Estas “confidências” têm, obviamente, um autor, que não se revela; foram feitas em tempo indeterminado, por isso não se lhes atribui a data. O estilo discursivo revela, obviamente, que se tratam de meditações escritas ao correr da pena. A sua publicação deve-se a ter considerado que, nelas se encontram muitas situações e ocorrências que fazem parte do quotidiano que, qualquer um, pode viver.
Esperança e confiança
Hoje, o Senhor atendeu as minhas preces e foi para além do que eu poderia esperar.
De facto, para alem do que eu teria o direito de esperar.
A esperança num futuro melhor, renasceu e eu encaro agora o futuro com novo ânimo.
Deus sabe, muito melhor que eu, o que me convém e o que é melhor para mim e com a Sua sabedoria e a Sua misericórdia permite que as coisas sucedam.
Ao mesmo tempo, com infinita benevolência, vai permitindo que as coisas boas aconteçam, vai doseando e temperando tudo quanto acontece para que seja para meu bem e não para minha perdição.
Faça-se sempre a amabilíssima e santíssima vontade de Deus!
Este é o meu lema, que gravo em letras bem destacadas no meu coração.
Tem de ser esta a minha atitude, permanente, perante os actos do Senhor.
Não uma atitude passiva, mas, sim, colaborante e activa.
Quer dizer, aceito o que o Senhor me dá e permite que aconteça, mas aceito com alegria e, ao fazê-lo, estou disposto a dar seguimento e continuidade ás coisas para que se desenvolvam e frutifiquem.
Peço ao Divino Espírito Santo que desenvolva em mim esta virtude da disponibilidade e aceitação, para que eu me torne um filho autêntico, interessado e submisso.
O Evangelho relata mais um grande milagre de Jesus.
A segunda multiplicação de peixes e pães.
Novamente Jesus, opera a maravilha incrível de transformar trás pães e cinco peixes em alimento para cinco mil homens, fora as mulheres.
E ainda sobraram sete cestos cheios! [i]
Porque o Senhor dá sempre mais que a medida.
Porque o Senhor não quer que se perca nada.
Jesus não é mesquinho, é pródigo na Sua dádiva.
Preocupa-se com os outros.
Deveriam estar com fome ... que se poderia dar de comer?
Jesus poderia ter feito um milagre, talvez, mais simples: fazer com que ninguém sentisse fome. Mas não.
O Senhor quer que as coisas sejam naturais, humanas.
Não quer ser Ele a fazer tudo, por isso, pergunta a Filipe: Que hei-de fazer? [ii]
O Senhor quer ideias, colaboração activa.
Há estes poucos peixes e pães.
É quanto basta para o Senhor.
Com este pouco opera a maravilha e todos ficam saciados.
Mais tarde há que recolher os cestos.
Para que nada se perca, obviamente que não sobra nunca nada da mesa do Senhor, servirá para saciar outros, que em número sempre crescente, se aproximam esfomeados da mesa do Banquete Divino.
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