05/01/2012

Leitura Espiritual para 05 Jan 2012

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)



Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.




Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo
Evangelho: Mt 21, 18-32

18 Pela manhã, quando voltava para a cidade, teve fome. 19 Vendo uma figueira junto do caminho, aproximou-Se dela, e não encontrou nela senão folhas, e disse-lhe: «Nunca mais nasça fruto de ti». E, imediatamente, a figueira secou. 20 Vendo isto, os discípulos admiraram-se e disseram: «Como secou a figueira imediatamente?». 21 Jesus respondeu: «Na verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito a esta figueira, mas ainda se disserdes a este monte: “Sai daí e lança-te no mar”, assim se fará. 22 E tudo o que pedirdes com fé na oração alcançá-lo-eis». 23 Tendo ido ao templo, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo aproximaram-se d'Ele, quando estava a ensinar, e disseram-Lhe: «Com que autoridade fazes estas coisas? E quem Te deu tal direito?». 24 Jesus respondeu-lhes: «Também Eu vos farei uma pergunta; se Me responderdes, Eu vos direi com que direito faço estas coisas. 25 Donde era o baptismo de João? Do céu ou dos homens?». Mas eles reflectiam consigo: 26 «Se Lhe dissermos que é do céu, Ele dirá: “Então porque não crestes nele?”. Se Lhe dissermos que é dos homens, tememos o povo» ; porque todos tinham João como um profeta. 27 Portanto, responderam a Jesus: «Não sabemos». Ele disse-lhes também: «Pois  então nem Eu vos digo com que autoridade faço estas coisas». 28 «Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Aproximando-se do primeiro, disse-lhe: “Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha”. 29 Ele respondeu: “Não quero”. Mas, depois, arrependeu-se e foi. 30 Dirigindo-se em seguida ao outro, falou-lhe do mesmo modo. E ele respondeu: “Eu vou, senhor”, mas não foi. 31 Qual dos dois fez a vontade do pai?». Eles responderam: «O primeiro». Disse-lhes Jesus: «Na verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes vos precederão no reino de Deus. 32 Porque veio a vós João pelo caminho da justiça, e não crestes nele; e os publicanos e as meretrizes creram nele. E vós, vendo isto, nem assim fizestes penitência depois, crendo nele.

Talita Kum - Levanta-te
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A missão do Papa é uma missão divina porque emana do próprio Jesus Cristo, com um mandato preciso e claro. O que Jesus disse a Pedro não foram generalidades mais ou menos abrangentes, algo vago, indefinido.

Não!

«Segundo os textos evangélicos, a missão pastoral do Romano Pontífice, sucessor de Pedro, comporta uma missão doutrinal. Como pastor universal, o Papa tem a missão de anunciar a doutrina revelada e de promover em toda a Igreja a verdadeira fé em Cristo. Pedro é o primeiro daqueles Apóstolos aos quais Jesus disse:
«Como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós» (Jo 20,21; cf. 17,18).


Como pastor universal, Pedro deve actuar em nome de Cristo e em sintonia com Ele em toda a ampla área humana na qual Jesus quis que se pregasse o Seu Evangelho e se anunciasse a verdade salvífica: No mundo inteiro.

Contudo, o Bispo de Roma, como cabeça do colégio episcopal por vontade de Cristo, é o primeiro pregoeiro da fé, ao que corresponde a tarefa de ensinar a verdade revelada e de mostrar as suas aplicações no comportamento humano. Ele é o primeiro responsável pela difusão da fé no mundo.

O sucessor de Pedro cumpre esta missão doutrinal mediante uma série contínua de intervenções orais e escritas que constituem o exercício ordinário do magistério como ensinamento das verdades em que é preciso acreditar e aplicar na vida (fidem et mores). Os actos que expressam tal magistério podem ser mais ou menos frequentes e tomar formas diferentes segundo as necessidades dos tempos, as exigências de situações concretas, as possibilidades e meios disponíveis, os métodos e as técnicas de comunicação. Mas, uma vez que derivam de uma intenção explícita ou implícita de se pronunciar em matéria de fé e costumes, remetem-se ao mandato recebido por Pedro e revestem-se da autoridade que Cristo lhe conferiu.

