Beatos Francisco e Jacinta Marto
Evangelho:
Mc 9, 14-29
14 Chegando junto dos discípulos, viu uma grande multidão em volta, e os
escribas a discutirem com eles.15 E logo toda aquela multidão
supreendida por ver Jesus, correu para O saudar.16 Perguntou-lhes:
«Que estais a discutir entre vós?».17 Um de entre a multidão
respondeu-Lhe: «Mestre, eu trouxe-Te meu filho que está possesso de um espírito
mudo,18 que, onde quer que se apodere dele, o lança por terra, e o
menino espuma, range com os dentes, e fica rígido. Pedi aos Teus discípulos que
o expulsassem e não puderam».19 Jesus respondeu-lhes: «Ó geração
incrédula! Até quando hei-de estar convosco? Até quando vos hei-de suportar?
Trazei-Mo cá».20 Trouxeram-Lho. Tendo visto Jesus, imediatamente o
espírito o agitou com violência e, caído por terra, revolvia-se espumando.21
Jesus perguntou ao pai dele: «Há quanto tempo lhe sucede isto?». Ele respondeu:
«Desde a infância.22 O demónio tem-no lançado muitas vezes no fogo e
na água, para o matar; porém Tu, se podes alguma coisa, ajuda-nos, tem
compaixão de nós».23 Jesus disse-lhe: «Se podes...! Tudo é possivel
a quem crê».24 Imediatamente o pai do menino exclamou: «Eu creio!
Auxilia a minha falta de fé».25 Jesus, vendo aumentar a multidão,
ameaçou o espírito imundo, dizendo-lhe: «Espírito mudo e surdo, Eu te mando,
sai desse menino e não voltes a entrar nele!».26 Então, dando gritos
e agitando-se com violência, saiu dele, e o menino ficou como morto, tanto que
muitos diziam: «Está morto».27 Porém, Jesus, tomando-o pela mão,
levantou-o, e ele pôs-se em pé.28 Depois de ter entrado em casa,
Seus discípulos perguntaram-Lhe em particular: «Porque o não pudemos nós
expulsar?».29 Respondeu-lhes: «Esta casta de demónios não se pode
expulsar senão mediante a oração».
Comentário:
O demónio não tem maior temor que da oração.
Percebe-se porquê.
A oração põe o homem em contacto estreito com Deus e
quanto mais intensa e profunda mais forte é esse contacto.
O diálogo que se estabelece entre o orante e Deus
torna-se assim íntimo e o demónio não ousa interferir nem o Senhor lho permite.
O Senhor aconselha a oração persistente e perseverante
não para Sua satisfação mas exactamente para a nossa relação com Ele se
fortaleça cada vez mais e a união se torna real, constante, inquebrantável.
(ama,
comentário sobre Mc 9, 14-29, Malta, 16.05.2016)
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