porque o Senhor não age como um "polícia" dos nossos actos, mas como um amigo íntimo pronto a ajudar-nos, a sugerir-nos que o que fazemos é mal e que devemos corrigir ou, então, que podemos fazer melhor aquilo que fazemos bem.

(ama, comentário sobre Jo 1, 43-51, V Moura, 2011.09.29)

Confidências de alguém

Nota de AMA: 

Estas “confidências” têm, obviamente, um autor, que não se revela; foram feitas em tempo indeterminado, por isso não se lhes atribui a data. O estilo discursivo revela, obviamente, que se tratam de meditações escritas ao correr da pena. A sua publicação deve-se a ter considerado que, nelas se encontram muitas situações e ocorrências que fazem parte do quotidiano que, qualquer um, pode viver.






Esperança e confiança

Hoje, o Senhor atendeu as minhas preces e foi para além do que eu poderia esperar.
De facto, para alem do que eu teria o direito de esperar.
A esperança num futuro melhor, renasceu e eu encaro agora o futuro com novo ânimo.
Deus sabe, muito melhor que eu, o que me convém e o que é melhor para mim e com a Sua sabedoria e a Sua misericórdia permite que as coisas sucedam.
Ao mesmo tempo, com infinita benevolência, vai permitindo que as coisas boas aconteçam, vai doseando e temperando tudo quanto acontece para que seja para meu bem e não para minha perdição.
Faça-se sempre a amabilíssima e santíssima vontade de Deus!
Este é o meu lema, que gravo em letras bem destacadas no meu coração.
Tem de ser esta a minha atitude, permanente, perante os actos do Senhor.
Não uma atitude passiva, mas, sim, colaborante e activa.
Quer dizer, aceito o que o Senhor me dá e permite que aconteça, mas aceito com alegria e, ao fazê-lo, estou disposto a dar seguimento e continuidade ás coisas para que se desenvolvam e frutifiquem.
Peço ao Divino Espírito Santo que desenvolva em mim esta virtude da disponibilidade e aceitação, para que eu me torne um filho autêntico, interessado e submisso.
O Evangelho relata mais um grande milagre de Jesus.
A segunda multiplicação de peixes e pães.
Novamente Jesus, opera a maravilha incrível de transformar trás pães e cinco peixes em alimento para cinco mil homens, fora as mulheres.
E ainda sobraram sete cestos cheios! [i]
Porque o Senhor dá sempre mais que a medida.
Porque o Senhor não quer que se perca nada.
Jesus não é mesquinho, é pródigo na Sua dádiva.
Preocupa-se com os outros.
Deveriam estar com fome ... que se poderia dar de comer?
Jesus poderia ter feito um milagre, talvez, mais simples: fazer com que ninguém sentisse fome. Mas não.
O Senhor quer que as coisas sejam naturais, humanas.
Não quer ser Ele a fazer tudo, por isso, pergunta a Filipe: Que hei-de fazer? [ii]
O Senhor quer ideias, colaboração activa.
Há estes poucos peixes e pães.
É quanto basta para o Senhor.
Com este pouco opera a maravilha e todos ficam saciados.
Mais tarde há que recolher os cestos.
Para que nada se perca, obviamente que não sobra nunca nada da mesa do Senhor, servirá para saciar outros, que em número sempre crescente, se aproximam esfomeados da mesa do Banquete Divino.