Ao cumprir esta tarefa, o sucessor de Pedro expressa de forma pessoal, mas com autoridade institucional, a “regar da fé”, à qual devem ater-se os membros da Igreja universal – simples fiéis, catequistas, professores de religião, teólogos –, ao procurar o sentido dos conteúdos permanentes da fé cristã, inclusive em relação com as discussões que surgem dentro e fora da comunidade eclesial sobre diversos pontos ou sobre todo o conjunto da doutrina.

É verdade que dentro da Igreja, todos, e de forma especial os teólogos, estão chamados a realizar este trabalho de contínuo esclarecimento e explicação. Mas a missão de Pedro e dos seus sucessores consiste em estabelecer e afirmar com autoridade o que a Igreja recebeu e acreditou desde o princípio, o que os apóstolos ensinaram, o que a Sagrada Escritura e a tradição cristã fixaram como objecto de fé e como norma cristã de vida.

Também os outros pastores da Igreja, os bispos sucessores dos apóstolos, são confirmados pelo sucessor de Pedro na sua comunhão de fé com Cristo e no cumprimento fiel da sua missão. Deste modo, o magistério do bispo de Roma assinala a todos uma linha de clareza e unidade que, especialmente em tempos de máxima comunicação e discussão, como o nosso, resulta imprescindível.

O Romano Pontífice (…) tem a missão de proteger o povo cristão contra os erros no campo da fé e da moral, o dever de guardar o depósito da fé (cf. 2 Tim 4,7). Ai daquele que se assustasse ante as críticas e as incompreensões! O seu papel é dar testemunho de Cristo, da Sua palavra, da Sua lei e do Seu amor. Mas à consciência da sua responsabilidade no campo doutrinal e moral, o Romano Pontífice deve acrescentar o compromisso de ser, como Jesus, «manso e humilde de coração» (Mt 11,29)» [1]

É, portanto, claro que um cristão tem o dever de acatar as directrizes emanadas desde a Cátedra de Pedro. Seja quem for o homem que a ocupe, ele é sempre o Vigário de Cristo na terra e, a palavra ‘vigário’ significa exactamente, aquele que substitui alguém.

Na sua viagem no mar da vida, Jairo, encontra-se com a tempestade. O drama da doença, da morte eminente da sua filha querida.

É um personagem importante [2], mas, perante a gravidade da situação sabe, no mais íntimo do seu coração que só um milagre podia curar a filha e alguém lhe terá dito que, Jesus, poderia fazer esse milagre.

Talvez tenha ouvido falar dos milagres recentes que Ele fizera. Na sequência do Evangelho de S. Mateus, Jesus tinha vindo de Gerasa e, decerto, os acontecimentos extraordinários, os dois mil porcos precipitados no mar como “preço”, da cura do endemoninhado [3] teriam chegado ao seu conhecimento.

Também poderá ter ouvido falar do filho da viúva de Naim, ressuscitado em pleno cortejo fúnebre.

Vai, portanto, ter com Ele à praia, não espera que o chame, adianta-se e decide-se. A situação é grave, a tormenta violentíssima…

«Cai-lhe aos pés», [4] diz expressamente o Evangelho.
Uma atitude de enorme humildade, de profunda entrega.


Cair aos pés de Jesus é “meio caminho andado” para alcançar a misericórdia que se implora.

[5]…/


[1] João Paulo II, Audiência Geral, 1993.03.10.
[2] À frente da sinagoga estava o arqui-sinagogo, que tinha como missão manter a ordem nas reuniões de sábado e nas festas, dirigir as orações, os cânticos e designar o que devia explicar a Sagrada Escritura. Era assistido na sua missão por um conselho, e tinha ao seu serviço um ajudante encarregado das funções materiais. (cf. Bíblia Sagrada, Anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra, Comentários).
[3] Cf. Lc 8, 26-39.
[4] Mc 5, 22.
[5] AMA, com revisão eclesiástica (agrad. Dr. V. Costa Lima, pela revisão e sugestões)

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