21/04/2013

Evangelho diário e comentário

Tempo de Páscoa IV Semana


Stº Anselmo – Doutor da Igreja

Evangelho: Jo 10, 27-30

27 As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz, e Eu conheço-as, e elas seguem-Me. 28 Eu dou-lhes a vida eterna; elas jamais hão-de perecer, e ninguém as arrebatará da Minha mão. 29 Meu Pai, que Mas deu, é maior que todas as coisas; e ninguém pode arrebatá-las da mão de Meu Pai. 30 Eu e o Pai somos um».

Comentário:

O Senhor fala de ovelhas, rebanho e pastores. Parecem imagens bucólicas de uma história corrente e simples.
De facto, que somos nós, criaturas de Deus, senão membros de um imenso rebanho que se espalha por toda a terra?
E, se é, de facto, assim, que de mais natural haverá que termos um pastor para nos guardar dos perigos que espreitam nas esquinas da vida e nos guie por caminhos seguros que conduzam às pastagens que precisamos para saciar a nossa fome?
Pode este Pastor - como a Si próprio Se chama - fazer coisa diferente que cuidar com extremoso amor que nenhum se perca?
Eu, sei que não porque, este Pastor é Cristo, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade que não pode enganar-se nem engar-nos.
(ama, comentário sobre Jo 10, 27-30, 2010.04.25) 

Pequena agenda do cristão


Domingo

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

Propósito: Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me: Cultivar a Fé.

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame: Cumpri o propósito e lembrei-me do que me propus ontem?


Não te assustes ao veres-te tal como és


Não necessito de milagres; bastam-me os que há na Escritura. – Pelo contrário, faz-me falta o teu cumprimento do dever, a tua correspondência à graça. (Caminho, 362)

Repitamos com a palavra e com as obras: Senhor, confio em Ti, basta-me a tua providência ordinária, a tua ajuda de cada dia. Não temos por que pedir a Deus grandes milagres. Temos de lhe suplicar, pelo contrário, que aumente a nossa fé, que ilumine a nossa inteligência, que fortaleça a nossa vontade. Jesus está sempre junto de nós e permanece fiel.

Desde o começo da minha pregação, preveni-vos contra um falso endeusamento. Não te assustes ao veres-te tal como és: assim, feito de barro. Não te preocupes. Porque, tu e eu somos filhos de Deus, – este é o endeusamento bom – escolhidos desde a eternidade, com uma vocação divina: escolheu-nos o Pai, por Jesus Cristo, antes da criação do mundo, para que sejamos santos diante dele. Nós, que somos especialmente de Deus, seus instrumentos apesar da nossa pobre miséria pessoal, seremos eficazes se não perdermos o conhecimento da nossa fraqueza. As tentações dão-nos a dimensão da nossa própria fraqueza.

Se sentimos desalento ao experimentar – talvez de um modo particularmente vivo – a nossa mesquinhez, é o momento de nos abandonarmos por completo, com docilidade, nas mãos de Deus. Conta-se que, certo dia, um mendigo saiu ao encontro de Alexandre Magno, pedindo uma esmola. Alexandre parou e ordenou que o fizessem senhor de cinco cidades. O pobre, confundido e atordoado, exclamou: eu não pedia tanto! E Alexandre respondeu: tu pediste como quem és; eu dou-te como quem sou. (Cristo que passa, 160)

Tratado das paixões da alma 3


Art. 3 ― Se a paixão reside mais no apetite sensitivo que no intelectivo.




(I, q. 20, a . 1, ad 1, III Sent., dist. XV, q. 2, a . 1, qª 2, IV dist. XLIX, q. 3, a . 1, qª 2, ad 1, De Verit., q. 26, a . 3, II Ethic., lect. V).

O terceiro discute-se assim. ― Parece que a paixão não reside mais no apetite sensitivo que no intelectivo.





SOBRE RESUMOS DA FÉ CRISTÃ


1. A Igreja na história 13

5. A Idade Contemporânea (a partir de 1789) 3

Pio XII teve que enfrentar a terrível prova da Segunda Guerra Mundial, durante a qual actuou de diversos modos para salvar da perseguição nacional-socialista o maior número possível de judeus (calcula-se que a Igreja Católica tenha salvo, aproximadamente 800.000); com um procedimento realista, não considerou oportuno fazer uma denúncia pública, visto que esta teria piorado a grave situação dos católicos também perseguidos em vários dos territórios ocupados pelos alemães, e teria anulado a sua possibilidade de intervir em favor dos judeus. Muitas altas personalidades do mundo israelita reconheceram publicamente, depois da guerra, os grandes méritos deste Papa em relação ao seu povo.

João XXIII convocou o Concílio Vaticano II (1962-1965), que foi concluído por Paulo VI, e que abriu uma época pastoral diversa na Igreja, salientando o chamamento universal à santidade, a importância do esforço ecuménico, os aspectos positivos da modernidade, a ampliação do diálogo com outras religiões e com a cultura. Nos anos a seguir ao Concílio, a Igreja sofreu uma profunda crise interna de carácter doutrinal e disciplinar, que conseguiu superar, em boa medida, durante o longo pontificado de João Paulo II (1978-2005), papa de extraordinária personalidade, que fez com que a Santa Sé tivesse níveis de popularidade e prestígio nunca antes conhecidos, dentro e fora da Igreja Católica.

carlo pioppi

Bibliografia básica
J. Orlandis, História Breve do Cristianismo, Rei dos Livros, 1993.
M. Clemente, A Igreja no tempo, Grifo, 2000.
A. Torresani, Breve storia della Chiesa, Ares, Milano 1989.

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)