
Jesus
Cristo, Nosso Senhor, propõe-nos com muita frequência na sua pregação o exemplo
da sua humildade: aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, para que
tu e eu aprendamos que não há outro caminho; que só o conhecimento sincero do
nosso nada é capaz de atrair sobre nós a graça divina. Por nós, Jesus veio
padecer fome e alimentar-nos, veio sentir sede e dar-nos de beber, veio
vestir-se da nossa mortalidade e vestir-nos de imortalidade, veio pobre para
nos tornar ricos.
Deus
resiste aos soberbos, mas aos humildes dá a sua graça, ensina o Apóstolo S.
Pedro. Em qualquer época, em qualquer situação humana, não existe – para viver
vida divina – senão o caminho da humildade. Será que o Senhor se regozija com a
nossa humilhação? Não. Que lucraria com o nosso abatimento Aquele que tudo
criou, e mantém e governa tudo o que existe? Deus só deseja a nossa humildade,
que nos esvaziemos de nós próprios para ele nos poder encher; pretende que não lhe
levantemos obstáculos, a fim de que – falando ao modo humano – caiba mais graça
sua no nosso pobre coração. Porque o Deus que nos inspira a ser humildes é o
mesmo que transformará o nosso corpo de miséria, fazendo-o semelhante ao seu
corpo glorioso, com aquele poder com que pode também sujeitar a si todas as
coisas. Nosso Senhor faz-nos seus, endeusa-nos com um endeusamento bom. (Amigos de Deus, nn. 97–98)
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