[i] Mc. 8, 8
[ii] cfr. Jo. 6, 7

Porquê Deus se esconde? 5

No primeiro capítulo do Evangelho de João conta-se que dois discípulos do Baptista seguiram Jesus. Ele volta-se e pergunta-lhes: “Que procurais?”. Antes, o Baptista tinha assinalado Jesus como o Cordeiro de Deus. Pois bem, à pergunta de Jesus os discípulos respondem-lhe: “Onde vives?”, ao que o Senhor os convida a segui-lo: “vinde e vereis”. Atrevo-me a sugerir que, esta passajem, descreve a estrutura básica da relação entre nosso Senhor e os seus seguidores. Nesta passajem, parece-me, podemos encontrar luz para a pergunta sobre um Deus que se oculta. Vejamo-lo.
Em primeiro lugar, os discípulos do Baptista seguem a Jesus porque o seu mestre o assinalou como o Cordeiro de Deus. Basta esta observação para que os discípulos sigam Jesus. Seguem-no sem O conhecer talvez com curiosidade, porque o seu mestre o tinha identificado com o Cordeiro. É uma notícia extraordinária, mas todavia estranha para eles. Provavelmente o que procuram é comprovar a verdade das palavras de João Baptista.
Com efeito, na nossa vida  Jesus costuma tornar-se presente através de outros que no-lo assinalaram como o Deus vivo, salvador. Outros falaram-nos dele. Padres, catequistas, sacerdotes, amigos. A noticia do Deus feito carne ouvimo-la como uma estranha informação de alguém que fez o bem, milagres, prodígios. A importância pessoal  da notícia de Deus é variável: uns ouvem-na e ignoram-na, outros pelo contrário sentem curiosidade suficiente para saber algo mais  dele. Os discípulos do Baptista, deixando o seu mestre por umas horas, seguem o Messias.
Em segundo lugar, quando o Senhor comprova que alguém se interessa por Ele, volta-se e interpela pessoalmente (“o que procurais?”). É a pergunta que também nos dirige a nós. Não pergunta “o que queres?”, “porque me segues?”. É uma pergunta indefinida quanto ao objecto, mas que supõe que quem o segue busca “algo”. O que buscamos quando nos interessamos pelo Senhor?   É possível que nós próprios não possamos responder com clareza. Num primeiro encontro só sabemos que sentimos uma certa curiosidade por Ele; talvez noutros casos admiração ou inclusive uma pitada de sedução misturada com  desconfiança.

(carlos jariod borrego [1], trad  ama)


[1] Professor de filosofia num Instituto de Toledo e professor convidado de teoria educativa num instituto de ciências religiosas da mesma cidade. Interessado pela educação, presidiu à Federação toledana de CONCAPA durante quatro anos e é co-fundador e presidente da associação toledana de professores Educação e Pessoa.

A tarefa dos pais de família é importantíssima

Textos de São Josemaria Escrivá

Admira a bondade do nosso Pai Deus: não te enche de alegria a certeza de que o teu lar, a tua família, o teu país, que amas com loucura, são matéria de santidade? (Forja, 689)

Comove-me que o Apóstolo qualifique o matrimónio cristão como "sacramentum magnum", sacramento grande. Também daqui deduzo que o trabalho dos pais de família é importantíssimo.

– Participais do poder criador de Deus e, por isso, o amor humano é santo, nobre e bom: uma alegria do coração, à qual Nosso Senhor, na sua providência amorosa, quer que outros livremente renunciemos.
Cada filho que Deus vos concede é uma grande bênção divina: não tenhais medo aos filhos! (Forja, 691)

Nas minhas conversas com tantos casais, insisto em que, enquanto eles viverem e os filhos também viverem, devem ajudá-los a ser santos, sabendo que na terra ninguém será santo. Não faremos mais que lutar, lutar e lutar.
E acrescento: – Vós, mães e pais cristãos, sois um grande motor espiritual, que manda aos vossos filhos fortaleza de Deus para essa luta, para vencer, para que sejam santos. Não os defraudeis! (Forja, 692)

Não tenhas medo de querer bem às almas, por Ele; e não te importes de amar ainda mais aos teus, sempre que, querendo-lhes muito, o ames a Ele milhões de vezes mais. (Sulco, 693)

Pela tua intimidade com Cristo, estás obrigado a dar fruto: Fruto que sacie a fome das almas, quando se aproximarem de ti, no trabalho, no convívio, no ambiente familiar... (Forja, 981)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

A evolução do evolucionismo 5

O que se deduz da anatomia comparada?

É, sem dúvida, o argumento mais visível. Os paleontólogos costumam referir-se aos tetrápodes – animais de quatro extremidades: anfíbios, repteis, pássaros e mamíferos – que evoluíram a partir de um grupo particular de peixes daletas lobuladas. É um dos muitos exemplos que mostram a evolução a partir da comparação anatómica das espécies. Nos tetrápodes observa-se que os esqueletos das tartarugas, dos cavalos, dos humanos, dos pássaros, das baleias e dos morcegos são surpreendentemente similares, apessar da diversidade dos seus ambientes e modos de vida. Nos casos mencionados, dos membros dianteiros, armados sobre os mesmos ossos, servem a uma tartaruga e a uma balela para nadar, a um cavalo para correr, a um pássaro para voar, e a uma pessoa para escrever. Pelo que parece, as ditas espécies herdaram as suas estruturas ósseas de um antepassado comum, antes de passarem por diversas adaptações.

(jose ramón ayllón, trad. ama)


Música e entretenimento

Maria Callas - La mamma morta


Selecção JMA